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Denuncia feito pelo Ministério Publico -

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ALINE NUNES SANTESSO
rA. 201510005
Inquérito Policial nº xxxxx
Vara Criminal da Comarca de Catanduva
Meritíssimo Juiz,
I – Ofereço denúncia contra JAQUELINE LOURES, pelo crime de falsidade ideológica;
 
II – Requeiro F.A.C. (Folha de Antecedentes Criminais) e certidões criminais do que constar em nome da denunciada;
Catanduva, 18 de agosto de 2021.
ALINE NUNES SANTESSO
PROMOTORA DE JUSTIÇA
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
AO JUÍZO DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CATANDUVA, ESTADO DE SÃO PAULO.
Inquérito Policial nº xxxxx
O MINISTÉRIO PÚBLICO por meio de seu representante xxx, vem diante de Vossa Excelência, mui respeitosamente, com amparo no artigo 299, por duas vezes, combinado com o artigo 61, inciso II, alínea b, artigo 69 e artigo 71, do Código Penal, apresentar DÉNUNCIA em face da Jaqueline Loures, brasileira, estado civil, fisioterapeuta, portadora do RG nº xxx, e do CPF de nº xxx, residente e domiciliada na rua xxx, nº xx, na cidade de xxx, telefone (xx) xxxx-xxx, endereço eletrônico: jaqueline@hotmail.com, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados:
DOS FATOS
	Consta dos inclusos autos do inquérito policial supra mencionado, segundo a denúncia, que nos anos de 2019 e 2020 à acusada Jaqueline, qualificado a fls. xx e indiciado a fls. xx, em sua clínica situada na rua xxxx, nº xxx, xxxxxx, nesta cidade e Comarca de Catanduva, supostamente na condição de fisioterapeuta, previamente ajustada, agindo com dolo e de forma consciente e voluntária, realizava atividades descritas nos autos de exibição e apreensão a fls. xx, comprovou-se que não houve qualquer prestação de serviços fisioterápicos pela condenada às pessoas que pleitearam dedução da base de cálculo do Imposto de Renda, tampouco a transferência de recursos como pagamento de honorários.
	A acusada foi responsável pela confecção e fornecimento de 68 recibos ideologicamente falsos a dois contribuintes, com escopo de comprovação de serviços prestados e contraprestações financeiras, fictícios, entre os anos de 2019 e 2020, com o intuito de sonegar tributos federais. 
	Além disso, ainda é acusada de ter apresentado à Receita Federal, fichas de acompanhamento igualmente falsas, em relação aos referidos contribuintes, seus supostos pacientes, com intuito de comprovar a veracidade dos recibos emitidos. Ainda digo mais, um de seus supostos pacientes chegou a receber 24 recibos falsos que totalizaram o valor equivalente a R$ 21.000,00 (vinte e um) mil.
	Segundo apurado, Jaqueline Loures cometeu, dois crimes de falsidade ideológica; o primeiro, consistente na confecção e fornecimento de recibos ideologicamente falsos a dois contribuintes, com escopo de comprovação de serviços prestados e contraprestações financeiras, todos fictícios, entre os anos de 2019 e 2020; e, o segundo, na contrafação de fichas de acompanhamento para justificar os referidos recibos fornecidos a seus supostos pacientes, em xx de xxxx de 2021.
	Ante o exposto, denuncio JAQUELINE LOURES, com incursos artigo 299, por duas vezes, combinado com o artigo 61, inciso II, alínea b, artigo 69 e artigo 71, do Código Penal, requerendo que, recebida e autuada está, seja a denunciada citada, prosseguindo-se nos demais atos processuais, até final condenação, de acordo com o rito previsto nos arts. 394, §1o, inc. I, e 396/405, do Código de Processo Penal, ouvindo-se, oportunamente, as testemunhas a seguir arroladas.
I. DO TIPO PENAL 
	Trata-se de crime perfeitamente tipificado no Art. 299, por duas vezes, do Código Penal. No presente caso os elementos do tipo ficaram capazmente configurados, tais como: 
a) Ato do verbo nuclear do crime de falsificação ideológica, identificado por meio dos recibos falsos sequencialmente prestados à Receita Federal.
b) Prova da Autoria por meio das datas e assinaturas da acusada.
c) Prova do dolo especifico, conforme fichas de acompanhamento falsas, em relação aos referidos contribuintes, seus supostos pacientes, com intuito de comprovar a veracidade dos recibos emitidos e colaborar na sonegação de impostos.
	Por tanto, a condenação é medida que se impõe. 
II. DOS AGRAVANTES
	Conforme demonstrado, o crime foi realizado por motivo torpe, uma vez que, em face das sessenta e oito falsificações de recibos deve ser aumentada a fração de aumento da pena, em razão da continuidade delitiva no máximo, ou seja, dois terços, evidenciando o enquadramento na agravante do artigo 61, inciso II, alínea b:
“Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II – Ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;”
	Não restam dúvidas sobre o cometimento dos aludidos crimes e nem de sua autoria. Nestes termos, o Ministério Público, visando ao resguardo do interesse público e devidamente fundamentado, requer que o ora denunciado seja afastado, cautelarmente, das funções de Fisioterapeuta e pague pelos seus crimes.
Catanduva, 18 de agosto de 2021.
_________________________________________
Aline Nunes Santesso
Promotora de Justiça
 
TESTEMUNHAS:
1. xxxxxxxx, qualificado no APF em anexo;
2. xxxxxxxx, qualificada no APF em anexo;
3. xxxxxxxx, qualificado no APF em anexo.

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