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Direito Administrativo –
Regime Jurídico 
Administrativo
PROF. ALEXANDRE GUIMARÃES MELATTI
ESPECIALISTA EM DIREITO DO ESTADO E MESTRE EM DIREITO NEGOCIAL
Aula 01
REGIME JURÍDICO 
ADMINISTRATIVO
2
QUAL A IMPORTÂNCIA 
DE SE ESTUDAR O 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO?
3
Reflexão
4
Direito Administrativo – Regime Jurídico 
Administrativo
4 unidades de ensino: 
Unidade 1: Introdução ao Direito Administrativo
Unidade 2: Atos e Poderes Administrativos
Unidade 3: Licitação e Contratos Administrativos
Unidade 4: Bens Públicos e Serviço Público
5
Direito Administrativo – Regime Jurídico 
Administrativo
Metodologia das aulas:
Aulas teóricas com resolução de situação-problema, 
questões de OAB e concurso, análise de reportagens, 
jurisprudência, e discussão acerca dos temas propostos.
A participação do aluno é essencial e fundamental.
As perguntas poderão ser enviadas ao Tutor da sala, que 
repassará ao Professor. 
6
Direito Administrativo – Regime Jurídico 
Administrativo
Bibliografia utilizada:
 ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo 
Descomplicado. 23. ed. ver. atual e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; 
São Paulo : MÉTODO, 2015. 
 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32. ed. Rio 
de Janeiro: Forense, 2019.
 MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. 9. ed. – São 
Paulo: Saraiva Educação, 2019.
TEORIA NOÇÕES DE ESTADO
7
8
Aspectos introdutórios
Para um estudo mais completo sobre o Direito 
Administrativo deve-se compreender claramente alguns 
conceitos como Estado, Governo, “Poder Executivo”, 
“Administração Pública”, “administração pública” (com 
minúscula), ressaltando que a disciplina que se dedica ao 
estudo do Estado e do Governo não é o Direito publicista.
• A importância de se estudar tais temas no Direito Administrativo se dá em 
razão das terminologias utilizadas ao longo dos estudos, bem como para 
uma maior compreensão das funções políticas, de governo e 
administrativa.
9
Aspectos introdutórios
Muito comum ouvirmos expressões como Poder Público, Governo, 
Estado, Administração Pública, administração pública (minúsculo), 
função administrativa, e não compreendermos cada conceito, 
imprescindível para o bom estudo do Direito Administrativo e do 
Regime Jurídico Administrativo.
• Estado: Segundo Alexandrino e Paulo (2015, p. 55) Estado “é pessoa jurídica territorial 
soberana, formada pelos elementos povo, território e governo soberano”
• o Estado é um ente personalizado que atua tanto internamente quanto externamente, e 
sua organização político-administrativa em forma de federação compreende a União, 
os estados-membros, os municípios e o Distrito Federal que possuem autonomia política
e são chamado de entes federados e também de pessoas políticas, considerados pelo 
Código Civil como pessoas jurídicas de direito público.
10
Aspectos introdutórios
 → Estado: é um povo situado em determinado território e sujeito a um governo.
(Mazza, 2019, p. 71-72)
11
Aspectos introdutórios
Governo:
•não se confunde com a administração pública em seu 
sentido estrito. Conforme destaca Alexandrino e Paulo 
(2015 p. 58) “no âmbito do direito administrativo, a 
expressão "governo" é usualmente empregada para 
designar o conjunto de órgãos constitucionais responsáveis 
pela função política do Estado”. Contudo, esse conceito 
vem sofrendo alteração, e pode-se analisar o Governo 
diante de dois sentidos: subjetivo e objetivo/material 
(apontado por Alexandrino e Paulo). 
12
Aspectos introdutórios
Conforme aponta Mazza (2019, p. 73):
• A concepção clássica considerava que governo era sinônimo 
de Estado, isto é, a somatória dos três Poderes: Legislativo, 
Executivo e Judiciário. Atualmente, porém, governo, em 
sentido subjetivo, é a cúpula diretiva do Estado, responsável 
pela condução dos altos interesses estatais e pelo poder 
político, e cuja composição pode ser modificada mediante 
eleições. Nesse sentido, pode-se falar em “governo FHC”, 
“governo Lula”. Na acepção objetiva ou material, governo é 
a atividade diretiva do Estado.
