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CARTILAGEM HIALINA
❖ TECIDO CARTILAGIONOSO 
O tecido cartilaginoso é um tipo 
especializado de tecido conjuntivo 
cuja consistência é rígida. 
Desempenha a função de suporte 
de tecidos moles, reveste 
superfícies articulares, 
absorvendo choques mecânicos, e 
diminui o atrito, facilitando o 
deslizamento dos ossos nas 
articulações. 
A cartilagem é essencial para a 
formação e o crescimento dos 
ossos longos na vida intrauterina e 
depois do nascimento. Como os 
demais tipos de tecido conjuntivo, 
o cartilaginoso contém células, 
chamadas condrócitos, e 
abundante materialextracelular, 
que constitui a matriz extracelular 
cartilaginosa. 
Os condrócitos alojam-se em 
pequenas cavidades da matriz, 
chamadas lacunas. Uma lacuna 
pode conter um ou mais 
condrócitos. As funções do tecido 
cartilaginoso dependem 
principalmente da estrutura da 
matriz, que é constituída por 
colágeno ou colágeno e elastina. 
Além disso, há grande quantidade 
de macromoléculas de 
proteoglicanos (proteínas + 
glicosaminoglicanos), ácido 
hialurônico e diversas 
glicoproteínas associadas às fibras 
de colágeno e elásticas. 
As cartilagens (exceto as 
articulares e a do tipo fibroso) são 
envolvidas por uma bainha 
conjuntiva que recebe o nome de 
pericôndrio, a qual contém nervos 
e vasos sanguíneos e linfáticos. 
Essa bainha se continua 
gradualmente com a cartilagem 
por sua face interna e com o 
conjuntivo adjacente pela face 
externa. 
O tecido cartilaginoso não contém 
vasos sanguíneos, sendo nutrido 
pelos capilares do pericôndrio, e é 
desprovido de vasos linfáticos e de 
nervos. As cartilagens que 
revestem a superfície dos ossos 
nas articulações móveis não têm 
pericôndrio e recebem nutrientes 
do líquido sinovial presente nas 
cavidades articulares. As 
cartilagens do tipo fibroso 
também não têm pericôndrio. Em 
alguns casos, vasos sanguíneos 
atravessam as cartilagens, 
nutrindo outros tecidos. 
❖ TIPOS DE CARTILAGENS: 
Há três tipos de cartilagens para 
atender às diversas necessidades 
funcionais do organismo: 
cartilagem hialina, que é a mais 
comum, cuja matriz contém 
delicadas fibrilas constituídas 
principalmente de colágeno tipo 
II; cartilagem elástica, que contém 
menos fibrilas de colágeno tipo II e 
abundantes fibras elásticas; 
ecartilagem fibrosa ou 
fibrocartilagem, que apresenta 
matriz constituída 
preponderantemente por fibras 
de colágeno tipo I. 
❖ CARTILAGEM HIALINA 
 É o tipo mais frequentemente 
encontrado no corpo e, por isso, o 
mais estudado. A fresco, a 
cartilagem hialina é branco-
azulada e translúcida. 
No adulto, a cartilagem hialina é 
encontrada principalmente na 
parede das fossas nasais, na 
traqueia e nos brônquios, na 
extremidade ventral das costelas e 
recobrindo as superfícies 
articulares dos ossos longos 
(articulações com grande 
mobilidade). 
Além disso, esse tipo de 
cartilagem constitui o primeiro 
esqueleto do embrião, que 
posteriormente é substituído por 
um esqueleto ósseo. Entre a 
diáfise e a epífise dos ossos longos 
em crescimento, observa-se o 
disco epifisário, formado por 
cartilagem hialina, que é 
responsável pelo crescimento do 
osso em extensão durante a vida 
intrauterina e após o nascimento 
até o fim do crescimento corporal. 
