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03/11/2011 1 Eliamara Barroso Sabino O termo expressão gênica refere-se ao processo em que a informação codificada por um determinado gene é decodificada em uma proteína. Teoricamente, a regulação em qualquer uma das etapas desse processo pode levar a uma expressão gênica diferencial. • Nas bactérias o controle da expressão gênica serve principalmente para permitir que as células se ajustem às mudanças nutricionais no ambiente, de forma que o seu crescimento e divisão sejam otimizados. • Em organismos multicelulares a expressão gênica controlada regula um programa genético fundamental para o desenvolvimento embrionário e a diferenciação. 03/11/2011 2 • Controlando quando e como um determinado gene é transcrito; • Controlando como um transcrito primário de RNA sofre o “splicing” ou é processado; • Selecionando quais mRNAs são traduzidos; • Ativando ou inativando seletivamente as proteínas depois da sua síntese. Transcrição Processamento do mRNA Tradução Modificações Pós-traducionais Localização regulada ◦ Citoplasma vs Núcleo Associação com outras proteínas NUCLEO Cromatina DNA Transcrição Processamento CAP Cauda mRNA EXON INTRON RNA CITOPLASMA CÉLULA mRNA Tradução Degradação do mRNA Polipeptídeo Proteína Ativa Proteína Degradada http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm http://fig.cox.miami.edu/~cmallery/150/gene/mol_gen.htm 03/11/2011 3 DNA RNA TRANSCRITO RNA FUNCIONAL RNA PRÉ TRADUCIONAL TRADUÇÃO PROTEÍNA PROTEÍNA ATIVA PROTEÍNA INATIVA NUCLEO CITOPLASMA Empacotamento, Metilação, Rearranjos, Amplificação, Heterocromatina, Inativação-X, Organização do DNA Promotores, Acentuadores, Fatores de Transcrição, Proteínas Ligantes e Repressores Cauda PoliA, Splicing, Adição do CAP Degradação, Entrega, Impedir ligação com Ribossomo, RNAi Ligação Ribossomal, Regulação do produto final Clivagem, Fosforilação, Dobramento, Modificação dos Radicais Inibição e Degradação 03/11/2011 4 REGULAÇÃO GÊNICA • PONTOS DA REGULAÇÃO • REGULAÇÃO PRÉ-TRANSCRICIONAL • REGULAÇÃO PRÉ-TRADUCIONAL • REGULAÇÃO NA MATURAÇÃO PROTÉICA RNA POLIMERASE SEM LACTOSE PROTEÍNA REPRESSORA A B C GENES ESTRUTURAIS PROMOTOR OPERADOR PROTEÍNA REPRESSORA A B C GENES ESTRUTURAIS PROMOTOR OPERADOR LACTOSE 03/11/2011 5 A B C GENES ESTRUTURAIS PROMOTOR OPERADOR LACTOSE REPRESSOR RNA POLIMERASE mRNA REGULAÇÃO GÊNICA • PONTOS DA REGULAÇÃO • REGULAÇÃO PRÉ-TRANSCRICIONAL • REGULAÇÃO PRÉ-TRADUCIONAL • REGULAÇÃO NA MATURAÇÃO PROTÉICA GENE PARA CASEÍNA DNA RNAm PARA CASEÍNA CASEÍNA (PROTEÍNA DO LEITE) 03/11/2011 6 GENE PARA CASEÍNA DNA RNAm PARA CASEÍNA GENE PARA CASEÍNA DNA RNAm PARA CASEÍNA RIBONUCLEASE RNAm DEGRADADO GENE PARA CASEÍNA DNA RNAm PARA CASEÍNA CASEÍNA (PROTEÍNA DO LEITE) RIBONUCLEASE PROLACTINA REGULAÇÃO GÊNICA • PONTOS DA REGULAÇÃO • REGULAÇÃO PRÉ-TRANSCRICIONAL • REGULAÇÃO PRÉ-TRADUCIONAL • REGULAÇÃO NA MATURAÇÃO PROTÉICA 03/11/2011 7 Proinsulin a Peptídeo - C Preproinsulin a Insulina madura 03/11/2011 8 Modelo para o controle genético do metabolismo de lactose em E. coli descrito em 1961 por François Jacob e JacquesMonod; Lactose: dissacarídeo de difícil difusão através da membrana celular devendo ser transportada ativamente para o interior da célula com o auxílio de uma enzima permease; Para usar a lactose como fonte de energia, a E. coli deve quebrá-la em glicose e galactose, reação catalisada pela enzima β-galactosidase. Esta enzima também converte a lactose em alolactose; Uma terceira enzima, a