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atividade 1 - sexualidade anhembi morumbi

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A escola, em sua função social, caracteriza-se como um espaço democrático que deve oportunizar a discussão de questões sociais e possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico. Para isso, faz-se necessário que o (a) professor (a) traga informações e contextualize-as, além de contribuir, oferecendo caminhos para que o (a) discente adquira mais conhecimentos. É também um ambiente de sociabilidade entre as crianças, o que acarreta na difusão sócio-cultural, incluindo as relações de gênero.
A partir da compreensão sobre as diferenças corporais e sexuais, culturalmente se cria na sociedade, idéias e valores sobre o que é ser homem ou mulher. Esta diferenciação se denomina representações de gênero. Desse modo, as questões de gênero encontram-se diretamente relacionada à forma como as pessoas concebem os diferentes papéis sociais e comportamentais relacionados aos homens e às mulheres, estabelecendo padrões fixos daquilo que é “próprio” para o feminino bem como para o masculino, de forma a reproduzir regras como se fosse um comportamento natural do ser humano, originando condutas e modos únicos de se viver sua natureza sexual. Isso significa que as questões de gênero têm ligação direta com a disposição social de valores, desejos e comportamentos no que tange à sexualidade.
Nesse sentido, a escola tem um papel fundamental na desmistificação destas diferenças, além de ser um importante instrumento na construção de valores e atitudes, que permitam um olhar mais crítico e reflexivo sobre as identidades de gênero, ao invés de ser um lugar de práticas de desigualdades e de produção de preconceitos e discriminações como destaca Louro (1997, p. 57):
Diferenças, distinções, desigualdades... A escola entende disso. Na verdade, a escola produz isso. Desde seus inícios, a instituição escolar exerceu uma ação distintiva. Ela se incumbiu de separar os sujeitos — tornando aqueles que nela entravam distintos dos outros, os que a ela não tinham acesso. Ela dividiu também, internamente, os que lá estavam, através de múltiplos mecanismos de classificação, ordenamento, hierarquização
essa maneira, interesses e formas de comportamento para cada sexo são estimulados no ambiente escolar. Por isso, é necessário perceber como são formados e legitimados, fazendo com que alunos (as) se identifiquem ou diferenciem-se de acordo com as características socialmente valorizadas e/ou determinadas, não esquecendo que o processo educativo precisa ser desenvolvido visando à desmistificação das diferenças à respeito do gênero.
Por isso, é necessário perceber como são formadas e legitimadas as diferenças de gênero, fazendo com que alunos (as) se identifiquem ou diferenciem-se de acordo com as características socialmente valorizadas e/ou determinadas, ressaltando o papel e o compromisso da escola para a desmistificação das diferenças e preconceitos em relação ao sexo.
O “papel social” do professor e da professora é discorrer sobre o preconceito, falar abertamente, sem ofender os que cometem o crime da intolerância e mostrar boa argumentação. Assim, conseguiremos barrar não apenas o preconceito, como também, faremos as pessoas que cometem hostilidades perceberem o quanto são ingênuas ou ideologicamente conduzidas ao reproduzir o que a própria sociedade reproduz e a partir daí sensibilizar o aluno ao caminho da tolerância e do respeito mútuo.
      É importante que este tema esteja na escola desde a Educação Infantil até o ensino superior, passando pela formação essencial dos docentes e até pelos materiais educativos. Falar sobre gênero e sexualidade é parte da construção do respeito à diferença, uma criança que chega em casa e só conhece uma única forma de convívio com o outro, tem na escola a oportunidade de conhecer outros modos, que não necessariamente o preconceito e a violência com o que lhe é diferente.

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