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AULA 06 - TRAUMA

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URGENCIA E EMERGENCIA
Profa: Lorena B. Feijó
Os acidentes de trânsito são as principais causas de vítimas com diagnóstico de politraumatismo.
Todo acidente que envolve um indivíduo, uma via de acesso (rua, avenida, rodovia) e uma forma de condução (carro, moto, bicicleta e outros) é considerado acidente de trânsito. 
Encaixam-se nessas condições os acidentes automobilísticos e ciclísticos, e os atropelamentos.
É importante que as pessoas tenham uma noção de atendimento de urgência, para que possam auxiliar no atendimento dessas vítimas.
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
Infelizmente, um grande número de vítimas morre no local, devido a lesões fatais.
Outra parte acaba morrendo horas depois do acidente, muitas vezes por atendimento inadequado de quem está socorrendo.
É muito difícil avaliar o trauma sofrido por acidente de trânsito, mas o principal é estar seguro das suas atividades, não se envolver com os “curiosos” no local, nem realizar manobras e/ou procedimentos que não esteja apto a fazer, isto é, os quais não sejam de sua competência.
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
Politraumatismo é o nome que se dá ao conjunto de lesões sofrido por um indivíduo em um determinado acidente. 
Politraumatizado é o nome que se dá ao indivíduo que sofreu essas lesões.
As lesões podem ser múltiplas, acometendo órgãos internos, como vísceras, ossos e musculaturas, levando a vítima a um prognóstico ruim e até a morte, se não for atendida imediatamente.
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
Mecanismos de traumas e possíveis lesões:
Impacto frontal:
Lesão de coluna cervical;
Lesão de tórax;
Contusão cardíaca;
Pneumotórax;
Transecção de aorta;
Lesão de fígado e/ou baço;
Lesão de joelho e/ou quadril;
Lesão de punho, cotovelo, joelho, quadril;
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
Impacto lateral:
Fratura de coluna cervical;
Lesão contra lateral do tórax;
Lesão lateral do tórax;
Pneumotórax;
Ruptura traumática da aorta;
Ruptura diafragmática;
Lesão de fígado ou baço (dependendo do lado do impacto);Fratura de pélvis ou acetábulo;
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
Ejeção para fora do veículo:
Aumenta significativamente o padrão das lesões, expondo o paciente a um maior risco de morte pela associação de um grande número de mecanismos de lesões.
Ciclistas ou pedestres:
Trauma de crânio;
Trauma torácico e abdominal;
Fratura de extremidades.
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
Falta do cinto de segurança:
Lesão toracoabdominal;
Lesões de crânio, face, coluna cervical;
Ejeção do veículo.
Impacto na traseira:
Fratura de coluna cervical.
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
Quedas:
Em pé: fratura de calcâneo, tíbia, fíbula, joelho, fêmur e bacia;
Deitado dorsal: lesão renal e coluna;
Ventral: lesão toracoabdominal e face;
De cabeça: lesão de crânio, coluna cervical e face;
Sentado: lesão em coluna torácica, lombar e sacral.
Considerar a altura, idade da vítima, tipo de superfície e se houve interrupção durante a queda.
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
Atropelamento:
Lesões toracoabdominais e lesões de membros inferiores.
Pesquisar tipo de veículo e localização do impacto.
Acidentes de trabalho:
Esmagamento de membros;
Amputações traumáticas;
Queimaduras;
Contaminação com riscos de infecção;
Pesquisar tipo de máquina e características do local.
Acidentes de Trânsito e Politraumatismo
ETIOLOGIA DO TRAUMA
Trauma qualquer lesão caracterizada por uma alteração estrutural fisiológica resultante da ação de um agente externo, que causa a exposição a determinadas energias, como mecânicas, térmicas ou elétricas. 
DEFINIÇÃO
ETIOLOGIA DO TRAUMA
Mecânica
Térmica
Elétrica
Química
Irradiações 
CAUSAS
ETIOLOGIA DO TRAUMA
PROCESSOS QUE DÃO ORIGEM ÀS LESÕES TRAUMÁTICAS7
Violência heterodirigida = homicídios, espancamentos, envenenamentos.
