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Tcc Cuidados Paliativos

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FACULDADE DOM ALBERTO
 
 
 
 
 
 
 
Karina de matos Clausen
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS PALIATIVOS EM IDOSOS: REFLEXÕES ACERCA DA ADMINISTRAÇÃO DA DOR
	Rio Grande do Sul
2020
 
	Rio Grande do Sul
2020
CUIDADOS PALIATIVOS EM IDOSOS: REFLEXÕES ACERCA DA ADMINISTRAÇÃO DA DOR
Karina de Matos Clausen[footnoteRef:0], [0: Karinaclausen2013@gmail.com] 
Declaro que sou Karina de Matos Clausen¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
Resumo: Objetivo: Fornecer informações sobre a epidemiologia, características, tipos e manejo da dor em cuidados paliativos, destacando a necessidade de uma forma oportuna e eficaz de tratamento para reduzir ou evitar o sofrimento dos pacientes. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que busca explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, teses e livros. Desenvolvimento: A dor é o sintoma que mais gera ansiedade para o paciente e família. Essa situação determina a necessidade de aplicação de uma abordagem terapêutica diferenciada, uma vez que o tempo assume uma dimensão crucial em pacientes terminais. Diferentes escalas de avaliação da dor foram desenvolvidas para avaliar, reavaliar e comparar a dor. Sua aplicação fundamental é a avaliação da resposta ao tratamento. Conclusão: Pacientes em cuidados paliativos requerem abordagem diferenciada da dor e uso de técnicas de tratamento diferentes daquelas utilizadas para a dor crônica. É mais importante como, do que quais analgésicos são usados ​​e o tratamento deve ser preventivo. É necessário fazer uma escolha adequada do analgésico em função da etiologia, quantificação e intensidade da dor e da idade do paciente, considerados de extrema importância na aplicação do tratamento correto.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; idosos; dor.
1 
INTRODUÇÃO
Os censos demográficos mostram o avanço expressivo do subconjunto populacional de idosos no Brasil e declarado aparências de envelhecimento populacional maior em um futuro próximo. A população geriátrica em desenvolvimento, a fração de idosos acima dos 75 anos é o que mais cresce, e com isso depara-se com idosos vivendo em circunstância de pobre saúde, dependência funcional e restrição ao leito (QUEIROGA et al., 2020). A circunstância de instabilidade do idoso chega a um nível irreversível, o alvo da equipe de saúde é amenizar o sofrimento deste paciente, o que exige maior humanização dos profissionais e também acordo e senso terminante acerca da escolha de comportamentos a serem aplicadas ao paciente, certos de que estas não provoquem maior agonia. Foi perante essas necessidades que teve procedência o conceito de Cuidados Paliativos (CP) (QUEIROGA et al., 2020).
A Organização Mundial da Saúde (2004) define CP como: Medidas que aumentam a qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam uma doença terminal, através da prevenção e alívio do sofrimento por meio de identificação precoce, avaliação correta e tratamento de dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. 
Dentro da literatura disponível, CP tem maior ênfase, a maior parte das referências no assunto aborda o conceito de forma geral e outras abordam o papel da enfermagem e da medicina em pacientes oncológicos em estágio terminal. Cuidado Paliativo é um termo sombrio para a população em geral e para muitos profissionais da saúde, consisti em embaraçar atos que nada decidem ou até com a dedução da morte. Ao oposto de tudo isso, em cuidados paliativos não se acelera a morte, não se interrompe todo o tratamento e também não se desiste do doente. O cuidado é intenso, compreensivo, envolvendo uma equipe multidisciplinar submergida e certificada como humanamente (SALES et al., 2011). 
A medicina Paliativa é a especialidade médica onde o desempenho incide em oferecer qualidade de vida aos pacientes com doença adiantada, sem probabilidade de cura ou reversão da qualidade de saúde, através de técnicas que acrescentem o conforto, mas que não intervenham com a sobrevivência. Seu alvo não é a alteração do curso natural, mas sim das dificuldades racionais da doença (SALES et al., 2011). 