13
Aspectos introdutórios
Poder Executivo é o complexo de órgãos estatais verticalmente estruturados sob direção 
superior do “Chefe do Executivo” (Presidente da República, Governador ou Prefeito, 
dependendo da esfera federativa analisada). Junto com o Legislativo e o Judiciário, o 
Executivo compõe a tripartição dos Poderes do Estado.
Poder Público em sentido orgânico ou subjetivo, segundo Diogo 
de Figueiredo Moreira Neto, é “o complexo de órgãos e funções, 
caracterizado pela coerção, destinado a assegurar uma ordem 
jurídica, em certa organização política considerada”. Pode-se 
dizer que o autor considera Poder Público, em sentido subjetivo, 
como sinônimo de Estado. Porém, na acepção funcional ou 
objetiva, poder público significaria a própria coerção 
característica da organização estatal.
14
Aspectos introdutórios
Administração Pública (com iniciais maiúsculas) é um 
conceito que não coincide com Poder Executivo. 
• Atualmente, o termo Administração Pública designa o conjunto de órgãos 
e agentes estatais no exercício da função administrativa, 
independentemente de serem pertencentes ao Poder Executivo, ao 
Legislativo, ao Judiciário, ou a qualquer outro organismo estatal (como 
Ministério Público e Defensorias Públicas). Assim, por exemplo, quando o 
Supremo Tribunal Federal constitui comissão de licitação para contratar 
determinado prestador de serviços, a comissão e seus agentes são da 
Administração Pública porque e enquanto exercem essa função 
administrativa. É seu sentido forma e subjetivo.
15
Aspectos introdutórios
administração pública (com iniciais minúsculas) são 
expressões que designam a atividade consistente na defesa 
concreta do interesse público. É o sentido estrito da palavra, 
que demonstra a execução da função administrativa. É o 
sentido material da administração pública.
• Enquanto o sentido formal e subjetivo designa os órgãos e agentes (quem?), 
no sentido material se enquadra a atividade administrativa (o que?).
• Por isso, que permissionários e concessionários de serviços públicos exercem 
administração pública, mas não fazem parte da Administração Pública.
16
Aspectos introdutórios
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, o termo “função” no direito 
designa toda atividade exercida por alguém na defesa de interesse 
alheio. A ideia de função é importantíssima para nós na medida em 
que o Direito Administrativo só estuda atividades funcionais, isso 
porque o agente público exerce função, pois atua em nome próprio 
na defesa dos interesses da coletividade (interesse público).
•→ Antes de adentrarmos nas funções do Estado e da Administração Pública, temos 
que ter noção sobre o chamado interesse público, conceito fundamental para o 
estudo do Regime Jurídico Administrativo. Sobre isso, temos que, desde já, ter em 
mente que existem os primários e secundários.
17
Interesse Público
A diferença entre interesse público primário e secundário foi 
difundida por Renato Alessi, sendo adotada pela totalidade 
dos administrativistas brasileiros.
• Em síntese, interesse público primário é o verdadeiro interesse da coletividade, 
enquanto interesse público secundário é o interesse patrimonial do Estado 
como pessoa jurídica. A distinção é relevante porque os interesses do Estado 
podem não coincidir com os da sociedade.
• Interesses públicos secundários só terão legitimidade quando forem 
instrumentais para o atingimento dos primários. Somente o interesse público 
primário tem supremacia sobre o interesse particular. Interesse público 
secundário não tem supremacia.
18
Interesse Público
(Mazza, 2019, p. 104-105)
19
Funções: política e administrativa
Como já vimos, governo, em sentido objetivo, é a 
atividade de condução dos altos interesses do Estado e 
da coletividade. É a atividade diretiva do Estado. É 
nesse aspecto de direção que se estuda a função 
política ou de governo.
• Basicamente, a funçãopolítica compreende as atividades 
colegislativas e de direção; e a função administrativa compreende o 
serviço público, a intervenção, o fomento e a polícia. (DI PIETRO, 2019, 
p. 184)
20
Funções: política e administrativa
Em regra, os atos emanados no exercício da 
função política não são passíveis de 
apreciação pelo Poder Judiciário, contudo, 
se houver lesão a direitos individuais e, 
atualmente, aos chamados interesses difusos 
protegidos por ação popular e ação civil 
pública, o ato de Governo será passível de 
apreciação pelo Poder Judiciário.
