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Nó cirúrgico

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Beatriz Caldas 
Habilidades cirúrgicas P8
Nó cirúrgicos
O nó cirúrgico é feito por meio de um entrelaçamento do fio cirúrgico, com a intenção de realizar a hemostasia ou a união entre duas bordas teciduais.
Partes
•Primeira laçada: tem a função de apertar o ponto e não pode ser muito forte, para não isquemiar o tecido
•Segunda laçada: tem a função fixadora, impedindo o afrouxamento
•Terceira laçada: confere maior segurança ao nó feito.
Classificação
•Manual: confecção dos nós sem auxílio de instrumentos, com as duas mãos executando movimentos amplos (bimanual) ou com uma única mão responsável pelos movimentos e outra apenas fixando (unimanual). Há entre elas a técnica do nó de sapateiro.
Instrumental: utilizam-se instrumentos como pinças de dissecção e porta-agulhas. Serve para realizar nós em microcirurgias, em vista das dimensões das estruturas e do mínimo calibre do fio
•Mista: consiste na empunhadura do porta-agulhas pela mão direita, servindo a mão esquerda como auxiliar.
Tipos
•Técnica de Pacheut: feita com cinco, quatro ou três dedos. A mão esquerda segura a extremidade distal do fio e é cruzada pela mão direita. O fio é segurado com a mão em pronação, faz-se o cruzamento dos fios, tracionando-se a outra ponta. Conclui-se o nó (Figura 6.2)
•Nó de sapateiro: é utilizado quando há tensão entre as bordas da ferida. Seguram-se as pontas do fio no local onde se cruzam e passa-se o fio por dentro da laçada, de cima para baixo, de maneira semelhante ao nó utilizado para amarrar os sapatos.
Os nós também podem ser classificados por sua geometria, como descrito a seguir.
Nós comuns
•Nó quadrado: também chamado antideslizante ou seminó assimétrico, é formado por dois seminós especulares que conferem resistência ao deslizamento (Figura 6.3). Para a execução de um nó antideslizante, deve-se obedecer às leis de Livingston:
ºPrimeira lei: movimentos iguais de mãos opostas executam um nó perfeito
ºSegunda lei: a ponta de fio que muda de lado após a execução do primeiro seminó deve voltar ao lado inicial para realizar o outro seminó
•Nó deslizante: sujeito a deslizamento, necessita de um terceiro seminó de segurança. As pontas do fio ficam perpendiculares às partes do fio que entram na formação do nó (Figura 6.4). Permite reajuste da tensão, caso a ligadura tenha ficado frouxa.
Nós especiais
•Nó de cirurgião: formado por dois entrecruzamentos ou laçadas sucessivas no primeiro seminó (Figura 6.5). É um nó autoestático, usado quando não pode haver afrouxamento, além de permitir o segundo seminó sem modificação do primeiro. É utilizado para a aproximação de estruturas sobre tensão
•Nó de roseta: usado para extremidade de fio em suturas intradérmicas contínuas de pele. É feito na ponta do fio, para servir como ponto de apoio da sutura (Figura 6.6)
•Nó por torção: usado para fios metálicos, consiste apenas na torção helicoidal das pontas sob permanente tensão. Suas extremidades devem ser cortadas no sentido perpendicular e encurvadas para dentro da alça de seminós
Sequência
1. Antissepsia 
2. Colocação de campo cirúrgico 
3. Incisão xifopúbica
4. Exposição das víscera 
5. Dissecar o meso 
Métodos: 
· Pinça: pince as partes superior ( ângulo voltado para baixo) e inferior (ângulo voltado pra cima) da artéria com as pinças Kelly. Seccione o vaso e realize os nós nas porçãos mais distais do vaso seccionado. 
· Fio-guia: utilizado quando não é possível movimentar o vaso e quando este está em locais de difícil acesso. Colocar um kelly posterior ao vaso, um auxiliar leva o fio de encontro a kelly.
· Transfixada: Prende o local sangrante com uma kelly, realiza um ponto inferior a kelly apenas de uma lado para ancorar, depois passa o fio em torno de todo o pedículo e realiza o nó.

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