Prévia do material em texto
BLS- HB 2 YASMINN AMORIM SUPORTE BÁSICO DE VIDA CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA IH E EH: INTRA HOSPITALAR: PCR geralmente ocorre por consequência de quadros respiratórios ou circulatórios graves que pioram; Elos da cadeia de sobrevivência de um adulto PCR IH: 1. Vigilância, prevenção e tratamento de quadros clínicos pré-PCR 2. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço de emergência 3. RCP precoce, com ênfase nas compressões torácicas 4. Rápida desfibrilação 5. Cuidados pós-RCP multidisciplinares 2 EXTRA HOSPITALAR: PCR EH de adulto acontece inesperadamente em consequência de problemas cardíacos subjacentes. Elos da cadeia de um adulto que sofre PCR: 1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do SAMU. 2. RCP precoce, com ênfase nas compressões. 3. Rápida desfibrilação com o DEA. 4. Suporte avançado de vida eficaz (rápida estabilização e transporte para cuidados pós PCR. 5. Cuidados pós PCR multidisciplinar. AÇÕES PRELIMINARES: há realmente uma PCR? 1. AVALIAR RESPONSIVIDADE → Abordar o paciente para avaliar seu nível de consciência, batendo vigorosamente em seus ombros e o chamando: ‘’senhor?senhor???’’ → Isso é necessário para identificar se de fato o paciente está inconsciente; → O paciente não esboçando reação: até então entende-se como um paciente em estado grave de coma com causa ainda não identificada ↳ hipoglicemia, AVC, PCR, intoxicação por álcool e drogas, etc… 2. AVALIAR RESPIRAÇÃO → Checar movimento ou ausência de movimento no tórax do paciente → Apresenta ou não apneia? ● A grande maioria dos pacientes em PCR súbita imediatamente apresenta perda de consciência e apnéia → Apresenta ou não gasping (popularmente conhecido como ‘’comendo mosca’’)? ● Uma parcela das pessoas que entram em PCR, apresentando inconsciência e gasping, em que ainda há certa atividade respiratória, porém completamente ineficaz e descoordenada; 3 De modo geral, na maioria dos casos, perda da consciência e apnéia serão os dois principais indicadores de uma parada cardiorespiratória; 3. PEDIR AJUDA → Ligar para o SAMU: designar uma pessoa específica, apontar para ela e comandá-la a ligar para o SAMU, se colocando sempre numa posição de líder, para que as pessoas próximas vejam segurança nas suas ações e comandos. De forma clara e impositiva se deve comandar ‘’você, ligue para o SAMU e informe que há um possível caso de parada cardíaca’’ → Pedir o desfibrilador automático externo (DEA) mais próximo OBS: Essas 2 últimas etapas são referentes ao meio extra hospitalar, no meio intra hospitalar, após constatar a PCR, se pede ajuda chamando a equipe de ressuscitação e o carrinho de parada. 4. POSICIONAMENTO NO CHÃO → Do paciente: superfície rígida e plana → Do socorrista: ajoelhado na altura dos ombros do paciente NA MACA: → Do paciente: colocar a tábua de reanimação no dorso do paciente → Do socorrista: usar a escada e se posicionar na altura dos ombros do paciente e subir os dois degraus ● Ambos posicionamentos servem para proporcionar boa postura para realizar compressões de altíssima qualidade; ● Os componentes da reanimação cardiopulmonar são compressões torácicas e ventilações ● Realizados os cuidados iniciais, parte-se para o C-A-B C: CHEST COMPRESSIONS AVALIAR PULSO CENTRAL: → Jamais checar pulso radial para checagem de PCR em adultos, já que o paciente pode não ter pulso radial e ter pulso central 4 → Ou seja, checar o pulso carotídeo e/ou pulso femoral do lado que o socorrista estiver, por no máximo 10 segundos; → Se até esse momento o paciente não tem pulso ou não há certeza se tem pulso, deve-se considerá-lo em PCR e iniciar as compressões. SE DEVE REALIZAR RCP MESMO SEM TER A CERTEZA DO QUADRO? SIM!! Não faz mal fazer compressões em um coração que está batendo, faz mal não fazer compressões em um coração parado. Na dúvida, sempre escolha por realizar. COMPRESSÕES RÁPIDAS E FORTES 5 CICLOS DE 30 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES 1° CICLO: 30 COMPRESSÕES ----> 2 VENTILAÇÕES 2° CICLO: 30 COMPRESSÕES-----> 2 VENTILAÇÕES (...) 