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EDUCAÇÃO INCLUSIVA ATRAVÉS DA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS TCC


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EDUCAÇÃO INCLUSIVA ATRAVÉS DA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS
.................-MG
2017
EDUCAÇÃO INCLUSIVA ATRAVÉS DA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS 
Artigo apresentado ao Programa de Pós-Graduação do Instituto............, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Educação Inclusiva
Orientador: ...........
-MG
2017
RESUMO
 
	O presente artigo resulta de uma pesquisa que buscou investigar como ocorre a educação inclusiva no contexto educacional, através da analise da legislação vigente confrontada com a prática no cotidiano escolar, onde utiliza-se a língua de sinais conhecida como libras. Partiu-se da seguinte questão-problema: Em que condições materiais e político-pedagógicas a educação inclusiva vem se efetivando? Teve-se como objetivo investigar em que condições materiais e político-pedagógicas a educação inclusiva vem se efetivando, confrontando a legislação vigente e a prática educativa, onde educadores e monitores utilizam-se da Língua de Sinais, para que o educando obtenha êxito em seu processo de construção do conhecimento. Concluiu-se que todos os profissionais da educação, como professores, coordenadores, pedagogos e funcionários em geral, devem criar um ambiente que propicie inclusão aos sujeitos com necessidades educativas especiais em seus diversos graus, respeitando suas potencialidades, não havendo rejeição e preconceito, mas oportunizando a esses uma educação de qualidade. A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas. Para que isso ocorra, torna-se necessário os cursos de formação continuada par a educadores que atuam com crianças que necessitam da Língua de Sinais, para obterem sucesso em sua vida acadêmica, pois, novas práticas, pois ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que essa escola possa se concretizar, é necessária a atualização e desenvolvimento de novos conceitos, assim como a redefinição e a aplicação de alternativas e práticas pedagógicas educacionais compatíveis com a inclusão.
Palavras-chave: Educação Inclusiva. Legislação . Respeito as diferenças. Lingua de Sinais.
ABSTRACT
This article results from a study that investigated how inclusive education occurs in educational settings, through the analysis of existing legislation faced with the practice in the school routine , which is used sign language known as pounds . We start by the following problem-question : What material and political- pedagogical conditions for inclusive education has been effecting ? Had as objective to investigate where political- pedagogical materials and inclusive education has been effecting conditions confronting the current law and educational practice where educators and monitors are used in sign language so that the student is successful in their process construction of knowledge. It was concluded that all education professionals , such as teachers , engineers , educators and staff in general should create an environment that fosters inclusion for individuals with special needs in their various degrees respecting its potentialities , with no rejection and prejudice, but providing opportunities to such a quality education . The common school becomes inclusive in recognizing the differences of the students on the educational process and seeks the participation and advancement of all , adopting new teaching practices . For this to occur , it is necessary to couple courses for educators who work with children in need of sign language continuing education , to succeed in their academic life, for new practices , because it depends on changes that go beyond school and the classroom . For this school to be realized , upgrading and development of new concepts , such as the redefinition and application of alternative educational and pedagogical practices compatible with the inclusion is required.
Keywords : Inclusive Education . Legislation. Respect the differences . Language of Signs .
INTRODUÇÃO
	A presente pesquisa surgiu da necessidade de investigar a proposta de educação inclusiva no que tange a Língua de Sinais como recurso propulsor da aprendizagem. 
	Sabe-se que a comunicação é uma necessidade humana, e as linguagens oral e escrita são as formas mais comuns de comunicação. Por isso, pode-se dizer que a linguagem é natural do ser humano e, através da linguagem, o ser humano estrutura seu
pensamento, traduz o que sente, registra o que conhece, se comunica com os outros, produz significação e sentido. 
As línguas de sinais são utilizadas pela maioria das pessoas surdas no mundo. No Brasil, existem duas línguas de sinais: a Língua Kaapor – LSKB, utilizada pelos índios da tribo Kaapor, onde muitos membros são surdos, devido às altas febres causadas por doenças transmitidas pelo contanto com pessoas de fora da tribo, e a Língua Brasileira de Sinais - Libras, que é utilizada nos centros urbanos. A língua portuguesa, no caso dos surdos brasileiros, é considerada uma segunda língua.