21
Funções: política e administrativa
Segundo Mazza, a função administrativa pode ser 
conceituada como aquela exercida preponderantemente
pelo Poder Executivo, com caráter infralegal e mediante a 
utilização de prerrogativas instrumentais. Lembrar das funções 
típicas e atípicas dos poderes (Legislativo, Judiciário e 
Executivo).
• Os Poderes Legislativo e Judiciário, além de suas funções precípuas de legislar 
e julgar, exercem também algumas funções administrativas, como, por 
exemplo, as decorrentes dos poderes hierárquico e disciplinar sobre os 
respectivos servidores, também em contratações (licitações), etc.
22
Funções: política e administrativa
Sobre a função política, existe uma preponderância do Poder 
Executivo no exercício das atribuições políticas; mas não existe 
exclusividade no exercício dessa atribuição.
• Quando se pensa em função política como aquela que traça as grandes 
diretrizes, que dirige, que comanda, que elabora os planos de governo nas suas 
várias áreas de atuação, verifica-se que o Poder Executivo continua, na atual 
Constituição, a deter a maior parcela de atuação política
• São exemplos de atos políticos: a convocação extraordinária do Congresso 
Nacional, a nomeação de Comissões Parlamentares de Inquérito, as nomeações 
de Ministros de Estado, as relações com Estados estrangeiros, a declaração de 
guerra e de paz, a declaração de estado de sítio e de emergência, a intervenção 
federal nos Estados, fixação de metas, de diretrizes ou de planos governamentais. 
PARTICIPE!
23
Questões
24
Vamos praticar!
(Assistente em Administração – UNIFAP – 2018 – DEPSEC) Julgue os itens abaixo:
I. Administração pública, em sentido estrito, inclui órgãos e pessoas jurídicas que exercem
função meramente administrativa, de execução dos programas de governo.
II. Governo, de acordo com a concepção clássica, é sinônimo de Estado, sendo constituído
pela somatória dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
III. Administração pública, em sentido material, é a atividade estatal consistente em
defender concretamente o interesse público.
A) Os itens I e II estão corretos.
B) Os itens I e III estão corretos.
C) Os itens II e III estão corretos.
D) Apenas o item II está correto.
E) Todos os itens estão corretos.
25
Vamos praticar!
 (Analista Judiciário – TRF – 1ª REGIÃO – 2017 – CESPE) No que se
refere à teoria do direito administrativo, julgue o item a seguir,
considerando o posicionamento majoritário da doutrina.
A administração pública, em seu sentido material, compreende
as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes que exercem função
administrativa. Por outro lado, em seu sentido formal, designa a
natureza da atividade exercida por esses entes.
( ) Certo ( ) Errado
26
Vamos praticar!
 (Analista de Gestão – Administrador – TCE-PE – 2017 – CESPE)
Considerando os conceitos da administração pública, o direito
administrativo brasileiro e o regime jurídico de direito público,
julgue o seguinte item.
Em sentido subjetivo, a administração pública compreende
órgãos e agentes públicos e pessoas jurídicas públicas e privadas
encarregadas de exercer a função administrativa da atividade
estatal.
( ) Certo ( ) Errado
TEORIA
INTRODUÇÃO AO 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO
27
28
Histórico e origem
Como ramo autônomo, nasceu em 
fins do século XVIII e início do século 
XIX, o que não significa que 
inexistissem anteriormente normas 
administrativas, pois onde quer que 
exista o Estado existem órgãos 
encarregados do exercício de 
funções administrativas. 
29
Histórico e origem
Normas esparsas relativas principalmente 
ao funcionamento da Administração 
Pública, à competência de seus órgãos, 
aos poderes do Fisco, à utilização, pelo 
povo, de algumas modalidades de bens 
públicos, à servidão pública. Não se tinha 
desse ramo do direito uma elaboração 
baseada em princípios informativos 
próprios que lhe imprimissem autonomia.
30
Histórico e origem
A Idade Média não encontrou ambiente propício para o 
desenvolvimento do Direito Administrativo. Era a época 
das monarquias absolutas, em que todo poder pertencia 
ao soberano; a sua vontade era a lei, a que obedeciam 
todos os cidadãos, justificadamente chamados servos ou 
vassalos (aqueles que se submetem à vontade de outrem). 
• Nesse período, do chamado Estado de Polícia, o direito público se esgota 
num único preceito jurídico, que estabelece um direito ilimitado para 
administrar.