A Medicina paliativa assegura a vida e adota o procedimento do morrer como natural na vida. Não busca nem precipita nem delonga a morte. Não está debelada pela “tirania da cura” constantemente à eutanásia. A OMS determinou cuidados paliativos como o cuidado ativo total dos pacientes onde a doença não contesta mais ao tratamento curativo. O domínio da dor e de outros indícios, o cuidado dos enigmas de ordem psicológica, social e espiritual, é o que mais vale. O alvo do cuidado paliativo é alcançar a melhor qualidade de vida provável para os pacientes e suas famílias (OMS, 2004).
Os sintomas necessitam ser priorizados e só se interferir verdadeiramente traga desconforto e ansiedade. Nos idosos o caminho para a morte é vagaroso e com muito sofrimento físico, mental, social e emocional. O alvo fundamental passa a ser a pessoa e não a doença. Os cuidados paliativos precisam ser iniciados quando a precisão se apresenta e antes da dificuldade se tornar incoercíveis, necessitando ser parte da assistência (SOLANO et al., 2011). Os sinais e sintomas mais comuns na fase terminal de um paciente são: dor, fadiga, insônia, dispneia, náuseas, constipação, confusão mental, ansiedade, agitação, anorexia e desidratação. Assim o conceito é definitivamente falso. Têm conceitos aptos, tanto parte farmacológica como de apoio psicológico, de enfermagem e do campo de reabilitação, além da base espiritual, que suavizam sintomas aflitivos e dão conforto ao paciente 
O cuidado paliativo em geriatria é formado por cuidados ativos oferecidos a pacientes idosos com doença progressivas e irreversíveis, o ponto de vista terapêutico deve ser regressado à família (SOLANO et al., 2011). Faz-se imperioso que os profissionais que se dedicam a este trabalho tragam uma concepção especial, pois a paliação é um exercício multidisciplinar, com uma sugestão abertamente intervencionista, que estabelece competência, coragem, maturidade, competência de trabalhar em equipe e compromisso humanitário. 
 
2 
OBJETIVOS
O principal objetivo do presente trabalho é investigar a respeito dos cuidados paliativos em idosos, apontando as principais considerações e características do assunto.
3 
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que busca explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, teses e livros. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental, mas em ambos os casos, buscam conhecer e analisar contribuições científicas existentes sobre um determinado assunto (GIL, 2002). A pesquisa terá como abordagem teórica uma análise qualitativa dos dados, diante da complexidade que representa o problema e da dinâmica do sujeito com o mundo, utilizando coleta de dados de artigos disponíveis sobre os cuidados paliativos em idosos. 
Para a formulação dos objetivos da revisão bibliográfica, primeiramente, selecionamos o tópico a ser revisado, recaindo a escolha sobre os cuidados paliativos em idosos. Serão pesquisados artigos publicados na base de dados Lilacs.
Como se trata de uma pesquisa de revisão de artigos científicos, acerca da temática os cuidados paliativos em idosos, serão pesquisados todos os artigos na comunidade científica confiável disponível. 
Diante dos artigos que serão encontrados, criaremosum banco de dados, o qual será empregado um processo de análise e comparação dos títulos, segundo os cuidados paliativos em idosos. Adotando um caráter interpretativo, o qual se refere aos dados obtidos. 
Para a análise dos dados foi comparado e discutido os dados extraídos previamente dos artigos científicos (COOPER, 1989). As informações extraídas foram analisadas e interpretadas, quanto as suas divergências e convergências, sendo explicitadas através dos relatos no presente trabalho. 
4 
PROBLEMÁTICA
A pesquisa tenta mostrar as tentativas de solução de um problema. Tentando mostrar de forma que todos compreendam qual a dificuldade que está enfrentando, e pretende solucionar. A dificuldade dos estudos é gerada em forma de pergunta, com o intuito de tornar específico, objetivo e incomparável. Desta forma, o problema desta pesquisa pôde ser assim apresentado: “Quais são os principais cuidados paliativos que se devem ter com os idosos? ” Com a formação deste problema, apuraram-se os cuidados paliativos com os idosos.
