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EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS EM ÉGUAS: REVISÃO DE LITERATURA Anna Maria Fernandes da LUZ; Ana Paula Lopes SANTOS; Júlia Carolina Costa PEREIRA; Lyanca Karla Lima SILVA; Maria Eduarda Lima SOUZA; Hamilton Pereira SANTOS. Área Temática: Equinos. Palavras Chaves: “Distocia”, “Égua”, “Parto”, “Potros”. A gestação equina tem duração entre 315 e 360 dias, influenciada pelo tamanho da égua, a fase da estação de monta e o desenvolvimento fetal. O parto eutócico acontece de forma rápida, podendo durar menos de uma hora quando não há patologias, a partir de contrações da musculatura uterina, abdominal e diafragmática. Nos partos eutócicos, a estática fetal ideal é a apresentação longitudinal anterior com posição superior e altitude estendida. Quando a posição fetal é diferente, pode resultar em distocia, necessitando de intervenção imediata. A presente revisão bibliográfica foi baseada em cinco artigos selecionados do banco de dados do Google Acadêmico a partir das palavras-chave: “Distocia”, “Égua”, “Parto” e “Potros”. O estudo buscou apresentar fatos acerca das emergências obstétricas que podem ser necessárias em éguas, promovendo melhor compreensão das manobras cirúrgicas realizadas emergencialmente em caso de distocia durante o parto equino, para que a vida da égua e do potro sejam preservadas. A distocia diz respeito à complicação que dificulta a saída do feto a partir do canal, podendo resultar em lesão ou óbito para ambos os animais. Estas acontecem em menor quantidade na espécie equina, sendo portanto consideradas emergência quando ocorrem, exigindo procedimentos de reversão o mais rápido possível para melhor prognóstico. Acredita-se que as causas de distocia sejam partos difíceis com anormalidades na postura do feto, torção uterina, pelve pequena, hérnias abdominais, entre outros fatores. A cesariana é considerada emergencial quando ocorre ruptura da membrana cório-alantóide por período acima de uma hora, torção uterina e risco de vida para a égua, enquanto as semi emergenciais são aquelas na qual o potro encontra-se já sem vida ou não apresenta viabilidade para o nascimento. O procedimento cirúrgico é apenas eletivo quando há planejamento antecipado para evitar trauma reprodutivo na égua ou naquelas de idade avançada, a partir da detecção da possibilidade do risco de distocia. As opções para tratamento podem envolver tração forçada, fetotomia parcial ou total e cesariana, buscando corrigir possíveis anormalidades. A resolução do quadro de distocia inclui quatro procedimentos: a expulsão vaginal assistida, na qual o potro é reposicionado com a égua desperta, facilitando sua expulsão; a expulsão vaginal controlada, com a égua anestesiada e potro vivo nascido a partir de manobras por reposicionamento; a fetotomia, com secções uterinas com feto já morto para a sua retirada, seja com a égua desperta ou sob anestesia; e a intervenção cirúrgica da cesariana, com a técnica de celiohisterotomia para a retirada do feto com a égua anestesiada. Cesarianas são indicadas em casos de distocias irredutíveis a nível emergencial, porém os riscos que os procedimentos cirúrgicos e anestésicos podem fornecer para a égua e para o potro devem ser considerados, exigindo o uso de drogas anestésicas que provoquem o mínimo de depressão materno-fetal. Dessa forma, conclui-se que é essencial o desenvolvimento do acompanhamento gestacional equino, para que possíveis emergências obstétricas sejam previstas e executadas com excelência, evitando risco de vida ao neonato e à égua, e o estudo de medidas a serem tomadas em emergências para melhor prognóstico.
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