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Resenha Crítica Filme: O óleo de Lorenzo Diretor: George Miller O filme O óleo de Lorenzo, conta o drama de um casal historiador que descobriu uma doença rara no seu filho aos 6 anos de idade. Inicia-se a história na África, depois retorna para o Estados Unidos, na onde o menino Lorenzo começa a frequentar a escola. Com o tempo ele começa a ter atitudes agressivas que antes não tinha, a professora questionava a mãe de Lorenzo sobre haver algum problema em sua residência, até que com o decorrer do tempo os pais da criança resolve levá-lo ao médico. Lorenzo foi diagnóstico com ALD – Adrenoleucodistrofia – uma doença brutalmente degenerativa que prevê apenas dois anos de vida, provoca a degeneração do cérebro e só afeta o sexo masculino entre as idade de 5 a 10 anos. Essa doença não tinha cura e era pouca entendida pelo médicos, os pais não satisfeito com que estava presenciando em seu filho, foram buscar respostas por onde a ciência se deparava com a rigidez e metodologia que a faz parecer fria em relação ao amor. Os pais começaram então, investir, pesquisar e observar os resultados obtidos do seu filho, saindo de todo padrão científico da época. O filme conta a história real do Óleo de Lorenzo, que hoje evita tanto a violência degradante no portador de ALD quanto a emocional na família. É nítido a forma que transmite a nós a clareza de como somos afetados com algo que não esperamos, ainda mais quando se trata de saúde. O amor, a esperança e perseverança dos pais é algo impressionante, em momento algum eles desistiram de ir em busca do tratamento do seu filho. Pesquisaram, procuraram médicos, reuniram com famílias que passam pelo mesmo tipo de problema com o seu filho, mas chegaram à conclusão que as família apenas aceitam e lidam com a doença, e não com o filho. Os pais foram atrás do conhecimento das células do corpo humano e o que faz retardar o desenvolvimento da enzima que estava destruindo a vida de Lorenzo. O pai Odone descobriu um óleo extraído do azeite de oliva que testado em ratos havia baixado o nível de gordura saturada, como ninguém o apoiou, ágil por conta própria e e o nível de gordura de seu filho abaixou e estabilizou em 50%, porém ele foi piorando e não tinha resultados significativos. Os pais descobriram um óleo feito da mistura dos dois ácidos graxos insaturados, o oléico e o erúcico, que amenizava os efeitos da doença. Com isso, houve uma breve melhora, a camada de mielina não era mais atingida pelo organismo. O filme termina no ano de 1992, onde os médicos começaram a prescrever o óleo de Lorenzo para várias pessoas, que seguindo o tratamento, os sintomas não apareciam. Temos a consciência do quão importante é a ciência na vida humana, hoje com a evolução da mesma faz com que tenhamos uma vida mais favorável, com o progresso da tecnologia, doenças erradicadas e tratamentos mais eficazes. Porém, o que temos atualmente não é a mesma cena que temos no filme. Por não ser uma doença que não afeta a todos, os cientistas e médicos trabalharam apenas em hipóteses. O tratamento sugerido pelos médicos, que foi uma dieta rigorosa no controle dos ácidos graxos, mostra-se ineficaz. Os pais de Lorenzo disponibilizaram o garoto para ser um instrumento de pesquisa e mesmo assim, os cientistas ficaram quietos diante da doença, não correndo atrás de um tratamento imediato. O desinteresse demostrado pelos especialistas se dá pela falta de ligação afetiva com o caso, pois a doença não ocorreu dentro do seu ciclo social. Por não haver uma proximidade com a doença, os trabalhos voltados para a mesma não era de total empenho. Já pelo lado dos pais, não houve a falta de dedicação, o que estava em situação delicada era a saúde e vida de seu filho. O que fica claro no filme é a autonomia dos pais, que deixaram os médicos e cientistas de lados e correram atrás em busca de um tratamento para seu filho. Desprovidos de métodos e de sistemas lógicos, eles fizeram suas primeiras conclusões baseadas apenas na fé e deduções, auxiliando nas experiências alheias e normais a sociedade que pertenciam. A ciência por ser um instrumento de dominação, as vezes o distanciamento da população com a mesma é muito perceptível, pois não é sempre que um problema “X” vai ser estudado em imediato, os cientistas tem suas prioridades em relação ao mundo que vivemos. Conclui-se então, que devemos fazer a nossa parte em relação aquilo que dizem ser impossível, construindo um conhecimento mais amplo e esclarecido. O amor fraterno é o que faz com que os pais de Lorenzo busque o tratamento para sua doença, é um sentimento forte com capacidade de enfrentar qualquer coisa. Portanto, aprendemos que não importa a distância que o alvo está, é preciso percorrer o trajeto em seu rumo, abrir caminho, limpar obstáculos, sermos intuitivos, esperançosos, ouvirmos a voz do coração e darmos confiança ao amor que é antídoto contra todo e qualquer mal. O filme tem muito que nos ensinar, a maneira com que a família passou por cima do preconceito, deixou de lado a ideia de que tinham que aceitar e lidar com a doença e foram a procura do melhoria de seu filho e por serem leigos em bioquímica e medicina, não foram poupados da desconfiança dos médicos e cientistas. Não devemos alienar em tudo que é visto, sempre temos que questionar e buscar a autonomia do conhecimento.
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