5 
JUSTIFICATIVA
A morte, como parte da vida é como o fim de um ciclo de vida, ocorre nos idosos de um jeito, brusco ou acidental, depois de uma doença acelerada e fulminante. Pode vir como decorrência de uma propensão ou de um pequeno acidente. Contudo, às vezes, a morte aborda após uma enfermidade longa, sem resposta a tratamentos curativos, por um colapso geral de todos os órgãos, onde o idoso é cada vez mais fragilizado, e todos têm a percepção que o fim está chegando. Rara às vezes, o motivo da morte, nestes idosos, é por apenas um tipo de doença (SOLANO et al., 2011). As principais doenças que levam o idoso a este quadro de terminalidade, de maneira lenta e incapacitante são:
· As patologias neurológicas: demências e os acidentes vasculares cerebrais;
· As neoplasias (câncer);
· As doenças cardíacas e pulmonares;
·  A insuficiência renal crônica 
Não se pode perder de vista os alvos do tratamento de um idoso em etapa final de vida, incidem em abrandar os sintomas, na medida do possível, seu bem-estar físico e psicológico. Os empenhos da equipe de saúde e da família serão focados no idoso e não na doença. Da doença mesmo, procurar abrandar, sobretudo os sintomas (SOLANO et al., 2011).
Nota-se que se têm como profissionais de saúde, tentar obter uma transformação nas maneiras e padrões de trabalho e mentalidade. Há o habito de diagnosticar, tratar, curar e “dar alta”. Quando não se tem o sucesso, quando o insucesso na luta contra a doença surge, apenas fala-se que não há mais nada a fazer. É a partir deste momento que precisa existir uma transformação de exemplo no desempenho do profissional de saúde. Nestes casos, necessita-se abrir os corações para receber, escutar e estar com o idoso, somente ficar ao lado dele e de sua família (SOLANO et al., 2011).
6 
DESENVOLVIMENTO
6.1 Os conceitos de cuidados paliativos  
O termo "paliativo" deriva de pallium, uma palavra do latim que significa "capa". Etimologicamente, significa fornecer uma camada para aquecer "Os que estão com frio", já que não podem mais ser ajudados pela medicina curativa. No que se refere à essência do seu conceito, destaca-se o alívio dos sintomas, dores e sofrimentos em pacientes portadores de doenças crônico-degenerativas ou em fase final, sendo o paciente tratado como um todo e buscando melhorar sua qualidade de vida (LUIZ et al., 2018).
Esse cuidado não está relacionado principalmente ao cuidado institucional, mas consiste basicamente em uma filosofia que pode ser utilizada em diversos contextos e instituições, ou seja, na casa da pessoa, na instituição de saúde, no hospício ou em uma unidade dedicada exclusivamente para este fim dentro da instituição de saúde. Segundo Costa (2016):
“Os cuidados paliativos partem do pressuposto de que cada paciente tem a sua história, relações e cultura e que merece respeito, como ser único e original. Isso inclui oferecer o melhor atendimento médico possível e disponibilizar as conquistas das últimas décadas, para que todos tenham a melhor chance de viver bem o seu tempo ” (COSTA et al., 2016, p.172).
Os cuidados paliativos foram definidos, então, levando em consideração não um órgão, idade, tipo de doença ou patologia, mas, sobretudo, a avaliação de um provável diagnóstico e possíveis necessidades especiais da pessoa doente e de sua família. Por tradição, eram considerados aplicáveis exclusivamente em momentos de morte iminente; entretanto, esse cuidado é oferecido hoje desde o período inicial do curso de uma determinada doença progressiva, avançada e incurável (COSTA et al., 2016).
Em 1987, a medicina paliativa foi reconhecida como especialidade médica, sendo definida como “o estudo e manejo de pacientes com doença ativa, gradual e ultra avançada, para os quais o prognóstico é limitado e a abordagem do cuidado é a qualidade do tempo de vida. Inicialmente, esse conceito apareceu incorporado à prática médica. Porém, quando outros profissionais, como enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos ou capelães - estão envolvidos, trata-se mais de cuidados paliativos do que de medicina paliativa, pois esses cuidados quase sempre são multiprofissionais ou interdisciplinares (COSTA et al., 2016).
