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O EU, O OUTRO E O NÓS Crianças pequenas (4 anos) OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CAMINHOS METODOLÓGICOS A CRIANÇA DEVERÁ SER CAPAZ DE: EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir. O educador deve promover situações nas quais as crianças sejam acolhidas, respeitadas e valorizadas em suas expressões e comunicações, bem como em suas explorações e descobertas. Ao mesmo tempo, podem ser convidados e engajados a reconhecer e reagir frente a expressões, comunicações e ações de seus colegas de forma respeitosa e afetiva. O educador pode propor situações nas quais possam brincar com outras crianças que possuem diferentes habilidades e características; manifestar-se frente a situações que avalia como conflituosas, bem como compartilhar emoções e sentimentos com adultos ou crianças; engajar-se em decisões coletivas, aceitando a escolha da maioria; interagir por meio de diferentes linguagens com adultos e crianças, estabelecendo vínculos afetivos; compartilhar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos respeitando as ideias e sentimentos alheios; ouvir e compreender os sentimentos e necessidades de outras crianças; receber visitas e visitar outras turmas para interagir socialmente; perceber as consequências de suas ações com o outro em situações de amizade e conflito. Demonstrar respeito pelas ideias e gostos de seus colegas e pelas regras e combinados da sala. Conhecer e conviver com outras pessoas respeitando as diferenças. (EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações. O educador deve utilizar-se das situações de diversas vivências das crianças no cotidiano escolar, planejadas ou ocorridas, para que estes percebam e reconheçam seus esforços e conquistas, bem como os de seus colegas, em situações individuais, de pequenos grupos e também coletivas. Cabe ao adulto promover intervenções em que discutam suas conquistas e limitações, além de propor situações nas quais possam: manifestar iniciativas nas escolhas de brincadeiras e atividades, na seleção de materiais e na busca de parcerias, considerando seu interesse pessoal ou de seus pares; ver a si mesmo como competente e capaz de agir por si próprio; reconhecer-se como um integrante valioso do grupo ao qual pertence; perseverar frente a desafios ou a novas atividades; aceitar desafios e correr riscos ao aprender; enfrentar desafios em brincadeiras e jogos para desenvolver confiança em si próprio; expressar suas emoções e sentimentos de modo que seus hábitos, ritmos e preferências individuais sejam respeitados no grupo em que convive; participar de atividades diversas, dentro e fora da sala de modo independente; realizar ações como ir ao banheiro, tomar água, vestir-se, despir-se, alimentar-se e frequentar espaços da instituição com autonomia Agir progressivamente de forma independente alimentando-se, vestindo-se e realizando atividades de higiene corporal. Solicitar ajuda quando tem necessidade ou dificuldade. Ampliar, progressivamente, suas atividades com base nas orientações dos educadores de forma autônoma e integral. Reconhecer o espaço físico da escola para transitar com autonomia Desenvolver a autoestima e a confiança (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação. O educador deve promover situações nas quais as crianças valorizem fazer coisas juntas, dividir brinquedos e materiais e ter objetivos comuns em atividades de pequenos ou grandes grupos e também na interação com outras crianças em brincadeiras de faz de conta, atividade de culinária, de manipulação de argila e massas diversas ou de manutenção de uma horta, de um reconto coletivo de história, de construção com sucata ou de pintura coletiva de um cartaz. Propiciar ainda a participação em jogos de regras e aprender a construir estratégias de jogo; arrumar a mesa para um almoço com os amigos e manter a organização de seus pertences; esperar a vez quando está realizando atividades em grupo; participar de situações em que é instruída a levar objetos ou transmitir recados em outros locais da instituição são situações importantes para se relacionarem, participarem e cooperarem. Participar de brincadeiras de faz de conta (ou outras atividades coletivas), compartilhando propósitos comuns, representando diferentes papéis e convidando outros colegas para participarem. Mudar de ideia e/ou materiais no decorrer da brincadeira considerando os interesses e desejos de seus colegas. Adaptar seu comportamento, levando em consideração o ponto de vista de seus colegas. Desenvolver noção de identidade e convivência em um espaço compartilhado com outras pessoas. Relacionar-se com crianças da mesma idade e com outras em situações de interações e brincadeira, agindo de forma solidária e colaborativa. (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos. O educador deve promover diferentes situações em que as crianças sejam convidadas e incentivadas a se comunicar com independência, a fazer coisas por si mesmas, bem como a iniciar uma atividade e persistir por si próprias nas ações e interações necessárias para seu sucesso. Que as diferentes formas de comunicação, seja pelo corpo, pela música, pela narrativa, pela arte ou mesmo pela linguagem verbal possam ser valorizadas e incentivadas, evitando a ideia de que a linguagem verbal deve ser a mais valorizada na escola como forma de expressão e comunicação das crianças. O educador pode propor situações nas quais as crianças sejam convidadas a: expressar e reconhecer diferentes emoções e sentimentos em si mesmos e nos outros; expressar raiva sem incomodar os colegas, tentando regular sua emoção; relatar e expressar sensações, sentimentos, desejos e ideias; demonstrar compreensão de seus sentimentos, e nomeá-los; comunicar e representar no desenho e outros registros gráficos seus conhecimentos, sentimentos e apreensão da realidade; relatar acontecimentos que vivencia, que ouve e que vê; participar de assembleias, rodas de conversas, eleições e outros processos de escolha dentro da instituição; oralizar reivindicações e desejos do grupo. Expressar e reconhecer diferentes emoções sem incomodar os colegas e tentando regular sua emoção. Comunicar suas idéias, emoções e sentimentos às pessoas que a cerca, melhorando sua capacidade de se fazer entender. (EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive. As crianças precisam conhecer e reconhecer as características físicas do corpo humano, começando a perceber as semelhanças e diferenças entre as pessoas para construir sua imagem corporal, valorizar as características particulares de cada um com atitudes de respeito. O educador deve propor situações nas quais as crianças possam: perceber seus atributos corporais, expressando-os de diferentes formas e contribuindo para a construção de sua imagem corporal; observar e relatar sobre suas características observando-se em fotos e imagens; observar e respeitar as características das diversas fases do desenvolvimento humano; perceber o próprio corpo e o do outro com atitudes de respeito reconhecendo as diferenças e semelhanças das pessoas quanto a: cor dos cabelos, pele, olhos; altura, peso e etc.; identificar e respeitar as diferenças reconhecidas entre as características femininas e masculinas; observar as mudanças ocorridas nas suas características desde o nascimento percebendo as transformações e respeitando as diversas etapas do desenvolvimento; reconhecer gradativamente suas habilidades, expressando-as e usando-as em suas brincadeiras e nas atividades individuais, de pequenos ou grandes grupos. Observar as características de cada gênero, respeitando o outro em diferentes situações. Valorizar suas próprias características físicas e as de outras crianças e adultos. (EI03EO06/ES) Manifestarinteresse e respeito pelos costumes e manifestações culturais de seu contexto e por diferentes culturas e modos de vida. O educador pode promover cotidianamente na turma um ambiente de respeito e aceitação ao outro, reconhecendo e valorizando como positivas as diferenças identificadas. É importante oportunizar o conhecimento de outros grupos de crianças ou mesmo outros grupos sociais, pessoalmente ou por algum meio de comunicação para que se interessem e respeitem as diferentes culturas e modos de vida. Também se faz imprescindível ouvir e recontar histórias dos povos indígenas, africanos, asiáticos, europeus, de diferentes regiões do Brasil e de outros países da América; localizar, em um mapa, com apoio do educador, sua cidade, aldeia ou assentamento, e o local do Brasil no mapa mundial; pesquisar em casa suas tradições familiares, de modo a reconhecer elementos da sua identidade cultural, estabelecer relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e o de outros grupos, conhecer costumes e brincadeiras de outras épocas e de outras civilizações e explorar brincadeiras, tipos de alimentação e de organização social característicos de diferentes culturas. O educador pode propor situações nas quais as crianças possam: reconhecer pessoas que fazem parte de sua comunidade próxima, conversar com elas sobre o que fazem; pesquisar profissões exercidas por pessoas fora Interessar-se por conhecer e se relacionar com crianças e pessoas de outros grupos sociais, bem como sua cultura e modo de vida, seja por meio de situações presenciais, seja por outros meios de comunicação. Identificar as funções desempenhadas por diferentes profissionais. Valorizar as diversas culturas e modos de vidas do convívio social identificando a importância destes fazeres na cultura de uma sociedade; participar de brincadeiras que estimulem a relação entre o adulto/criança e criança/criança; compreender e respeitar as diversas estruturas familiares; conhecer diferentes povos e suas culturas por meio de pesquisas, filmes, fotos, entrevistas, relatos e outros; conhecer