31
Histórico e origem
a formação do Direito Administrativo, como ramo autônomo, teve 
início, juntamente com o direito constitucional e outros ramos do 
direito público, a partir do momento em que começou a 
desenvolver-se – já na fase do Estado Moderno – o conceito de 
Estado de Direito, estruturado sobre o princípio da legalidade (em 
decorrência do qual até mesmo os governantes se submetem à 
lei, em especial à lei fundamental que é a Constituição) e sobre o 
princípio da separação de poderes, que tem por objetivo 
assegurar a proteção dos direitos individuais, não apenas nas 
relações entre particulares, mas também entre estes e o Estado.
32
Histórico e origem
O Direito Administrativo nasceu e desenvolveu-se 
baseado em duas ideias opostas: de um lado, a 
proteção aos direitos individuais frente ao Estado, que 
serve de fundamento ao princípio da legalidade, um 
dos esteios do Estado de Direito; 
• de outro lado, a de necessidade de satisfação dos interesses 
coletivos, que conduz à outorga de prerrogativas e privilégios para 
a Administração Pública, quer para limitar o exercício dos direitos 
individuais em benefício do bem-estar coletivo (poder de polícia), 
quer para a prestação de serviços públicos.
33
Histórico e origem
Direito administrativo do sistema de base romanística:
• influência do direito francês, italiano e alemão, com alguma 
influência do sistema da common law.
• Fundamentos filosóficos: ideais da Revolução Francesa, que 
deram origem aos princípios da legalidade, da separação de 
poderes, da isonomia e do controle judicial. Mais 
recentemente: influência da constitucionalização que atingiu 
os vários ramos do direito, com a valorização dos direitos 
fundamentais (centralidade da pessoa humana) e dos 
princípios constitucionais.
34
Histórico e origem
Contribuição do direito francês, direito pretoriano, elaborado pelo Conselho de Estado Francês, órgão de 
cúpula da jurisdição administrativa: conceito de ato administrativo, noção de serviço público com o 
atributo da autoexecutoriedade, teoria dos contratos administrativos, teorias sobre responsabilidade civil 
do Estado, ideia de um regime jurídico constituído por prerrogativas e restrições.
Contribuição do direito italiano: 
conceito de mérito do ato 
administrativo, de interesse público 
primário e secundário, de autarquia, 
de entidade paraestatal.
35
Histórico e origem
Contribuição do direito alemão, de 
formação mais teórica:
• influência maior do direito civil, valorização dos 
direitos fundamentais, teoria dos conceitos jurídicos 
indeterminados, princípio da dignidade da pessoa 
humana, princípio da proporcionalidade, princípio 
da razoabilidade, princípio da proteção da 
confiança, princípio da reserva do possível.
36
Histórico e origem
Contribuição do direito anglo-americano (sistema da common law), 
baseado no princípio do stare decisis (força obrigatória do 
precedente judicial), que tem como fonte primordial do direito a 
jurisprudência:sistema de unidade de jurisdição, o mandado de 
segurança e o mandado de injunção, o princípio do devido processo 
legal, inclusive em sua feição substantiva, a agencificação, a ideia de 
regulação, o modelo contratual das parcerias público-privadas.
• Existem vários exemplos de criação jurisprudencial de institutos consagrados no Direito 
Administrativo brasileiro, alguns temporariamente e outros em caráter duradouro, até os 
dias atuais; alguns foram aplicados como institutos não previstos no direito positivo e 
outros contrariamente à letra da lei.
37
Histórico e origem
Contribuição da doutrina social da igreja: 
princípio da função social da propriedade e 
princípio da subsidiariedade.
•Transformações do direito administrativo: 
constitucionalização, redução da discricionariedade, 
democratização da Administração Pública, 
processualização, agencificação, função regulatória, 
ampliação da consensualidade, centralidade da pessoa 
humana, fuga para o direito privado.
38
Histórico e origem
Em decorrência da adoção do princípio da legalidade, 
o Direito Administrativo brasileiro, à semelhança de 
outros direitos, como o espanhol, o português, o dos 
países sul-americanos, colocou no direito positivo aquilo 
que no direito francês constituíam teorias e princípios de 
elaboração jurisprudencial.
• Aquilo que na França é alterado pela jurisdição administrativa no Brasil 
depende de alteração legislativa. E com uma agravante: as bases do 
Direito Administrativo estão na Constituição.
