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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ANATOMIA – AULA 1 e 2 – UCIII → Sistema do corpo da mulher responsável por, entre outras funções, garantir a produção dos gametas femininos e fornecer um local adequado para o desenvolvimento de um novo ser. → Os órgãos da reprodução nas mulheres incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero, a vagina, o pudendo feminino e as glândulas mamárias. ORGÃOS INTERNOS: vagina, útero, ovários e tubas uterinas. ORGÃOS EXTERNOS: Pudendo feminino. Monte do púbis e vulva (grandes lábios, pequenos lábios e clitóris) • Os ovários produzem oócitos secundários e hormônios, incluindo a progesterona e o estrogênio (hormônios sexuais femininos), a inibina e a relaxina. • As tubas uterinas transportam um oócito secundário para o útero e, normalmente, é onde ocorre a fertilização. • O útero é o local de implantação de um óvulo fertilizado, desenvolvimento do feto durante a gestação e parto. • A vagina recebe o pênis durante a relação sexual e é uma passagem para o parto. • As glândulas mamárias sintetizam, secretam e ejetam leite para a alimentação do recém- nascido. INFECÇÕES DO SISTEMA GENITAL FEMININO: PERITONITE • Inflamação do peritônio. É causada por uma infecção bacteriana ou fúngica, mas pode ser originada por um processo não infeccioso, como a perfuração do abdômen. • Não é normal que o peritônio sofra uma infecção facilmente. Por isso, quando uma infecção acontece, é sinal de que as bactérias já vieram de outro lugar e atingiram essa membrana. Causam esse vazamento: Úlceras gástricas; Inflamação da vesícula biliar; Pancreatite; doença de Crohn e outras inflamações intestinais; Complicações renais ou hepáticas; Alcoolismo; Sistema imunológico enfraquecido; Doença inflamatória pélvica: quando há infecção nos órgãos reprodutores da mulher, ela pode se espalhar para o peritônio. • Dor abdominal que piora ao realizar movimentos, como andar, tossir ou respirar; Distensão abdominal (abdômen inchado), devido ao acúmulo de líquidos, fezes ou gases; Calafrios; Febre. SALPINGITE • Salpingite é a inflamação das Trompas de Falópio • A obstrução dessas estruturas, em razão de inflamações, impedindo esse trânsito, é uma das mais frequentes causas de infertilidade feminina. • Como o óstio dessas tubas (extremidades delas que se conectam aos ovários) não é inteiramente fechado, mas apenas se aproxima e envolve os ovários, infecções da cavidade abdominal podem se estender às trompas e resultar em salpingite (como a peritonite). A infecção de origem da salpingite costuma ser vaginal, do colo do útero ou do seu interior. • A colocação de um dispositivo intrauterino (DIU) aumenta as chances da salpingite, assim como outros procedimentos ginecológicos, tais como laparoscopia, biópsia do endométrio, curetagem, parto, aborto ou interrupção de gravidez. • A doença ocorre mais frequentemente em mulheres sexualmente ativas, como resultado de uma infecção transmitida pela relação sexual. • Dor no baixo ventre. Náuseas e vômitos. Corrimento vaginal abundante de odor característico. Dor ao urinar. Dor lombar. Febre. Alterações menstruais. • Geralmente, a doença evolui para a cura, mas pode levar à infertilidade, por bloqueio das trompas. • Não há meios de se prevenir a salpingite de modo absoluto, mas realizar sexo com preservativo pode diminuir o risco da infecção. P E R I T Ô N I O Membrana serosa que reveste as paredes da cavidade abdominal e recobre órgãos abdominais e pélvicos. Entre as suas duas camadas - parietal e visceral - está a cavidade peritoneal. A função do peritônio é conectar os órgãos uns com os outros, manter a posição dos órgãos através da suspensão por meio de ligamentos e prevenir a fricção enquanto os órgãos se movimentam. Pode formar ligamento, meso e omento. Diferença básica da estrutura peritoneal masculina para a feminina: no sexo feminino, a cavidade peritoneal tem uma abertura para o meio externo. No homem é um