modos de vida urbana e rural; ouvir relatos de familiares e pessoas de mais idade sobre outras épocas históricas; conhecer objetos antigos e de outras culturas, como: ferro de passar roupa, escovão, fogão a lenha, lamparina e outros; participar de diferentes eventos culturais para conhecer novos elementos como: dança, música, vestimentas, ornamentos e outros; conhecer as manifestações culturais do município e de outros locais; conhecer profissões de pessoas que fazem parte de sua comunidade, como o padeiro, o fazendeiro, o pescador etc. (EI03EO07) Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e adultos. O educador deve propor variadas situações de interação nas quais as crianças possam tomar iniciativa na busca por resolver os problemas relacionais que aparecem, de forma cada vez mais independente, contribuindo para que percebam as necessidades dos outros e busquem soluções para resolver seus conflitos de forma que satisfaça a todas as crianças envolvidas na situação, e para que possam também discutir em grupo situações-problema ou formas de planejar um evento, por exemplo, possibilitando o bem estar de todos. As situações propostas pelo educador podem permitir às crianças: expressar, reconhecer e nomear necessidades, emoções e sentimentos que vivencia e observa no outro; usar o diálogo para resolver conflitos reconhecendo as diferentes opiniões e aprendendo a respeitá-las; cooperar, compartilhar objetos e receber auxílio quando necessário; saber desculpar-se quando sua atitude desrespeitar o outro etc. Utilizar estratégias pacíficas ao tentar resolver conflitos com outras crianças, buscando compreender a posição e o sentimento do outro. Realizar progressivamente a escuta do outro. (EI03EO08/ES) Seguir regras nas brincadeiras e jogos com outras crianças, aprendendo a lidar com o sucesso e a frustração. O educador deve promover situações nas quais o seguimento de regras seja essencial para o sucesso da atividade proposta e que, em seguida, as crianças sejam convidadas a avaliar a situação-problema, resolvendo questões individuais ou de grupo que levaram ao insucesso da situação, ou reconhecendo alguma inciativa que conduziu ao sucesso da proposta. Tais momentos podem ser: participar de discussão coletiva sobre questões relacionadas às regras de convivência ou às regras de jogos ou brincadeiras ou participar do debate sobre as regras antes de participar das brincadeiras ou jogos nos quais as regras serão utilizadas. Reconhecer que as regras são necessárias para o convivo social. Manifestar-se diante de situações em que a regra não foi seguida ou cumprida pelo grupo; Participar na elaboração das regras e combinados. TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS Crianças pequenas (4 anos) OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CAMINHOS METODOLÓGICOS A CRIANÇA DEVERÁ SER CAPAZ DE: (EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas. O educador deve propor às crianças a participação em situações nas quais confeccionem diferentes instrumentos musicais de percussão, de sopro, de corda etc. com materiais alternativos para utilizar em situações de brincadeiras cantadas com outras crianças, que usem seus brinquedos sonoros ou instrumentos musicais para participar de encenações ou criações musicais, vivências de dança etc., e que contem histórias usando modulações de voz, objetos sonoros e instrumentos musicais. Podem ainda participar de experimentos com a produção de sons com fins de “trilha sonora”, participando da composição e escolha desses sons para narrativas, festas etc. O educador pode promover situações tais como: cantar canções conhecidas acompanhando o ritmo com gestos ou com instrumentos musicais construídos pelo grupo ou industrializados; escutar sons do entorno e estar atento ao silêncio; perceber os sons da natureza e reproduzi-los: canto dos pássaros, barulho de ventania, som da chuva em brincadeiras, encenações e apresentações; produzir sons com materiais alternativos: garrafas, caixas, pedras, madeira, latas e outros durante brincadeiras, encenações, comemorações; participar de execução musical utilizando instrumentos musicais de uma banda; explorar os sons produzidos pelo corpo, por objetos, por elementos da natureza e instrumentos musicais, percebendo os parâmetros do som (altura, intensidade, duração e timbre); participar de brincadeiras cantadas e coreografadas produzindo sons com o corpo e outros materiais; reconhecer alguns elementos musicais básicos: frases, partes, elementos que se repetem, etc.; explorar possibilidades vocais a fim de produzir diferentes sons; criar sons a partir de histórias (sonoplastia) utilizando o corpo e materiais diversos; dançar e criar sons a partir de diversos ritmos; conhecer manifestações artísticas, canções ou instrumentos de sua região, comunidade, cultura local, nacional ou internacional; apreciar e valorizar a escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países; vivenciar elementos do ritmo como relaxamento musical; Reconhecer canções características que marcam eventos específicos de sua rotina ou de seu grupo. Reconhecer alguns elementos musicais básicos: melodia, ritmo e harmonia. Escutar e produzir gradativamente sons com instrumentos musicais. Reconhecer alguns elementos musicais básicos: frases, partes, rimas, elementos que se repetem, etc. Escutar e produzir sons com o corpo e os objetos. (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais. O educador deve propor diferentes situações de aprendizagem — individuais, em pares, trios ou pequenos grupos —, nas quais as crianças possam expressar-se, comunicar-se e divertir-se, ao mesmo tempo em queexploram, investigam e fazem descobertas e conexões por meio de desenhos, rabiscos, pinturas, construções, esculturas, colagens, dobraduras etc. É ainda possível organizar situações a partir do interesse das crianças, em que façam desenhos de observação, focando nos detalhes e convidando a todos para expor suas produções nos espaços da sala que devem, preferivelmente, estar acessíveis para que possam exibir suas produções com autonomia. É desejável, ainda, promover situações em que as crianças possam construir brinquedos, potes, cestos ou adornos inspirados no artesanato do campo, indígena ou de outras tradições culturais; construir casas ou castelos de cartas, de madeira, de panos e outros materiais; fazer dobraduras simples, bonecas de pano ou de espiga de milho; construir uma estrutura com gravetos, folhas secas, blocos, copos plásticos, embalagens de papelão; experimentar efeitos de luz e sombra sobre objetos ou espaços, com uso de velas ou lanternas; pintar usando diferentes suportes (papéis, panos, telas, pedaços de metal ou acrílico) e materiais (aquarela, tinta guache, tinta feita com materiais da natureza, lápis de cor, canetas hidrográficas, esmalte de unhas); reconhecer a diversidade de padrões de uso das cores em diferentes contextos de produção e usar esse conhecimento para fazer suas criações no desenho, na pintura etc. Desenhar e construir produções bidimensionais e tridimensionais ou usar materiais artísticos para expressar suas ideias, sentimentos e experiências. Usar uma variedade de materiais artísticos para se expressar; Utilizar a investigação que realiza sobre o espaço, as imagens, as coisas ao seu redor para significar e incrementar sua produção artística. Apreciar as exposições de produções realizadas pela turma e demais turmas da escola. Explorar formas variadas dos objetos para perceber suas características e utilizá- las em suas composições. O educador pode promover situações do tipo: criar livremente a partir de jogos de encaixe e de construção, explorando cores, formas e texturas; desenhar e construir produções bidimensionais e tridimensionais com o auxílio do educador; experimentar possibilidades de representação visual bidimensional e tridimensional, utilizando materiais diversos: caixas, tecidos, tampinhas, gravetos, pedrinhas, lápis de cor, giz de cera, papéis, argila, massa de modelar, gesso, papel machê etc.; criar desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir de seu próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem das Artes Visuais: ponto, linha, cor, forma, espaço e textura; manipular materiais de diferentes texturas: lisas, ásperas, macias, duras, moles etc. Reconhecer e identificar as cores presentes na natureza e no dia a dia nomeando-as, com o objetivo de fazer a correspondência entre cores e elementos. Experimentar as diversas possibilidades do processo de produção das cores primárias e algumas secundárias e reconhece-las na natureza, no dia a dia e em obras de arte. Conhecer a apreciar artesanato e obras de artes visuais de diferentes técnicas, movimentos, épocas, estilos e culturas. Conhecer e apreciar produções artísticas de sua cultura ou de outras culturas regionais, nacionais ou internacionais. (EI03TS03) Reconhecer as qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre), utilizando-as em suas produções sonoras e ao ouvir músicas e sons. O educador deve promover situações de contato das crianças com diversos sons de diferentes intensidades, durações, alturas, timbres etc. Esse contato pode se dar por meio de brincadeiras, atividades individuais, em duplas ou pequenos grupos e de situações de exploração dos ambientes à sua volta, procurando objetos e coisas que tenham sons diferentes dos que já conhecem ou não. Também é importante dançar conforme a música e as diferentes manifestações sonoras, encontrar movimentos diferentes para expressar cada uma delas, descobrir a reação dos diferentes tipos de som no seu corpo, criar formas de se expressar por meio dos sons que seu corpo emite, daqueles que sua voz pode criar e dos que são possíveis de serem compostos em duplas ou trios. Estas são algumas situações que engajam as crianças pequenas em