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Resolução - Exercícios - Cálculo IV - Aula 6 - Semana 28/9 – 02/10 Exercício 1. Determine o intervalo de convergência de cada uma das seguintes séries de potências: a ∑ n! 100nx n. b ∑ 2n n2 x n c ∑ (−1)n+1 x n √ n d ∑ (3n)! (2n)!x n e ∑ x2n+1 (−3)n f ∑ (x−3)n n22n g ∑ 3n n4nx n h ∑ (−1)n+1 n lnn (x− 3) n i ∑ lnn en (x− e) n j ∑ 10n (2n)! (x− 7) n k ∑ n 4nx 2n l ∑ xn n3+1 m ∑ (−1)n+1 3 √ n2n xn n ∑ n2xn o ∑ n2 23n (x+ 2) n Esboço. Passemos por cada item: a Consideremos a sequência an(x) = n!100nx n. • Seja x 6= 0 então: L = lim n→∞ ∣∣∣∣ (n+ 1)!xn+1100n+1 .100nn!xn ∣∣∣∣ = limn→∞ (n+ 1)|x|100 =∞ Do critério da razão temos então que ∑ an(x) não converge para x 6= 0. • Se x = 0 a série é trivialmente convergente. Temos então convergência de ∑ an(x) apenas em x = 0. b Consideremos a sequência cn = 2 n n2 . Façamos este exercício calculando R = lim cn cn+1 o raio de convergência: R = lim n ∣∣∣∣ (n+ 1)22n+1 2nn2 ∣∣∣∣ = 12 Ou seja, temos convergência absoluta em x =]− 12 , 1 2 [, os casos fronteiriços são: • Se x = 1/2, temos que ∑ an = ∑ 1 n2 que é a série harmônica, a qual converge. • Se x = −1/2, temos a série ∑ (−1)n n2 que também é convergente. Como para L > 1 a série diverge, concluímos que o intervalo de convergência da série é [− 12 , 1 2 ]. 1 c Consideremos a sequência an(x) = (−1)n+1 x n √ n . Pelo teste da razão, temos: lim n ∣∣∣∣ (−1)n+2xn+1√n+ 1 . √ n (−1)n+1xn ∣∣∣∣ = limn ∣∣∣∣(−1)x√ nn+ 1 ∣∣∣∣ = |x| Assim, temos que a série ∑ an(x) converge para |x| < 1. • Para x = 1, temos a série convergente ∑ (−1)n+1√ n , pelo critério de Leibniz. • Para x = −1, temos que ∑ an = ∑ (−1)2n+1√ n = ∑ −1√ n que diverge1. Portanto, ∑ an(x) converge para x ∈]− 1, 1]. d Consideremos a sequência an(x) = (3n)! (2n)!x n. Aplicando o critério da razão ao caso |x| > 0: L = lim n→∞ ∣∣∣∣ (3n+ 3)!xn+1(2n+ 2)! . (2n)!(3n)!xn ∣∣∣∣ = limn→∞ (3n+ 3)(3n+ 2)(3n+ 1)(2n+ 2)(2n+ 1) |x| =∞ então ∑ an(x) converge apenas para x = 0. e Apliquemos o critério da razão mais uma vez: lim n→∞ ∣∣∣∣ x2n+3(−3)n+1 (−3)nx2n+1 ∣∣∣∣ = limn→∞ ∣∣∣∣ x2−3 ∣∣∣∣ = |x|23 Com isso temos que a série converge se x 2 3 < 1, ou seja, |x| < √ 3 e diverge se |x| > √ 3. • Se |x| = √ 3 a expressão do termo geral an(x) fica como: √ 3 2n+1 (−3)n = 3n+1/2 (−1)n3n = 31/2 (−1)n Uma série alternada divergente. • Se x = − √ 3, temos: − √ 3 2n+1 (−3)n = (−1)2n+13n+1/2 (−1)n3n = (−1)n+131/2 Também divergente. Com isso temos que o intervalo de convergência é ]− √ 3, √ 3[ f Pelo critério da razão: lim n→∞ ∣∣∣∣ (x− 3)n+1(n+ 1)22n+1 n22n(x− 3)n ∣∣∣∣ = limn→∞ ∣∣∣∣∣x− 32 ( n+ 1 n )2∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣x− 32 ∣∣∣∣ Daí a série converge se |x−32 | < 1, ou seja 1 < x < 5, e diverge 1 > x ou x < 5. Ainda resta determinar o que acontece quando x = 1 e x = 5 • Se x = 1 o termo geral fica como (1− 3)n (n22n) = (−2)n n22n = (−1)n2n n22n = (−1)n n2 Essa série é absolutamente convergente e portanto convergente. 