Buscar

Tutoria sobre Hipófise e Hipotálamo - Endócrino (Guyton & Silverthorn)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

I Tutoria – Módulo de Endócrino 
Referência: 
GUYTON, A. C. e Hall J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª Ed., 2017 
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Ed., 2017 
 
Wathyson Alex de Mendonça Santos 
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 
 
“Está tudo bagunçado” Mulher, de 38 anos, queixa-se de turvação da visão e procura 
um oftalmologista por acreditar ser seu problema apenas a necessidade de óculos. Porém, 
após verificar o estado da paciente, o médico a encaminhou para um centro de 
endocrinologia, local onde, de acordo com as queixas e problemas, foi diagnosticada com 
hiperprolactinemia. 
Objetivos de estudo: 
1. Estudar o eixo hipotálamo-hipófise 
2. Analisar hormônios liberadores do hipotálamo 
3. Descrever os hormônios da hipófise 
 
 
HIPOTÁLAMO 
 
A principal função do hipotálamo é a manutenção da homeostasia corporal, por meio 
da coordenação das respostas fisiológicas dos diferentes órgãos. Ele integra os sinais 
provenientes do ambiente, de outras partes do cérebro e do sistema nervoso aferente 
visceral, elaborando respostas neuroendócrinas adequadas. Assim, o hipotálamo 
coordena várias funções corporais, como o controle do peso corporal, da ingesta 
alimentar, a ingesta de líquidos e o equilíbrio hídrico, a temperatura corporal e 
o sono. A maioria dessas funções é desempenhada por intermédio do controle da 
função hipofisária pelo hipotálamo. O controle da função hipofisária pelo hipotálamo 
se dá por meio dos neuropeptídios hipotalâmicos, sintetizados nos neurônios 
hipotalâmicos e transportados para a neuro-hipófise pelo trato hipotalâmico-
hipofisário e também pela liberação de peptídios que causam a liberação dos 
hormônios adeno-hipofisários. 
• O hipotálamo constituiu a parte do diencéfalo localizado abaixo do tálamo e entre os 
corpos laminares e a lâmina terminal, formando as paredes e o assoalho do terceiro 
ventrículo. No assoalho o terceiro ventrículo, as 2 porções do hipotálamo se fundem 
e formam a eminência média, local onde as terminações axônicas dos neurônios 
hipotalâmicos liberam os neuropeptídios que irão controlar a função da adeno-
hipófise. Essa mesma região é cruzada pelos axônios que terminam na neuro-hipófise, 
considerada, praticamente, uma extensão hipotalâmica 
• No hipotálamo, existem grupos de neurônios organizados em núcleos. Alguns dos 
neurônios que compõem esses núcleos são neuro-humorais e sintetizam peptídios que 
atuam como hormônios. Há 2 tipos de hormônios que são importantes na mediação 
das funções endócrinas: os neurônios magnocelulares e os parvocelulares. Os 
neurônios magnocelulares localizam-se predominantemente nos núcleos 
paraventriculares e supraópticos, produzindo ocitocina e arginina vasopressina 
(AVP), ou ADH, e formam o trato hipotalâmico-hipofisário, que termina na neuro-
hipófise. Os axônios dos neurônios parvicelulares terminam na eminência 
mediana, disponibilizando hormônios de liberação ou de inibição que controlam 
a função da adeno-hipófise. 
 
 
HIPÓFISE 
 
• É uma estrutura em forma de ervilha. com 1 a 1,5 cm de diâmetro e que se localiza na 
fossa hipofisial da sela turca do esfenoide. Fixa-se ao hipotálamo por um pedículo, o 
infundíbulo, e apresenta duas partes anatômica e funcionalmente separadas: a adeno-
hipófise (lobo anterior) e a neurohipófise (lobo posterior). A adenohipófise representa 
cerca de 75% do peso total da glândula e é composta por tecido epitelial. No adulto, 
a adenohipófise consiste em duas partes: a parte distal, que é a porção maior, e a parte 
tuberal que forma uma bainha ao redor do infundíbulo. A neurohipófise é composta 
por tecido neural. Também consiste em duas partes: a parte nervosa, a porção bulbosa 
maior, e o infundíbulo. Uma terceira região da glândula hipófise, chamada de parte 
intermédia, atrofia-se durante o desenvolvimento fetal humano e deixa de existir 
como um lobo separado nos adultos 
 
• Adeno-hipófise: A adeno-hipófise secreta hormônios que regulam uma ampla 
variedade de atividades corporais, desde o crescimento até a reprodução. A liberação 
de hormônios da adenohipófise é estimulada por hormônios liberadores e suprimida 
por hormônios inibidores do hipotálamo. Sendo assim, os hormônios hipotalâmicos 
constituem uma ligação importante entre os sistemas nervoso e endócrino. 
 