suas descobertas e aprendizagens em relação aos sons. Mas o educador pode propor outras situações nas quais as crianças possam: brincar com a música explorando objetos ou instrumentos musicais para acompanhar seu ritmo; imitar, inventar e reproduzir criações musicais; explorar, em situações de brincadeiras com música, variações de velocidade e intensidade na produção de sons; perceber o barulho e o silêncio; perceber sons graves e agudos, curtos e longos produzidos pelo corpo, objetos e instrumentos musicais; dar sequência à música quando a mesma for interrompida; escutar a própria voz e de outras crianças em gravações; conhecer canções, brincadeiras ou instrumentos musicais que são típicos de sua cultura ou de alguma outra cultura que estão conhecendo; apreciar produções audiovisuais como musicais, brinquedos cantados e teatros para reconhecer as qualidades sonoras. Apreciar, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais. Reconhecer, em situações de escuta de música, algumas características dos sons. Manipular e perceber os sons de instrumentos sonoros diversos. Explorar possibilidades musicais para perceber diferentes sons e ritmos, em instrumentos sonoros diversos. Apreciar e vivenciar o silêncio (EI03TS04/ES) Selecionar junto a seus pares, espaços, objetos, materiais, roupas e adereços para brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais ou para festas tradicionais. O educador deve proporcionar situações nas quais as crianças em situações de festas culturais e/ou de momentos de brincadeiras de “faz de conta” farão a seleção de roupas e adereços, objetos de decoração e ou utensílios de diversas culturas, criando formas de expressões e identificando a beleza e as expressões culturais como marcas próprias de diferentes grupos culturais. Também poderão resgatar histórias, cantigas, canções e brincadeiras que foram ensinadas por nossas mães, avós ou membros da comunidade para produzir encenações em espaços preparados e com vestes próprias ou improvisadas. O educador pode propor situações nas quais as crianças podem: organizar espaços e materiais (junto com o educador) para brincadeiras e encenações criadas ou recriadas a partir da cultura local; confeccionar adereços para apresentações a partir de pesquisas próprias (com a ajuda do adulto); participar de Observar e participar de brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais ou festas tradicionais. Confeccionar adereços simples para apresentações com a ajuda do educador. brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais e festas tradicionais; confeccionar brinquedos para expor. (EI03TS05/ES) Apreciar diferentes apresentações, apresentando sua opinião verbalmente ou de outra forma. O educador deve promover, em situações contextualizadas, a participação das crianças para a apreciação de apresentações culturais de diferentes grupos através de filmes, exposições abertas, saraus, documentários, teatros e musicais locais possibilitando às crianças momentos de cultivar a percepção, o imaginário e o simbólico. Apreciar práticas artísticas diversas presentes na comunidade escolar e na região. Apreciar e conversar sobre as diferentes manifestações culturais que tiver acesso. (EI03TS06/ES) Demonstrar interesse, respeito e valorização pelas diferentes manifestações culturais brasileiras. O educador deve promover situações em que as crianças sejam envolvidas em variadas manifestações artísticas (musicas, danças, dramatizações entre outras) por grupos étnicos variados apreciando as expressões artísticas e culturais, com o objetivo de desenvolver suas habilidades e expressá-las individualmente e em grupo. Pode ainda criar espaços de investigação, de construção e apreciação de práticas artísticas diversas, promovendo rodas de conversa onde as crianças discutem seus pontosde vista sobre as diversas manifestações artísticas culturais presentes no grupo local, fazendo pesquisas sobre o processo de constituição destas manifestações. O educador, sempre com a escuta ativa, oferece oportunidades do olhar de valorização e respeito sobre o diferente. Demonstrar respeito pelas manifestações culturais assistidas e vivenciadas. Envolver-se em brincadeiras próprias de outros grupos socais e vivenciar diferentes manifestações culturais. Manifestar-se frente a situações que participa como apreciador, compartilhando emoções e sentimentos em relação a manifestação cultural. ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO Crianças pequenas (4 anos) OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CAMINHOS METODOLÓGICOS A CRIANÇA DEVERÁ SER CAPAZ DE: (EI03EF01/ES) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos, vídeos e outras formas de expressão. O educador deve proporcionar situações nas quais as crianças tenham espaços de expressões na linguagem oral, musical, corporal, na dança, no desenho, na escrita, na dramatização e em outras linguagens em vários momentos; eles precisam participar de rodas de conversa aonde discutem seus pontos de vista sobre um assunto, aonde se descreve como foi feita uma produção individual ou coletiva de um texto, uma escultura, uma coreografia etc. A roda de conversa é o espaço apropriado para: debater um assunto polêmico do cotidiano da escola, por exemplo, como organizar o uso dos brinquedos do parque etc; como organizar oralmente as etapas de uma tarefa, os passos de uma receita culinária, do preparo de uma tinta ou as regras para uma brincadeira, por exemplo, ou, ainda, expressar oralmente, e à sua maneira, opinião sobre um relato apresentado por um colega ou pelo(a) educador(a). É indicado também conversar com as crianças sobre suas fotos, desenhos e outras formas de expressão, proporcionando um clima seguro e receptivo — isso contribui para que se expressem e busquem fazer uso de uma linguagem cada vez mais complexa para se fazerem entender. O educador deve incentivar as crianças a escreverem umas às outras, aos seus familiares e a pessoas da comunidade escolar, pois cria um contexto significativo e envolvente para produzirem suas escritas, ainda que de forma não convencional. Elas podem ainda produzir narrativas orais e escritas, em situações que apresentem função social significativa e organização da sequência temporal dos fatos. Esse convite à produção de escrita autônoma para representar idéias, desejos e sentimentos, através da elaboração de textos coletivos ou individuais, favorece a compreensão de que aquilo que está no plano das idéias pode ser registrado graficamente através de desenhos, números e letras tendo ou não o educador como escriba. Comunicar-se com diferentes intenções, em diferentes contextos, com diferentes interlocutores, respeitando sua vez de falar e escutando o outro com atenção. Realizar uso da escrita autônoma para comunicar suas ideias e opiniões aos colegas e educadores(as). Fazer uso das diferentes linguagens como a escrita, o desenho, a dança, escultura, dramatização etc. para expressar suas ideias, desejos e sentimentos. Interagir com outras pessoas por meio de situações mediadas ou não pelo educador. Utilizar um vocabulário ampliado por meio de músicas, narrativas (poemas, histórias, contos, parlendas, conversas dentre outras) e brincadeiras para desenvolver sua capacidade de comunicação. Utilizar desenhos, números e letras em suas representações gráficas, ampliando progressivamente seu conhecimento sobre a escrita. (EI03EF02/ES) Inventar enredos para brincadeiras cantadas, histórias, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos. O educador deve promover situações nas quais as crianças desenvolvam o hábito e o prazer por escutar, recitar e ler textos poéticos. Em tais atividades, vão observando a importância dos recursos gráficos, além da estrutura dos textos como poemas, parlendas e canções, brincando e declamando diversas vezes em suas brincadeiras ou outras situações significativas os textos conhecidos. Assim, divertindo-se e conversando sobre as palavras rimadas ao brincar com seu ritmo, identificando rimas, assonâncias e aliterações, elas têm a possibilidade de construir novas histórias, novas narrativas e novos enredos. O educador deve propor situações nas quais as crianças possam brincar com os textos poéticos (poemas, parlendas, trava-línguas, quadrinhas) através de jogos e brincadeiras cantadas, cantigas de roda, jogos e brincadeiras de linguagem, explorando a sonoridade das palavras (sons, rimas, sílabas, aliteração) e declamando suas poesias e parlendas preferidas fazendo uso de ritmo e entonação. Elaborar oralmente e/ou em colaboração com colegas e educador novos enredos. Brincar com os textos poéticos em suas brincadeiras livres com outras crianças. Observar que os textos se dividem em partes (versos) que podem ou não rimar. Ordenar textos de memória, utilizando as estratégias de leitura Reconhecer, criar e reinventar rimas Apreciar textos poéticos típicos de seu território. Reconhecer a similaridade sonora dos textos poéticos (EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas. O educador deve fazer a seleção de livros poéticos, narrativos ou informativos oportunizando um ambiente rico, com várias possibilidades de acesso e manuseio de livros pelas crianças, possibilitando a construção de repertório de histórias conhecidas e reconhecidas em seus portadores e que sejam utilizadas em situações de leitura compartilhada (em voz alta), feita pelo educador, ou a leitura feita pela criança para os colegas, sendo convidada a recontar narrativas, apoiadas nas ilustrações ou na identificação de partes do texto ou de palavras conhecidas ou outros critérios apontados pelo leitor. É importante, também, que as crianças tenham acesso aos livros em diferentes momentos do seu cotidiano escolar e que possam explorá-los e manuseá-los com tempo, fazendo suas investigações, brincando com seu enredo e criando contextos