Em 1990, a OMS definiu os cuidados paliativos como “cuidados ativos totais de pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento. O controle da dor e de outros sintomas e problemas de natureza psicológica, social e espiritual tem prioridade. O objetivo dos cuidados paliativos é proporcionar a melhor qualidade de vida aos pacientes e seus familiares (OMS, 1990).
Essa definição é louvável porque enfoca o paciente, destaca a natureza múltipla da condição humana e identifica a qualidade de vida como seu objetivo final. O uso do termo "curativo" não se justifica, uma vez que muitas condições crônicas não têm cura, mas podem ser compatíveis com uma expectativa de vida de algumas décadas (QUEIROZ et al., 2018)
A OMS também definiu, em 1998, cuidados paliativos para crianças e suas famílias - cujos princípios também se aplicam a outros transtornos pediátricos crônicos. Essa mesma organização internacional redefiniu o conceito em 2002, enfatizando a prevenção do sofrimento (OMS, 1998; 2002).
É importante notar que eles não precisam ser considerados essencialmente diferentes de outras formas ou áreas de cuidados de saúde. A distinção tornaria sua integração ao curso regular de cuidados difícil e até impossível. Muitos aspectos cruciais desse cuidado aplicam-se perfeitamente à medicina curativa, bem como, por outro lado, seu desenvolvimento pode influenciar positivamente outras formas de atenção à saúde, ao valorizar aspectos tradicionalmente subordinados à medicina, por exemplo, dimensão ético-espiritual das pessoas (QUEIROZ et al., 2018). 
Alguns princípios base dos cuidados paliativos são: Alcançar e manter um nível ideal de controle da dor e gerenciamento de sintomas. Isso requer uma avaliação cuidadosa de cada doente, considerando sua história detalhada, exame físico e outras indagações. As pessoas doentes devem ter acesso imediato a todos os medicamentos necessários, incluindo uma variedade de opioides e fórmulas farmacêuticas (COSTA et al., 2016). 
Afirmar a vida e entendem a morte como um processo normal. O que nós, humanos, temos em comum é a realidade inexorável da morte. Os pacientes que buscam cuidados paliativos não precisam ser vistos como resultado de imperfeições médicas (COSTA et al., 2016). O objetivo desse cuidado é garantir aos enfermos condições que os capacitem e os estimulem a viver suas vidas de forma útil, produtiva e plena até o momento de sua morte. A importância da reabilitação, em termos de bem-estar físico, mental e espiritual, não pode ser negligenciada (QUEIROZ et al., 2018)
Não apressar, nem adiam a morte; não devem encurtar a vida "prematuramente", assim como as tecnologias da prática médica moderna não são aplicadas para prolongar a vida de forma não natural. Os médicos não são obrigados a usar indefinidamente tratamentos consideradosfúteis ou excessivamente caros para os pacientes; da mesma forma, os pacientes podem recusar tratamentos médicos. Nos cuidados paliativos, o objetivo é garantir a melhor qualidade de vida possível, e assim o processo de adoecimento leva a vida a um extremo natural. Especificamente, a eutanásia e o suicídio assistido não estão incluídos em nenhuma definição desse cuidado (QUEIROZ et al., 2018).
Assim, integram aspectos psicológicos e espirituais no atendimento ao paciente. Um alto nível de cuidado físico é certamente de vital importância, mas não suficiente por si só. A pessoa humana não precisa ser reduzida a uma simples entidade biológica. Oferecer um sistema de apoio para ajudar os pacientes a viver o mais ativamente possível até a hora da morte (QUEIROZ et al., 2018). O paciente define objetivos e prioridades, e o profissional de saúde deve treinar e cuidar deles para atingir o objetivo identificado. As prioridades do paciente podem mudar drasticamente com o tempo, mas o médico deve estar ciente dessas mudanças e atendê-las.
