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Questões Direito Processual Civil I- PARTE 4

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PROCESSO CIVIL I- ESTUDO DIRIGIDO- PARTE 4
41- Quais são os requisitos da petição inicial no processo civil?
Os requisitos da petição inicial estão descritos no artigo 319, I ao VII, e no artigo 320, ambos do CPC/15. Segundo o artigo 319, I ao VII, são requisitos da petição inicial, respectivamente: I) o juízo a que é dirigida; II) os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III) o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV) o pedido com as suas especificações; V) o valor da causa; VI) as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII) a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. Já o artigo 320 do CPC/15 afirma que a petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis para a propositura da ação.
42- O que são demandas conexas? 
As demandas conexas estão positivadas nos artigos 54 e 55 do Código de Processo Civil de 2015 e são duas ou mais ações que possuem em comum a causa de pedir e o pedido, devendo ser analisadas por um mesmo juízo, a não ser se uma delas já tiver sido sentenciada, com a finalidade de evitar decisões conflitantes e ocasionar insegurança jurídica, tal como está descrito no artigo 55, §1º, do CPC/15.
43- O que significa a continência de demandas? 
Segundo o artigo 56 do CPC/15, dá-se a continência entre duas ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
44- O que significa preclusão? Diferencie da prescrição.
Preclusão é a perda de um direito de agir nos autos do processo em face da perda de oportunidade, conferida por certo prazo, ou seja, é a perda de um direito processual. Já a prescrição, é a perda do direito de ajuizar uma ação judicial por passar do tempo previsto em lei para reclamar em juízo sobre esta demanda.
45- Quais são as respostas do réu no processo civil?
Segundo Fredie Didier Jr., são espécies de resposta do réu no processo civil, além dos casos clássicos da contestação e da reconvenção, o reconhecimento da procedência do pedido formulado pelo autor (de acordo com o artigo 487, III, "a", do CPC/15), o requerimento avulso de desmembramento do litisconsórcio multitudinário ativo (de acordo com o artigo 113, §2º, do CPC/15), a arguição de impedimento ou suspeição do juiz, membro do Ministério Público ou auxiliar de justiça e, por último, a revelia.
46-Diferencie preclusão temporal, consumativa e lógica.
A preclusão temporal ocorre quando prazo legal para algum ato processual previamente estipulado não é respeitado. Podemos citar como exemplo de preclusão temporal a contestação do réu que for apresentada fora do prazo legal (15 dias úteis após a audiência de conciliação). Já a preclusão consumativa ocorre quando um ato processual já se consumou, não podendo praticá-lo novamente visando ao mesmo objetivo. Por fim, a preclusão lógica ocorre nos casos em que o procedimento é incompatível com algum outro que já foi exercido, acontecendo- por lógica- a perda do direito de praticar um ato em razão da incompatibilidade entre eles, sendo essa medida é importante para proteger e evitar o risco de que alguns atos tomem rumos contrários à sua própria ação.
47- Considerando o estudo da concentração do réu, explique o que significam os princípios da eventualidade e da impugnação específica. 
O princípio da eventualidade diz que toda a matéria de defesa deve ser alegada por ocasião da contestação, sob pena de preclusão, ou seja, no momento da contestação o réu deve alegar tudo que possível e cabível a sua defesa, ainda que as alegações possam ser contraditórias do ponto de vista lógico, pois passado o momento da contestação não mais poderá trazer novas alegações. Já o princípio da impugnação específica diz que ao réu recai o ônus de impugnar de forma específica, ou seja, deve refutar todos os fatos alegados pelo autor na petição inicial, sob pena de torná-los incontroversos. Desse modo, a falta de impugnação específica leva à impossibilidade da posterior produção de provas acerca do fato.
48- No geral como se dá o rito ordinário no processo civil?
O rito ordinário no processo civil se dá mediante 4(quatro) fases da chamada fase de conhecimento: 1) fase postulatória; 2) fase de saneamento; 3) fase probatória; 4) fase decisória.
49- É correto dizer que os juizados especiais formam um procedimento especial em relação ao procedimento ordinário do CPC? 
Não. Os juizados Especiais possuem um rito processual próprio previsto em lei específica- podendo esta lei específica ser a Lei 9.099/95 (nos casos dos Juizados Especiais Cíveis), a Lei 12.153/09 (nos casos dos Juizados Especiais da Fazenda Pública) ou a Lei 10.259/01 (nos casos dos Juizados Especiais Federais) - rito esse também chamado de "sumaríssimo", sendo pautado pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação, tal como está descrito no artigo 2º da Lei 9.099/95.50).
50- Quais são as três espécies de juizados especiais cíveis da ordem judiciária pátria? 
As três espécies de Juizados Especiais Cíveis previstos no nosso ordenamento jurídico são: 1) Os Juizados Especiais Cíveis (JECs); 2) Os Juizados Especiais da Fazenda Pública; 3) Os Juizados Especiais Federais (JEFs). Os Juizados Especiais Cíveis (JECs) possuem competência material residual, isto é, tratam sobre assuntos de matéria cível que não são da competência dos Juizados Especiais Fazendários, nem da competência dos Juizados Especiais Federais (JEFs). Limitam-se a causas de até 40 (quarenta) salários mínimos e sem complexidade técnica, lembrando que por força do caput do artigo 9º da Lei 9099/95 as causas com valor de até 20(vinte) salários mínimos é facultativa assistência da parte por um advogado, mas nas causas com valor acima de 20(vinte) salários mínimos essa assistência é obrigatória. Esse tipo de Juizado Especial é regulamentado, processualmente, primordialmente pela Lei 9.099/95 e subsidiariamente pelo CPC/15. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública, ou também conhecidos como Juizados Especiais Fazendários, possuem competência funcional para processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos, tal como está previsto no artigo 2º da Lei 12153/09. Esse tipo de Juizado Especial é regulado, processualmente, pela Lei 12.153/09 e, subsidiariamente, pelas Leis 9.099/95 e 10.259/01, tal como prevê o artigo 27 da Lei 12.153/09. Os Juizados Especiais Federais (JEFs) possuem competência, por força do artigo 3º da Lei 10.259/01, para processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. Esse tipo de Juizado Especial é regulado, processualmente, pela Lei 10.259/01 e, subsidiariamente, pela Lei 9.099/95.

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