SALVAMENTO AQUATICO

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SALVAMENTO AQUÁTICO
CURSO PREPARATÓRIO CHO
SALVAMENTO AQUÁTICO
AULA-01
Instrutor: CAP QOBM FRANCELIO
Edital passado, Manual Operacional CBMGO:
 Tipos de acidente na água - pág (62-69)
 Prevenção - pág (70-88)
 Salvamento aquático - pág (89-95) Salvamento aquático - pág (89-95)
 Fases do S/A - pág (96-131)
 Técnicas de Busca e recuperação de afogados -
pág (132-148) (onde é abordado BLS)
 O que será cobrado ???
Aula de hoje 
 Algumas definições 
 Tipos de acidente na água - pág (62-69)
 Prevenção - pág (70-88)
DISTINÇÃO
SALVA-VIDAS x GUARDA-VIDAS
Etimologia da Palavra:
 Verbo Salvar (Tirar; livrar; pôr a salvo)
 Verbo Guardar (Vigiar com o fim de defender,  Verbo Guardar (Vigiar com o fim de defender, 
proteger ou preservar) Sentido mais amplo/Melhor 
denominação
SÍNDROME DA IMERSÃO
 Hidrocussão = Choque Térmico
 É provocado por uma súbita exposição do corpo à água com
temperatura muito inferior a do corpo levando a uma Arritmia
Cardíaca. (redução da capacidade de bombeamento, queda
TIPOS DE ACIDENTES NA ÁGUA
Cardíaca. (redução da capacidade de bombeamento, queda
na pressão arterial )
 Consequências: Síncope (desmaio) e PCR – se a vítima estiver
na água poderá ocorrer um afogamento.
 Como pode ser evitado?
Antes de mergulhar deve-se molhar a cabeça, nuca e pescoço.
HIPOTERMIA
 A exposição da vítima à água fria reduz a temperatura
normal do corpo humano, podendo levar a perda da
consciência com afogamento secundário ou até uma arritmia
cardíaca com parada cardíaca e consequente morte;
TIPOS DE ACIDENTES NA ÁGUA
 Ocorre hipotermia quando a temperatura corporal fica
abaixo de 35º;
 Os Sintomas são um tremor incontrolável de todo o corpo,
lábios azulados (cianose) e perda da sensibilidade nas
extremidades, seguida de confusão mental.
Obs: A água tem o poder de resfriamento 23 vezes maior do
que o ar.
 Leve (35 a 32°C): Depressão progressiva do SNV ( sistema nervoso 
vegetativo ou autônomo)- tremores, dormência nos membros e 
perda de destreza. 
 Moderada (32 a 27°C): letargia (sinais vitais baixos, praticamente 
imperceptíveis, falta de rigidez nos músculos e a dilatação das 
pupilas sem reação ao estímulo da luz); tremores violentos e 
incontroláveis e perda da consciência; 
TIPOS DE ACIDENTES NA ÁGUA
incontroláveis e perda da consciência; 
 Grave (menos 26°C a 20°C):Ausência de respostas a estímulos 
verbais. Cessam os tremores, progressiva bradicardia, 
hipoventilação e possibilidade de fibrilação ( contrações 
descoordenadas, ineficazes e muito rápidas);
 Profunda (menor que 20°C): bradicardia, hipoventilação e PCR;
Obs: Na hipotermia a atividade metabólica cerebral é reduzida, 
consequentemente ocorre uma diminuição no consumo de oxigênio 
na razão de 5% por ºC reduzido, entre o intervalo de temperatura 
corporal de 37 ºC a 20ºC, elevando as chances de reanimação.
 As células do organismo são diferenciadas para desempenhar
suas diversas funções. Cada tipo de célula tem um tempo de
resistência á anóxia ( falta de oxigênio):
Células Células até 24 horasaté 24 horasCélulas Células 
EpidérmicaEpidérmica
ss
até 24 horasaté 24 horas
Fibra Fibra 
CardíacasCardíacas
5 5 minmin a 1 a 1 
horahora
NeurôniosNeurônios 4 a 6 4 a 6 minmin
AFOGAMENTO
AFOGAMENTO
Definição
 Aspiração de líquido não corporal por submersão (todo corpo) ou imersão
(apenas vias aéreas);
 CBMGO (2017)- Acidente de asfixia por imersão em um meio líquido,
dificuldade respiratória causada pela aspiração de líquido não corpóreo por
submersão ou imersão.submersão ou imersão.
 O termo aspiração refere-se a entrada de líquido nas vias aéreas (traquéia,
brônquios ou pulmões), e não deve ser confundido com "engolir água“
 No manual do CBMGO (2017) são destacados alguns termos obsoletos:
a) Quase afogamento;
b) Afogamento seco ou molhado;e
c) Apagamento, síncope ou desmaio: Processo anterior ao afogamento,
ocorrendo na águam pode resultar em um afogamento, o apagamento
pode ser causado por diversas situações, como: hipotermia, náuseas,
ocorrendo na águam pode resultar em um afogamento, o apagamento
pode ser causado por diversas situações, como: hipotermia, náuseas,
cansaço... decorrentes muitas vezes do próprio esforço físico e estresse
emocional do medo, durante o processo do afogamento.