1. Sistema porta hipofisário: Hormônios hipotalâmicos que liberam ou inibem 
hormônios da adenohipófise chegam à adenohipófise por meio de um sistema porta. 
Geralmente, o sangue passa do coração para uma artéria, em seguida para um capilar, 
logo após uma veia e coração novamente. Em um sistema porta há a conexão entre 
dois órgãos antes desse sangue passar pelo coração, sangue flui de uma rede capilar 
para uma veia porta e, em seguida, para uma segunda rede capilar antes de retornar. 
No sistema porta hipofisário, o sangue flui de capilares no hipotálamo para veias porta 
que carreiam sangue para capilares da adeno-hipófise. 
2. Acima do quiasma óptico há grupos de neurônios especializados chamados de células 
neurossecretoras. Essas células sintetizam os hormônios hipotalâmicos liberadores e 
inibidores em seus corpos celulares e envolvem os hormônios em vesículas, que 
alcançam os terminais axônicos por transporte axônico. Os hormônios da 
adenohipófise que atuam em outras glândulas endócrinas são chamados de 
hormônios tróficos ou trofinas. 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS CELULARES DA ADENO-HIPÓFISE E SEUS HORMÔNIOS 
 
• Grupos de neurônios do Hipotálamo produzem os hormônios de liberação e, quando 
estimulados, secretam seus respectivos hormônios no plexo hipotalâmico-adeno-
hipofisário, que flui para adeno-hipófise. 
• Os hormônios de liberação ligam- se a receptores de membrana presentes em células 
hipofisárias e estimulam a secreção dos hormônios hipofisários correspondentes, os 
quais ativam receptores específicos em glândulas endócrinas- alvo, estimulando a 
síntese e secreção de hormônios endócrinos alvo. 
 
1. Os somatotrofos secretam hormônio do crescimento (GH), também conhecido como 
somatotrofina. O hormônio do crescimento, por sua vez, estimula vários tecidos a 
secretarem fatores de crescimento insulino símiles (IGF), hormônios que estimulam 
o crescimento corporal geral e regulam aspectos do metabolismo. 
2. Os tireotrofos secretam hormônio tireoestimulante (TSH), também conhecido como 
tireotrofina. O TSH controla as secreções e outras atividades da glândula tireoide. 
3. Os gonadotrofos secretam duas gonadotrofinas: hormônio foliculoestimulante (FSH) 
e hormônio luteinizante (LH). O FSH e o LH atuam nas gônadas; estimulam a 
secreção de estrogênios e progesterona e a maturação de ovócitos nos ovários, além 
de estimularem a produção de espermatozoides e a secreção de testosterona nos 
testículos. 
4. Os lactotrofos secretam prolactina (PRL), que inicia a produção de leite nas glândulas 
mamárias. A liberação de prolactina encontra-se sob inibição tônica 
predominantemente da dopamina, mas o ácido gama-aminobutírico (GABA) e a 
somatostatina também inibem a prolactina. 
5. Os corticotrofos secretam hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), também 
conhecido como corticotrofina, que estimula o córtex da glândula suprarrenal a 
secretar glicocorticoides como cortisol. Alguns corticotrofos, remanescentes da parte 
intermédia, também secretam hormônio melanócito estimulante (MSH). [Estimula os 
melanócitos a produzir melanina diante da exposição ao sol, e é secretado pela parte 
intermediária da hipófise que se encontra em maior parte atrofiada] 
 
• Neuro-hipófise: Embora não sintetize hormônios, a neurohipófise armazena e libera 
dois hormônios. É composta por axônios e terminais axônicos de mais de 10.000 
células hipotalâmicas neurossecretoras. Os corpos celulares das células 
neurossecretoras se encontram nos núcleos paraventricular e supraóptico do 
hipotálamo; seus axônios formamo trato hipotálamohipofisial. Esse trato começa no 
hipotálamo e termina perto de capilares sanguíneos na neurohipófise. Os corpos das 
células neuronais dos dois núcleos paraventricular e supraóptico sintetizam o 
hormônio ocitocina (OT) e o hormônio antidiurético (ADH), também chamado de 
vasopressina. 
 
 
 
 
CONTROLE DA SECREÇÃO PELA NEUROHIPÓFISE 
 
• Ocitocina: Durante e depois do parto, a ocitocina atua em dois tecidos alvo: útero e 
as mamas da mãe. Durante o parto, o alongamento do colo do útero estimula a 
liberação de ocitocina, que, por sua vez, intensifica a contração das células musculares 
lisas da parede uterina; depois do parto, a ocitocina estimula a ejeção de leite 
(“descida”) das glândulas mamárias em resposta ao estímulo mecânico produzido pela 
sucção do bebê. 
• A função da ocitocina em homens e mulheres não grávidas não é clara. Experimentos 
realizados em animais sugerem que a ocitocina exerça ações no encéfalo que 
promovem o comportamento parental de cuidado em relação ao filho. Também pode 
ser responsável, em parte, pelas sensações de prazer sexual durante e depois do 
intercurso. 
 
• ADH/Vasopressina: Como o próprio nome sugere, um antidiurético é uma 
substância que diminui a produção de urina. O ADH faz com que os rins devolvam 
mais água ao sangue, diminuindo, desse modo, o volume urinário. Na ausência de 
ADH o débito urinário aumenta mais de 10 vezes, passando do normal 1 ou 2 dois 
litros para cerca de 20 ℓ por dia. Muitas vezes, a ingestão de álcool causa micção 
frequente e copiosa porque o álcool inibe a secreção de hormônio antidiurético. O 
ADH também diminui a perda de água pela sudorese e causa constrição das arteríolas, 
o que eleva a pressão do sangue. O outro nome desse hormônio, vasopressina, traduz 
esse efeito sobre a pressão arterial.

Continue navegando