A família é uma unidade de cuidado e, portanto, as dúvidas e dificuldades de seus membros devem ser identificadas e abordadas. O luto começa antes do momento da morte do doente. Nenhuma especialidade por si só prepara adequadamente o profissional para lidar com a complexidade das dúvidas pertinentes a este período. Embora a equipe básica seja composta por um médico, uma enfermeira e uma assistente social, é importante contar com uma equipe maior de profissionais da área médica: fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, entre outros (GOMES; OTHERO, 2016). Para que este grupo funcione de forma integrada, é fundamental estabelecer metas e objetivos comuns, bem como utilizar meios de comunicação rápidos e eficazes.
6.1.1 Questões éticas dos cuidados paliativos
As questões éticas que envolvem os cuidados paliativos baseiam-se no reconhecimento de que o paciente incurável - ou em estado terminal - não é um desperdício biológico no qual nada mais se pode fazer e cuja vida não deve ser desnecessariamente prolongada. Estamos sempre à frente de uma pessoa e, como tal, capazes de nos relacionarmos até ao momento final e de fazer da vida uma experiência de realização e crescimento (QUEIROGA et al., 2020).
Os médicos e demais profissionais da saúde devem respeitar a autonomia do paciente, aceitando suas prioridades e objetivos, não ocultando as informações solicitadas pelo paciente e respeitando sua vontade de não ser atendido quando esta intervenção for única prolongamento do processo de morrer. Essa perspectiva da bioética principal norte-americana pode ser insuficiente nessa área da saúde. A ética do cuidado e as virtudes são apresentadas como adequadas e necessárias nos cuidados paliativos (QUEIROGA et al., 2020). 
 As primeiras enfatizam essencialmente a natureza vulnerável e dependente do ser humano, evidenciando não só o processo de tomada de decisão, mas também a qualidade das relações: por exemplo, continuidade, abertura e confiança. A ética das virtudes critica a abordagem ética baseada em decisões de caráter, enfatizando a importância das ações virtuosas (QUEIROGA et al., 2020).
Pacientes com doenças avançadas ou em estado terminal, eles têm os mesmos direitos básico do que outros pacientes, por exemplo, o direito de receber cuidados médicos ajuda adequada e pessoal e estar informado. Mas eles também têm o direito de recusar procedimentos de diagnóstico e/ou tratamentos quando eles não acrescentam nada a morte antecipada; no entanto, a negação o tratamento não tem que influenciar a qualidade de cuidados paliativos. Além disso, eles têm o direito ao mais alto grau de respeito por sua dignidade e a melhor analgesia disponível para dor e alívio do sofrimento (COSTA et al., 2016).
6.2 Classificação de dor
De acordo com a duração é classificado como: 
Aguda: indica a existência de uma lesão tecidual após ativação de mecanismos nociceptivos. É considerado “Útil”, pois alerta para a existência de um processo cujo o diagnóstico é guiado por sua natureza, extensão, duração e intensidade. Sua duração é geralmente inferior a um mês, embora possa chegar a três meses, com um início definida e uma causa reconhecível. Pode ser acompanhado por ansiedade, o tratamento costuma ser etiológico e de pouco dificuldade (GOMES; OTHERO, 2016).
Crônico: constitui por si só uma entidade nosológica, sua cronificação diminui o limiar de excitação e produz modificações psíquicas que dão origem ao “Fixação da dor”. É uma dor "inútil", sem valor semiológico e sem reparar as propriedades fisiológicas, seu tratamento deve incluir três aspectos: farmacológico, psicológico e reabilitando. Este tipo de dor persiste após um período razoável após a resolução do processo original, não sendo útil ao sujeito e impondo ao indivíduo, bem como sua família a severo estresse físico e mental ou econômica, sendo também a causa mais frequente de deficiência, constitui um grave problema para a sociedade. A duração é de três a seis meses ou mais (GOMES; OTHERO, 2016).
A causa geralmente não é identificada, o início é indefinido e não há relação entre o estímulo e a intensidade da dor e dor irruptiva (exacerbações transitórias na forma de uma crise de alta intensidade, início rápido e de curta duração, que ocorre na dor crónica) (GOMES; OTHERO, 2016).