saco fechado, essa cavidade peritoneal é fechada, não tem comunicação com o meio externo. Na mulher, ele é aberto lateralmente através das tubas uterinas. PERITÔNIO PARIENTAL: colado, aderente na parede abdominal, adere as paredes abdominais anterior e posterior. PERITÔNIO VISCERAL: Recobre os órgãos abdominais, vísceras. • Órgãos intraperitoneais: intestino delgado, estomago; envolvidos pelo peritônio. • Órgãos retroperitoneais: atrás do peritônio; rim, artéria aorta. • Órgão extraperitonial: fora do peritônio, cavidade pélvica não reveste, divide a parte abdominal da pélvica. • Ligamento: prende o órgão na parede abdominal. → O LIGAMENTO LARGO é dividido em mesométrio, mesossalpinge e mesovário. → A tuba uterina está posicionada na margem livre do ligamento largo, dentro de um pequeno meso denominado mesossalpinge. O ovário possui na margem medial um meso chamado de mesovário, na face posterior do ligamento largo. A parte maior do ligamento largo, inferior ao mesossalpinge e ao mesovário, é denominada mesométrio. → Lateralmente, o peritônio do ligamento largo que recobre os vasos sanguíneos ovarianos é chamado de LIGAMENTO SUSPENSOR DO OVÁRIO. Na posição posterior e superior do ligamento largo é formado o LIGAMENTO ÚTERO-OVÁRICO (PRÓPRIO DO OVÁRIO), que conecta útero e ovário, e, situado em posição anteroinferior, está o ligamento redondo do útero. → LIGAMENTO ÚTERO-OVÁRICO (ligamento próprio do ovário): posterior e inferiormente à junção uterotubária. → LIGAMENTO REDONDO DO ÚTERO: fixa-se anterior e inferiormente à junção uterotubária, atravessa o canal inguinal, estendendo-se até os lábios maiores do pudendo, próximo a bexiga. → LIGAMENTOS TRANSVERSOS DO COLO(CARDINAL): posicionados da porção supravaginal do colo uterino e da porção lateral do fórnice da vagina, fixando-se às paredes laterais da pelve. → LIGAMENTOS UTEROSSACRAIS: seguem das laterais do colo até a porção média sacral. Podem ser palpados pelo toque retal, ao exame físico. • Mesentérico: dentro do intestino delgado, prende o interno delgado na parede do abdome. Essa estrutura mantém as alças intestinais conectadas à parede interna da cavidade abdominal, garantindo a fixação, mas permite também a contração e relaxamento das alças. Além de garantir a sustentação, o mesentério é responsável por nutrir e inervar os intestinos delgados e grosso. • Omento: prende um órgão no outro https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/intestino-delgado.htm O V Á R I O • Gônadas femininas • Par de glândulas • Homologas aos testículos • Produzem gametas (oócitos) • Produzem hormônios (progesterona, estrogênios e outros). • Um de cada lado do útero presos por ligamentos LIGAMENTO LARGO DO ÚTERO: prega do peritônio parietal que se insere aos ovários pelo mesovário. MESOVÁRIO: dobra de duas camadas de peritônio LIGAMENTO UTERO-OVÁRICO: extremidade uterina à borda lateral do útero, logo abaixo da implantação da base da tuba uterina. Ancora os ovários no útero LIGAMENTO SUSPENSOR DO OVÁRIO: estende-se da fáscia do músculo psoas maior à extremidade tubal do ovário, insere os ovários na parede pélvica. HILO: um em cada ovário; ponto de entrada e saída para os vasos sanguíneos e nervos OOGÊNESE: • EFEITOS DO ENVELHECIMENTO SOBRE O SISTEMA GENITAL: Por volta da menopausa → Ciclos menstruais cessam e os ovários param de produzirestrogênio → Atrofia dos tecidos dos pequenos lábios, clitóris, vagina e uretra; pode causar secura, irritação e secreção vaginal. → A mulher fica mais propensa a desenvolver infecções vaginais → Após a menopausa o útero, as trompas de falópio e os vários ficam menores → Seios diminuem de tamanho, ocorre diminuição da massa muscular e tecidos conjuntivos (inclusive nos ligamentos que dão suporte a alguns órgãos). T U B A S U T E R I N A S • Dois órgãos que se estendem lateralmente a partir do útero • Medem aproximadamente 10 cm • Encontram-se no interior das pregas do ligamento largo do útero • Via para os espermatozoides chegarem ao óvulo • Onde ocorre a fecundação (ampola) • Transporte dos oócitos secundários e dos óvulos fecundados até o útero • INFUNDÍBULO DA TUBA UTERINA: forma de funil; próximo ao ovário; se abre para a cavidade pélvica; termina em franjas • FÍMBRIAS DA TUBA UTERINA: franjas de projeções digitiformes no final do infundíbulo. Movimentam-se, carregando o ovócito pelo interior da tuba uterina, com o auxílio das células ciliadas presentes na região e também de contrações musculares da parede. • AMPOLA DA TUBA UTERINA: parte mais longa; onde ocorre a fecundação • ISTMO DA TUBA UTERINA: parte mais curta, estreita e medial; se une ao útero. • Óstio abdominal da tuba permite comunicação da cavidade peritoneal com o meio externo. GRAVIDEZ ECTÓPICA → Implantação e desenvolvimento do embrião fora do útero, podendo acontecer nas trompas, ovário, colo do útero, cavidade abdominal ou cérvix. → Dor abdominal intensa e perda de sangue pela vagina, principalmente no primeiro trimestre de gestação. → A gravidez ectópica rota é quando o embrião está se desenvolvendo nas trompas e já é grande o suficiente para romper a trompa da mulher. → Não é possível salvar a vida do embrião pois não existem medicamentos, nem procedimentos que possam deslocar o embrião das trompas para o útero. Ú T E R O • Via para o espermatozoide alcançar as tubas uterinas • Local de implantação e desenvolvimento do óvulo fecundado e local de trabalho de parto • Fonte do fluxo menstrual • Entre a bexiga e o reto • Tamanho e formato de uma pera, aproximadamente 7,5 cm de comprimento; 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura • Cresce quando a mulher já engravidou e diminui durante a menopausa • FUNDO DO ÚTERO: forma de cúpula; superior às tubas uterinas • CORPO DO ÚTERO: parte central; anterior e superiormente ao longo da bexiga urinária • COLO DO ÚTERO: parte inferior; estreita; se abre para o interior da vagina; inferior e posteriormente e penetra na parede anterior da vagina • ISTMO DO ÚTERO: entre o colo e o corpo do útero; 1 cm de comprimento • CAVIDADE UTERINA: interior do útero • CANAL DO COLO DO ÚTERO: interior do colo do útero • ÓSTIO INTERNO DO ÚTERO: canal do colo do útero que se abre para a cavidade uterina • ÓSTIO EXTERNO DO ÚTERO: canal do colo do útero que se abre para a vagina • LIGAMENTOS LARGOS DO ÚTERO: pregas duplas de peritônio que fixam o útero aos lados da cavidade pélvica • LIGAMENTOS UTEROSSACROS: constituído por peritônio; se encontram dos lados do reto; ligam o útero ao sacro • LIGAMENTOS TRANSVERSOS DO COLO: inferiormente às bases dos ligamentos largos; se estendem da parede pélvica ao colo do útero e vagina • LIGAMENTOS REDONDOS: bandas de tecido conjuntivo entre as camadas do ligamento largo; estendem-se do útero aos lábios maiores da genitália externa • PERIMÉTRIO: parte do peritônio visceral; lateralmente, forma o ligamento largo do útero; anteriormente, recobre a bexiga e forma a escavação vesicouterina; posteriormente, reveste o reto e forma a escavação retouterina (ponto mais inferior da cavidade pélvica) • MIOMÉTRIO: camada intermediária; dividida em três camadas de fibras musculares: 1ª – espessa e circular, 2ª e 3ª - longitudinais; ajuda a expelir o feto do útero • ENDOMÉTRIO: camada interna do útero; bem vascularizada; 3 componentes: 1º – reveste o lúmen, 2º – estroma endometrial, região espessa, 3º – glândulas uterinas; 2 camadas: estrato funcional – reveste a cavidade uterina, descama durante a menstruação, estrato basal – permanente, dá origem ao estrato funcional após cada menstruação • ARTÉRIAS UTERINAS: ramos da artéria ilíaca • ARTÉRIAS ARQUEADAS: formato circular no Miométrio • ARTÉRIAS RADIAIS: penetram profundamente o miométrio • ARTERÍOLAS RETAS: irrigam o estrato basal para este regenerar o estrato funcional • ARTERÍOLAS ESPIRAIS: irrigam o estrato funcional • VEIAS UTERINAS: drenam o sangue do útero para as veias ilíacas internas PROLAPSO UTERINO Quando os músculos e ligamentos do assoalho pélvico se tornam distendidos