5° CICLO: 30 COMPRESSÕES----> 2 VENTILAÇÕES →Os 5 ciclos devem durar 2 minutos → Local: colocar uma das mãos no centro do tórax entre os mamilos e em seguida colocar a outra mão sobre a primeira, comprimindo o local com força e rapidez (*mais detalhes no roteiro BLS prático) → O tórax do paciente deve afundar entre 5 e 6 cm, mais do que isso pode provocar lesões e menos do que isso não haverá perfusão o suficiente; → O tórax deve retornar à posição normal a cada compressão → Minimizar ao máximo interrupções nas compressões ↳ não se checa pulso durante ciclos → Só interromper a ressuscitação em casos extremamente necessários, em que o benefício sobressaia o risco, como uma situação de perigo ao socorrista ou ao paciente, e por no máximo 10 segundos. → Checar o pulso a cada 2 minutos, ou seja, ao fim dos 5 ciclos , caso ainda não tenha chegado o DEA, também por no máximo 10s 5 → SEMPRE trocar quem realiza as compressões a cada 5 ciclos ↳ para evitar a fadiga muscular do compressor, na qual diminui a qualidade das compressões ↳ se o compressor fadigar antes de completar os 5 ciclos, deve trocar de lugar com outro ↳ o compressor substituto deve começar de onde o outro compressor parou → A velocidade ideal é de 100-120 compressões torácicas por minuto → Prioridade máxima de ressuscitação: 1. Compressões de altíssima qualidade 2. Desfibrilação precoce POR QUE ENTRE 100 E 120 COMPRESSÕES/MIN? Porque gera um tempo diastólico curto, e quanto ↑ frequência cardíaca ↓ tempo diastólico *Lembrando que em relação a circulação coronariana: SÍSTOLE DIÁSTOLE VENTRÍCULO DIREITO ✅ ✅ VENTRÍCULO ESQUERDO ❌ ✅ Ou seja, o tempo diastólico precisa ser curto. Caso não fosse tão curto, além de não ejetar muito sangue do VE para frente (débito cardíaco), também não geraria circulação coronariana no VE → Paciente não sairia da parada cardíaca NA SÍSTOLE: É O MOMENTO DE COMPRESSÃO NO BLS E HÁ PERFUSÃO DOS ÓRGÃOS NA DIÁSTOLE: É O MOMENTO DE DESCOMPRESSÃO NO BLS E HÁ PERFUSÃO CORONARIANA/MIOCÁRDICA E é por isso que se deve afundar o tórax de 5-6 cm e na velocidade de 100-120 compressões/min, nem menos e nem mais do que isso (nem menos porque não chegaria a haver perfusão, nem mais porque o tempo diastólico ficaria curto DEMAIS e não daria tempo de haver enchimento dos vasos coronarianos e assim o paciente nunca sairia da parada, além de que afundar em excesso o tórax aumenta o risco de complicações pós RCP e danos à estruturas subjacentes) 6 IMPORTÂNCIA DAS COMPRESSÕES No tempo zero, ou seja, assim que o indivíduo colapsa em PCR, ele tem 70% de chance de vida. A cada minuto que passa sem receber compressões de alta qualidade, ele perde 10% de chance de vida. Caso o paciente receba compressões, ele perderá 3% de chance de vida por minuto, ao invés de 10%. Ou seja, há um significativo aumento do período temporal no qual há chance de vida. Esse aumento é importante pois prolonga o tempo de espera por um desfibrilador de forma a diminuir ao máximo os prejuízos. Dessa maneira, as compressões fornecem oxigênio temporariamente ao indivíduo, mas não retorna ritmo, e mesmo que as compressões sejam realizadas com excelência suprema, o paciente continuará a perder 3% de chance de vida por minuto, algo que em algum momento, caso não haja um desfibrilador, chegará a zero. E isso ilustra a total necessidade e prioridade que um desfibrilador possui nessas situações. Há pesquisas