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Motilidade Gastrointestinal

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Princípios gerais 
Na parede intestinal temos as 
seguintes camadas: serosa, 
camada muscular longitudinal, 
camada muscular circular, 
submucosa e mucosa. As funções 
motoras são executadas através 
das diferentes camadas de 
músculo liso. 
- Músculo liso gastrointestinal 
(sincício): uma camada muscular 
longitudinal, os deixes vão se 
estender longitudinalmente no trato 
intestinal, na sua camada muscular 
circular vai se dispor ao redor do 
intestino. O interior de cada feixe as 
fibras musculares vão se conectar, 
eletricamente, através de uma 
grande quantidade de junções 
abertas, que possui uma baixa 
resistência com a movimentação 
dos íons da celular muscular. Por 
conseguinte, os sinais elétricos que 
iniciam as contrações musculares 
podem seguir rapidamente seu 
percurso de uma fibra para outra 
no interior de cada feixe, porém de 
forma mais rápida ao longo do seu 
comprimento do que lateralmente. 
 
 
 
 
 
 
 
- Atividade elétrica do músculo liso 
gastrintestinal: é excitado por uma 
atividade elétrica intrínseca lenta e 
quase contínua ao longo das 
membranas das fibras musculares. 
Essa ação possui dois tipos básicos 
de ondas elétricas: 
Motilidade Gastrointestinal Motilidade Gastrointestinal 
Medicina Teresópolis – Isabela Gameiro 102 @isa.gameiro 
 Ondas lentas: 
Quando as contrações 
gastrointestinais ocorrem de 
maneira rítmica, sendo um ritmo 
determinado, principalmente por 
sua frequência das denominadas 
ondas lentas do potencial de 
membrana do músculo liso. 
Não causam contrações muscular 
na maior parte do trato 
gastrointestinal, em exceção o 
estômago. Controlam 
principalmente o aparecimento de 
potenciais em ponta intermitentes, 
os quais por sua vez excitam a 
maior parte da contração 
muscular. 
 
 Potenciais em ponta: 
São os verdadeiros potenciais de 
ação. Vão ocorrer 
automaticamente quando o 
potencial de repouso da 
membrana do músculo liso 
gastrintestinal fica mais positivo. 
Com a maior elevação do 
potencial das ondas lentas acima 
desse nível, maior frequência dos 
potenciais em ponta, variando 
entre 1 e 10 pontas por segundos. 
 Íons cálcio e contração 
muscular: 
Contração do músculo liso em 
resposta à entrada de cálcio na 
fibra muscular. 
As ondas lentas não são 
responsáveis pela entrada de íons 
cálcio na fibra muscular lisa 
(somente na entrada de íons sódio). 
Geralmente nas ondas lentas não 
causam contração muscular. 
Durante os potenciais em ponta 
gerados nos picos das ondas lentas, 
que grande quantidade de íons 
cálcio vai penetrar nas fibras 
ocorrendo sua maior parte da 
contração. 
 
Controle neural da 
função gastrintestinal 
– Sistema nervoso 
entérico 
 
O trato gastrintestinal possui um 
sistema nervoso próprio, que 
chamamos de sistema nervoso 
entérico. É localizado inteiramente 
na parede do intestino, 
começando no esôfago se 
estendendo até o ânus. Vai 
controlar particurlamente os 
movimentos e a secreção 
gastrintestinal. 
O sistema nervoso entérico é 
constituído por dois plexos: o 
externo que se localiza entre as 
camadas musculares longitudinal e 
circular, sendo denominado plexo 
mioentérico; o interno denominado 
de plexo submucoso, sendo 
localizado na submucosa. O plexo 
mioentérico controla os 
movimentos gastrintestinais, 
enquanto que o plexo submucoso 
vai controlar a secreção 
gastrintestinal e o fluxo sanguineo 
do local. 
- Diferenças entre plexo 
mioentérico e submucoso: 
O plexo mioentérico é constituído 
por uma cadeia linear de 
numerosos neurônios 
interconectados que vão se 
estender por todo o comprimento 
do trato gastrintestinal. 
Quando é estimulado os seus 
principais efeitos consistem em: 
aumento da contração tônica da 
parede intestinal; aumento da 
intensidade das contrações 
rítmicas; ligeiro aumento da 
frequência do ritmo de contração; 
maior velocidade de condução 
das ondas excitatórias ao longo da 
parede intestinal, tendo como 
resultado o movimento mais rápido 
das ondas peristálticas. 
Em contraste o submucoso está 
principalmente relacionado com o 
controle da função no interior da 
parede de cada diminuto 
segmento do intestino. 
 