TEORIA CONCEITO
39
40
Conceito
 “Ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas
jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade
jurídica não contenciosa que exerce e os bens e meios de que se utiliza para
a consecução de seus fins, de natureza pública”. Di Pietro (2019, p. 173-174)
41
Conceito
42
Conceito
Embora o direito administrativo seja um ramo do direito 
público não significa que seu objeto esteja restrito a 
relações jurídicas regidas pelo direito público. 
• A Administração Pública também atua em outros setores, inclusive 
como agente econômico quando, por exemplo, atua no mercado 
pelas regras deste por meio de sociedades de economia mista ou 
empresas públicas como os Bancos. 
• Além disso, realiza contratos tipicamente privados como locação na 
posição de locatária, não havendo nesse caso a supremacia do 
interesse público, como uma situação de maior igualdade na relação 
jurídica.
43
Conceito
A Administração Pública não pode se afastar 
ou ignorar os princípios constitucionais 
expressos e implícitos que a regem, pois 
mesmo quando se encontra em uma relação 
tipicamente privada ainda assim deve se 
submeter aos princípios administrativos e à 
finalidade pública, não havendo apenas uma 
relação de desigualdade entre o particular e 
a Administração no negócio jurídico 
realizado.
44
Conceito
TEORIA OBJETO
45
46
Objeto
 Marcos Alexandrino e Vicente Paulo (2015, p. 4) afirmam
que, em síntese, o objeto deste ramo do direito “abrange
todas as relações internas à administração pública - entre os
órgãos e entidades administrativas, uns com os outros, e
entre a administração e seus agentes, estatutários e
celetistas -, todas as relações entre a administração e os
administrados, regidas predominantemente pelo direito
público ou pelo direito privado, bem como atividades de
administração pública em sentido material exercidas por
particulares sob regime de direito público, a exemplo da
prestação de serviços públicos mediante contratos de
concessão ou de permissão”.
47
Objeto
→ Administração – Administrados;
→ Bens públicos e sua utilização;
→ Improbidade administrativa
→ Meios de atuação: licitação, contratos, etc.
→ Regime jurídico administrativo abrangendo as prerrogativas, privilégios e
poderes da Administração (a chamada puissance publique dos franceses),
necessários para a consecução do interesse público.
→ Poderes e entidade paraestatais (organizações da sociedade civil)
 a responsabilidade das pessoas jurídicas que causam danos à 
Administração Pública;
 o controle da Administração Pública, nas modalidades de controle 
administrativo, legislativo e jurisdicional;
48
Objeto
→ os vários desdobramentos do poder de polícia e do princípio da função
social da propriedade, incidentes sobre a propriedade privada, como as
formas de intervenção do Estado na propriedade privada (limitações
administrativas, tombamento, desapropriação, requisição, servidão
administrativa, dentre outras);
→ a discricionariedade administrativa, especialmente sob o aspecto dos limites
de sua apreciação pelo Poder Judiciário;
→ Administração Pública, em sentido subjetivo, para abranger as pessoas
físicas e jurídicas, públicas e privadas, que exercem a função administrativa
do Estado; aí entram os órgãos administrativos que integram a
Administração Direta, as entidades da Administração Indireta, os agentes
públicos;
→ Administração Pública em sentido objetivo, ou seja, as funções
administrativas do Estado, a saber, serviço público, polícia administrativa,
fomento, intervenção e regulação;
TEORIA FONTES
49
50
Fontes
51
Fontes materiais
→ E o costume???
→Majoritariamente o costume é considerado como fonte
secundária e material do Direito Administrativo, ressaltando
“que os costumes não têm força jurídica igual à da lei, razão
pela qual só podem ser considerados vigentes e exigíveis
quando não contrariarem nenhuma regra ou princípio
estabelecido na legislação. Costumes contra legem não se
revestem de obrigatoriedade.” (MAZZA. 2019, p. 93).
52
Fontes materiais
→Princípios gerais do direito: Da mesma forma que ocorre com o
costume, nem todos os autores incluem os princípios gerais do
direito entre as fontes do Direito Administrativo.
→Os princípios desempenham papel relevante na interpretação
das leis e na busca do equilíbrio entre as prerrogativas do poder
público e os direitos do cidadão. Princípios como os da ampla
defesa, do contraditório, do devido processo legal, entre outros
vão ao encontro da supremacia do interesse público.
→Quando a Administração se vê diante de uma situação em que
a lei lhe deixou um leque de opções, a escolha há de fazer-se
com observância dos princípios gerais do direito.