de leitura sejam individuais ou em pequenos grupos. O educador deve também proporcionar situações nas quais as crianças possam: escolher e contar histórias, a sua maneira, para outras crianças; escolher livros de sua preferência explorando suas ilustrações e imagens para imaginar as histórias; identificar palavras conhecidas em livros e outros suportes textuais; folhear livros e outros materiais tendo como referência o modo como outras pessoas fazem; participar coletivamente da leitura e escrita de textos que podem ser utilizados para ampliar a compreensão das histórias (listas dos personagens e dos títulos das histórias lidas; bilhetes, recados ou convites de um personagem para o outro; cantigas relacionadas ao tema do livro lido; textos informativos sobre alguma situação que acontece na história lida; receitas utilizadas na história etc., tendo ou não o educador como leitor e escriba; manusear diferentes portadores textuais e ouvir sobre seus usos sociais; perceber as características da língua escrita: orientação e direção da escrita. Localizar no texto o nome dos personagens e escrever lista dos personagens da história, tendo ou não o educador como escriba. Folhear livros e escolher aqueles que mais gostam para ler em momentos individuais. Perceber que imagens e palavras representam ideias. Ordenar ilustração e corresponder com o texto. Relacionar fatos da história contada ou lida, com situações do dia a dia. Ler sem saber ler convencionalmente, tentando ajustar o falado ao escrito, através do uso das Estratégias de Leitura. Escrever de forma autônoma, colocando em jogo o que pensa e sabe sobre a escrita convencional. (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história. O educador deve promover diversassituações de escutas de histórias, seja por meio da leitura pelo(a) educador(a), por outra criança, apresentações de teatro, dança, filmes ou áudios. A partir do envolvimento nessas situações, as crianças têm a oportunidade de se apropriar das narrativas e interessar-se por conversar e brincar com elas, desenvolvendo sua imaginação e sua criatividade, ao mesmo tempo em que se aproximam da linguagem escrita. O educador deve criar situações em que o envolvimento nas leituras vai proporcionar a discussão acerca dos elementos da estrutura narrativa, identificando personagens, cenários, trama e sequência cronológica, apoiando as crianças na construção de roteiros de vídeos ou encenações. O educador pode propor situações que favoreçam o conhecimento do gênero textual que está sendo utilizado para a construção do roteiro para a dramatização; as crianças precisam interagir com autores e artistas locais; dramatizar situações do dia a dia e narrativas (textos literários, informativos, trava-línguas, cantigas, quadrinhas, notícias), reconhecer cenários de diferentes histórias e estabelecer relação entre os mesmos, identificar os personagens e oralizar sobre fatos e acontecimentos das histórias ouvidas para dramatizá-las. Identificar personagens, cenários, trama, sequência cronológica, ação e intenção dos personagens dos diversos textos trabalhados. Contribuir para a construção de roteiros de vídeo ou encenações coletivas, através de pequenos grupos. Relatar fatos e ideias com começo, meio e fim. Dramatizar histórias, criando personagens, cenários e contextos com a ajuda do educador. Memorizar diálogos no texto escrito (EI03EF05/ES) Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, individual ou no coletivo, tendo o educador como escriba. O educador deve promover situações prazerosas de escuta atenta das mesmas histórias repetidas vezes ou de histórias diferentes, de forma que as crianças se apropriem de elementos de sua estrutura narrativa. É necessário oportunizar situações em que as crianças relatem aos colegas histórias lidas por alguém de sua família, escolham e gravem poemas para enviar a outras crianças ou aos familiares. Então, a partir de um bom repertório de narrações, as crianças, por um motivo significativo, podem reescrever o texto tendo o educador como escriba ou podem reescrevê-lo a partir de sua própria escrita, mesmo não sendo a escrita convencional. Também é importante a participação das crianças em sarau literário, narrando ou recitando seus textos favoritos, promovendo de forma significativa o reconto de textos. Perceber a diferença entre dizer (expressar-se sobre algo) e ditar (expressar-se sobre algo que já foi dito por alguém). Participar de situações coletivas de criação ou reconto de histórias. Recontar histórias ouvidas, expressando satisfação e gosto por sua produção, seja ela coletiva ou individual. O educador pode propor situações tais como: recontar histórias, identificando seus personagens e elementos; criar e contar histórias ou acontecimentos oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos; participar da elaboração, criação e reconto de histórias e textos tendo o educador como escriba e observando-o como modelo de leitor e escritor; identificar personagens, cenários, trama, sequência cronológica, ação e intenção dos personagens. Participar de situações de revisão do reconto escrito, percebendo suas evoluções até a escrita final. Relatar situações diversas para outras crianças e familiares para ampliar suas capacidades de oralidade. Escutar relatos de outras crianças. Compreender que a escrita representa a fala. Produzir reescritas utilizando registros convencionais ou não convencionais a partir de suas próprias ideias sobre a escrita (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa. O educador deve promover situações de produção de textos orais ou escritos e que estes sejam discutidos não apenas à luz dos recursos da língua, mas pelas potencialidades significativas de quem são os interlocutores em sua condição social e postos em um contexto que também afeta os sentidos dos textos. Isso significa discutir sempre com os alunos: O que temos a dizer? Para quem vamos escrever/falar? O que o nosso interlocutor sabe? O que ele não sabe e vai ficar sabendo por meio do nosso texto? Que modo de organizar o texto e que estilo de linguagem será mais adequado ao nosso objetivo, ao nosso interlocutor e à situação em que o texto será ouvido/lido? Na escola acontecem inúmeras possibilidades de escritas, dentre algumas destacamos: Registro de visitas que podem ser realizados através de fotografias, desenhos ou ainda por escritos que são feitos e refeitos, reelaborados e, assim, provocamos a observação de que a escrita não é realizada exatamente como falamos. Estes registros têm a finalidade de garantir a memória do que foi estudado ou para uma exposição ou outra finalidade. Pode ser registro para enviar à família em forma de carta, bilhetes ou outros, para informar a família diversas situações de estudos ou garantir um recado importante. Outras possibilidades de escrita são as cartas, cartões, bilhetes para pessoas queridas; os endereços, os números de telefones, listas diversas com finalidades próprias. Nas brincadeiras de supermercado fazemos listas de compras, preenchimento de talões de cheques, entre outras. Com as brincadeiras/jogos registramos os sentimentos provocados, as instruções das brincadeiras/jogos para serem compartilhados, os resultados para verificar o ganhador. Há também um recurso importante para que o estudante perceba como a escrita é organizada, que é a revisão de textos. Toda produção escrita precisa ter função social (o quê, para quê e para quem), mas também precisa ficar legível no sentido de compreensível. Por isso, a revisão de textos é uma estratégia que deve ser incorporada após a produção de textos e precisa começar a partir da revisão coletiva de textos, quer dizer, reescrita de texto coletivo = revisão de texto coletivo para que as crianças compreendam o processo de revisar um texto, que se faz repetidas vezes, até torná-lo “gostoso” de ler. Depois que estes compreendem o processo, serão capazes de fazer a revisão em grupos e depois individualmente. O educador pode propor situações tais como: nomear objetos, pessoas, personagens, fotografias e gravuras para ampliar seu vocabulário; criar histórias e representá-las graficamente (desenho) a partir de imagens ou temas sugeridos para desenvolver sua criatividade; oralizar contextos e histórias contadas, ao seu modo; fazer uso de expressões da linguagem narrativa; produzir escritas autônomas, utilizando letras como marcas gráficas; ler a seu modo textos literários e seus próprios registros gráficos para outras crianças; diferenciar desenho, letra e número em suas produções autônomas; expressar hipóteses a respeito da escrita, realizando registros de letras ou símbolos para representar a escrita; Perceber aspectos da linguagem escrita em suas produções. Produzir coletivamente ou em duplas, bilhetes, convites, comunicados, panfletos, listas, regras de um jogo dentre outros observando algumas características próprias de cada texto, tendo ou não o educador como escriba. Levantar hipóteses sobre o que está escrito e como se escreve, utilizando os conhecimentos já adquiridos sobre o sistema de escrita. Produzir textos orais e escritos a partir de narrativas próprias utilizando novos vocabulários e recursos próprios da língua oral. Fazer uso de expressões da linguagem da narrativa. Escrever utilizando os conhecimentos que tem sobre a escrita. (EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura. O educador deve oportunizar situações para que as crianças possam conversar e explorar a lógica dos diferentes textos e seus portadores, nomeando alguns de seus elementos, como, por exemplo, a capa, a ilustração, o título,falando de sua estrutura, personagens, ações, informações, estrutura gráfica e observando atitudes típicas de um leitor, como buscar informação de ingredientes em uma receita, buscar o título de uma história no título do livro etc. Nessa