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Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 1 simposio de medicina integrativa Segundo a OMS, saúde é o bem-estar físico, mental e social • Ninguém é saudável • Exclusão de pessoas doentes • Percepção de bem-estar é individual e depende da pessoa, da idade, do ambiente, das condições socioculturais e das crenças Quando o paciente é hospitalizado, o sistema já despersonaliza ele ao atribuir um número e uma doença (CID) A grande questão é quando as dores, doenças e mortes viram rotina • Cria-se empatia e compaixão, mas, com o passar do tempo, ativa-se o piloto automático, tornando-se uma pessoa fria Fatores biocomportamentais têm um impacto importante no processo de adoecimento • Estresse da vida: carga cumulativa, traumas, status socioeconômico, experiência de vida precoce • Processo psicológico: depressão, suporte social, enfrentamento, avaliação das situações • Comportamento de saúde: sono, alimentação, comportamento sexual, atividade física 27% do total dos casos e 34% do total de mortes por câncer poderiam ser evitados com a redução de fatores de risco associados ao estilo de vida Reações ao diagnóstico: triste, medo da morte, sensação de tempo perdido, perda do controle, abalo da fé, solidão, luto Não há uma forma correta de se enfrentar um diagnóstico, porque cada ser humano reage de acordo com a sua personalidade e suas vivências passadas Tristeza do luto é genuína e precisa ser sentida Ninguém ensina como lidar com os sintomas Práticas meditativas, mudança de estilo de vida e alteração no padrão de alimentação podem mudar a expressão genética de uma pessoa Enfrentamento positivo: relacionamento do corpo e espírito pode ampliar a assistência à saúde, contribuindo para um tratamento mais humanizado e centrado nas necessidades e individualidades de cada paciente Atenção multidisciplinar é diferente de medicina integrativa: bem-estar acima da doença • Reafirmação da importância da relação entre paciente e profissional da saúde • Focada na pessoa em seu todo • Informada por evidências • Faz uso de todas as abordagens terapêuticas adequadas, profissionais e disciplinas para obter o melhor da saúde além da cura A falha na complementação do tratamento está nos profissionais da saúde É importante entender o paciente como um todo A espiritualidade e a religiosidade interferem nos processos de cura e de adoecimento Há uma demanda muito grande na esfera da espiritualidade, principalmente, para doentes graves, crônicos ou já na finitude da vida • Pode-se promover a visita de mentores espirituais específicos da religião que o paciente segue A relação com o sagrado / transcendente pode levar o paciente a desenvolver práticas espirituais ou não Religiosidade pode ou não ser organizacional Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 2 Emenda no conceito de saúde prevê o bem-estar biopsicossocial associado ao espiritual • Anamnese da parte religiosa deve ser breve (de 2 a 5 minutos), objetiva, de fácil memorização, centrada no paciente, validada e promotora de informações Paciente que não é religioso também deve ser abordado, devendo-se entender o que é importante para ele a fim de que se busque outras formas de auxílio Pontos importantes de serem abordados com o paciente são o perdão e a gratidão • Perdão pode ser dividido em 3 tipos: o Perdão decisional: toma-se a decisão de perdoar o Perdão intencional: por surgir da própria pessoa, elimina energias pesadas sendo, portanto, o mais importante o Perdão condicional: imposição de condições para que se possa perdoar • Gratidão deve ser ampla Integralidade não é ensinada; é desenvolvida sozinha, individualmente e por interesse próprio A dor espiritual é uma das mais incômodas, mais difícil de ser identificada e mais difícil de ser tratada, mas é a que, quando solucionada, tem maior relação com a qualidade de vida A aceitação da homeopatia dentro da classe médica ainda não é boa Curso de medicina chinesa dura 2 anos • Residência de acupuntura é recente Dentro dos serviços de acupuntura existem diferentes linhas Antroposofia = avaliação do ser humano como um todo (integração entre a mente e o corpo) Medicina tibetana usa muito a