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Resumo - Avaliação Geral da Radiografia de Tórax

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Júlia Figueirêdo – HM VI 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX: 
Uma boa imagem radiológica, 
independentemente do sítio, começa com 
a verificação inicial do nome do paciente, 
histórico médico e data da realização do 
exame. 
 Quatro Q’s da identificação correta de 
um exame de imagem: 
o Que (tipo de exame); 
o Quem (nome do paciente); 
o Quando (data de solicitação e 
realização); 
o Qualidade (avaliação técnica de 
como o exame foi feito). 
Esses instrumentos não são 
definidores, mas sim acessórios à 
clínica para a construção de um 
diagnóstico adequado. 
A qualidade de uma radiografia de tórax 
pode ser mensurada por meio de três 
quesitos (“mnemônico RIP”): 
 Rotação: o posicionamento incorreto 
do paciente pode rotacionar estruturas 
ósseas, deformando marcos anatômicos 
importantes. 
Para avaliar, observa-se se as 
clavículas estão alinhadas e se as 
vértebras torácicas estão paralelas 
ao esterno. 
 
Exemplos de RX alinhado (esq.) e com rotação (dir.), 
evidente pelo deslocamento da coluna vertebral 
(pontilhado branco) 
 Inspiração: quando em inspiração 
completa, serão visíveis 10 costelas 
posteriores e 6 anteriores (oblíquos e 
não fecham a curvatura totalmente); 
 
Demarcações das costelas anteriores (esq.) e 
posteriores (dir.) na radiografia de tórax 
 Penetração: a exposição (“resolução”) 
será inferior se não for possível ver as 
vértebras torácicas, e o filme estará 
“muito exposto” se os espaços 
intervertebrais forem muito evidentes; 
 
Radiografia com exposição adequada (as vértebras 
são identificáveis, porém pouco definidas) 
Para identificar e alinhar uma radiografia, 
é necessário buscar por marcadores 
posicionais, normalmente descritos pelos 
seguintes termos: 
 L (left – lado esquerdo); 
 R (right – lado direito); 
 
 
 
 
 PA (posteroanterior): os raios-X vêm de 
“trás para frente”, incidindo 
primeiramente nas costas do paciente; 
A orientação quanto aos lados da radiografia 
pode ser feita pela identificação da bulha 
gástrica, localizada sempre do lado 
esquerdo 
 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
Essa incidência não distorce a área 
mediastinal, sendo útil para 
identificar distúrbios cardiovasculares. 
 
Exemplo de radiografia em PA com paciente ereto 
(facilita a visualização de gases, líquidos e vasos) 
 
 
 
 
 AP (anteroposterior): os raios-X atingem 
primeiramente o tórax do paciente, 
tornando os mais ampliados e menos 
nítidos (menor distância). 
Essa projeção distorce muito as 
áreas cardíaca e mediastinal, 
devendo ser indicada apenas a 
pacientes com restrição de 
mobilidade. 
 
Comparação entre radiografias em PA e AP, 
destacando-se o tamanho da sombra cardíaca 
 P (perfil, normalmente esquerdo); 
Deve ser solicitada sempre que 
possível, pois permite a localização 
precisa de algumas lesões (simula o 
3D). 
 
Correlação entre RX em PA e perfil (maior 
“profundidade” 
 Oblíqua: o posicionamento é feito na 
“diagonal”, com inclinação de 45º. 
 
Exemplo de RX em projeção oblíqua 
Os primeiros passos para a análise da 
imagem são a observação em panorama, 
vendo o filme como um todo, sensibilizando 
a visão do interpretador. 
Em seguida, é executada a investigação 
atenta do “ABCDE do tórax”, mnemônico 
que contempla as principais áreas de 
atenção do exame: 
 A: “airway”, vias aéreas, percurso da 
traqueia e características da carina; 
Essa avaliação é intimamente 
dependente da ausência de 
rotações na radiografia. 
A radiografia em PA expiratória pode ser 
solicitada para investigar pneumotórax 
(maior retração pulmonar) ou obstruções 
brônquicas. 
 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
 
No RX da esquerda há rotação (clavículas 
desalinhadas), invalidando o diagnóstico de desvio 
traqueal, presente na figura da direita 
 B: “breathing”, pulmões (simétricos e 
uniformes) e brônquios; 
Os hilos pulmonares podem ser 
ocultados pela sombra das artérias 
pulmonares, sendo que a artéria 
pulmonar esquerda encontra-se 
mais elevada. 
 C: coração (sinal da silhueta e margens 
nítidas) e todas as suas estruturas 
auxiliares; 
A área cardíaca não deve ocupar 
mais de 50% do tamanho do tórax 
(índice cardíaco). 
 
Derrame pericárdico com alteração do índice 
cardíaco 
 D: avaliar o diafragma, que deve ter sua 
porção direita mais elevada, devido à 
posição do fígado) 
Também é necessário buscar por 
hérnias e por alterações no seio 
costofrênico (idealmente livre). 
 
Oclusão do seio costofrênico esquerdo por derrame 
pleural 
 E: análise do esqueleto (integridade das 
costelas, clavículas, coluna vertebral, 
escápulas e úmero) e de áreas 
esquecidas (ex.: gordura). 
Fazem parte do “E” ainda a busca por: 
o Corpos estranhos de origem médica 
(“gadgets”) ou não; 
o Ar “fora do lugar” (pneumoperitônio 
e enfisema subcutâneo). 
 
RX de tórax explicitando as áreas investigadas pelo 
mnemônico (F e G se referem a gordura e gadgets, 
podendo ser analisados juntamente com o “E”) 
PADRÕES DE LESÃO TÍPICOS NA RADIOGRAFIA DE 
TÓRAX: 
Para identificar alterações na radiografia, 
primeiro é necessário compreender as 
diferentes densidades de órgãos e tecidos. 
Em ordem crescente de densidade, e 
progredindo da cor preta ao branco, 
observam-se: 
 Ar (menos denso); 
 Gordura; 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
 Líquidos ou partes moles; 
 Ossos e calcificações; 
 Metal (mais denso). 
 
Materiais de diferentes densidades expostos a raios-
X 
Dessa forma, os tipos de lesão mais 
comuns observados na análise radiológica 
do tórax são: 
 Lesões com redução da 
transparência: 
o Consolidação: os pulmões se tornam 
“mais brancos”, porém não há perda 
de volume; 
 
As consolidações podem se ocupar alvéolos de 
segmentos pulmonares específicos ou ser difusas 
o Reticulação: tem caráter linear e é 
capaz de modificar o interstício 
(espaço entre alvéolos) do pulmão. 
 
Representação dos tipos de reticulação (parecem 
uma renda ou rede), que ainda permitem a 
visualização de vasos pulmonares 
o Atelectasia: marcada pela perda de 
volume causada pelo colapso alveolar; 
 
Conforme a extensão dos segmentos colapsados, a 
atelectasia pode ser segmentar, lobar ou completa 
(com desvio de traqueia par o lado opaco) 
o Nódulos e massas: nessas lesões, 
comuns em infecções e tumorações, 
as áreas opacas são arredondadas, 
podendo ocorrer isoladamente ou de 
forma múltipla. 
 
Exemplos de nodulações (< 3 cm) e massas (> 3 cm) 
pulmonares 
 Hiper transparência: nessa condição, 
os pulmões se tornam mais escuros, 
com diminuição de marcas vasculares. 
É comum em quadros de obstrução, 
bolhas ou enfisema. 
 
Assim como as outras lesões, a hiper transparência 
pode ocorrer em sítios isolados ou abranger todo o 
pulmão

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