perspectiva, apontamos que a exploração de diversos gêneros textuais precisa ser algo constante na vida da educação infantil uma vez que são inseridas nas práticas da cultura escrita. Se queremos registrar uma receita, que informações precisamos e como organizamos estas informações? Como preparo uma agenda de telefone? O que e como escrevo um convite? Ao mesmo tempo é preciso discutir sobre os locais que estes textos circulam (portadores de textos) e sua relação com os gêneros. É necessário que os textos estejam em seus reais portadores para que possam explorar suas características: conteúdo, finalidade, destinatário, imagens, entre outros aspectos. O educador pode propor situações nas quais as crianças possam: escutar a leitura de diferentes gêneros textuais; manusear diferentes portadores textuais imitando os adultos; manusear, explorar e escutar explicações sobre para que servem os diferentes portadores textuais como: livros, revistas, jornais, cartazes, lista telefônica, caderno de receitas, bulas e outros; expressar suas hipóteses sobre “para que servem” os diferentes gêneros textuais como (receita, classificados, poesia, bilhete, convite, bula e outros); conversar com outras pessoas e familiares sobre o uso social de diferentes portadores textuais; compreender como se organiza a escrita em nossa cultura de cima para baixo, da esquerda para a direita; reconhecer as letras do alfabeto em diversas situações da rotina escolar; registrar o nome e outros textos significativos realizando tentativas de escrita; identificar símbolos que representam ideias, locais, objetos e momentos da rotina: a marca do biscoito preferido, placa do banheiro, cartaz de rotina do dia etc; acompanhar a leitura apontada do texto realizada pelo educador; atentar-se para a escuta da leitura feita pelo(a) educador(a), em ocasiões variadas, sobretudo nas situações de leitura de história e na diversidade textual para a ampliação de seu repertório linguístico e observação gráfica das palavras. Buscar informações sobre algum tema a ser estudado em livros ou revistas ou outros. Interessar-se pela escuta da leitura de diferentes gêneros textuais. Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e outros portadores de textos e da participação em diversas situações nas quais seus usos se fazem necessários. Ler sem saber ler convencionalmente, utilizando as Estratégias de Leitura. (EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações, etc). O educador deve garantir no cotidiano diversas situações de escuta e de conversa sobre os diferentes gêneros, criando nas crianças o gosto e o hábito pela leitura, construindo com elas um repertório de textos e suportes conhecidos, deixá-las participarem de situações em que são convidadas a falar sobre a estrutura dos textos, identificando elementos gráficos, textuais e de conteúdo. Ao reconhecer elementos dos textos possibilitamos que as crianças desenvolvam o gosto pessoal por alguns textos e tenham a iniciativa de recorrer a eles de forma autônoma. O educador deve propor situações para as crianças tais como: apreciar e participar de momentos de contação de histórias realizados de diferentes maneiras; ouvir histórias contadas por outras pessoas dentro da instituição: avós, irmãos, pais e outros; Ouvir histórias em outros espaços próximos à instituição: praças, bibliotecas, escolas e outros; contar, a seu modo, histórias para outras crianças e adultos; expressar suas opiniões sobre os diferentes textos lidos; escolher suportes textuais para observação e pseudo leitura; criar histórias a partir da leitura de ilustrações e imagens para desenvolver a criatividade e a imaginação; relacionar imagens de personagens e cenários às histórias que pertencem; narrar histórias ouvidas utilizando somente a memória como recurso; identificar um livro pela leitura do título; apresentar uma história mostrando a capa do livro, o título e o nome do autor; ler o texto de um poema identificando as palavras que rimam etc.; identificar portadores e gêneros textuais que sejam típicos de seu território. Identificar um livro pela leitura do título, apresentar uma história mostrando a capa do livro, o título e o nome do autor, ler o texto de um poema identificando as palavras que rimam etc. Interessar-se por ler diferentes gêneros textuais, e também identificar portadores e gêneros textuais que sejam típicos de seu território. Demonstrar preferências por determinados livros. Utilizar as Estratégias de Leitura para ler os textos de memória (canções, poemas, poesias, trava-línguas, parlendas, quadrinhas). (EI03EF09/ES) Levantar hipóteses em relação as características da linguagem escrita (palavras, frases, espaços em branco, sinais de pontuação,, pauta, margem), realizando registros de palavras e textos, por meio da escrita espontânea e compreendendo que a escrita é a representação da fala. O educador deve promover situações de escritas significativas a uma criança ou ao grupo de crianças como o nome de uma história para ser lida em outro dia, foto e legendas para uma exposição, organizar uma lista de colegas para a realização de uma determinada ação, textos construídos pela criança ou de um texto conhecido com uma finalidade própria, convites para exposições realizadas na sala, panfletos sobre situações estudadas para serem divulgadas, brincando com palavras que rimam, uma receita significativa para a turma, uma poesia, nome de autores preferidos, a rotina do dia, a escrita do próprio nome e de colegas e etc. É preciso garantir o jeito de escrever de cada criança e ir oferecendo situações de observação sobre as escritas convencionais como: letra inicial, sons finais quando rimam, a direção convencional da escrita, a categorização gráfica das letras, a pontuação presente nos textos, as acentuações entre outros. As crianças vão compreendendo que nos valemos de muitos recursos para nos expressar e que, por sua vez, utilizamos signos diferentes – na tentativa de estabelecermos comunicação rápida e eficiente, utilizamos de logotipos, marcas, sinais de trânsito, placas indicativas, bandeiras etc. As crianças precisam entender que essas formas gráficas são lidas e que utilizamos em várias situações estes outros sistemas de escrita. Portanto, o planejamento deve prever as situações citadas. Lembrando: desenho e escrita são representações gráficas, portanto, são da mesma natureza. Mas desenho refere-se a objetos do mundo e escrita refere-se à constituição de um discurso próprio. O educador deve propor situações de aprendizagem sistematizadas de leitura e escrita que evidenciem o trabalho com o nome próprio, as listas, os textos de memória (canções, poemas, parlendas, trava-línguas etc.), nas quais as crianças possam colocar em jogo suas hipóteses sobre a escrita para aproximar-se progressivamente do uso convencional da língua. É importante que brinquem com a sonoridade das palavras, explorando-as e estabelecendo relações com sua representação escrita; que percebam a presença da escrita em diferentes contextos e que compreendam a sua função social. As atividades com o nome próprio são excelentes para o trabalho com a língua, pois o nome tem toda uma carga afetiva e pessoal, exclusiva de cada pessoa, e também apresenta a característica da estabilidade, que pode ser fonte para outras escritas. Produzir listas estabelecendo relação entre grafema e fonema entre os nomes escritos. Escrever o próprio nome e sobrenome e nome de alguns colegas, com o auxílio da ficha ou não, estabelecendo relação entre grafema e fonema do nome próprio e de colegas. Aceitar o desafio de comparar suas escritas autônomascom dos colegas ou com a escrita convencional. Usar o caderno de forma adequada as suas produções de escrita. Produzir escritas de textos de memória (canções, poemas, poesias, trava-línguas, parlendas, quadrinhas). ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES Crianças pequenas (4 anos) OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CAMINHOS METODOLÓGICOS A CRIANÇA DEVERÁ SER CAPAZ DE: (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades. O educador deve realizar diversas situações de exploração e investigação de objetos nas brincadeiras ou em atividades organizadas como relações de peso, tamanho e volume de formas bidimensionais ou tridimensionais e explorar elementos naturais como argila, areia, água, barro, pedras, plantas e materiais como massa de modelar, percebendo a transformação do espaço tridimensional em bidimensional e vice-versa, a partir da construção e desconstrução. As explorações e investigações devem ocorrer seja individualmente, em duplas, trios ou pequenos grupos de crianças; seja no espaço da sala, organizado de forma a desafiá-las e atraí-las em suas investigações, seja no espaço externo, sensibilizadas pelos diferentes elementos da natureza e a diversidade de formas possíveis de explorá-los. Através da escuta atenta e observação pela educadora, as explorações, comparações e as descobertas que as crianças fazem tornam-se cada vez mais elaboradas. O educador deve propor situações nas quais as crianças brinquem com objetos e brinquedos de materiais diversos, explorando suas características físicas e suas possibilidades: morder, chupar, produzir sons, apertar, encher, esvaziar, empilhar, rolar, transvazar, encaixar, colocar dentro, fora, fazer afundar, flutuar, soprar, montar, construir, lançar, jogar etc.; ou atividades que envolvam as características opostas das grandezas de objetos (grande/pequeno, comprido/curto etc.); atividades que envolvam o reconhecimento e a nomeação das figuras geométricas planas: triângulo, círculo, quadrado, retângulo e o estabelecimento de relações entre os sólidos geométricos e os objetos presentes no ambiente. Comparar, classificar e ordenar (seriar) objetos utilizando como critérios tamanhos, pesos, volumes, temperaturas, cor, texturas