Violência autodirigida = suicídios, lesões auto-infligidas e intencionais.
Desastres naturais = inundações, terremotos, ciclones.
Grupo dos acidentes = transporte, trabalho, lazer, doméstico.
CAUSAS
ETIOLOGIA DO TRAUMA
Fechado
Originado por impacto direto em determinada região.
A energia é propagada no interior do corpo humano, provocando danos internos nem sempre evidentes, como compressão, cisalhamento, rompimento de órgãos e vísceras
A ausência de lesões externas dificulta a identificação rápida e imediata. 
CLASSIFICAÇÃO
ETIOLOGIA DO TRAUMA
ETIOLOGIA DO TRAUMA
Penetrante ou aberto
Facilmente identificável, evidenciado pela presença de comunicação entre os meios externo e interno
Originando uma cavidade temporária ou permanente que afasta os tecidos da posição original.
O risco de infecção é maior e, às vezes, exige antibioticoterapia e profilaxia com imunobiológicos. 
Requer intervenções imediatas para a prevenção de alterações sistêmicas.
CLASSIFICAÇÃO
ETIOLOGIA DO TRAUMA
► O primeiro pico ocorre nos primeiros minutos após a lesão, são as lacerações cerebrais, medulares, cardíacas e grandes vasos. 
► O segundo pico ocorre entre os primeiros minutos e a primeira hora após o trauma, hematomas epi e sub-durais, pneumotórax, lacerações de fígado, baço, fraturas pélvicas e outras causas de perda de sangue. 
► O terceiro pico ocorre dias após o trauma, devido infecções generalizadas e falência multiorgânica. 
OS TRÊS PICOS DO TRAUMA
CINEMÁTICA E BIOMECÂNICA DO TRAUMA
A avaliação das lesões decorrentes dos vários tipos de trauma, seja do tipo aberto ou fechado, depende do conhecimento e interpretação das forças relacionadas
Consiste na compreensão dos princípios gerais e ação das leis da física que regem o movimento na aplicação da energia e os efeitos nas estruturas corporais, durante as circunstâncias do evento.
CINEMÁTICA E BIOMECÂNICA DO TRAUMA
Compreender a direção e a velocidade, bem como estimar a quantidade de energia transferida sobre o corpo humano permite avaliar as lesões externas e suspeitar de possíveis danos internos.
O estudo da cinemática do trauma colabora na estimativa da suspeição da gravidade das lesões e direciona o profissional na tomada de decisão, atentando-se às lesões não evidentes que poderiam passar despercebidas, prevenindo, assim, danos posteriores
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Sinalizar o local para evitar novos acidentes. 
Fazer a sinalização com “triângulos” próprios, troncos ou galhos de árvores, coisas do gênero.
Chamar o socorro médico.
Verificar e analisar as condições em que se encontra a vítima. 
Se houve mais de uma vítima, fazer uma rápida análise e priorizar quem precisa de atendimento mais urgente.
Tentar afastar os “curiosos”, pedir ajuda a alguns deles e mantê-los em seu comando. 
É importante que haja apenas uma voz de comando.
Atender a vítima de acordo com a gravidade das lesões e as condições gerais dela. 
Uma vítima que apresenta sangramento, às vezes, não é tão grave quanto uma vítima que não tem lesão aparente, pois pode ter algum trauma fechado, que acaba sendo mais importante que o sangramento, às vezes somente superficial.
As orientações anteriores devem ser realizadas por pessoal da área de enfermagem ou com conhecimento de atendimento pré-hospitalar. 
Não é aconselhável que leigos se envolvam em socorro de vítimas politraumatizadas sem qualquer conhecimento.
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Cuidados no local
Após ter agido de acordo com a sequência anterior, dar continuidade ao atendimento na seguinte ordem:
Avaliar a parte respiratória, concomitantemente, avaliar o nível de consciência.
As vítimas conscientes podem responder onde há lesão ou onde estão feridas. 
Partindo daí, mantê-las afastadas do local em que houve o acidente, e deitadas.
