Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prezadas(os) alunas(os) nesse material tem soluções de alguns exerćıcios do livro do Stewart. Sugerimos que você só leia a resolução de um exerćıcio após tentar resolvê-lo para comparar a sua solução com a do professor. Ma- temática só se aprende com tentativa e erro. Não basta apenas ler o texto. Exerćıcios seção 2.5 1) Se f é uma função cont́ınua em (−∞,∞), o que você pode dizer sobre seu gráfico? Solução: Significa que podemos desenhar seu gráfico sem tirar o lápis do papel. 2) Observe o gráfico de g e identifique os intervalos nos quais g é cont́ınua. Solução: Observando o gráfico de g conclúımos que seu domı́nio é [−4, 4)∪ (4, 8). Da solução do exerćıcio anterior obtemos que g é cont́ınua nos seguin- tes intervalos: [−4,−2), (−2, 2), (2, 4), (4, 6) e (6, 8), pois nesses intervalos não temos ’quebra’ no gráfico. Observação: lembre-se da convenção para a notação de intervalo. Se o extremo for fechado com [ então aquele ponto per- tence ao intervalo. Caso o extremo seja fechado com ) o ponto não pertence ao intervalo. Logo, os pontos nos quais precisamos verificar a continuidade usando a definição são −2, 2, 4, 6 e 8. Analisando cada ponto. a) ponto−2. Para que g seja cont́ınua em−2 é necessário que limx→−2 g(x) = g(−2). (Observando o gráfico de g vemos que limx→−2+ g(x) 6= limx→−2− g(x)). Logo, limx→−2 g(x) não existe, porque os limites laterais são diferentes. Portanto, g não é cont́ınua em −2. 1 b) ponto 2. Para que g seja cont́ınua em 2 é necessário que limx→2 g(x) = g(2). Observando o gráfico de g vemos que limx→2+ g(x) 6= limx→2− g(x). Logo, limx→2 g(x) não existe, porque os limites laterais são diferentes. Portanto, g não é cont́ınua em 2. c) ponto 4. No ponto 4 a função g não está definida. Logo, limx→4 g(x) 6= g(4). Portanto, g não é cont́ınua em 4. d) ponto 6. Para que g seja cont́ınua em 6 é necessário que limx→6 g(x) = g(6). Observando o gráfico de g vemos que limx→6+ g(x) 6= limx→6− g(x). Logo, limx→6 g(x) não existe porque os limites laterais são diferentes. Por- tanto, g não é cont́ınua em 6. e) ponto 8. No ponto 8 a função g não está definida. Logo, limx→8 g(x) 6= g(8). Portanto, g não é cont́ınua em 8. 3) Esboce o gráfico de uma função que seja cont́ınua em todos os pontos do domı́nio exceto em −1 e 4, porém cont́ınua à esquerda em −1 e à direita em 4. Solução: A solução desse exerćıcio não é única, basta que a função satisfaça o que é pedido no enunciado. Uma possibilidade para f é dada no gráfico abaixo. x y −1 4 Use a definição de continuidade e propriedades de limites para demonstrar que a função é cont́ınua em um dado ponto a. 2 4) f(x) = x2 + √ 7− x, em a = 4. Solução: Para que f seja cont́ınua em 4, pela definição, é necessário que limx→4 f(x) = f(4). Calculando f(4), f(4) = 42 + √ 7− 4 f(4) = 16 + √ 3 Calculando limx→4 f(x): pela propriedade 9 de limite da seção 2.3 temos que limx→4 x 2 = 16. Da propriedade 11 de limite da seção 2.3 temos que limx→4 √ 7− x = √ 3. Logo, da propriedade 1 de limite da seção 2.3 segue que limx→4 x 2 + √ 7− x = limx→4 x2 + limx→4 √ 7− x = 16 + √ 3. Portanto, limx→4 x 2 + √ 7− x = 16 + √ 3 = f(4) e f é cont́ınua em 4. 