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1 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 Exame Morfológico do 2o Trimestre Existem DUAS ECOGRAFIAS MORFOLÓGICAS que acontecem durante a gestação: • uma é no primeiro trimestre, que é a que inclui a medida da translucência nucal • é a do segundo trimestre, que vai ser falado nessa aula. O grande progresso em medicina fetal nos últimos anos deve-se ao aumento da sensibilidade do rastreamento ultrassonográfico de malformações fetais. Isso se deve principalmente à melhoria da qualidade dos equipamentos de ultrassom e ao aperfeiçoamento do nível técnico dos profissionais envolvidos. Além do mais foram criados protocolos dos exames morfológicos, o que também criou uma rotina para que nada fosse deixado de ser examinado. Em cerca de 90% dos casos de fetos malformados não há fator de risco identificável, não tem nada na história clinica nem antecedentes da paciente. Assim sendo, a realização de exame ultrassonográfico morfológico de rotina aumenta a taxa de detecção das anomalias fetais A OMS preconiza que a gestante precisa fazer pelo menos 5 ecografias durante a gestação, MAS o SUS paga 1 e as vezes duas. Por isso, deve ser considerado que o paciente faça alguns exames sem a liberação do sus. Em alguns países, o diagnóstico precoce de malformações fetais oferece aos pais a possibilidade de optar entre prosseguir ou interromper a gestação. Esse diagnóstico pré-natal também permite, em muitos casos, intervenção terapêutica intra- útero ou planejamento antecipado das condutas a serem tomadas no período neonatal imediato. Problemas fetais ou patologias que podem ser cirurgicamente resolvidas para que a criança possa nascer em hospital com estrutura para atendimentos adequados. O melhor período para AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA É ENTRE 20 E 24 SEMANAS de gestação, mas alguns lugares consideram que pode ser de 19 a 23 semanas. Independente de qual período for considerar, não dá para fazer antes, pois quase não existe gordura e tecido subcutâneos, então é muito difícil avaliar a superfície quando o bebê é muito pequeno. Já depois desse período, o bebê pode estar ocupando muito espaço dentro do útero, e ele pode se mexer pouco, ou pode ter dificuldade de ver algumas estruturas, pois algumas podem ficar em íntimo contato com a parede uterina, e acaba tendo-se dificuldade de identificar e enxergar bem. É importante respeitar o período correto. • ANTES: problema porque não tem uma boa superfície • DEPOIS: bebê muito grande, não se mexe muito, não da pra ver muito bem estruturas porque estão em contato com a parede útero Nesse período a pele e tecidos subcutâneos já apresentam estrutura ecogênica e os membros e as extremidades já apresentam dimensões adequadas para o exame. Os órgãos internos já são identificados. Além disso, o feto ainda apresenta tamanho que permite sua análise por completo. 2 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 Protocolo • É feito por vários cortes, várias estruturas as serem examinadas e é importante criar uma rotina para a realização dos exames. PLACENTA A rotina, então, inicia com a avaliação da placenta • Área da implantação da placenta, de preferência identificação do colo uterino para ver se ela não tem uma implantação. • Corte longitudinal (via transabdominal) do colo, e relação deste com o bordo da placenta Imagem: placenta prévia de implantação subtotal, ela está parcialmente implantada sobre o orifício cervical interno. CRÂNIO Polun cefálico → corte transversal para DBP e cerebelo Para as medidas de DBP e cerebelo existem medidas padrão e de normalidade DBP – diametro biparietal – Corte transversal – medida de diâmetro biparietal – Cavum do septo pelúcido – Atrium dos Ventrículos Laterais Plexos coroides e corpo posterior do ventrículo lateral • Corte transversal do polo cefálico fetal ao nível talâmico, para medida biparietal e circunferência cefálica, demonstrando os ventrículos cerebrais. Cerebelo Corte transversal – corte mais angulado Cavum do septo Pelúcido • Corte mais angulado para ver cerebelo. • obliquo suboccipital para medida de cerebelo, CM (cisterna magna) e PN (prega nucal). ÓRBITAS Identificar os cristalinos; pode ter alteração do espaçamento das órbitas • Corte transversal da face sobre as órbitas 3 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 MAXILA Continuidade da mandíbula, ou maxila → se há falhas • Corte transversal sobre lábio superior e osso maxilar. PERFIL DO BEBÊ Identificar o osso nasal, que precisa ser metade do tamanho do nariz; corte longitudinal CORAÇÃO - 4 CÂMARAS • Corte das 4 câmaras cardíacas. • Maior eixo do coração DEVE estar mais ou menos 45 graus do eixo longitudinal. Ver o tronco de saída da aorta