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Pâncreas Endócrino

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Introdução 
É uma glândula que é designada em mista por 
ser responsável pela produção de enzimas 
digestivas, secretadas no meio externo do 
duodeno, produção através de hormônios ou 
secreções endócrinas, vão ser secretados no 
interstício que é onde alcançam a circulação 
sanguínea. 
O pâncreas adulto é considerado um órgão 
retroperitoneal, vai se estender desde a 
concavidade C do duodeno até o hilo esplênico. 
Sua porção endócrina vai ser composta por mais 
ou menos 1 milhão de pequenos aglomerados 
de células, seria as ilhotas pancreáticas que estão 
espalhadas por toda a glândula. Essas células 
das ilhotas vão secretar insulina, glucagon e 
somatostatina. 
Ao ocorrer alterações nas secreções endócrinas, 
em especial com a insulina pois vão determinar 
modificações importantes na homeostasia do 
meio interno, sendo relacionadas com doenças, 
com caráter endêmico, temos as seguintes 
doenças: diabetes melito (DM), obesidade e 
síndrome metabólica. 
 
 Hormônio pancreático 
Temos dois hormônios que são produzidos em 
uma grande quantidade, a insulina e o glugagon, 
vão atuar na diminuição e no aumento dos 
níveis de glicose no sangue. 
 
 
 
 
 
► Insulina: 
- Síntese: sua produção se inicia através de uma 
única cadeia polipeptídica no endoplasmático 
granuloso das células β. Este produto será 
convertido em pró-insulina através da clivagem 
enzimática do fragmento do polipeptídeo sendo 
acondicionada em vesículas. Temos um 
segmento de pró-insulina que fica próximo ao 
centro que é removido através de autoexcisão, o 
peptídeo C (conector), assim formará a insulina 
onde é constituída por duas cadeias curtas de 
polipeptídeos que são unidas por ligações 
dissulfeto. 
 
Os grânulos secretores vão revestir a insulina e o 
peptídeo C, sendo secretados em quantidades 
equimolares. 
Pâncreas Endócrino Pâncreas Endócrino 
UNIFESO- Isabela Gameiro 102 @isa.gameiro 
O peptídeo C é ligado a estrutura da 
membrana, sendo provável que seja um receptor 
acoplado na proteína G e vai expulsar a ativação 
de dois sistemas enzimáticos, sódio-potássio 
adenosina trifosfatase e óxido nítrico sintetase 
endotelial. 
Ao ser secretado na corrente sanguínea circula 
praticamente com sua forma livre. Há uma 
exceção da porção da insulina que se liga aos 
receptores nas células-alvo, o seu restante vai ser 
degradado através da enzima insulinase, onde 
sua maior parte fica no fígado e a menor nos 
rins. 
 Secreção pancreática: 
Vai ser liberada no espaço extracelular em 
resposta ao aumento nos níveis de glicose do 
sangue, notamos isso após o consumo de uma 
grande quantidade de carboidrato no almoço. 
Nas células β contém um número grande de 
transportadores de glicose, onde vão permitir 
influxo de glicose na proporção da 
concentração plasmática. Com a glicose sendo 
fosforilada através da glicocinase em glicose-6-
fosfato. Sendo assim a fosforilação tende a ser a 
etapa limitante para o metabolismo da glicose 
nessa célula β o qual é o principal mecanismo 
sensor de glicose e dos ajustes da quantidade de 
insulina secretada. 
 
Os nutrientes como os aminoácidos também 
podem ser metabolizados através das células β, 
com isso os níveis intracelulares de ATP vão 
aumentar estimulando a secreção da insulina. O 
glucagon e o peptídeo insulinotrópico vão 
depender de glicose e acetilcolina, pois assim 
elevam os níveis de cálcio intracelular através de 
outras vias sinalizantes assim aumenta o efeito 
da glicose. A somatostatina e a norepinefrina 
vão inibir a exocitose da insulina. 
 
 Ativação dos receptores das células-
alvo: 
O receptor de insulina é a combinação de 
quatro subunidades que vão ser unidas através 
de ligações dissulfeto que são: duas subunidades 
α, que se situam inteiramente do lado externo 
da membrana celular e duas subunidades β, 
onde vão penetrar através da membrana sendo 
projetado no ciclotoplasma celular. 
Na autofosforilação das subunidades β do 
receptor vai ativar uma tirosina cinase a qual vai 
resultar algumas fosforilação de diversas 
enzimas intracelulares, principalmente o grupo 
substratos do receptor de insulina (IRS). Sendo 
assim a insulina vai se dirigir a metabólica 
intracelular, produzindo efeitos desejados no 
metabolismo de carboidratos, lipídios e 
proteínas. 
 