e função, dentre outros, para estabelecer relações entre eles, explorando semelhanças e diferenças. Utilizar vocabulários próprios ao realizar comparações entre objetos (grande/pequeno, comprido/curto) entre outros, ao falar sobre os objetos. Utilizar diferentes formas e estratégias ao comparar objetos ou situações. Identificar objetos pessoais e do meio em que vive conhecendo suas características, propriedades e função social para que possa utilizá-los de forma autônoma de acordo com suas necessidades. Observar objetos produzidos em diferentes épocas e por diferentes grupos sociais a fim de perceber algumas características dos mesmos. Colecionar e confeccionar objetos com diferentes características físicas e reconhecer formas de organizá-los. Recriar imagens a partir de formas geométricas e outros elementos observados. (EI03ET02/ES) Observar, descrever e registrar (desenhos, escrita espontânea) mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais. O educador deve organizar diversas situações de exploração de objetos (ex.: observar a água em forma de gelo, a água líquida e o vapor d’água), de formular perguntas (ex.: Por que o gelo derreteu?), de construir suas hipóteses (ex.: Será que é porque está calor?), de desenvolver suas generalizações (ex.: O sorvete também derrete quando está muito calor!), de aprender um novo vocabulário (ex.: derreter, evaporar etc.), nas quais explicam o efeito e a transformação na forma, velocidade, peso e volume de objetos, agindo sobre eles, ou exploram algumas propriedades dos objetos, como a de refletir, ampliar ou inverter as imagens, ou de produzir, transmitir ou ampliar sons, entre outros, garantindo o registro das situações vivenciadas demonstrando o que aprenderam por desenhos, maquetes, escritas ou outros registros. O educador pode propor situações tais como: experimentar sensações físicas e táteis; pesquisar sobre diversos fenômenos naturais e físicos: identificar os elementos e características do dia e da noite; observar o céu em diferentes momentos do dia; observar os astros, estrelas, planetas, observar sobre o vento, a chuva, a luz do sol, da lua, o efeito da luz e da sombra através da presença e ausência da luz do sol e da lua; realizar misturas, provocando mudanças físicas e químicas na realização de atividades de culinária, pinturas e experiências com água, terra, argila e outros; conhecer e fazer experimentos com registros dos quatro Reunir informações de diferentes fontes para descobrir por que as coisas acontecem e como funcionam, registrando e comunicando suas descobertas de diferentes formas (oralmente, por meio da escrita, da representação gráfica, de encenações etc.). Registrar e comunicar suas descobertas de diferentes formas (oralmente, por meio da escrita, da representação gráfica, de encenações etc.), com a ajuda do educador. Nomear e descrever oralmente características e semelhanças frente aos fenômenos da natureza, estabelecendo algumas relações de causa e efeito, levantando hipóteses, utilizando diferentes técnicas e instrumentos e elementos: ar, água, fogo e terra; produzir com diversos materiais os fenômenos naturais observados e maquetes variadas, com o auxílio do educador. reconhecendo algumas características e consequências para a vida das pessoas; Perceber os elementos (fogo, ar, água e terra) enquanto produtores de fenômenos da natureza e reconhecer suas ações na vida humana (chuva, seca, frio e calor). Reconhecer características geográficas e paisagens que identificam os lugares onde vivem e destacando aqueles que são típicos de sua região. Reconhecer e relatar diferentes observações oriundas de experimentos realizados a partir de fenômenos naturais e físicos. Observar atividades de culinária para perceberem as mudanças físicas e químicas no processo de uma receita. (EI03ET03/ES) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos e sua preservação. O educador deve propor vivências enriquecedoras em que a observação, as curiosidades e as questões das crianças sejam favorecidas em situações nas quais possam utilizar diferentes estratégias de buscar informações, coletar dados e viver novas situações. É importante que as crianças tenham a oportunidade de observar e questionar sobre os fenômenos e elementos da natureza presentes no seu dia-a-dia (calor produzido pelo sol, chuva, claro-escuro, quente-frio), estabelecendo regularidades, relacionando-os à necessidade dos humanos por abrigo e cuidados básicos — agasalhar-se, não ficar exposto ao sol, beber líquido, fechar ou abrir janela, acender ou apagar a luz —, apontando algumas mudanças de hábitos em animais ou plantas influenciadas por mudanças climáticas, contribuindo para a aprendizagem das crianças de noções, habilidades e atitudes em relação à natureza, seus fenômenos e sua conservação. O educador pode promover situações nas quais as crianças possam conhecer sobre os seres vivos (plantas, animais), suas características, espécies e preservação. Utilizar, com ou sem a ajuda do educador, diferentes fontes para encontrar informações frente a hipóteses formuladas ou problemas a resolver relativos à natureza, seus fenômenos e sua conservação, como livros, revistas, pessoas da comunidade, fotografia, filmes ou documentários, pesquisas em internet, visita a centros de pesquisa etc., Observar o trajeto casa e escola e vice-versa, conhecendo e relatando os elementos que compõem a paisagem do percurso e suas modificações. Perceber que os seres vivos possuem ciclo de vida, reconhecendo as suas diferentes fases. Assistir a vídeos, escutar histórias, relatos e reportagens que abordem os problemas ambientais para seconscientizar do papel do homem frente a preservação do meio ambiente. Relatar e descrever na comunidade, família e bairro os conhecimentos construídos sobre o tema. Participar do desenvolvimento de ações junto aos órgãos públicos, comunidade e famílias referentes aos cuidados com o uso consciente da água, destinação correta do lixo, conservação do patrimônio natural e construído, a fim de contribuir com a preservação do meio ambiente. Explorar as informações de diferentes fontes e, com o apoio do educador, ler e interpretar e produzir registros como desenhos, textos orais ou escritos (escrita autônoma), comunicação oral gravada, fotografia etc. Fazer registros autônomos sobre as observações feitas nos diferentes espaços de experimentação. Conhecer fontes de informações que são típicas de sua comunidade. Conhecer e valorizar diferentes formas para encontrar informações sobre questões relacionadas à natureza, seus fenômenos e conservação. (EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, fazendo uso das múltiplas linguagens (desenho, registro por números, escrita espontânea), em diferentes suportes. O educador deve propor situações do cotidiano nas quais as crianças são instigados a resolver problemas utilizando as diversas unidades de medidas sejam as convencionais ou não como, por exemplo, em atividades de culinária que envolvem definir quantidades ou massa de ingredientes, tempo de cozimento; fazer uso de ferramentas para medir distancia ou comprimento de uma sala ou um espaço para determinada brincadeira; trabalhar com moedas ou equivalentes em contextos diversos que são conduzidos a resolver problemas (compra e venda/barato e caro). Além das vivências é importante o desafio dos registros das experiências, seja por desenho, uso de escritas convencionais ou não convencionais, fotografias, gráficos, dentre outros, podendo ter o apoio do educador ou não. O educador pode proporcionar situações para que as crianças possam medir a altura de si e de outras crianças; medir objetos diversos dentro e fora da sala, registrando as constatações; manipular tintas de diferentes cores e misturá-las identificando as cores que surgem, registrando as constatações; conhecer os estados físicos da água e registrar a sua transformação em diferentes contextos, além da utilização da rotina para favorecer a construção das noções das medidas de tempo. Utilizar ferramentas de medidas padronizadas ou não padronizadas, como os pés, as mãos e pequenos objetos, metros, litros, relógios em suas brincadeiras, construções ou criações. Observar estratégias para resolver problemas que envolvem situações de unidades de medidas. Reconhecer pontos de referência de acordo com as noções de proximidade, interioridade e direcionalidade comunicando-se oralmente e representando com desenhos ou outras composições, a sua posição, a posição de pessoas e objetos no espaço. Explorar o espaço escolar e do entorno, fazendo registros de suas observações. Utilizar instrumentos não convencionais (mãos, pés, polegares, barbante, palitos) para comparar diferentes elementos estabelecendo relações de distância, tamanho, comprimento e espessura. Reconhecer em atividades de sua rotina os conceitos agora e depois, rápido e devagar para que se perceba que a atividade desenvolvida por si e por seus colegas acontecem em um determinado tempo de duração. Observar em atividades da sua rotina a construção da sequência temporal: manhã/tarde, dia/noite para que possa reconhecer a passagem de tempo. Conhecer e identificar as características e regularidades do calendário relacionando com a rotina diária e favorecendo a construção de noções temporais. Explorar instrumentos não convencionais (sacos com alimentos, saco de areia, garrafas com líquidos) para comparar elementos e estabelecer relações entre leve e pesado. Interessar-se por registrar suas observações e descobertas fazendo-se entender e escolhendo linguagens e suportes mais eficientes a partir de sua intenção comunicativa. (EI03ET05/ES) Contar e classificar objetos e figuras de acordo com suas semelhanças e diferenças. O educador deve proporcionar situações de exploração e investigação de diferentes objetos e figuras em diversas situações de