.
1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA ATRAVÉS DA LINGUA DE SINAIS LIBRAS
1.1 O que é Educação Inclusiva
Percebe-se que a educação reside na preparação de indivíduos para desenvolver habilidades e competências que favoreçam a aprendizagem, o exercício da cidadania e a igualdade de oportunidades, inclusive para aqueles que são portadores de necessidades educativas especiais. 
A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas. Não é fácil e imediata a adoção dessas novas práticas, pois ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que essa escola possa se concretizar, é necessária a atualização e desenvolvimento de novos conceitos, assim como a redefinição e a aplicação de alternativas e práticas pedagógicas educacionais compatíveis com a inclusão. Mas, afinal , o que é inclusão?
	Para Montoan( 2009, p.19), a inclusão não questiona somente as políticas e a organização da educação especial e da regular, mas também o próprio conceito de integração. Ela é incompatível com a integração, já que prevê a inserção escolar de forma radical, completa e sistemática. Todos os alunos, sem exceção, devem frequentar as salas de aula do ensino regular.
	A autora ressalta que incluir um sujeito portador de necessidades educativas especiais, perpassa o direito a matricula, as adaptações arquitetônicas, a contratação de monitores, que são necessários, mas não garantem uma educação de qualidade .
	Glat (2007, p.16) contribui ao dissertar que a Educação Inclusiva significa um novo modelo de escola em que é possível o acesso e a permanecia de todos os alunos, e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação e remoção das barreiras para a aprendizagem. Ou seja, é uma escola onde as diferenças, ritmos e tempos de aprendizagem são respeitados e valorizados e que ações educativas são elaboradas para que o alunado obtenha êxito em seu processo de construção do conhecimento, tornando um cidadão valorizado, participativo, incluso e protagonista de sua história.
	Montoan (2009) afirma ainda que a comunidade escolar deve compreender o aluno com necessidades especiais e respeitar suas diferenças, considerando suas limitações mesmo porque todos nós temos limitações. Entretanto, quem possui necessidades especiais, geralmente passam por situações embaraçosas em consequência de suas particularidades, pois a sociedade não leva em conta que essas pessoas possuem habilidades específicas, como qualquer um, por isso é necessário que se abandonem os “rótulos” e as classificações, procurando levar em conta as possibilidades e necessidades impostas pelas limitações que a deficiência traz.
	Um ensino para todos os alunos háque se distinguir pela sua qualidade. O desafio de fazê-lo acontecer nas salas de aulas é uma tarefa a ser assumida por todos os que compõem um sistema educacional. Um ensino de qualidade provém de iniciativas que envolvem professores, gestores, especialistas, pais e alunos e outros profissionais que compõem uma rede educacional em torno de uma proposta que é comum a todas as escolas e que, ao mesmo tempo, é construída por cada uma delas, segundo as suas peculiaridades. 
	Glat (2007, p.17) afirma que a proposta de Educação Inclusiva implica, portanto, um processo de reestruturação de todos os aspectos constitutivos da escola, envolvendo a gestão de casa unidade e dos próprios sistemas educacionais.
Acredita-se que este processo pode acontecer de forma adequada, pois somos amparados por leis que asseguram a efetivação da educação inclusiva. Por outro lado, não bastam apenas leis governamentais e propostas para que se possa chegar a uma escola para todos. É necessário que se dê condições para colocar em prática a inclusão dos PNE’s, principalmente pensando-se na formação continuada, adequada do profissional da educação. Observa-se que o interesse pela inclusão é um assunto que vem sendo discutido pela sociedade há bastante tempo, e que somente no século XX, é que os PNE’s começaram a ter seus direitos garantidos, sendo considerada por isso a Era do Direito.
Faz-se necessário um envolvimento da família, sociedade civil e escola e ainda a capacitação de profissionais, seja através de formação continuada ou curso de graduação e pós-graduação, treinamentos específicos promovidos pelos órgãos do sistema educacional, para que haja um atendimento digno, inclusivo aos portadores de necessidades educativas especiais. 