e flácidos, saindo de suas posições normais na pelve e descendo para a vagina ou região externa. CAMADA BASAL: Responsável pela construção da camada interna após a menstruação, contém todos os elementos que irá restaurar o endométrio pra prepará-lo para uma gestação futura. ENDOMETRIOSE: Afecção (modificação no funcionamento normal do organismo) inflamatória provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar. V A G I N A • Canal tubular fibromuscular de 10 cm de comprimento, alinhado com a túnica mucosa que se estende do exterior do corpo até o colo do útero. • Receptáculo para o pênis durante a relação sexual, a saída para o fluxo menstrual e a via de passagem para o parto. Situada entre a bexiga urinária e o reto, a vagina é dirigida superior e posteriormente, onde se insere no útero P U D E N D O F E M I N I N O MONTE DO PÚBIS: uma elevação de tecido adiposo recoberta por pele e pelos pubianos grossos que acolchoam a sínfise púbica LÁBIOS MAIORES DO PUDENDO: recobertos por pelos pubianos e contêm tecido adiposo, glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas apócrinas. Eles são homólogos ao escroto LÁBIOS MENORES DO PUDENDO: desprovidos de pelos pubianos e gordura e têm poucas glândulas sudoríferas, mas contêm muitas glândulas sebáceas. CLITÓRIS: pequena massa cilíndrica composta por dois pequenos corpos eréteis, os corpos cavernosos, e diversos nervos e vasos sanguíneos. A parte exposta do clitóris é a glande do clitóris VESTÍBULO DA VAGINA: região entre os lábios menores do pudendo. No interior do vestíbulo estão o hímen (se ainda existir), o óstio da vagina, o óstio externo da uretra e as aberturas dos ductos de várias glândulas. - A parte anterior da vagina é curta e a posterior mais longa H Í M E M • Fina prega de túnica mucosa vascularizada, forma uma margem em torno da extremidade inferior da abertura vaginal para o exterior (o óstio da vagina), fechando-a parcialmente. • Depois de sua ruptura, geralmente após a primeira relação sexual, permanecem apenas remanescentes do hímen. • Às vezes, o hímen recobre completamente o óstio da vagina, em uma condição chamada hímen imperfurado. Pode ser necessária uma cirurgia para abrir o óstio da vagina e possibilitar a saída do fluxo menstrual. Carúnculas himenais: resquício do hímen após a ruptura. P E R Í N E O Área em formato de diamante em inclui as regiões urogenital e anal. Limitado anteriormente pela sínfise púbica, lateralmente pelas tuberosidades isquiáticas e posteriormente pelo cóccixChecklist OVÁRIO Ligamento útero-ovárico Ligamento suspensor do ovário TUBA UTERINA Infundíbulo da tuba uterina Fímbrias da tuba uterina Ampola da tuba uterina Istmo da tuba uterina Parte uterina (cadavérico) ÚTERO Fundo do útero Corpo do útero Cavidade do útero Colo do útero Óstio do útero Canal do colo do útero Perimétrio Miométrio Endométrio Ligamento redondo do útero VAGINA Parte anterior Parte posterior Hímen - Carúnculas himenais - Rugas vaginais PUDENDO FEMININO Monte do púbis Lábio maior do pudendo - Comissura anterior dos lábios - Comissura posterior dos lábios Rima do pudendo Lábio menor do pudendo - Prepúcio do clitóris - Frênulo do clitóris Vestíbulo da vagina Óstio da vagina Clitóris - Glande do clitóris - Corpo cavernoso do clitóris - Ramos Glândula vestibular maior URETRA FEMININA Óstio interno da uretra Parte intramural Óstio externo da uretra Músculo esfíncter externo do ânus Músculo transverso superficial do períneo Músculo isquiocavernoso Músculo bulboesponjoso Músculo transverso profundo do períneo (H) Músculo esfíncter externo da uretra (H) Músculo esfíncter externo da uretra (M) Fossa isquional PERITÔNIO Peritônio parietal Peritônio visceral Mesentério - Raíz do mesentério Mesocolo Omento menor Omento maior Bolsa omental Ligamento largo do útero (M) - Mesométrio - Mesossalpinge - Mesovário Ligamento suspensor do ovário (M) Escavação retouterinal (H) Escavação vesicouterina (M) Períneo
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