❖ MATRIZ CARTILAGINOSA 
A cartilagem hialina é formada, 
em 40% do seu peso seco, por 
fibrilas de colágeno tipo II 
associadas a ácido hialurônico e a 
outros glicosaminoglicanos, 
proteoglicanos muito hidratados e 
glicoproteínas. 
Nos preparados comuns de 
microscopia óptica, o colágeno 
não pode ser observado porque 
está principalmente sob a forma 
de fibrilas de dimensões 
submicroscópicas. 
Além disso, as fibrilas têm índice 
de refração semelhante ao das 
macromoléculas que as envolvem. 
Em preparados rotineiros, a matriz 
cartilaginosa é basófila (p. ex., se 
cora em azul pela hematoxilina) 
devido à existência de radicais 
sulfato nos 
seusglicosaminoglicanos 
(condroitim-4-sulfato, condroitim-
6-sulfato e sulfato de queratina). 
Dentre as proteínas, um 
componente importante da matriz 
da cartilagem hialina é a 
glicoproteína estrutural 
condronectina, uma 
macromolécula com regiões de 
ligação para condrócitos, fibrilas 
colágenas tipo II e 
glicosaminoglicanos. 
Assim, a condronectina participa 
da associação do arcabouço 
macromolecular da matriz com os 
condrócitos. Além do colágeno e 
de glicoproteínas multiadesivas, 
uma grande parte da matriz é 
ocupada por glicosaminoglicanos 
combinados covalentemente com 
proteínas, formando 
proteoglicanos. 
Cada molécula de proteoglicano 
consiste em um eixo central 
proteico ao qual se ligam 
numerosas moléculas não 
ramificadas e relativamente curtas 
de glicosaminoglicanos sulfatados. 
As moléculas de proteoglicanos 
assemelham-se a escovas de 
limpar tubos de ensaio, em que a 
proteína (eixo proteico) 
representa a parte central, e as 
moléculas de glicosaminoglicanos 
correspondem aos pelos da 
escova. 
No tecido conjuntivo 
propriamente dito, e 
especialmente na cartilagem 
hialina, inúmeros proteoglicanos 
podem estabelecer ligações não 
covalentes com uma única 
molécula de ácido hialurônico, 
produzindo enormes agregados 
moleculares (medindo até 4 μm) 
muito importantes para manter a 
rigidez da matriz cartilaginosa. 
Esses agregados de proteoglicanos 
ligam-se às fibrilas colágenas, 
formando o arcabouço 
macromolecular da matriz. 
Um dos agregados moleculares 
mais comuns na cartilagem hialina 
é o agrecan, proteoglicano 
formado por associação de 
proteína com condroitim sulfato. 
Como o colágeno e a elastina são 
flexíveis, a consistência firme das 
cartilagens deve-se, 
principalmente, a dois motivos: 
ligações eletrostáticas entre os 
glicosaminoglicanos sulfatados e o 
colágeno; e grande quantidade de 
moléculas de água presas a esses 
glicosaminoglicanos (água de 
solvatação), o que confere 
turgidez à matriz. 
O alto conteúdo de água de 
solvatação das moléculas de 
glicosaminoglicanos atua como 
um sistema de absorção de 
choques mecânicos, ou mola 
biomecânica, de grande 
importância funcional, 
principalmente nas cartilagens 
articulares. 
Em torno dos condrócitos existem 
regiões mais ricas em 
proteoglicanos e pobres em 
colágeno, que apresentam 
basofilia, metacromasia e reação 
ácido periódico-Schiff (PAS) mais 
intensas do que o resto da matriz. 
Em regiões da matriz mais 
afastadas dos condrócitos, 
chamadas de matriz 
interterritorial, a concentração de 
moléculas é menor e a coloração é 
menos intensa. 
❖ PERICÔNDRIO 
Todas as cartilagens hialinas, 
exceto as articulares, são 
envolvidas por uma camada de 
tecido conjuntivo denso 
denominado pericôndrio. 