De acordo com Aranha (2004), escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de ensino a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades. A escola das diferenças é a escola na perspectiva inclusiva, e sua pedagogia tem como mote questionar, colocar em dúvida, contrapor-se, discutir e reconstruir as práticas que, até então, têm mantido a exclusão por instituírem uma organização dos processos de ensino e de aprendizagem incontestáveis, impostos e firmados sobre a possibilidade de exclusão dos diferentes, à medida que estes são direcionados para ambientes educacionais à parte
Um ensino de qualidade provém de iniciativas que envolvem professores, gestores, especialistas, pais e alunos e outros profissionais que compõem uma rede educacional em torno de uma proposta que é comum a todas as escolas e que, ao mesmo tempo, é construída por cada uma delas, segundo as suas peculiaridades.
O Projeto Político Pedagógico é o instrumento por excelência para melhor desenvolver o plano de trabalho eleito e definido por um coletivo escolar; ele reflete a singularidade do grupo que o produziu, suas escolhas e especificidades. Nas escolas inclusivas, a qualidade do ensino não se confunde com o que é ministrado nas escolas-padrão, consideradas como as que melhor conseguem expressar um ideal pedagógico inquestionável, medido e definido objetivamente e que se apresentam como modelo a ser seguido e aplicado em qualquer contexto escolar. As escolas-padrão cabem na mesma lógica que define as escolas dos diferentes, em que as iniciativas para melhorar o ensino continuam elegendo algumas escolas e valorando-as positivamente, em detrimento de outras. Cada escola é única e precisa ser, como os seus alunos, reconhecida e valorizada nas suas diferenças.
Para atender a todos e atender melhor, a escola atual tem de mudar, e a tarefa de mudar a escola exige trabalho em muitas frentes. Cada escola, ao abraçar esse trabalho, terá de encontrar soluções próprias para os seus problemas. As mudanças necessárias não acontecem por acaso e nem por Decreto, mas fazem parte da vontade política do coletivo da escola, explicitadas no seu Projeto Político Pedagógico - PPP e vividas a partir de uma gestão escolar democrática de que a realidade escolar é dinâmica e depende de todos dá força e sentido à elaboração do PPP, entendido não apenas como um mero documento exigido pela burocracia e administração escolar, mas como registro de significados a serem outorgados ao processo de ensino e de aprendizagem, que demanda tomada de decisões e acompanhamento de ações conseqüentes. 
Para Gadotti e Romão (1997), o Projeto Político Pedagógico deve ser entendido como um horizonte de possibilidades para a escola. O Projeto imprime uma direção nos caminhos a serem percorridos pela escola. Ele se propõe a responder a um feixe de indagações de seusmembros, tais como: qual educação se quer e qual tipo de cidadão se deseja, para qual projeto de sociedade? O PPP propõe uma organização que se funda no entendimento compartilhado dos professores, alunos e demais interessados em educação. 
Todas as intenções da escola, reunidas no Projeto Político Pedagógico, conferem-lhe o caráter Político, porque ele representa a escolha de prioridades de cidadania em função das demandas sociais. O PPP ganha status Pedagógico ao organizar e sistematizar essas intenções em ações educativas alinhadas com as prioridades estabelecidas.O professor, portanto, ao contribuir para a elaboração do PPP, bem como ao participar de sua execução no cotidiano da escola, tem a oportunidade de exercitar um ensino democrático, necessário para garantir acesso e permanência dos alunos nas escolas e para assegurar a inclusão, o ensino de qualidade e a consideração das diferenças dos alunos nas salas de aula
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, explicita, como um dos princípios para a educação no Brasil, "[...] a gestão democrática do ensino público". Essa preocupação é reiterada na LDBEN (Lei nº 9394/96), no artigo 3º, ao assinalar que a gestão democrática, além de estar em conformidade com a Lei, deve estar consoante à legislação dos sistemas de ensino, pois como Lei que detalha a educação nacional, acrescenta a característica das variações dos sistemas nas esferas federal, estadual e municipal. Ainda nesse detalhamento, a LDBEN avança, no seu artigo 14, afirmando que: Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Outra legislação que vem nesse sentido é o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei Nº. 8.069/90), que, no seu artigo 53, enfatiza os objetivos da educação nacional, repetindo os princípios constitucionais e os da LDBEN, mas deixando claro em seu parágrafo único que "[...] é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais". Evidencia-se na legislação o caráter da comunidade escolar participativa e ampliada para além dos muros escolares, com compromisso conjunto nos rumos da educação dos cidadãos. A gestão democrática ampliada nos contornos da comunidade ganha, por meio do texto legal, condições de ser exercida com autonomia.