questão do espírito, de mantras e da fitoterapia • Medicina tibetana é a união da ayurveda (medicina indiana), medicina chinesa e medicina tradicional tibetana No BR, há diversas plantas medicinais com comprovação científica O que a medicina ortomolecular está descobrindo, hoje, já era usado há muitos anos pelas medicinas orientais Medicina “alternativa” usam a medicação clássica como a última alternativa • Eliminação da doença sem muito esforço Ampliação da anamnese pelo olhar de diferentes ângulos sobre o paciente • Capacidade de observação mais refinada A principal ferramenta para não se tornar frio e não cair no estresse empático é o mindfullness Ayurveda costuma ser separado das questões espirituais devido ao olhar metabólico Há resistência da incorporação da alimentação ayurveda nos hospitais devido à oposição entre a alimentação natural e a alimentação estéril Medicina oriental analisa qualquer alteração como uma disfunção metabólica O taoísmo está na base da medicina chinesa Reiki é uma terapia através da mão em que ocorre uma passagem de energia através de símbolos OMS define cuidados paliativos como uma abordagem para a prevenção e o alívio do sofrimento em doenças que ameacem a vida • Cuidado deve ser feito sobre o paciente e a família, incluindo, o luto Primeira vez que se pensou em cuidados paliativos foi para a oncologia Cuidados paliativos na prática: • Conhecimento técnico: deve-se entender os mecanismos e a farmacologia o Medicina baseada em evidência • Deve-se conhecer quem é o paciente para saber o que faz sentido para ele Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 3 Quando se está muito focado em uma coisa, não se consegue enxergar outras que fogem daquilo • Na terapia intensiva, o maior problema está que os intensivistas costumam só se enxergar a doença e não quem está com a doença (há uma cultura de que a perda de um paciente é fracasso do médico) Tempo curto, alterações súbitas de expectativa de vida, sedação e delírio são situações que dificultam a comunicação dos valores do paciente • Muitas famílias não se sentem seguras para definir o que o paciente gostaria Objetivos dos cuidados paliativos na terapia intensiva: controle de sintomas (garantia de conforto, dignidade e personalidade), comunicação (paciente, familiares, equipe multidisciplinar, médicos), definição de objetivos de cuidado (decisões conduzidas por valores, metas e objetivos do paciente) Antigamente, a decisão era vertical e, quem decidia as condutas, era o médico • Problema: paciente não era o centro • Solução: entrega da responsabilidade nas mãos da família ou do próprio paciente, tirando a responsabilidade das mãos da equipe o Problema: técnica, autonomia, culpabilização / trauma Objetivos de cuidado devem ser uma decisão compartilhada (conhecimento técnico associado a uma biografia) • Comunicação deve ser transparente e adaptada à realidade do outro o Repetir quantas vezes forem necessárias e tomar cuidado na hora de dar más notícias o Suporte para os próprios profissionais da UTI (sofrimento moral, burnout, estresse pós- traumático) Modelos de cuidados paliativos: • Consultivo: equipe própria para os cuidados paliativos o Olhar individualizado • Integrativo: própria equipe da UTI Desafios: expectativas irreais, falsa percepção de exclusão entre cuidados paliativos e cuidados intensivos, ideia de que cuidados paliativos é o fim da vida, preocupação de que cuidados paliativos acelerama morte (eutanásia), treinamento insuficiente dos profissionais, cultura institucional (distanásia) • No BR, eutanásia é crime, portanto, o que se faz é a ortotanásia que é a permissão para a morte natural • Distanásia = prolongar uma vida que não possui condição reversível o Dificuldade em enxergar sua própria finitude e entender que a morte não é uma falha Canal comunicativo deve ser mantida aberto Cuidados paliativos reduzem o tempo de terapia intensiva e de internação Cuidado com o paciente é muito importante, mas se pode esquecer de cuidar do luto É proibido, por lei, que a equipe de doação de órgãos tenha relação com a equipe de cuidados paliativos Gravidade não é condição de limitação de suporte
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