que mostram que havendo um BLS de qualidade, com compressões eficazes e desfibrilação precoce, realizada de 5 a 10 minutos após a parada, há chance de retorno à vida sem algum eventual dano neurológico é muito alta SITUAÇÕES EM QUE SE DEVE ABANDONAR UM PACIENTE EM PCR Em situações que o paciente seja encontrado sozinho e isolado e o socorrista seja incapaz de buscar ajuda rápida, ele deve iniciar compressões ou buscar ajuda? RESPOSTA: O mais indicado é abandonar o paciente e buscar ajuda, justamente pelo que acabou de ser citado acima. Compressão é o paliativo, o prolongadorde tempo, mas não a 7 ‘’cura’’, a prioridade máxima sempre será o DEA, mas logicamente um passo é absolutamente dependente do outro: compressões sem a perspectiva do DEA não costumam ter um bom resultado e nem o DEA chegar para desfibrilar um coração que parou há um tempo e não foi realizado compressões conseguirá retornar um paciente à vida. OS 4 RITMOS MAIS FREQUENTES DA PARADA CARDÍACA EM ADULTOS: 1. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR 2. TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO Ambos não retornam da parada cardíaca sem o desfibrilador, ou seja, ao realizar as compressões de alta qualidade,há a continuidade de distribuição de oxigênio e nutrientes pelo miocárdio, porém o miocárdio não muda o ritmo cardíaco. No total há 4 possíveis ritmos de parada cardíaca: 1. Fibrilação ventricular 2. Taquicardia ventricular sem pulso 3. Assistolia (não desfibrilável) 4. Atividade elétrica sem pulso (não desfibrilável) Em todos os 4, com exceção da assistolia, o coração continua batendo, mas de forma desorganizada ou insuficiente para gerar débito cardíaco e pulso. Ou seja, o problema não é na ‘’bomba’’ do coração em si. TVSP e FV são ritmos desorganizados e acelerados, onde o coração não consegue ejetar sangue, ou seja, ter um débito cardíaco o suficiente para gerar pulso central. Apesar de haver as 4, sempre que um paciente é encontrado inconsciente, onde a causa da parada seja desconhecida, deve-se automaticamente ser considerado como causa as causas mais frequentes (FV e TVSP). Na assistolia e na AESP, pode ser possível retomada à vida apenas com compressões, mas como são ritmos menos comum comparados a FV e a TVSP, o DEA acaba sendo necessário em todos os casos em que não há como saber de certeza qual o ritmo da parada do paciente em questão. Uma vítima de afogamento, por exemplo, tem como causa de parada cardíaca a hipóxia, e a hipóxia leva a parada cardíaca por assistolia, e nesse caso só as compressões e ventilação seriam capazes de reverter o caso. Mas cada situação é específica e as condutas podem ficar dúbias, porque nesse exemplo, há uma vítima de afogamento em parada cardíaca, mas não se sabe se ele parou porque se afogou ou se infartou e depois se afogou, por isso é essencial que haja um desfibrilador associado a qualquer caso de PCR. 8 Na AESP há um ritmo que aparenta ser normal mas é incapaz de gerar pulso, como se a bomba cardíaca batesse num vazio, isso pode acontecer, por exemplo, quando não há sangue suficiente ou quando há uma bradicardia. O DEA só é capaz de identificar 2 ritmos chocáveis (FV ou TVSP), então se o paciente não tiver com algum desses 2 ritmos, o DEA interpretará que o ritmo não é chocável. RETOMADA À VIDA COMPRESSÕES + DESFIBRILADOR SÓ COMPRESSÕES FIBRILAÇÃO VENTRICULAR ✅ ❌ TAQUICARDIA VENTRICULAR S/ PULSO ✅ ❌ ASSISTOLIA ❌ ✅ ATIVIDADE ELÉTRICA S/PULSO ❌ ✅ FIBRILAÇÃO ATRIAL Ocorre com a despolarização em todo miocárdio praticamente ao mesmo tempo mas de forma assincrônica, fazendo com que não gere débito cardíaco. Além disso, devido a essas despolarizações descontroladas, o consumo miocárdico de substrato energético e de oxigênio fica