5) h(t) = 2t− 3t2 1 + t3 em a = 1. Solução: Para que h seja cont́ınua em 1, pela definição, é necessário que limt→1 h(t) = h(1). Calculando h(1), h(1) = 2 · 1− 3 · 12 1 + 13 h(1) = −1 2 Como limt→1 1 + t 3 = 2 temos que limt→1 1 + t 3 6= 0. Logo, podemos usar a propriedade 5 de limite da seção 2.3 e limt→1 2t− 3t2 1 + t3 = limt→1 2t− 3t2 limt→1 1 + t3 = −1 2 . Portanto, limt→1 2t− 3t2 1 + t3 = −1 2 = h(1) e h é cont́ınua em 1. 6) Use a definição de continuidade e propriedades de limite para mostrar que g(x) = 2 √ 3− x é cont́ınua em (−∞, 3]. Solução: Seja a um número real tal que a ∈ (−∞, 3). Para que g seja cont́ınua em a, pela definição, é necessário que limx→a g(x) = g(a). Das propriedades 1 e 11 de limite da seção 2.3 temos que limx→a 2 √ 3− x = 2 √ 3− a = g(a). Também temos que limx→3− 2 √ 3− x = 0 = g(0). Portanto, g é cont́ınua em (−∞, 3]. Explique por que a função é descont́ınua no número dado a. 7) f(x) = { 1 x+ 2 se x 6= −2 1 se x = −2 a = −2 3 Solução: Para que f seja cont́ınua em −2, pela definição, é necessário que limx→−2 f(x) = f(−2). Essa é uma função definida por partes: para valores de x diferentes de −2 usamos a seguinte regra f(x) = 1 x+ 2 para calcular f . Quando calculamos limite, em um ponto estamos olhando para valores no domı́nio próximos desse ponto, porém não olhamos para o valor da função no ponto. Por isso, temos que limx→−2+ 1 x+ 2 = ∞ e limx→−2− 1 x+ 2 = −∞. Como os limites laterais não existem, então limx→−2 f(x) não existe. Logo, f é descont́ınua em −2. 8) f(x) = x 2 − x x2 − 1 se x 6= 1 1 se x = 1 a = 1 Solução: Para que f seja cont́ınua em 1, pela definição, é necessário que limx→1 f(x) = f(1). Essa é uma função definida por partes: para valores de x diferentes de 1 usamos a seguinte regra f(x) = x2 − x x2 − 1 . Quando calcula- mos limite em um ponto estamos olhando para valores no domı́nio próximos desse ponto, porém não olhamos para o valor da função no ponto. Por isso, temos que limx→1+ x2 − x x2 − 1 = limx→1+ x(x− 1) (x− 1)(x+ 1) = limx→1+ x x+ 1 = 1 2 e limx→1− x2 − x x2 − 1 = limx→1− x(x− 1) (x− 1)(x+ 1) = limx→1− x x+ 1 = 1 2 . Como limx→1+ x2 − x x2 − 1 = 1 2 = limx→1− x2 − x x2 − 1 temos que limx→1+ x2 − x x2 − 1 = 1 2 . Do fato que limx→1+ x2−x x2−1 = 1 2 6= 1 = f(1) temos que f é descont́ınua em 1. 9) Como você ”removeria a descontinuidade de f”? Em outras palavras, como você definiria f(2) no intuito de fazer f cont́ınua em 2 sendo f(x) = x3 − 8 x2 − 4 . Solução: Para que f seja cont́ınua em 2, pela definição, é necessário que limx→2 f(x) = f(2). Primeiro vamos fatorar o numerador x 3 − 8. Note que 2 anula x3 − 8 (Observação: seja a um número real e p(x) um polinômio. Se p(a)=0 temos que p(x) é diviśıvel por pelo polinômio x − a). Logo, o polinômio x3−8 é diviśıvel pelo polinômio x−2. Abaixo efetuamos a divisão 4 de x3 − 8 por x− 2. x3 − 8 x− 2 x2 + 2x+ 4− x3 + 2x2 2x2 − 2x2 + 4x 4x− 8 − 4x + 8 0 Do teorema da divisão temos que x3 − 8 = (x− 2)(x2 + 2x+ 4) + 0 = (x− 2)(x2 + 2x+ 4) Então, limx→2 x3 − 8 x2 − 4 = limx→2 (x− 2)(x2 + 2x+ 4) (x− 2)(x+ 2) = limx→2 x2 + 2x+ 4 x+ 2 = 3. Como para f ser cont́ınua é necesário que limx→2 f(x) = f(2) temos que f(2) = 3. Explique usando os Teoremas 4, 5, 7 e 9, por que