brincadeiras e em contextos individuais, em duplas ou em pequenos grupos para que as crianças comecem a construir conclusões baseadas em suas percepções físicas imediatas e consigam contá-las e classificá-las a partir de atributos ou propriedades que possuem em comum. Outras situações podem ser oferecidas como a apreciação de obras de arte, explorando suas formas simétricas e ainda utilizar materiais com formas semelhantes a figuras geométricas para construir imagens e objetos em espaços bidimensionais e tridimensionais. As crianças podem participar de situações nas quais observem e descrevam várias propriedades dos objetos como: tamanhos, pesos, texturas, espessuras, cores e formas. Explorar o espaço por meio da percepção e ampliação da coordenação de movimentos, desenvolvendo noções de profundidade e analisando objetos, formas e dimensões. Explorar objetos pessoais e do meio em que vive conhecendo suas características, propriedades e função social para que possa utilizá-los de forma independente de acordo com suas necessidades. Identificar e verbalizar as semelhanças e diferenças em objetos e figuras. Identificar as características geométricas dos objetos, como formas, bidimensionalidade e tridimensionalidade em situações de brincadeira, exploração e observação de imagens e ambientes e em suas produções artísticas. Agrupar e contar objetos e/ou figuras a partir de observações, manuseios e comparações sobre suas propriedades. Identificar e agrupar objetos por cor, tamanho, forma, peso (semelhanças). Observar e comparar com seus pares as diferenças entre altura e peso. Identificar objetos no espaço, fazendo relações e comparações entre eles ao observar suas propriedades de tamanho (grande, pequeno, maior, menor) de peso (leve, pesado) dentre outras características (cor, forma, textura). (EI03ET06) Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a história dos seus familiares e da sua comunidade. O educador deve propor situações significativas, convidando as crianças a relatar lembranças, a participar e conversar sobre eventos e celebrações. Deve ainda propor questões em que as crianças possam comparar situações de intervalos variados de tempo, percebendo alterações ocorridas em seu próprio corpo, como a perda e o aparecimento de dentes, o aumento na altura, no tamanho das mãos e dos pés, entre outras, e que possam descrever e refletir sobre sequências de acontecimentos. É importante também que possam conversar entre elas, em pequenos grupos, sobre suas vivências familiares, e que tenham diferentes oportunidades de participação na organização de eventos e festas tradicionais, de comemorar os aniversários e algumas passagens significativas do tempo, identificando-as apoiadas no calendário e utilizando a unidade de tempo — dia, mês e ano — para marcar as datas significativas, sejam de seu grupo, de seus grupos familiares, como também da comunidade escolar. O educador pode organizar situações nas quais as crianças façam pesquisas e entrevistas sobre suas famílias, as moradias, as rotinas de suas famílias, as especificidades de seu nascimento, a escolha de seu nome etc.; é importante promover a construção da linha do tempo do estudante através de fotos, com o apoio da família e do educador. Perceber, através de registros fotográficos, relatos de pessoas antigas da família ou comunidade ou de outras formas, o modo de celebrar ou festejar as festas tradicionais, iniciando a construção do tempo histórico. Identificar mudanças no tempo, como, por exemplo, na família e na comunidade, usando palavras ou frases que remetem a mudanças, como “quando eu era bebê”, diferenciando eventos do passado e do presente. Relatar fatos de seu nascimento e desenvolvimento com apoio de fotos ou outros recursos. Recontar eventos importantes de sua vivênciaem uma ordem sequencial. Identificar hábitos, ritos e costumes próprios, bem como de outras famílias. Perceber as diversas e diferentes organizações familiares. Valorizar as formas de vida de outras crianças ou adultos, identificando costumes, tradições e acontecimentos significativos do passado e do presente. Identificar a diversidade cultural existente entre as famílias. Perceber as características do meio social ao qual se insere reconhecendo os papéis desempenhados pela família e da escola. Conhecer celebrações e festas tradicionais da sua comunidade. Relatar aspectos da sua vida famíliar, casa, moradia, bairro. (EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência. O educador deve proporcionar situações aas crianças em que os aspectos relevantes da numeração que fazem parte de sua vida cotidiana sejam evidenciados. Pesquisar os diferentes lugares em que os números se encontram, investigar como são organizados e para que servem é tarefa fundamental para que possam iniciar a compreensão sobre a organização do sistema de numeração. Realizar a contagem em contextos significativos da vida real, como, por exemplo, quando contam quantas crianças vieram à escola para colocar a quantidade de pratos certos na mesa para comer e participar de brincadeiras cantadas e atividades lúdicas como parlendas, músicas, adivinhas que envolvam a sequência numérica são imprescindíveis. As situações Comunicar quantidades utilizando a linguagem oral, a notação numérica e/ou registros não convencionais. Identificar da posição de um objeto ou número numa série explicitando a noção de sucessor e antecessor. que envolvem a sequência numérica devem valorizar a posição dos números (o que vem antes de..., o que vêm depois de... e o que está entre...). É importante, ainda, que brinquem de faz de conta com materiais que convidem a pensar sobre os números, como brincar de comprar e vender; pesquisar a localização de algo significativo utilizando uma régua, fita métrica ou calendário – situação que o número está entre uma sequencia; ordenar a idade dos irmãos; analisar a numeração da rua; localizar o número de uma figurinha no álbum; explorar as notações numéricas em diferentes contextos — registrar resultados de jogos, controlar materiais da sala, quantidade de crianças que vão merendar ou que vão a um passeio, quantidade de meninos e meninas, de mochilas, de objetos pessoais, contar e comparar quantidades de objetos nas coleções etc.; são situações interessantes também a identificação da função social do número e a correspondência da quantidade ao número, explorando os agrupamentos de objetos. Identificar números nos diferentes contextos em que se encontram no cotidiano reconhecendo a sua função. Ler e nomear alguns números, usando a linguagem matemática para construir relações, realizar descobertas e enriquecer a comunicação em momentos de brincadeiras, em atividades individuais, de grandes ou pequenos grupos. Ter contato e utilizar noções básicas de quantidade: muito/pouco, mais/menos, um/nenhum/muito. Realizar agrupamentos utilizando como critérios a quantidade possibilitando diferentes possibilidades de contagem. Conhecer o que vem antes e depois em uma sequência de objetos, dias da semana, rotina diária e outras situações significativas. Reconhecer a sequência numérica até 10, ampliando essa possibilidade. Representar e comparar quantidades em contextos diversos (desenhos, objetos, brincadeiras, jogos) de forma convencional ou não convencional, ampliando progressivamente a capacidade de estabelecer correspondência entre elas. Elaborar hipóteses para resolução de problemas que envolvam as ideias de adição e subtração com base em materiais concretos, jogos e brincadeiras para reconhecimento dessas situações em seu cotidiano. (EI03ET08) Expressar medidas (peso, altura etc.), construindo gráficos básicos. O educador deve propor situações de experiências investigativas em que as crianças são inseridos no cotidiano com unidades de medidas para produzir diferentes formas de expressão e registro . As crianças poderão ser conduzidas às primeiras oportunidades de iniciar suas primeiras reflexões de leitura, construções de gráficos básicos e outras representações para expressar as medidas. Em uma situação em que as crianças expressam suas brincadeiras preferidas pode-se explorar questões de contagem, classificação e a organização numérica: Quantas brincadeiras foram identificadas? Quantos preferem a sua brincadeira? E etc. Estas e tantas outras questões devem ser problematizadas pelas crianças e educadores. O educador deve ainda apresentar diversos gráficos às crianças para que conheçam e se familiarizem com esse tipo de registro, para que posteriormente elaborem seus gráficos que conterão as informações de medidas registradas. Representar quantidades (quantidade de meninas, meninos, objetos, brinquedos e outros) por meio de desenhos e registros gráficos (riscos, bolinhas, numerais e outros). Comparar quantidades identificando se há mais, menos ou igual. Usar gráficos simples para comparar quantidades. Observar e construir gráficos comparando altura, peso e registros de quantidades, com auxílio do educador como escriba. Ler gráficos coletivamente com a ajuda do educador. Seriar brinquedos, montando gráficos (EI03ET09/ES) Fazer observações descrevendo (oral ou por registros) elementos e fenômenos naturais como luz solar, vento, chuva, temperatura, mudanças climáticas, relevo e paisagem. O educador deve promover situações e experiências nas quais as crianças possam observar e investigar os elementos e fenômenos naturais como luz solar, vento, chuva, temperatura, mudanças climáticas, relevo e paisagem e como interferem no ambiente natural e na sua importância na vida do planeta. Questões como: Como seria o mundo sem a luz solar? Como o vento se forma? A temperatura do ambiente é sempre a mesma? Por que? Estas e outras situações devem ser discutidas e experienciadas quando a situação permitir, oportunizando registros variados sobre as aprendizagens produzidas. É importante