 
 Principais ações da insulina e o efeito 
no sangue: 
Os principais efeitos da estimulação da insulina 
são: 
- Rapidamente após se acoplar com os seus 
receptores de membrana, grande parte das 
células do organismo vai aumentar devidamente 
a sua captação de glicose, sendo assim irá 
diminuir os níveis da glicose no sangue. 
A glicose que foi transportada para as células é 
rapidamente fosforilada e se transformam em 
substrato para todas as funções metabólicas 
bem comuns dos carboidratos. Com o 
transporte da glicose elevado acaba resultando 
na translocação de varias vesículas intracelulares 
em direção as membranas celulares, vão conter 
moléculas de proteínas transportadoras de 
glicose (GLUT’s), acabam se acoplando a 
membrana celular facilitando a captação da 
glicose. 
Na ausência de insulina as vesículas se separam 
da membrana celular e logo após retornam para 
o interior da célula, sendo assim vão ser 
utilizadas constantemente devido a necessidade. 
- Na membrana celular acaba se tornando mais 
permeável com muitos aminoácidos, íons 
potássio e o fosfato. 
- Com os efeitos mais lentos durante uns 15 
min para alterar os níveis das atividades de 
muitas das enzimas metabólicas intracelulares. 
Resultando na alteração do estado de 
fosforilação das enzimas. 
- Os efeitos mais lentos permanecem resultando 
da variação da velocidade que for traduzido dos 
RNAs mensagieros nos ribossomos, sendo 
assim irá formar novas proteínas com efeitos 
ainda mais lentos por conta de uma variação 
por meio da transcrição do DNA no núcleo 
celular. Através disso que a insulina vai 
remodelar a maquinaria enzimática celular para 
atingir os efeitos metabólicos. 
 
► Glucagon: 
É um hormônio polipeptídico que é produzido 
por meio das células α, sendo liberado em 
resposta com os baixos níveis de glicose do 
sangue, como também através do consumo de 
uma refeição com baixa quantidade de 
carboidratos, mas sendo rica em proteínas. 
Possui várias funções que são diametralmente 
opostas às da insulina, mas a função de 
importância é elevar a concentração da glicose 
no sangue, tendo um efeito contrário da 
insulina. 
Pela injeção de glucagon purificado será obtido 
um intenso efeito hiporglicêmico. Com apenas 
1 mg/kg é capaz de elevar a glicose sanguínea 
para 20 mg/100 mL de sangue, ou seja, um 
aumento de mais ou menos 25%, por conta 
disso podemos chamar também de hormônio 
hiporglicêmico. 
- Síntese do glucagon: é um grande polipeptídeo 
composto por uma cadeia de 29 aminoácidos. 
Igualmente na produção da insulina, vai ser 
produzido primeiramente um pró-hormônio 
onde passa por uma clivagem protelítica, que 
vai formar o hormônio ativo. 
- Principais ações do glucagon e o efeito 
sanguíneo: seus efeitos no metabolismo são a 
quebra do glicogêneo hepático (glicogenólise) e 
a elevação da gliconeogênese no fígado. Vão 
elevar a disponibilidade da glicose para outros 
órgãos. 
Possui uma capacidade de provocar a 
glicogenólise no fígado, sendo assim terá um 
aumento na concentração da glicose sanguínea. 
Ocorrendo da seguinte maneira: 
1. O glucagon vai ativar a adenilil ciclasse 
na membrana da célula hepática; 
2. A ativação vai fazer com que forme 
monofosfato cíclico de adenosina; 
3. Ativa a proteína que regula a proteína 
cinase; 
4. Vai ativar a proteína cinase; 
5. Ativa a fosforilase cinase b; 
6. Vai converter o glicogênio-fosforilase b 
em glicogênio-fosforilase a; 
7. Promove a degradação do glicogênio em 
glicose-1-fosfato; 
8. Acaba sendo desfosforilada e glicose é 
liberada das células hepáticas.O mecanismo de amplificação é bem 
utilizado através do organismo para 
controlar muitos sistemas do metabolismo 
celular, onde vai causar uma amplificação na 
resposta. 
Por meio desse mecanismo vai ser explicado 
como poucos microgramas de glucagon 
fazendo com que o nível de glicose 
sanguínea duplique ou aumente ainda mais. 
 
Com o consumo de todo o glicogênio 
hepático através da influência do glucagon 
terá uma continuação da infusão desse 
hormônio por conta de uma hiperglicemia 
continuada. A qual vai apresentar um efeito 
de aumentar a capacitação de aminoácidos 
pelas células hepáticas, sendo assim converte 
vários aminoácidos em glicose através de 
gliconeogênese. Sendo produzido através de 
uma ativação de múltiplas enzimas que são 
necessárias para o transporte de aminoácidos 
e gliconeogênese, tendo como especial uma 
ativação do sistema enzimático em 
conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato, 
sendo a etapa que vai limitar a 
gliconeogênese. 
 