a função é cont́ınua em todo seu domı́nio e diga qual é o domı́nio. 10) G(x) = 3 √ x(1 + x3) Solução: Domı́nio: como podemos calcular a raiz cúbica de qualquer número real e g(x) = 1 + x3 está definida para qualquer valor real. Então o domı́nio de G é R. Do teorema 4 e 5 da seção 2.5 segue que G é cont́ınua no seu domı́nio. 11) h(x) = senx x+ 1 . Solução: Domı́nio: a função g(x) = sen x está definida para todo número real. Sabemos que não podemos dividir por zero, logo x + 1 6= 0, ou seja, x 6= −1. O domı́nio da função h são aqueles valores nos quais a função seno está definida e x + 1 6= 0. Portanto, o domı́nio de h(x) é {x ∈ R|x 6= −1}. Do teorema 4 e 5 da seção 2.5 segue que h(x) é cont́ınua no seu domı́nio. 12 B(x) = tg x√ 4− x2 . Solução: Calculando o domı́nio de B(x): o domı́nio de B(x) são aqueles pontos onde tg x, √ 4− x2 estão definidos e √ 4− x2 6= 0, pois não podemos dividir por zero. Sabemos que tg x = senx cosx , logo tangente não está definida 5 nos valores nos quais cos x = 0, ou seja, x tem que ser diferente de π 2 + nπ com n ∈ Z. Domı́nio de √ 4− x2: a função raiz quadrada só está definida para valores maiores os iguais a zero e não podemos dividir por zero. Logo, 4 − x2 deve ser maior que zero, ou seja, precisamos encontrar os valores de x tais que 4 − x2 > 0. Para issoprecisamos esboçar o gráfico de f(x) = 4 − x2. Para calcular as ráızes de f(x) usamos Báskara, ∆ = b2 − 4ac ∆ = 02 − 4(−1)4 = 16 x = b± √ ∆ 2a x = 0± √ 16 2(−1) x = 2 ou x = −2 Abaixo temos o esboço do gráfico de f(x) = 4− x2. x y 2−2 Analisando o gráfico de f(x) = 4−x2 vemos que os valores de x nos quais 4− x2 > 0 são aqueles que satisfaz −2 < x < 2. Temos que o domı́nio de B são aqueles pontos onde tg x, √ 4− x2 estão definidos e √ 4− x2 6= 0. Logo, x 6= π 2 + nπ com n ∈ Z e −2 < x < 2. Sabemos que π = 3, 14. Se n = 0 temos que π 2 + nπ = π 2 + 0π = π 2 e −2 < π 2 < 2. Caso n = −1 temos que π 2 + nπ = π 2 − π e −2 < π 2 − π < 2. 6 Se n ≥ 1 temos que π 2 + nπ > 2, caso n < −1 temos que π 2 + nπ < −2. Portanto, o domı́nio de B é {x ∈ R| − 2 < x < 2, x 6= π 2 e x 6= −π 2 }. Mostrando que B é cont́ınua em seu domı́nio. Do teorema 7 da seção 2.4 obtemos que tg x e √ 4− x2 são cont́ınuas em seus domı́nios. Logo, tg x e √ 4− x2 são cont́ınuas em {x ∈ R| − 2 < x < 2, x 6= π 2 e x 6= −π 2 }. Do teorema 4 item 5 da seção 2.4 temos que B é cont́ınua em {x ∈ R| − 2 < x < 2 e x 6= π 2 ou x 6= −π 2 }. 13) Mostre que f é cont́ınua em (−∞,∞). f(x) = senx se x < π 4 cosx se x ≥ π 4 Solução: Do teorema 7 da seção 2.5 temos que as funções senx e cos x são cont́ınuas em seus domı́nios. Logo, senx é cont́ınua no intervalo (−∞, π 4 ). Consequentemente, f é cont́ınua em (−∞, π 4 ). Temos também que cosx é cont́ınua em (π 4 ,∞). Portanto, f é cont́ınua em (π 4 ,∞). Como f(x) = cos x em [π 4 ,∞) não faz sentido falar que f é cont́ınua em π 4 usando o fato que cosseno é cont́ınua em π 4 . Desse fato só podemos concluir que limx→π 4 + f(x) =√ 2 2 = f(π 4 ), ou seja, f é cont́ınua à direita em π 4 . Para concluir que f é cont́ınua em π 4 é necessário também que f seja cont́ınua à esquerda em π 4 , isto é, limx→π 4 − f(x) = √ 2 2 = f(π 4 ). Temos que limx→π 4 − f(x) = √ 2 2 . Então, limx→π 4 + f(x) = √ 2 2 = limx→π 4 − f(x) = √ 2 2 . Como os limites lateraias são iguais conclúımos que limx→π 4 f(x) = √ 2 2 . Além disso, limx→π 4 f(x) = √ 2 2 = f(π 4 ). Portanto, f é cont́ınua em π 4 . Do fato que f é cont́ınua (−∞, π 4 )∪(π 4 ,∞) e em π 4 conclúımos que f é cont́ınua em (−∞,∞). 