altíssimo. ⇒ O 💓 gera vasodilatação nesse caso de aumento da demanda metabólica. Logo, o tempo de RCP vai consumindo o substrato energético, onde o ritmo vai degenerando do momento da parada cardíaca para frente, e assim, com o consumo de O2 e nutrientes, o ritmo vai degenerando, as ondas grossas no momento da parada vão ficando menores até o momento que se torna uma linha reta (assistolia) Ao realizar compressões, a amplitude da onda volta a subir, ficando mais grossa, já que o paciente torna a receber nutrientes e O2, porém, não traz de volta à vida sem desfibrilador. 9 O QUE O DESFIBRILADOR FAZ? Na hora da liberação da carga (desfibrilação), todo o miocárdio sincronicamente despolariza, gerando a chance do nó sinoatrial retomar o ritmo sinusal do paciente (o nó sinoatrial repolariza + rapidamente que o resto do miocárdio). PRESSÃO DE PERFUSÃO CORONARIANA ↑ compressões de altíssima qualidade ↑ PPC adequada A partir de 15mmHg começa a geração de perfusão coronariana no VE, aumentando a chance de sair da PCR. Se o nível não atingir os 15mmHg, não será possível o paciente sair da parada. Não se sabe em que momento do ciclo vai se atingir os 15mmHg, isso depende da qualidade de compressões, podendo ser na 1°, na 2°, na 20° ou qualquer compressão do ciclo, ou até a nenhuma, caso a técnica não esteja sendo executada com excelência. Durante interrupções, seja para as 2 ventilações ou seja por descuido, a PPC cairá para zero, e é por isso que a interrupções devem ser evitadas ao máximo. SOCO PRECORDIAL: só é usado em uma única situação, na qual o paciente monitorizado em UTI ou em emergência no hospital, que teve taquicardia ventricular PRESENCIADA, quando não há desfibrilador com fácil alcance 10 COMPLICAÇÕES DE RCP 1. Fratura de costela: + comum, erro de técnica ● Nos idosos há fisiologicamente um enrijecimento dos ossos e cartilagens, havendo uma perda maior de elasticidade, quando comparado a adultos e crianças, todavia, a fratura em si de costelas está associado a erro técnico 2. Lesão hepática: erro de técnica (ao comprimir as costelas flutuantes) 3. Fratura de esterno A: AIRWAYS (ABRIR VIA AÉREA) Se refere às 2 ventilações que ocorrem a cada 30 compressões. Mas o primeiro passo do A é o mantimento da via aérea pérvia. Qualquer paciente que tenha rebaixamento do nível de consciência e seja posicionado de barriga para cima, ocorrerá a tendência da língua de ‘’cair’’ para hipofaringe ↳ Essa queda acaba servindo como obstáculo mecânico para fluxo de passagem de ar; Para evitar esse obstáculo da passagem de ar, realiza-se a manobra de extensão da cabeça para trás, chamado de chin lift 11 🔔ATENÇÃO: a manobra de chin lift só pode ser realizada quando não se há a mínima suspeita de lesão na coluna cervical. → Estando as vias aéreas devidamente pérvias para passagem de ar, passa-se para o próximo passo, a ventilação propriamente dita. B: BREATHING (VENTILAÇÃO DE RESGATE) → Novamente, a regra é 30 compressões para 2 ventilações → Em condições normais respiramos O2 a 0,21 ou 21% → Cada ventilação dura 1 segundo e o intervalo entre elas também é de 1 segundo. DISPOSITIVOS PARA VENTILAÇÃO 1. BOCA A BOCA: Oferta em torno de 14-16% de O2 para o paciente, contudo, não há barreira entre a boca do paciente com a do socorrista, sendo altamente anti higiênico, mas se quiser, pode. O socorrista não é obrigado a fazer o boca a boca em caso de falta de outro dispositivo, nesse caso, recomenda-se que se faça apenas as compressões. 