 
► Outros hormônios 
pancreáticos: 
Temos a somatostatina sendo produzida pelas 
células D, tendo efeito parácrino quanto 
endócrino. Seus fatores relacionados a ingestão 
de alimentos vão estimular a secreção de 
somatostatina. Sendo compreendidos por: 
elevação da glicose sanguínea; aminoácidos 
elevados; ácidos graxos elevados; concentrações 
altas de diversos hormônios gastrointestinais. 
Vai apresentar os seguintes efeitos inibidores: 
1. Age localmente nas próprias ilhotas de 
Langerhans para deprimir a secreção de 
insulina e do glucagon; 
2. Diminui a secreção e a absorção no trato 
gastrointestinal; 
A somatostatina tem o efeito de deprimir a 
secreção da insulina e do glugacon reduzindo a 
utilização de nutrientes que foram absorvidos 
através dos tecidos, com isso impede o consumo 
imediatamente dos alimentos. 
É a mesma substância química que o hormônio 
inibidor do hormônio do crescimento, 
secretado no hipotálamo e que suprime a 
secreção do hormônio do crescimento através 
da hipófise anterior. 
O peptídeo intestinal vasoativo (VIP) sendo 
produzido pelas células D1. Vai induzir a 
glicogenólise e a hiperglicemia, como também 
vai regular a motilidade intestinal e o tônus da 
musculatura lisa da parede intestinal. O VIP vai 
controlar a secreção dos íons e água através das 
células epiteliais intestinais. 
Temos a gastrina que é liberada através das 
células G, estimulando a liberação de HCI pelo 
estômago, a sua motilidade e o esvaziamento 
gástricos e a taxa de divisão celular que são 
regenerativas do estômago. 
O polipeptídeo pancreático, é um hormônio 
que é produzido através das células PP, vai 
inibir as secreções exócrinas do pâncreas como 
também vai estimular a liberação de enzimas 
por meio das células principais do estômago, 
sendo que irá diminuir a liberação de HCI por 
meio das células parietais do estômago. 
► Regulação da glicemia: 
Normalmente a concentração de glicose é em 
torno de 80 a 90 mg/100 mL de sangue (em 
jejum). Vai ter um aumento para 120 a 140 
mg/100 mL ao longo das horas ou logo após a 
refeição, os sistemas de feedback em relação ao 
controle da glicose no sangue vai se restabelecer 
a concentração em pouco tempo. Com a falta 
de uma alimentação a gliconeogênese do fígado 
vai produzir a glicose necessária para conseguir 
manter o nível sérico da glicose no momento do 
jejum. 
1. O fígado funciona como um importante 
sistema de tampão da glicose sanguínea: 
Com a glicose sanguínea vai subir a 
concentração elevada após uma refeição, a 
secreção da insulina também vai ficar elevada, 
com isso a glicose é praticamente armazenada 
no fígado pela forma de glicogênio. 
O fígado vai reduzir as flutuações da 
concentração da glicose no sangue para mais ou 
menos um terço do que seria na falta desse 
mecanismo. Em casos de algumas doenças 
hepáticas grave fica meio impossível de 
conseguir manter a faixa estreita da 
concentração da glicose no sangue. 
2. A insulina e o glucagon funcionam como 
importantes sistemas de controle por 
meio de feedback mantém a 
concentração de glicose sanguínea 
normal: 
Com a concentração da glicose bem elevada, sua 
secreção aumentada de insulina vai fazer com 
que a glicose sanguínea concentrada tenha uma 
redução na direção com os valores normais. 
Tendo uma redução da glicose do sangue vai ser 
estimulada a secreção do glucagon; é ele que 
funciona pela direção oposta fazendo a glicose 
aumentar até o normal. O feedback da insulina 
é importante por conta da falta de ingestão ou a 
utilização excessiva da glicose ao longo do 
exercício como outras situações de estresse. 
3. Na hipoglicemia grave, o efeito direto 
dos baixos níveis de glicose sanguínea no 
hipotálamo estimula o sistema nervoso 
simpático. 
A epinefrina que é secretada através das 
glândulas adrenais vai ter um aumento ainda 
mais a liberação da glicose por meio do fígado, 
o qual vai ajudar protegendo da hipoglicemia. 
4. Por um período de horas e dias, tanto o 
hormônio do crescimento como o 
cortisol são secretados em resposta à 
hipoglicemia e ambos diminuem a 
utilização da glicose pela maioria das 
células do organismo. 
Vai converter uma quantidade maior de 
utilização das gorduras. Ajudando na 
concentração da glicose sanguínea a retornar ao 
normal.

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