6.2.1 Tipos de dor  
Pelas suas características fisiológicas ou farmacológicas, distinguir os seguintes tipos:  
Dor nociceptiva que pode ser somática: (quando estimular receptores específicos de dor em tecidos pele profunda e conjuntiva; o mais superficial melhor serão os receptores a localização da dor); e visceral (causado por lesão, tensão, obstrução ou inflamação dos órgãos torácicos, abdominais ou pélvicos); (COSTA et al., 2016).
Dor neuropática: causada por lesão ou destruição de nervos localizados no sistema nervoso periférico ou características centrais, lancinantes, "como uma chicotada" e difícil de controlar (COSTA et al., 2016). 
Dor mista: com características de ambos os grupos. A maioria dos pacientes tem dois ou mais tipos dor que pode ser de patogênese diferente (nociceptiva, neuropática e entre outros), várias patocromias (aguda ou crônica) e de etiologia diferente (invasão tumoral, tratamento, infecção entre outros) (COSTA et al., 2016).
Os cuidados paliativos têm o objetivo especial de aliviar, em pacientes com doenças crônico-degenerativas ou em fase terminal, uma ampla gama de sintomas de sofrimento, de ordem física, psíquica, mental e espiritual. Portanto, requerem uma equipe multi e interdisciplinar de especialistas, com capacidades específicas e sintonizadas entre si.
7 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os cuidados paliativos são hoje um importante problema de saúde pública. Trata-se de um trabalho de auxílio ao sofrimento, a dignidade da pessoa, o cuidado das necessidades humanas e a qualidade de vida das pessoas acometidas por doenças crônico-degenerativas ou que se encontram em fase final de vida. Os pacientes em cuidados paliativos requerem uma abordagem diferenciada da dor, sua situação clínica condicionará a utilização de técnicas de tratamento diferentes daquelas que surgem na situação de dor crônica.
A complexidade da dor requer premissas claras antes de enfrentá-la, a escolha adequada de um analgésico depende de características como a etiologia, quantificação e intensidade da dor, e da idade do paciente, consideradas de capital importância na aplicação do tratamento correto.
REFERÊNCIAS
COOPER, Harris. The Integrative research review. A Syst. Appro, Newburg, 1989.
COSTA, Rosely Souza da et al. Reflexões bioéticas acerca da promoção de cuidados paliativos a idosos. Saúde em debate, v. 40, p. 170-177, 2016.
GIL, Antônio Carlos. Metodologia do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2002.
GOMES, Ana Luisa Zaniboni; OTHERO, Marília Bense. Cuidados paliativos. Estudos avançados, 2016, vol. 30, no 88, p. 155-166.
GORZONI, Milton Luiz; PIRES, Sueli Luciano. Idosos asilados em hospitais gerais. Rev. Saúde Pública, p. 1124-1130, dez. 2006.
LUIZ, Marina Mendes, et al.Cuidados paliativos em enfermagem ao idoso em UTI: uma revisão integrativa. Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online, 2018, vol. 10, no 2, p. 585-592.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Cancer pain relief and palliative care in children. Geneva: OMS; 1998.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Câncer Pain Relief and Palliative: a report of a OMS expert Committee. Genebra: OMS; 1990.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. Geneve: OMS; 2002.
Organización Mundial de la Salud. Programas nacionales de control del cáncer: políticas y pautas para la gestión. OMS, editor. Washington: OMS; 2004.
QUEIROGA, Vinícius Moreira de; et al. Cuidados Paliativos de Idosos no Contexto da Atenção Primária à Saúde: uma revisão da literatura. Brazilian Journal of Development, 2020, vol. 6, no 6, p. 38821-38832.
QUEIROZ, Terezinha Almeida, et al. Cuidados paliativos ao idoso na terapia intensiva: olhar da equipe de enfermagem. Texto & Contexto-Enfermagem, 2018, vol. 27, no 1.
SOLANO, João Paulo Consentino; SCAZUFCA, Márcia; MENEZES, Paulo Rossi. Frequência de sintomas no último ano de vida de idosos de baixa renda em São Paulo: estudo transversal com cuidadores informais. Rev. bras. Epidemiol, v. 14, n. 1, p. 75-85, mar. 2011.

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