1comparação com a harmônica ou simplesmente observando que esta é uma harmônica generalizada de parâmetro 1 2 < 1 2 • Por outro lado, se x = 5 temos (5− 3)n (n22n) = 2n (n22n) = 1 n2 uma série harmônica generalizada 1np com p = 2, portanto convergente. Com isso temos que o intervalo de convergência é [1, 5]. g Consideremos a sequência an(x) = 3 n n.4nx n. Pelo critério inverso da razão, temos: R = lim n→∞ ∣∣∣∣ 3nn4n . (n+ 1)4n+13n+1 ∣∣∣∣ = limn→∞ 4(n+ 1)3n = 43 Assim, temos que x ∈]− 4/3, 4/3[. • Se x = 43 ficamos com a série ∑ 1 n 3n4n 4n3n = ∑ 1 n divergente. • Se x = − 43 ficamos coma versão alternada da série acima, convergente pelo critério de Leibniz. Temos então intervalo de convergência I = [− 43 , 4 3 [. h Pelo critério inverso da razão, temos: R = lim n→∞ ∣∣∣∣ (−1)n+1n lnn . (n+ 1) ln(n+ 1)(−1)n+2 ∣∣∣∣ = limn→∞ n+ 1n . lnnln(n+ 1) = 1 Portanto, o raio de convergência é R = 1, garantindo convergência absoluta em ]2, 4[. Os casos na fronteira ficam como segue: • Se x = 2 temos ∑ an(x−3)n = ∑ (−1)2n+1 n lnn , não convergente pelo teste da integral. • Se x = 4 ficamos com ∑ an(x − 3)n = ∑ (−1)n+1 n lnn , convergente pelo critério de Leibniz. Ficamos então com intervalo de convergência de I =]2, 4]. i Apliquemos o critério inverso da razão: R = lim n→∞ ln(n) en ln(n+1) en+1 = e Logo o raio de convergência é R = e. Vamos conferir para os extremos dados pelo raio de convergência: • Se x = 0 obtemos a série ∑ (−1)n ln(n) que diverge pelo critério da divergência. • Se x = 2e ficamos com ∑ ln(n) que também diverge. Consequentemente temos que o intervalo de convergência é ]0, 2e[. j Usando o critério inverso da razão R = lim n→∞ 10n (2n)! 10n+1 (2n+2)! = lim n→∞ (2n+ 1)(2n+ 2) 10 =∞ Assim a série de potências converge para todo x ∈ R. 3 k Considere a série ∑ n 4nx 2n. Aplicando o critério da razão temos: lim n→∞ ∣∣∣an+1 an ∣∣∣ = lim n→∞ ∣∣∣ (n+ 1)x2n+2 4n+1 4n nx2n ∣∣∣ = x2 4 A convergência absoluta da série ocorre quando x2 4 < 1 ou seja em ] − 2, 2[. Vamos para os casos na fronteira: • Se x = 2 a série se torna ∑ n, claramente divergente. • Se x = −2 a série se torna ∑ n também divergente. Concluímos que o intervalo de convergência é I =]− 2, 2[. l Se a série convergir em módulo, então a série original será convergente. Assim, anali- saremos a série ∑ |x|n n3+1 . Então: L = lim n→∞ |x|n+1 (n+ 1)3 + 1 . n3 + 1 |x|n = |x| Para |x| < 1 temos que a série em módulo converge e, consequentemente, a série converge para x ∈]− 1, 1[. • Para x = 1 temos a série ∑ 1 n3+1 que converge pelo critério de comparação com a série ∑ 1 n3 . • Para x = −1 temos a série ∑ (−1)n n3+1 convergente pois é absolutamente convergente. Portanto, ∑ xn n3+1 converge para x ∈ [−1, 1]. m Pelo critério inverso da razão, temos: R = lim n→∞ ∣∣∣∣ (−1)n+13√n.2n . 3 √ n+ 1.2n+1 (−1)n+2 ∣∣∣∣ = limn→∞ 2 3 √ n+ 1 n = 2 Temos convergência então em x ∈]− 2, 2[. Para os casos na fronteira: • Para x = 2 temos a série ∑ (−1)n+1 3 √ n convergente pelo critério de Leibniz. • Para x = −2 temos a série ∑ (−1) ímpar︷ ︸︸ ︷2n+ 1 3 √ n = ∑ −1 3 √ n O negativo de uma harmônica generalizada divergente. n Aplicando o critério inverso da razão à série de potências do enunciado, temos que: R = lim n→∞ ∣∣∣∣ anan+1 ∣∣∣∣ = limn→∞ ∣∣∣∣ n2(n+ 1)2 ∣∣∣∣ = limn→∞ n2n2 + 2n+ 1 = 1 Ou seja, o raio de convergência é R = 1. • Em x = 1 temos ∑ n2xn = ∑ n2, que é divergente pois o limite do termo geral quando n vai para o infinito não é zero. • Para x = −1 temos ∑ n2xn = ∑ (−1)nn2, que também é divergente pelo mesmo critério. Portanto, o intervalo de convergência é I =]− 1, 1[. 4 o Tomando y = x+28 , note que ficamos com ∑ n2 (23)n (x + 2) n = ∑ n2yn, exatamente o exemplo anterior, só que na variável y. A mesma sequência de argumentos conclui que o raio de convergência, na variável y, é 1 e que não temos convergência nas extremidades. Nesse caso temos convergência (absoluta) em −1 < y = x+ 2 8 < 1 ⇐⇒ −10 < x < 6 5
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