- Controle autonômico no trato 
gastrintestinal: 
 Inervação parassimpática: 
É dividida em: divisões craniana e 
sacra. 
Com exceção de algumas fibras 
parassimpáticas para a boca e a 
região faríngea do trato alimentar, 
as fibras cranianas vão ser levadas 
quase que inteiramente pelos 
nervos vagos. Proporcionando 
extensa inervação para o esôfago, 
estômago e o pâncreas, 
ligeiramente menos para o intestino 
até a primeira metade do intestino 
grosso. 
Os neurônios pós-ganglionares 
desse sistema vão se localizar nos 
plexos mioentéricos e submucoso, 
de modo que a estimulação dos 
nervos parassimpáticos provoque 
um aumento geral da atividade de 
todo o sistema entérico. 
 Inervação simpática: 
As fibras simpáticas se originam na 
medula espinhal entre os 
segmentos T-5 e L-2. 
As fibras pré-ganglionares que 
inervam o intestino vão penetrar 
nas cadeias simpáticas situadas na 
lateral da coluna vertebral e 
passam através delas para os 
gânglios situados na parte de fora 
como o gânglio celíaco e gânglio 
mesentéricos. 
Fibras simpáticas vão inervar todas 
as porções próximas da cavidade 
oral e do ânus. Suas terminações 
nervosas simpáticas secretam 
norepinefrina. 
- Fibras nervosas sensitivas 
aferentes do intestino: 
Originam-se no intestino, tendo seus 
corpos celulares no próprio sistema 
intérico. Podem ser estimulados por: 
irritação da mucosa intestinal; 
distensão excessiva do intestino; 
presença de substâncias químicas 
específicas no intestino. 
Existem dois tipos de fibras 
aferentes: um deles tem seus corpos 
celulares no sistema nervoso 
entérico, envia axônios para cima 
por meio dos nervos autonômicos, 
sendo terminado nos gânglios 
simpáticos pré-vertebrais (gânglios 
celíaco, mesentérico e 
hipogástrico); o outro tipo de fibras 
aferentes tem os seus corpos 
celulares sendo localizados nos 
gânglios da raiz dorsal da medula 
espinhal ou gânglios dos nervos 
cranianos. 
- Reflexos gastrintestinais: 
Constitui o suporte de 3 tipos de 
reflexos gastrintestinais sendo 
essenciais para o controle 
gastrintestinal. Eles são: 
 Reflexos que são totalmente 
integrados no sistema nervoso 
entérico. Controlam a 
secreção gastrintestinal, o 
peristaltismo, as contrações de 
mistura, os efeitos inibitórios 
locais e assim por diante. 
 Reflexos do intestino para os 
gânglios simpáticos pré-
vertebrais que vão retomar ao 
trato gastrointestinal. 
Transmitem sinais por longas 
distâncias por meio do trato 
gastrintestinal, como os sinais 
provenientes do estômago 
que vai causar a evacuação 
do cólon, os sinais 
provenientes do cólon e do 
intestino delgado para inibir a 
motilidade do estômago e a 
secreção gástrica (reflexo 
enterogástrico) e os reflexos 
originados do cólon para inibir 
o esvaziamento do conteúdo 
ileal dentro do cólon. 
 Reflexos do intestino para a 
medula espinhal ou tronco 
cerebral, onde vão retornar 
para o trato gastrintestinal. 
Incluem: reflexos provenientes 
de estômago e do duodeno 
para o tronco cerebral, 
retornando para o estômago 
por meio dos nervos vagos, 
controlando a atividade 
gástrica motora e secreção; 
reflexos de dor causando 
inibição geral de todo o trato 
gastrintestinal; reflexos de 
defecção sendo originados do 
cólon e do reto para a 
medula espinhal, sendo 
retornados para produzir as 
contrações colônicas, retais e 
abdominais que são 
responsáveis pela defecação. 
- Controle hormonal da motilidade 
gastrintestinal: 
A maioria dos hormônios vão afetar 
a motilidade de algumas partes do 
trato gastrintestinal. 
A colecistocinina é secretada 
através das células I na mucosa do 
duodeno e do jejuno, 
principalmenteem resposta à 
presença de produtos de 
degradação das gorduras, ácidos 
graxos e monoglicerídios no 
conteúdo intestinal. Vai inibir 
moderadamente a motilidade do 
estômago, como conseqüência ira 
provocar um esvaziamento na 
vesícula biliar como também vai 
retardar o esvaziamento do 
alimento no estômago, com isso 
proporciona tempo adequado 
para a digestão de gordura na 
parte superior do trato do intestinal. 
A secretina é secretada pelas 
células S da mucosa do duodeno 
em resposta ao esvaziamento do 
suco gástrico ácido pelo estômago 
no duodeno, por meio do piloro. 
Vai exercer um efeito inibidor sobre 
a motilidade da maior parte do 
trato gastrintestinal. 
O peptídio gástrico é secretado 
através da mucosa da parte 
superior do intestino delgado. 
Exerce um leve efeito ao diminuir a 
atividade motora do estômago e 
reduzir a velocidade do 
esvaziamento do conteúdo gástrico 
no duodeno, quando a parte 
superior do intestino estiver repleta 
com produtos alimentares. 
 