 Nomenclatura correta:
a) Afogamento não fatal – processo interrompido;e
b) Afogamento fatal – Morte.
ESTATÍSTICAS
1. No Brasil, 100.000 acidentes não letais em ambientes aquáticos;
2. Homens morrem em médias 6,5 vezes mais que as mulheres 
3. O norte do Brasil tem maior letalidade;
4. 70% dos óbitos ocorrem em rios e represas;
5. 15 brasileiros morrem afogados todos os dias;5. 15 brasileiros morrem afogados todos os dias;
6. 5.500 óbitos por ano no Brasil;
7. A cada 94 min um Brasileiro morre afogado;
8. Ao término dessa instrução, 1 brasileiro morrerá afogado;e
9. Cada óbito por afogamento custa R$ 210.000,00 ao Brasil.
 Fatores de risco: Ser homem, 14 anos, uso de drogas e álcool, baixa renda, 
baixa escolaridade, residência rural, maior exposição ao meio aquático, 
comportamento de risco e falta de supervisão.
 No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela
entrada de líquido nas vias aéreas, interferindo na
HEMATOSE (troca de gás carbônico por gás oxigênio nos
alvéolos pulmonares), por dois fatores:
1) Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores
por uma coluna de líquido; e
MECANISMO DE LESÃO
por uma coluna de líquido; e
2) Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos;
 Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou
abolição da passagem do O2 para a circulação e do CO2
para o meio externo. Os efeitos que o afogamento provoca no
organismo serão maiores ou menores de acordo com a
quantidade de líquido aspirado.
OBS: veremos mais detalhes no capítulo Técnicas de Busca e
recuperação de afogados nas seções 1,2 e 3.
 Se o quadro de afogamento não for interrompido, esta
redução de oxigênio levará a parada respiratória que
consequentemente em segundos ou poucos minutos provocará
a parada cardíaca.
MECANISMO DE LESÃO
MECANISMO DE LESÃO
 Analisando a fisiologia pulmonar, observamos que o Brônquio
Pulmonar Direito, é mais VERTICAL em relação ao Brônquio
Esquerdo.
O processo do afogamento envolve três estágios distintos que 
podem ser interrompidos
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO
COMPORTAMENTO DE UMA PESSOA 
EM DIFICULDADE NA ÁGUA
 Estágios do afogamento:
1) Angústia: Ocorre um elevado estresse, inicialmente a vítima é capaz de gritar,
acenar ou mover-se em direção da ajuda/local seguro. Pode durar desde poucos
segundos até minutos ou horas;
2) Pânico: A vítima perdeu suas forças, em seguida ocorre à imersão da vítima na
água, sendo ela incapaz de manter adequadamente sua flutuabilidade devido aágua, sendo ela incapaz de manter adequadamente sua flutuabilidade devido a
fadiga completa, falta de habilidade natatória ou algum problema físico;e
3) Submersão: Ocorre a submersão completa da vítima, porém, a submersão pode não
ser fatal se a vítima for resgatada a tempo. Em água doce a submersão é
extremamente rápida.
Obs-1: Em geral, o afogamento é rápido e não chama a atenção, onde qualquer um dos
estágios iniciais pode ser suprimido, dependendo de uma série de fatores. O
afogamento começa no momento em que uma pessoa é incapaz de manter sua boca
acima do nível da superfície da água;e
Obs-2: O quanto antes houver o resgate, menor será a gravidade do caso, e mais
chances de recuperação haverá.
Classificação do afogamento
 Afogamento em água doce, a concentração de 0% de NaCl(cloreto
de sódio) é menor que os 0,9 % presente no plasma sangüíneo, a
água que atinge os alvéolos passará rapidamente do pulmão para
os vasos (osmose), aumentando o volume circulante nos vasos
sangüíneos (hipervolemia).
 Nas vítimas de afogamento em água salgada, a água tende a
comprometer ainda mais os alvéolos pulmonares, pois causa umacomprometer ainda mais os alvéolos pulmonares, pois causa umainfiltração por osmose do plasma sanguíneo do pulmão, devido a
água salgada possuir concentração maior de NaCl, cerca de 3%,
retirando a água dos tecidos e se acumulando nos pulmões. O
plasma sanguíneo passa para os alvéolos pulmonares provocando o
edema ou inchaço pulmonar. Diminui-se o volume de sangue,
ocorrendo a hemoconcentração. Pode ocorrer também, o choque
hipovolêmico.
Obs: Há alguns anos, pensava-se que as alterações eletrolíticas (sódio
e potássio) e hídricas eram primariamente importantes. Hoje,
sabemos que os afogamentos de água doce ou do mar não
necessitam de qualquer tratamento diferenciado entre si.