e da a. pulmonar • Corte das vias de saída dos ventrículos (VE-Ao e VD-AP). ABDOME Corte transversal, usa-se de referência são os vasos na localização certa para corte. O corte do abdômen do bebê deve ser acima da emergência do cordão umbilical • Corte do abdome fetal para medida da CA (circ. abdominal), com estomago e VB (vesícula biliar) RIM Identificar os dois rins, as duas pelves renais e descartar dilatações • Corte dorsal transverso da região lombar com imagens dos rins 4 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 INSERÇÃO DO CORDÃO UMBILICAL Identificar na inserção dois vasos que passam um de cada lado da bexiga, o que confirma que esse cordão tem duas artérias. • Corte transversal ou longitudinal da inserção do cordão umbilical MÃO ABERTA Observar as falanges • Imagem da mão aberta FÊMUR – PERNA e PÉ Olhar o fêmur, o qual precisa ter o mesmo tamanho do pé, enxergar tíbia e fíbula • Imagem longitudinal do fêmur • Imagem longitudinal demonstrando a perna e o pé COLUNA TRANSVERSAL Identificar que existem núcleos de crescimento pareados Cada núcleo de crescimento tem que ter um par na lateral para saber se a coluna está bem formada (primeira imagem); identificar a superfície de pele sobre a coluna, se tem falhas ou aberturas. • Uma ou duas imagens demonstrando a coluna vertebral e o canal medular • Imagem transversal da coluna em nível sacral (ilíacos e vértebra) Protocolo de documentação • Corte transversal do polo cefálico fetal ao nível talâmico, para medida de biparietal e circunferência cefálica, demonstrando os ventrículos cerebrais • Corte oblíquo suboccipital para medida de cerebelo, CM (cisterna magna) e PN (prega nucal) • Corte transverso da face, sobre as órbitas 5 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 • Corte transverso sobre o lábio superior e osso maxilar • Corte sagital do perfil sagital, demonstrando o osso nasal • Corte 4 câmaras do coração • Corte das vias de saída dos ventrículos (VE-Ao e VD-AP) • Corte do abdome fetal para medida da CA (circunferência abdominal), com estômago e VB (vesícula biliar) • Corte dorsal transverso da região lombar com imagens dos rins • Imagem transversa ou longitudinal da inserção umbilical • Imagem transversa ou longitudinal da bexiga • Imagem longitudinal do fêmur • Imagem longitudinal demonstrando a perna e o pé • Imagem da mão aberta • Uma ou duas imagens demonstrando a coluna vertebral e o canal medular • Imagem transversa da cluna em sível sacral (ilíacos e vértebras) • Corte longitudinal do colo, e relação deste com o bordo da placenta ALTERAÇÕES NAS IMAGENS Crânio alterações Mal formações 6 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 DBP CEREBELO Corte transversal – mostra ao lado alterações Corte Transversal E mal formações (Diâmetro biparietal)FACE Das estruturas ósseas da face Corte sagital Hipoplasia do osso nasal pode inclusive não ter osso nasal Micrognatia 7 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 Lábio leporino Problemas nutricionais, não conseguem mamar, tem aspiração ÓRBITAS Espaçamento das órbitas Defeito de formação delas Cardiomegalia Aumento das câmaras cardíacas Coração com a câmara gástrica ao lado do coração, o que significa que tem uma hérnia Artresias de esôfago Não identificação da bolha gástrica nem estômago O mais comum (88%) tem uma descontinuidade e uma fistula da traqueia com o esôfago distal 8 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 Artresia duodenal Diagnóstico ecografia → Imagem em dupla bolha com comunicação entre si, polidrâmnio de instalação tardia Risco de cromossomopatias 20 a 50% - trissomia 21 Atresia de intestino delgado, Apresenta uma importante dilatação de alças Íleo meconial Existem alterações de distensão e de conteúdo de alças 9 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 Ânus imperfurado Alteração de rim → Dilatação de pelve bilateral Cada trimestre tem um valor para dilatação Agenesia renal Alterações vasculares. Onde não se tem artérias renais 10 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 Rins policísticos Há muitos microcistos Doença multicistica autossômica recessiva potter I No Potter II os cistos são maiores Onfaloceles Normalmente o conteúdo herniado são alças, e elas se encontram cobertas por uma membrana. Não vê a alça nem estrutura livre e em íntimo contato com o líquido amniótico. Gastrosquise Ao contrário da gastrosquise, que não tem essa membrana e encontra-se a alça livre boiando no líquido amniótico. Pode ter até fígado herniado, exposto 11 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 Hemivertebra Má formação das vértebras *ecografia avançou muito e se pode fazer muito bem avaliação 3D. pode se ver o rosto
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