 Tipos funcionais 
de movimento: 
 
Temos dois tipos de movimentos: 
- Propulsivo: 
Esse movimento é o peristáltico 
onde parece um anel contrátil em 
torno do intestino. 
Com uma grande quantidade de 
alimento acumulada em algum 
ponto do intestino, o estiramento da 
parede intestinal estimula o sistema 
nervoso entérico a contrair a 
parede intestinal, surgindo o anel 
contrátil onde vai desencadear o 
movimento peristáltico. Outros 
estímulos incluem irritação química 
ou física do revestimento epitelial 
do intestino. 
 Função do plexo mioentérico 
no peristaltismo: 
Vai ocorrer fracamente ou não 
ocorre, em qualquer porção do 
trato gastrintestinal na ausência 
congênita do plexo mioentérico. 
 Movimento direcional das 
ondas peristálticas em direção 
ao ânus: 
A partir do ponto estimulado, em 
condições normais, desaparece 
rapidamente na direção oral, 
enquanto prossegue por uma 
distância considerável na direção 
anal. 
Reflexo peristáltico e “lei do 
intestino”: um segmento do trato 
intestinal é excitado por distensão, 
como consequência inicia um 
peristaltismo, o anel contrátil que 
provoca esse peristaltismo 
normalmente surge no lado oral do 
segmento distendido e desloca-se 
em direção a esse segmento. 
 
- Mistura: 
As próprias contrações peristálticas 
provocam a maior parte da mistura. 
Ocorre quando a progressão do 
conteúdo intestinal para a frente é 
bloqueada por esfíncter, de modo 
que onda peristáltica só pode 
misturar e comprimir o conteúdo 
intestinal . Em outras vezes ocorrem 
contrações constritivas intermitentes 
locais. Movimentos peristálticos e 
constritivos vão ser modificados em 
diferentes partes do trato 
gastrintestinal para a propulsão de 
misturas adequadas. 
 
Circulação esplâncnica 
 
Inclui o fluxo sanguíneo pelo próprio 
intestino, juntamente com o fluxo 
sanguíneo pelo baço, pâncreas e 
fígado. 
 
- Anatomia do suprimento 
sanguíneo gastrintestinal: 
Ao penetrarem na parede 
intestinal, as artérias se ramificam e 
emitem artérias menores, que 
circundam o intestino em ambas as 
direções, enquanto as 
extremidades dessas artérias se 
unem no lado da parede intestinal 
oposta à fixação mesentérica. Vão 
se propagar: ao longo dos feixes 
musculares; nas vilosidades 
intestinais; pelos vasos da 
submucosa, sob o epitélio, sendo 
assim irá suprir as funções secretoras 
e absortivas do intestino. 
 
- Efeito da atividade intestinal e dos 
fatores metabólicos sobre o fluxo 
sanguíneo: 
Em condições normais está 
diretamente relacionado com o 
nível de atividade local. 
 Possíveis causas do aumento 
do fluxo sanguíneo durante a 
atividade: 
Várias substâncias vasodilatadoras 
são liberadas pela mucosa do trato 
intestinal durante o seu processo 
digestivo. Sua maior parte consiste 
em peptídeos como: 
colecistocinina, peptídeo intestinal 
vasoativo, gastrina e secretina. 
Algumas glândulas gastrintestinais 
liberam duas cininas, a calidina e a 
bradicinina. Essas cininas são 
potentes vasodilatadores podendo 
produzir grande parte do aumento 
da vasodilatação da mucosa que 
ocorre no processo de secreção. 
A diminuição da concentração de 
oxigênio na parede intestinal pode 
aumentar o fluxo sanguíneo 
intestinal. O aumento do 
metabolismo da mucosa e da 
parede intestinal durante a 
atividade do intestino é provável 
que vá reduzir a concentração de 
oxigênio o suficiente para causar 
uma grande parte da 
vasodilatação, podendo resultar 
em um aumento de 4x da 
adenosina. 
- Controle nervoso do fluxo 
sanguíneo: 
A estimulação dos nervos 
parassimpáticos para o estômago e 
para a porção inferior do cólon 
aumenta o fluxo sanguíneo local, 
ao mesmo tempo que irá aumentar 
a secreção glandular.

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