transacetilase, também é produzida, mas sua função no metabolismo da lactose é desconhecida. As três enzimas, permease, β-galactosidase e a transacetilase são codificadas por genes estruturais no Operon Lac de E. coli. Quando a lactose está ausente no meio na qual a bactéria cresce, são produzidas apenas algumas moléculas de cada enzima. Entretanto, quando a lactose é adicionada ao meio e a glicose está ausente, a taxa de síntese de todas as 3 enzimas aumenta cerca de mil vezes dentro de 2 ou 3 min. A β-galactosidase é codificada pelo gene lacZ, a permease pelo gene lacY e a transacetilase pelo gene lacA. No Operon Lac os 3 genes tem um promotor único (P) e são transcritos juntos. Antecedendo o promotor há um gene regulador (lac I) que tem seu próprio promotor e atua como repressor. 03/11/2011 9 Tipos de Regulação: Positiva & Negativa Propósito ◦ Utilizar preferencialmente a glicose Todos operons ◦ Utilizar a lactose somente quando não houver glicose presente, e quando houver lactose presente no meio ambiente Regulação a nível de transcrição gênica Operon da Lactose 03/11/2011 10 A indução do Operon Lac requer tanto a presença da alolactose (indutor) para inativar o repressor, quanto a ausência de glicose. Os níveis de AMPc são controlados pela glicose. O baixo nível de glicose aumenta a produção do AMPc levando à transcrição dos genes do Operon Lac. A repressão catabólica resulta do controle positivo em resposta à glicose. O controle positivo requer um fator de ativação, como o complexo AMPc + proteína ativadora do catabolismo (CAP), que se liga a um sítio perto do promotor e estimula a ligação da RNApol. 03/11/2011 11 Inibição Catabólica: Inibição do LAC Operon na presença de Glicose Análise Mutacional do LAC Operon Lac operon pode estar em condição diplóide em bactérias, através da presença do operon no genoma da bactéria e simultaneamente em um plasmídio Sistema muito utilizado para a análise mutacional de recessividade, dominância, ação cis e trans dos genes e produtos gênicos que regulam o operon 03/11/2011 12 03/11/2011 13 Operon da Arabinose Operon do Triptofano Transcrição acoplada a tradução Resposta limitada às mudanças nutricionais e ambientais. Os genes eucarióticos não estão organizados em operons. A estrutura da cromatina afeta a expressão gênica. Os ativadores parecem ser mais comuns em células eucarióticas, embora tanto estes quanto os repressores estejam presentes também em células procarióticas. 03/11/2011 14 Fatores cis e trans Fatores cis Estão na fita de DNA. São as regiões reguladoras, como as regiões promotoras dos genes, que são regiões que podem “ligar ou desligar”a expressão do gene Fatores trans Ligam-se ao DNA, mas provém de outra região do DNA, que os codifica para agirem sobre os fatores em cis Ativadores Repressores Reforçadores Elementos isolantes Regiões reguladoras e regiões promotoras Fatores cis e trans Enhacers ou reforçadores aumentam a transcrição do gene Podem agir à distância Acima ou abaixo O DNA faz uma alça Ativadores que agem à distância 03/11/2011 15 O DNA deve se desenrolar das proteínas histonas para que ocorra a transcrição através: -Acetilação das histonas: A adição de grupos acetil (CH3CO) às proteínas histonas catalisada pela enzima Acetiltransferase (HAT). Os grupos acetil desestabilizam a estrutura do nucleossomo, por neutralizar as cargas positivas das histonas, permitindo que o DNA se separe destas; Complexos de Remodelagem da Cromatina: Alguns fatores de transcrição e outras proteínas regulatórias ligam-se diretamentea sítios particulares no DNA sem acetilar as proteínas histonas promovendo o início da transcrição. 