2. POCKET MASK: Possui um dispositivo de barreira no qual impede que gotículas e fluidos advindas da boca do paciente entrem em contato com o socorrista ao soprar ar para ele. Deve ser usado em situações de urgência pré hospitalar onde não se dispõe de dispositivos mais complexos e que ofertem mais O2. O pocket mask fornece oxigênio numa espécie de boca a boca (soprando), mas com proteção. ● Não hiperventilar o paciente: se ao olhar para o tórax do paciente e ver que se elevou um pouco já é o suficiente 3. UNIDADE BOLSA MÁSCARA (AMBU): Dispositivo que oferta até 100% de oxigênio (quando ligado à fonte externa de o2) e só se encontrará disponível quando houver SAMU ou atendimento hospitalar. Se o AMBU for auto-insuflável, poderá ser usado com ou sem fonte de O2. Se não estiver ligada a um fluxo de O2, ela fornecerá 21% do oxigênio do ar ambiente. 12 QUANDO INTUBAR UM PACIENTE DURANTE UMA PCR? A intubação serve para ofertar oxigênio ao paciente quando nenhum outro dispositivo de oferta está realizando esse papel. Não é comum haver necessidade de intubação em casos de RCP, a intubação nunca será a prioridade nesses casos, como dito antes, a prioridade em RCP sempre será compressões de alta qualidade e desfibrilação precoce. As indicações de intubação ocorrem em casos específicos e em casos de: 1. Quando a equipe não consegue ventilar o paciente com o AMBU (que oferta 100% de O2), mesmoque tudo esteja funcionando adequadamente. 2. Quando mesmo conseguindo ventilar satisfatoriamente, o paciente passa a regurgitar, podendo passar o conteúdo gástrico para hipofaringe, havendo risco de broncoaspiração → geração de uma pneumonia química e bacteriana chamada síndrome de Mendelson, de altíssima mortalidade. Nesses casos, há indicação absoluta de intubação, já que ao intubar, há isolamento e proteção da via aérea do paciente. ATENÇÃO!! Após o paciente está intubado, não há mais a relação de 30:2, logo: PACIENTE COM VIA AÉREA AVANÇADA NECESSITARÁ DE CICLOS COM: - COMPRESSÕES ININTERRUPTAS DURANTE 2 MINUTOS, SENDO 100 COMPRESSÕES POR MINUTO - 1 VENTILAÇÃO A CADA 6 SEGUNDOS SEM NENHUM SINCRONISMO COM AS COMPRESSÕES. ATENÇÃO!! PARADA RESPIRATÓRIA COM PULSO Se o paciente tem pulso, ele não está em parada cardíaca. Porém, estando ele inconsciente e sem respirar, ele se encontra em um quadro de parada respiratória com pulso, e necessita de ventilações de resgate RECOMENDAÇÃO: 1 VENTILAÇÃO A CADA 5-6 SEGUNDOS E REAVALIAÇÃO A CADA 2 MINUTOS ENQUANTO ESPERA PELO SAMU 13 ATENÇÃO!! PCR vs ATAQUE CARDÍACO A maioria dos ataques cardíacos não ocasionam PCR, embora uma pequena parte das pessoas que sofram um ataque cardíaco sofra PCR. Mas quando ocorre PCR, o ataque cardíaco é uma causa comum. Outras doenças também podem afetar o ritmo cardíaco e provocar uma PCR. INFORMAÇÕES ADICIONAIS E PEGADINHAS: 🔔 Sempre lembrar que há 2 tipos de BLS: para profissionais de saúde e para leigos. O direcionado aos profissionais de saúde é o que foi citado acima. Porém, para socorristas leigos não treinados há diferenças, como: ● BLS voltado para leigos há o ‘’hands only’’, em que apenas se realiza as compressões, sem ventilações. Leigos não devem realizar ventilações porque não se há conhecimento o suficiente da técnica e da anatomia das vias aéreas, havendo o 14 risco de ocorrer insuflação gástrica e acabar roubando o tempo das compressões por ventilações que não são eficazes. ● Todo paciente em parada cardíaca está com escala de Glasgow pontuando 3 pontos, mas não necessariamente isso indica intubação, na maioria dos casos não há necessidade de intubar. ● Há 1 razão principal para qual o paciente em RCP regurgita que merece atenção: 1. Acontece quando o paciente está sendo ventilado com alta pressão (seja no boca a boca, no ambu ou no pocket mask), onde o volume de ar ao invés de ir para o pulmão vai para o estômago→ relaxamento do esfíncter esofágico anterior devido a PCR→ conteúdo gástrico refluído para cavidade oral→ possível broncoaspiração→ síndrome de mendelson