 Além de ser uma fonte de novos 
condrócitos para o crescimento, o 
pericôndrio é responsável por 
nutrição, oxigenação e eliminação 
dos refugos metabólicos da 
cartilagem, porque nele estão 
localizados vasos sanguíneos e 
linfáticos, inexistentes no interior 
do tecido cartilaginoso. 
O pericôndrio é formado por um 
tecido conjuntivo que possui 
muitas fibras de colágeno tipo I e 
poucas células na sua região mais 
externa; porém, torna-se 
gradativamente mais rico em 
células na região do pericôndrio 
adjacente à cartilagem. 
Morfologicamente, as células do 
pericôndrio são semelhantes aos 
fibroblastos, mas as situadas 
próximo à cartilagem podem 
facilmente multiplicar-se por 
mitose e originar condrócitos, 
caracterizando-se funcionalmente 
como condroblastos. 
 
❖ CONDRÓCITOS 
Na periferia da cartilagem hialina, 
os condrócitos apresentam forma 
alongada, com o eixo maior 
paralelo à superfície. Mais 
internamente, são arredondados 
e frequentemente aparecem em 
grupos de até oito células, 
chamados grupos isógenos, 
porque suas células são pequenos 
clones originados por divisão de 
um único condroblasto.As células e a matriz cartilaginosa 
sofrem retração durante o 
processo histológico, o que explica 
a forma estrelada dos condrócitos 
e seu afastamento da parede da 
lacuna em que se situam. Nos 
tecidos vivos e nos cortes 
cuidadosamente preparados, os 
condrócitos ocupam totalmente 
as lacunas. Sua superfície parece 
ser regular ao microscópio óptico; 
entretanto, o microscópio 
eletrônico mostra reentrâncias e 
saliências maiores e mais 
frequentes nos condrócitos 
jovens. Essa disposição aumenta 
sua superfície, facilitando as 
trocas com o meio extracelular, o 
que é importante para a nutrição 
dessas células, tão afastadas da 
corrente sanguínea. Os 
condrócitos são também células 
secretoras de colágeno, 
principalmente do tipo II, 
proteoglicanos e glicoproteínas, 
como a condronectina. 
 
❖ HISTOGÊNESE: 
No embrião, os esboços das 
cartilagens surgem no 
mesênquima. A primeira 
modificação observada durante a 
histogênese da cartilagem 
consiste no arredondamento das 
células mesenquimatosas, que 
retraem seus prolongamentos e, 
multiplicando-se rapidamente, 
formam aglomerados. As células 
assim formadas têm citoplasma 
muito basófilo e recebem o nome 
de condroblastos. 
Em seguida, inicia-se a síntese da 
matriz extracelular, que afasta os 
condroblastos uns dos outros. A 
diferenciação das cartilagens 
ocorre do centro para a periferia, 
de modo que as células mais 
centrais já apresentam as 
características de condrócitos, 
enquanto as mais periféricas ainda 
são condroblastos típicos. O 
mesênquima da superfície de cada 
peça de cartilagem forma o 
pericôndrio. 
❖ CRESCIMENTO 
O crescimento da cartilagem 
ocorre por dois processos: 
intersticial, por divisão mitótica 
dos condrócitos preexistentes; e 
aposicional, a partir das células do 
pericôndrio. Nos dois casos, os 
novos condrócitos formados logo 
produzem fibrilas colágenas, 
proteoglicanos e glicoproteínas, 
de modo que o crescimento real é 
muito maior do que o produzido 
pelo aumento do número de 
células. 
O crescimento intersticial é menos 
importante e quase só ocorre nas 
primeiras fases da vida da 
cartilagem. À medida que a matriz 
se torna cada vez mais rígida, o 
crescimento intersticial deixa de 
ser viável, e a cartilagem passa a 
crescer somente por aposição. Por 
esse mecanismo, células da parte 
profunda do pericôndrio 
multiplicam-se e diferenciam-se 
em condrócitos, que são 
adicionados à cartilagem. A região 
superficial das cartilagens em 
crescimento mostra transições 
entre as células do pericôndrio e 
os condrócitos.

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