TEORIA
REGIME JURÍDICO 
ADMINISTRATIVO
53
54
Regime Jurídico Administrativo
A Administração Pública pode submeter-se a regime jurídico de 
direito privado ou a regime jurídico de direito público. A opção por 
um regime ou outro é feita, em regra, pela Constituição ou pela lei.
• Exemplificando: o artigo 173, § 1º, da Constituição, prevê lei que estabeleça o 
estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização 
de bens ou de prestação de serviços, dispondo, entre outros aspectos, sobre “a 
sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários”. Não deixou 
qualquer opção à Administração Pública e nem mesmo ao legislador; quando este 
instituir, por lei, uma entidade para desempenhar atividade econômica, terá que 
submetê-la ao direito privado.
55
Regime Jurídico Administrativo
Já o artigo 175 outorga ao Poder Público a incumbência 
de prestar serviços públicos, podendo fazê-lo diretamente 
ou sob regime de concessão ou permissão; e o parágrafo 
único deixa à lei ordinária a tarefa de fixar o regime das 
empresas concessionárias e permissionárias de serviços 
públicos, o caráter especial de seu contrato, de sua 
prorrogação, bem como as condições de execução, 
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão. 
• Vale dizer que a Constituição deixou à lei a opção de adotar um regime 
ou outro.
56
Regime Jurídico Administrativo
Conforme destaca Di Pietro (2019, p. 203 e 205):
• A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para 
designar, em sentidoamplo, os regimes de direito público e de direito 
privado a que pode submeter-se a Administração Pública. 
• Já a expressão regime jurídico administrativo é reservada tão somente 
para abranger o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o 
Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa 
posição privilegiada, vertical, na relação jurídico-administrativa. 
Basicamente, pode-se dizer que o regime administrativo resume-se a 
duas palavras apenas: prerrogativas e sujeições.
57
Regime Jurídico Administrativo
Conforme destaca Alexandrino e Paulo (2015, p. 52) o 
denominado "regime jurídico-administrativo" é um regime de 
direito público, aplicável aos órgãos e entidades que compõem 
a administração pública e à atuação dos agentes 
administrativos em geral”.
•Baseia-se na ideia de existência de poderes especiais passíveis de serem 
exercidos pela administração pública, contrabalançados pela imposição de 
restrições especiais à atuação dessa mesma administração, não existentes -
nem os poderes nem as restrições - nas relações típicas do direito privado. Essas 
prerrogativas e limitações traduzem-se, respectivamente, nos princípios da 
supremacia do interesse público e da indisponibilidade do interesse público.
(Alexandrino e Paulo, 2015, p. 52)
58
Regime Jurídico Administrativo
Para assegurar-se a liberdade, sujeita-se a Administração Pública 
à observância da lei e do direito (incluindo princípios e valores 
previstos explícita ou implicitamente na Constituição); é a 
aplicação, ao direito público, do princípio da legalidade.
•Para assegurar-se a autoridade da Administração Pública, necessária à 
consecução de seus fins, são-lhe outorgados prerrogativas e privilégios que lhe 
permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre o particular.
•O conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração e 
que não se encontram nas relações entre particulares constitui o regime 
jurídico administrativo.
59
Regime Jurídico Administrativo
A questão da supremacia do interesse público é de 
fundamental importância para o regime jurídico administrativo 
e para a própria Administração Pública e Direito Administrativo. 
Isso porque, é este princípio que proporciona à relação jurídica 
entre público-privado a posição de verticalidade e não 
horizontalidade presente nas relações entre particulares e 
regidas pelo direito privado.
•A Administração Pública possui prerrogativas ou privilégios, desconhecidos na 
esfera do direito privado, tais como a autoexecutoriedade, a autotutela, o 
poder de expropriar, o de requisitar bens e serviços, o de ocupar 
temporariamente o imóvel alheio, aplicar sanções, etc.
60
Regime Jurídico Administrativo
Ao mesmo tempo, visando evitar abusos, há 
restrições. É neste ponto que a 
indisponibilidade do interesse público ganha 
relevância, pois todos os atos e atuação do 
Poder Público deve se limitar ao interesse 
público, não podendo dispor dele, sob pena 
de ilegalidade e nulidade, e até mesmo 
responsabilização do agente que o praticou 
com desvio de finalidade e/ou abuso de 
poder.
VAMOS PARTICIPAR?
61
62
Interação
Dúvidas enviadas pelo chat ao tutor responsável.
Vamos recapitular o que aprendemos hoje??

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