	Embora a escola não seja independente de seu sistema de ensino, ela pode se articular e interagir com autonomia como parte desse sistema que a sustenta, tomando decisões próprias relativas às particularidades de seu estabelecimento de ensino e da sua comunidade. Entretanto, mesmo outorgada por lei, a autonomia escolar é construída aos poucos e cotidianamente. Do ponto de vista cultural e educacional, encontram-se poucas experiências de construção da autonomia e do cultivo de hábitos democráticos. 
1.2-Língua de Sinais-LIBRAS
A expressão "língua gestual" refere-se à língua materna de uma comunidade de surdos. As línguas gestuais são línguas naturais, que se surgem e se desenvolvem naturalmente, como as línguas orais. Esta língua é produzida por movimentos corporal do corpo e dasmãos e por expressões faciais e a sua recepção é visual. 
Muito se discute sobre a inclusão do surdo em sala de aula do ensino regular. Sabe-se que, constitucionalmente, ele tem direito à educação e à saúde, bem como a solicitar um intérprete para auxiliá-lo em aula, traduzindo a língua oral para a língua de sinais. Muitas vezes, o surdo é considerado um estranho dentro de sua própria comunidade por não dominar a língua de sinais, o que dificulta ou desfavorece sua interação, uma vez que não consegue estabelecer comunicação com outro surdo nem com o ouvinte. 
De acordo com Zanardini (2009), a primeira língua utilizada pelos surdos deve ser a língua de sinais, pois ela servirá de base para a aquisição da segunda língua.  Assim, a língua do país de origem do surdo deve ser, na verdade, sua segunda língua, no caso do Brasil, fala-se o Português. 
A autora enfatiza, que, estudos recentes evidenciam que as crianças surdas aprendem melhor quando são usuárias da língua de sinais. Constatou-se também que os surdos filhos de pais surdos têm melhores desempenhos escolares e são mais equilibrados mental e emocionalmente que os surdos filhos de pais ouvintes. 
Segundo Almeida (2000, p.3), "Surdos e ouvintes têm línguas diferentes, mas podem viver numa única comunidade, desde que haja um esforço mútuo de aproximação pelo conhecimento das duas línguas, tanto por ouvintes como por surdos".
Faz parte das expectativas dos surdos e de seus pais, que estudem em escolas para ouvintes. A permanência do surdo na escola regular é à custa do acobertamento das dificuldades encontradas pelo mesmo. 
Os professores das salas regulares não estão preparados para o trato com os surdos, a maioria não sabe nem mesmo como comunicar-se. É necessário que exista uma formação adequada para o professor trabalhar com os surdos. Além disso, as escolas precisam se adequar a eles, e não eles se adaptarem a elas. Fato esse que tem ocorrido, no município de Governador Valadares, onde os surdos são acompanhados por monitores, que fazem a formação continuada e acabam aprendendo Libras. Tem sido também grande a procura por cursos de pós-graduação e estágios em instituições como igrejas e associações, onde os surdos se encontram. 
Segundo Zanardini (2009), a língua de sinais é tão eficaz quanto a oral, pois é plena e tem estrutura gramatical própria, permite a expressão de qualquer significado, pois contém todos os mecanismos adequados de comunicação. No entanto, para ocorrer avanço nesta área, faz-se necessário o treinamento de interpretes e professores, para que utilizem a LIBRAS com maior facilidade.
A língua de sinais constitui o elemento identificatório dos surdos, e o fato de constituir-se em comunidade significa que compartilham e conhecem os usos e normas de uso da mesma língua, já que interagem cotidianamente em um processo comunicativo eficaz e eficiente. Isto é, desenvolveram as competências linguísticas e comunicativa - e cognitiva - por meio do uso da língua de sinais própria de cada comunidade de surdos.( SKLIAR 1997, p. 141)
.	Percebe-se que a acessibilidade da comunicação é por direito de todos através da Lei Federal Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que promove a eliminação de barreiras de comunicação. 