Afogamento água doce x salgada
O afogamento em água doce O afogamento em água salgada
Hipervolemia: aumento de sangue na 
circulação;
Edema Pulmonar: inchaço dos pulmões
Hiponatremia: queda do índice de 
sódio na corrente sanguínea;
Hemoconcentração: aumento de 
quantidade de sangue nos pulmões
Hemodiluição (diluição do sangue); Hipovolemia: queda da quantidade 
de sangue na circulação
Hemólise (quebra da hemácia); Hipoproteinemia: queda da 
quantidade de proteína no sangue
Hipernatremia: aumento do sódio no 
sangue
Parada respiratória;
Parada cardíaca;
Morte.
Classificação do afogamento
 Quanto ao mecanismo de lesão:
a) Afogamento primário: sem indícios de causa 
anterior; 
b) Afogamento secundário: Existiu uma causa anterior b) Afogamento secundário: Existiu uma causa anterior 
que prejudicou a manutenção da vítima na 
superfície, precipitando o afogamente: drogas, 
convulção, traumatismos, doenças e etc...
 Quanto à gravidade: 6 graus de afogamento 
(veremos a frente) 
Obs: Ela é uma ferramenta de educação no sentido de reduzir estes dramáticos
números de mortes em meio aquático. Como o afogamento envolve principalmente a
assistência pré-hospitalar prestado em um ambiente altamente hostil e usualmente
realizado por leigos necessita de uma abordagem diferenciada de outras patologias.
PREVENÇÃO
 “Afogamento não acontece por acaso,
tem prevenção e esta é a melhor forma
de tratamento” (SZPILMAN, 2007, s/p).
 Estima-se que mais de 85% dos casos de Estima-se que mais de 85% dos casos de
afogamento podem ser prevenidos pela
supervisão, ensino da natação,
tecnologia, regulamentação e educação
pública.
LINHA DO TEMPO NO AFOGAMENTO
Obs: Modelo sistemático reforça o importante papel da prevenção no combate ao
afogamento no mundo. Por representar a opinião de muitos especialistas nesta área,
a Linha do tempo do afogamento reflete também um consenso no entendimento
cronológico na sequencia deste evento.
-Isolamento de locais de risco; 
-Orientação aos banhistas dos riscos de afogamentos; 
-Utilização de placas, sinalizações;
-Regras de uso e segurança, cercas, ralos “anti-hair”. 
-Identificação de um potencial afogamento; 
-Utilização de apito para retirada do banhista de um 
local de risco; 
-Retirar um banhista ou grupo de situação perigosa na 
água.
CAMPANHAS NACIONAIS DE PREVENÇÃO
 Kim na escola: Ensina a crianças de 5 a 12 anos de idade,
as diferentes formas de se relacionar com a água de forma
mais segura, evitando o afogamento.
 Surf mais seguro: Ensina aos surfistas, técnicas básicas de
prevenção em afogamento, salvamento aquático com a
prancha e primeiros socorros.prancha e primeiros socorros.
 Piscina mais segura: Tem o objetivo de aumentar a
segurança em piscinas e assim reduzir o número de óbitos e
incidentes em piscinas.
 Obs: A SOBRASA não pertence ao Corpo de Bombeiros,
mas possui em sua diretoria uma maioria de militares de
diferentes corporações de Bombeiros Estaduais, sendo
parceira da LIGABOM colegiado legítimo desta classe junto
a diversos Órgãos em todas as esferas, mas especialmente
junto à Federação.
Atenção ler manual.
 Nade apenas nas áreas supervisionadas pelos guarda-vidas
 Atente para a sinalização
 Em dúvida, consulte o guarda-vidas sobre as condições para banho
e para a prática de “surf” antes de entrar na água
 Nunca nade sozinho
Se você entrar numa corrente, nade em diagonal através dela até
ORIENTAÇÃO AOS BANHISTAS
 Se você entrar numa corrente, nade em diagonal através dela até
conseguir escapar
 Faça sinais, pedindo socorro, caso não consiga sair da corrente
 Não simule ter necessidade de socorro
 Não substitua sua falta de conhecimento em natação por objetos
flutuantes
 Não leve objeto quebrável para a praia
 Não mergulhe em águas desconhecidas ou em locais onde as ondas
quebram com pouca profundidade
 Observe sempre os movimentos das crianças sob a sua
guarda, mesmo quando o guarda-vidas estiver por perto
 Evite ingerir bebidas alcoólicas e/ou alimentos de difícil
digestão, antes e durante o banho de mar
 Não promova brincadeiras que possam resultar em acidentes
ORIENTAÇÃO AOS BANHISTAS
 Não promova brincadeiras que possam resultar em acidentes
e ou lesões corporais
 Não tire a atenção do guarda-vidas de seu serviço de
observação, desnecessariamente
 Respeite o julgamento e a experiência de um guarda-vidas,
seguindo suas instruções e não interferindo em seu trabalho