lembrar aqui sobre as estações do ano e suas características próprias (como cada uma apresenta diferentes mudanças de comportamentos, vestuários, alimentação etc.). Apropriar-se e discutir questões que ameaçam o planeta, buscando possíveis soluções, com o apoio do educador. Fazer uso dos recursos naturais explorando a consciência de seus limites e possibilidades. Desenvolver o prazer da descoberta, por meio de perguntas, da curiosidade e da postura investigativa. Produzir diferentes registros de aprendizagem utilizando a escrita não convencional ou utilizando o educador como escriba. Produzir maquetes, desenhos ou outros registros para representar os fenômenos e elementos naturais. Utilizar diferentes portadores de textos para pesquisar as questões sobre os elementos e fenômenos naturais, ampliando as possibilidades de conhecimento e pesquisa. CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS Crianças pequenas (4 anos) OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO CAMINHOS METODOLÓGICOS A CRIANÇA DEVERÁ SER CAPAZ DE: (EI03CG01/ES) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, ideias, opiniões, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música. O educador deve possibilitar às crianças a participação em diversas situações em pares ou pequenos grupos, nas quais possam se expressar de formas diversificadas, como, por exemplo, expressar-se corporalmente distinguindo emoções e sentimentos, em si mesmo e nos seus colegas, em situações cotidianas, em imagens observadas ou em narrações escutadas. É desejável também que brinquem de andar como robôs, como zumbis, como gatinhos ou como maria-mole, dentre outras formas, e que possam criar histórias e narrativas, dramatizando-as com os colegas, apropriando-se de diferentes gestualidades expressivas e expressando, ainda, suas opiniões e ideias sobre as expressões. O educador pode proporsituações nas quais as crianças possam vivenciar e promover jogos de imitação e de expressão de sentimentos; aceitar e valorizar suas características corporais, expressando-se de diferentes formas e construindo uma imagem positiva de si mesmo; vivenciar brincadeiras de esquema e expressão corporal diante do espelho, utilizando as diferentes formas de linguagem; realizar movimentos com gestos, expressões faciais e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas; cantar, gesticular e expressar emoções acompanhando músicas e cantigas; participar de encenações e atividades que desenvolvam a expressão corporal a partir de jogos dramáticos; explorar corporalmente o ambiente da sala de aula e outros espaços da instituição e lugares externos com o intuito de expressar-se. Representar-se em situações de brincadeiras, dança, música ou teatro, apresentando suas características corporais, seus interesses, sentimentos, sensações ou emoções. Criar com o corpo formas de expressar seus sentimentos, sensações e emoções. Apresentar suas noções, habilidades ou atitudes utilizando-as em suas atividades diárias. Discriminar e nomear as percepções ao experimentar diferentes sensações proporcionadas pelos órgãos dos sentidos. (EI03CG02/ES) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo nos momentos de interação com seus pares, em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades. O educador deve proporcionar situações nas quais as crianças, em pequenos grupos, trios, pares e individualmente possam testar diferentes formas de controlar e adequar o uso do seu corpo, como, por exemplo, dançar ao som de músicas de diferentes gêneros, imitando, criando e coordenando seus movimentos com os dos companheiros, usando diferentes materiais (lenços, bolas, fitas, instrumentos etc.), explorando o espaço (em cima, embaixo, para frente, para trás, à esquerda e à direita) e as qualidades do movimento (rápido ou lento, forte ou leve), a partir de estímulos diversos (proposições orais, demarcações no chão, mobiliário, divisórias no espaço etc.). É importante também participarem de situações em que possam regular e adaptar seu comportamento em função das necessidades do grupo e/ou de seus colegas em situações de interação e em função das normas de funcionamento do grupo, conquistando progressivamente a autorregulação de suas ações. O educador pode propor situações nas quais as crianças possam: participar de brincadeiras de expressão corporal cantadas: “Escravos de Jó”, brincadeiras de roda, “A linda rosa juvenil”, “Seu lobo está?”; percorrer trajetos inventados espontaneamente ou propostos: circuitos desenhados no chão, feitos com corda, elásticos, tecidos, mobília e outros limitadores e obstáculos para subir, descer, passar por baixo, por cima, por dentro, por fora, na frente, atrás, contornar demonstrando controle e adequação corporal; participar de jogos e brincadeiras que permitam: andar e correr de diversas maneiras, saltar e gesticular; movimentar-se e deslocar-se com controle e equilíbrio; participar de atividades que desenvolvam noções de proximidade, interioridade e direcionalidade; participar de situações livre ou orientadas para posicionar o corpo no espaço, como: dentro, fora, perto, longe, em cima, embaixo, ao lado, frente, atrás, muito, pouco; representar com o corpo linguagem dramática, em diferentes situações: encenações, imitações e dramatizações. Adaptar seus movimentos às situações proporcionadas nas brincadeiras coletivas, de pequenos grupos, em duplas ou individuais. Participar de conversas em pequenos grupos escutando seus colegas e esperando a sua vez de falar Movimentar-se fazendo uso de diferentes movimentos corporais cada vez mais complexos; Movimentar-se seguindo orientações dos educadores, de outras crianças ou criando suas próprias orientações; Movimentar-se seguindo uma sequência e adequando-se ao compasso definido pela música ou pelas coordenadas dadas por seus colegas em brincadeiras ou atividades em pequenos grupos. Valorizar o esforço em adequar seus movimentos corporais aos de seus colegas em situações de brincadeiras ou atividades coletivas. (EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em O educador deve oportunizar às crianças situações relacionadas à criação de movimentos, gestos, olhares e mímicas, e formas de expressar suas preferências, interesses e necessidades afetivas, bem como participar Demonstrar prazer em criar movimentos e gestos ao brincar, dançar, representar etc. brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música. de situações em que fruem, descrevem, avaliam e reproduzem apresentações de dança de diferentes gêneros e outras expressões da cultura corporal (circo, esportes, mímica, teatro etc.) feitas por adultos amadores e profissionais ou por outras crianças; teatralizem histórias conhecidas para outras crianças e adultos apresentando movimentos e expressões corporais adequados às suas composições; encenem histórias com bonecos, fantoches ou figuras de sombras destacando gestos, movimentos, voz, características dos personagens etc, O educador pode propor também situações para as crianças tais como: explorar movimentos corporais ao dançar e brincar; explorar novos movimentos usando gestos, seu corpo e sua voz; vivenciar situações de deslocamento e movimento do corpo fora e dentro da sala; dramatizar situações do dia a dia, músicas ou trechos de histórias; deslocar-se de acordo com ritmos musicais: rápido ou lento; criar movimentos dançando ou dramatizando para expressarem-se em suas brincadeiras; participar de jogos de imitação, encenação e dramatização; vivenciar diferentes papéis em jogos e brincadeiras; combinar seus movimentos com os de outras crianças e explorar novos movimentos usando gestos, seu corpo e sua voz; vivenciar brincadeiras e jogos corporais como amarelinha, roda, boliche, passa-lenço, bola ao cesto e outras; reconhecer brincadeiras e atividades artísticas típicas de sua cultura local e de antigamente. Explorar movimentos corporais ao dançar e brincar. Criar movimentos dançando ou dramatizando para expressarem-se em suas brincadeiras, combinando seus movimentos com os de outras crianças (EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados à higiene, alimentação, conforto e aparência. O educador deve proporcionar situações de valorização das ações infantis de protagonismo e autonomia em situações de cuidado com o próprio corpo. Portanto, é importante que elas tenham oportunidade de participar de experiências relacionadas à adoção de hábitos de autocuidado, observando de que forma isso impacta seu corpo, observando alguns hábitos dos educadores e de outras crianças, por exemplo, relacionados a cuidados básicos, ou participando de situações em que reconhecem e fazem uso de noções básicas de cuidado consigo mesmas, como colocar o casaco ao sentir frio, limpar o nariz quando está escorrendo, ir ao banheiro quando sente vontade, dar descarga no vaso, calçar a sandália, a meia, colocar a comida no prato, retirar o resto de comida do prato e colocá-lo no local apropriado, arrumar e desarrumar o ambiente para se alimentar, dentre outras. O educador pode propor situações nas quais as crianças poderão: participar do cuidado dos espaços coletivos da escola, como o banheiro e o refeitório; conhecer e cuidar de seu material de uso pessoal; entrevistar com auxílio do educador, profissionais da área da saúde e nutrição dentre outros. Identificar e valorizar alguns alimentos saudáveis. Servir-se e alimentar-se com autonomia e utilizar talheres. Reconhecer e fazer uso de noções básicas de cuidado consigo mesmo de forma independente — buscar água quando sente sede, pentear os cabelos e etc. Conhecer hábitos de alimentação e higiene de sua cultura local. Perceber, oralizar e solucionar as necessidades do próprio corpo: fome, frio, calor, sono, sede. (EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades
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