A comunicação é a base fundamental para o desenvolvimento, iniciado na família e enriquecido na vida em sociedade. Por isso o estimulo a aprendizagem da Libras por parte da sociedade como um todo é fundamental para promover uma melhor qualidade de vida para os surdos. 
Porém é imprescindível desenvolver atividades de aprendizagens da Libras por parte de profissionais de suma importância na sociedade como: médicos, enfermeiros, policiais, educadores, dentre tantos outros é fundamental para o estimulo á convivência dos surdos com os ouvintes falantes, fornecer ajuda, conhecimento e auxiliar o surdo em suas atividades, além de quebrar as barreiras da discriminação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A título de conclusão, considera-se que as propostas pedagógicas contemporâneas buscam eliminar as práticas de segregação, é perceptível que a inclusão não seja apenas no espaço físico e no direito a matricula, contratação de monitores, mas que o aspecto pedagógico também seja evidenciado.
A legislação preconiza o direito a igualdade, porém ainda não há uma capacitação de professores que atendam as demandas das crianças portadoras de necessidades especiais. Ficando na instituição analisada, trabalhado mais o cuidado, a alimentação e a higienização. Mas a parte pedagógica ainda requer mais investigação e formação por parte dos professores, equipe gestora e pedagógica. 
Percebe-se a necessidade de investir na formação inicial e continuada dos profissionais da educação, de forma específica, trabalhando com consciência crítica sobre a realidade que irão enfrentar, elaborando conceitos de organização de ações educativas que visa respeitar as dificuldadese diferenças existentes para que haja o resgate imediato pela cidadania e o respeito ao próximo. 
A capacitação profissional, especialmente na área educativa inclusiva consiste como um dos pilares base do melhoramento qualitativo do ensino, e no que diz respeito à educação inclusiva, o profissional deve estar situado com as distintas realidades sociais e a enorme demanda existente no contexto escolar. Verificou-se a necessidade de se ter um olhar diferenciado frente a diversidade humana, respeitando as habilidades, tempo, ritmo e limitações de cada sujeito.
A LIBRAS permite ao surdo uma forma de comunicação diferente que deve ser respeitada, pois trata-se de uma língua legalmente reconhecida, apesar de apenas uma minoria utilizá-la. Além disso, são os ouvintes que fazem dela um problema,  uma vez que não conseguem entendê-la. Várias pesquisas já demonstraram que a língua de sinais cumpre com os aspectos linguísticos, uma vez que possui todo o processo próprio da língua, que leva a comunicação.
Foi enfatizado também que a primeira língua a ser adquirida pelo surdo é a LIBRAS, e que sua difusão é muito importante para que as pessoas tenham conhecimento da influência  que ela exerce na comunicação dos surdos.Portanto, a linguagem de sinais deve passar a ser reconhecida na prática social como uma verdadeira língua, com organização e estrutura próprias, passando do status de mímica para o de língua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Elizabeth Oliveira Crepaldi de Almeida. Leitura e Surdez: um estudo com adultos não oralizados. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
BOTELHO, Paula. Linguagem e Letramento na Educação dos Surdos: ideologias e práticas pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
BRASIL, Constituição da República Federal 1988.-texto Constituição da Republica federativa do Brasil , promulgada em 05 de outubro de 1998. São Paulo: Saraiva, 2001.
BRASIL, Lei Federal nº 9.394 Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 20 de dezembro de 1996- a Educação Especial, 28,29 – 30p.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas educacionais – orientações gerais e marcos legais. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon: 2009.
SKLIAR, Carlos (org.). Educação & Exclusão: abordagens sócio-antropológica em educação especial. Porto Alegre: Mediação, 1997.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA ATRAVÉS DA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS 
...................- Instituto Mineiro de Educação Superior, como requisito parcial para a obtenção do título de especialização-pós-graduação “lato sensu” em Educação Inclusiva.
Aprovada em _______de________________________de_____________
COMISSÃO AVALIADORA
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