14) Encontre os pontos nos quais f é descont́ınua. Em quais desses pontos 7 f é cont́ınua à direita, à esquerda ou em nenhum deles f(x) = x+ 1 se x ≤ 1 1 x se 1 < x < 3 √ x− 3 se x ≥ 3 Solução: Seja a um ponto do domı́nio de f . Para que f seja cont́ınua em a é necessário que limx→a f(x) = f(a). Do teorema 7 da seção 2.5 sabe- mos que as funções x + 1, 1 x e √ x− 3 são cont́ınuas nos seus domı́nios. Os domı́nios dessas funções são, respectivamente, R, R∗(pois, a única restrição em uma divisão é que o denominador não seja nulo) e [3,∞) (pois não existe raiz quadrada de números negativos.) Desses últimos fatos conclúımos que f(x) = x + 1 é cont́ınua em (−∞, 1), f(x) = 1 x é cont́ınua em 1 < x < 3 e f(x) = √ x− 3 é cont́ınua em x > 3. Do fato de x + 1 ser cont́ınua em 1 só garante que limx→1− f(x) = 2 = f(1). Ainda precisamos calcular limx→1+ f(x) = limx→1+ 1 x = 1 6= f(1). Logo, f não é cont́ınua em 1, mas é cont́ınua à esquerda em 1, pois limx→1− f(x) = 2 = f(1). Como √ x− 3 é cont́ınua em 3 temos que limx→3+ f(x) = limx→3+ √ x− 3 = 0 = f(3). Te- mos que limx→3− f(x) = limx→3− 1 x = 1 3 . Como limx→3+ f(x) 6= limx→3− f(x) então limx→3 f(x) não existe. Logo, limx→3 f(x) não pode ser igual a f(3). Portanto, f não é cont́ınua em 3. Como limx→3+ f(x) = limx→3+ √ x− 3 = 0 = f(3) temos que f é cont́ınua à direita em 3. Conclúımos que f é descont́ınua em 1 e 3. Porém, f é cont́ınua à esquerda em 1 e cont́ınua à direita em 3. 15) Encontre os valores de a e b que torna f cont́ınua em todas as partes f(x) = x2 − 4 x− 2 se x < 2 ax2 − bx+ 3 se 2 ≤ x < 3 2x− a+ b se x ≥ 3. Solução: Do teorema 7 seção 2.5 segue que as funções g(x) = x2 − 4 x− 2 , h(x) = ax2 − bx + 3 e s(x) = 2x − a + b são cont́ınuas no seus domı́nios. Logo, a função f(x) = x2 − 4 x− 2 é cont́ınua em (−∞, 2), a função f(x) = ax2 − bx+ 3 é cont́ınua em 2 < x < 3 e a função f(x) = 2x− a+ b é cont́ınua em (3,∞). Só precisamos analisar a continuidade nos pontos 2 e 3. Para f ser cont́ınua 8 em 2 é necessário que limx→2− f(x) = limx→2+ = f(2) ⇒ limx→2− x2 − 4 x− 2 = limx→2+ ax 2− bx+ 3 = f(2)⇒ limx→2− (x− 2)(x+ 2) x− 2 = limx→2+ ax 2− bx+ 3 = f(2)⇒ limx→2− x+2 = limx→2+ ax2−bx+3 = f(2)⇒ 4 = 4a−2b+3 = 4a− 2b+ 3. Temos que, 4a− 2b = 1. Para f ser cont́ınua em 3 é necessário que limx→3− f(x) = limx→3+ f(x) = f(3) ⇒ limx→3− ax2 − bx + 3 = limx→3+ 2x− a + b = f(3) ⇒ 9a− 3b + 3 = 4a− 2b+ 3 = 4− a+ b. Temos que 9a− 3b+ 3 = 6− a+ b⇒ 10a− 4b = 6. Então, precisamos resolver o seguinte sistema { 4a− 2b = 1 (1) 10a− 4b = 6 (2) Observação: acima temos um sistema de duas equações e duas incógnitas podemos resolvê-lo com o método que quisermos. Aqui iremos usar o método da adição, fazendo −2(1) mais a equação (2) temos que 2a = 4 ⇒ a = 2. Usando o fato que a = 2 e 4a− 2b = 1 temos que 8− 2b = 1⇒ −2b = −7⇒ b = 7 2 . Então, para f ser cont́ınua em todas as partes é necessário que a = 2 e b = 7 2 . 9
Compartilhar