03/11/2011 16 Desacetilação das histonas: Outras enzimas denominadas desacetilases (HDAC) removem estes grupamentos acetil e restauram a estrutura compactada da cromatina, reprimindo a transcrição. Metilação do DNA: Fenômeno epigenético* que ocorre pela transferência de um grupamento metil (CH3) ao carbono 5 da citosina, catalisada por uma enzima DNA metiltransferase. Este processo é mais comum nas bases citosinas ligadas covalentemente à guanina, denominados dinucleotídeos CpG. É umprocesso associado à repressão da expressão gênica. *Fenômeno epigenético pode ser definido como mudança no material genético que altera a regulação da expressão gênica de maneira que esta é passada para as células filhas dentro das células somáticas, porém não é caracterizada como mutação, pois não envolve mudança na seqüência de DNA. Regulação de Ativação do Cromossomo X 03/11/2011 17 Células cancerígenas: metilação anormal de DNA desativa genes que normalmente evitariamdivisões celulares impróprias. Mais de 10% dos genes em alguns tipos de tumor são inativados por metilação. A resistência à quimioterapia está, na maioria dos casos, ligada ao grau de metilações anormais em alguns tumores. As alterações de metilação do DNA em células tumorais incluem a perda da metilação em seqüências normalmente metiladas (hipometilação) e o ganho de seqüências metiladas em locais geralmente não metilados (hipermetilação). Proteínas que se ligam a seqüências de DNA e que influenciam sua expressão. Em geral formam pontes de hidrogênio com as bases do DNA ou interagem com o arcabouço açúcar-fosfato do DNA. Apresentam partes funcionais denominadas de domínios, compostos por 60 a 90 aa que são responsáveis pela ligação ao DNA. Dentro dos domínios existem estruturas características denominadas motivos. Domíneos de Ligação ao DNA: Hélice-gira-Hélice -Duas hélices alfa que se ligam ao sulco maior do DNA; - Presentes em células procarióticas e eucarióticas. 03/11/2011 18 Domíneos de Ligação ao DNA: Zinc Finger -Alça de aa com Zinco na base que se ligam ao sulco maior do DNA; -Presentes em células eucarióticas; - Descoberto no fator TFIIIA envolvido na transcrição do RNAr 5S pela RNA pol III. - Hélices de Leucinas e um braço básico; duas leucinas interdigitadas, que se ligam a dois sulcos maiores do DNA; - Presentes em células eucarióticas. 03/11/2011 19 Os genes eucarióticos podem ser regulados por meio do controle doprocessamento do RNAm: - sítios alternativos de “splicing” do RNAm (a seleção de sítios alternativos de corte leva à produção de proteínas diferentes); - sítios alternativos de poliadenilação do RNAm (idem); - controle do transporte do RNAm para o citoplasma (translocação); - controle citoplasmático da estabilidade (degradação por ribonucleases) do RNAm; Silenciamento do RNA: iniciado por moléculas bifilamentares de RNA que são cortadas e processadas. O pequenos RNA interferentes (RNAsi), ligam-se à seqüências complementares do RNAm causando corte e decomposição; - Os RNAsi podem estimular a metilação de seqüências complementares no DNA. Após a tradução as proteínas eucarióticas passam por uma seleção alternativa de vias de processamento: clivagem proteolítica, remoção da seqüência sinal, modificações covalentes (acetilação, fosforilação, metilação) e especificidade de degradação 03/11/2011 20
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