As vítimas inconscientes devem também ser afastadas do local e mantidas deitadas, lateralizadas, evitando aspiração, se houver vômito.
Tomar cuidado ao remover a vítima do local.
Manter as vias aéreas sempre livres e ficar atento a esta condição;
No caso de vítimas inconscientes e idosas, verificar se faz uso de próteses e retirá-las rapidamente, evitando o risco de sufocamentoou engasgamento, o mesmo com crianças que fazem uso de aparelhos ortodônticos, retirá- los imediatamente.
Se necessário, se houver certeza de que a vítima se encontra em parada respiratória ou cardiorrespiratória, proceder à ressuscitação cardiopulmonar.
Cuidados no local
Verificar se há hemorragia. Em caso positivo, fazer uma rápida análise, manter o membro elevado e pressionado por alguns minutos.
Verificar se há fraturas e fazer o atendimento de acordo com a orientação anterior.
Cuidados no local
Intervenção pré-hospitalar
O atendimento pré- hospitalar compreende três etapas:
Atendimento na cena do acidente;
Transporte rápido e com segurança até o hospital;
Chegada no hospital.
Uma assistência adequada e qualificada é fundamental para o paciente chegue ao hospital com vida.
Atendimento inicial:
Planejamento;
Triagem;
Avaliação primária;
Restabelecimento dos sinais vitais;
Avaliação secundária;
Reavaliação;
Tratamento definitivo.
Intervenção pré-hospitalar
Avaliação primária: deve identificar lesões que comprometem a vida do paciente e, concomitantemente, estabelecer condutas para a estabilização dos sinais vitais e tratamento desta anormalidades.
Intervenção pré-hospitalar
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
X – HEMORRAGIA EXANGUINANTE
Deve ser imediatamente identificada e tratada
Controle com uso de torniquetes ou compressão direta
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
X – HEMORRAGIA EXANGUINANTE
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
X – HEMORRAGIA EXANGUINANTE
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
A – manejo de via aérea e estabilização de coluna
Assegurar a permeabilidade das vias aéreas e controle da coluna cervical, tão logo o X esteja Resolvido.
2. Técnicas de manutenção das vias aéreas:
	• “chin lift”: elevação do queixo.
	• “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula.
3. Cânula orofaríngea (Guedel).
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
A – MANEJO DE VIA AÉREA E ESTABILIZAÇÃO DE COLUNA
A avaliação inicial deve identificar rapidamente sinais sugestivos de obstrução de vias aéreas, através da inspeção da cavidade oral e observação de alguns sinais que possam indicar hipóxia e obstrução:
Agitação motora: sugere hipóxia;
Sonolência: sugere hipercarbia;
Cianose: sugestivo de hipóxia;
Sons anormais (roncos): sugere obstrução de faringe;
Disfonia: sugere obstrução de laringe.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
A – MANEJO DE VIA AÉREA E ESTABILIZAÇÃO DE COLUNA
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
A – MANEJO DE VIA AÉREA E ESTABILIZAÇÃO DE COLUNA
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
B – BOA RESPIRAÇÃO
a permeabilidade das vias aéreas não garante uma ventilação satisfatória do paciente. 
Para isso é fundamental um adequado funcionamento do tórax, pulmões e diafragma. 
Algumas situações podem comprometer a ventilação:
Pneumotórax Hipertensivo;
Contusão pulmonar;
Pneumotórax aberto;
Hemotórax maciço.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
B – BOA RESPIRAÇÃO
Checar se paciente respira – movimentações torácicas
Apneia
Bradpneia
Eupneia
Taquipneia
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
C – CIRCULAÇÃO
a hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a principal causa de morte em paciente traumatizados. 
Alguns parâmetros são fundamental importância na avaliação inicial e determinação da hipovolemia:
Pulso;
Cor da pele;
Enchimento capilar;
Pressão arterial;
Pressão de pulso;
Sudorese.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
C – circulação
Checar perfusão – TEC
Pulso
Pele – cor, temperatura, condição
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
D – NEUROLÓGICO
Uma rápida avaliação do padrão neurológico deve determinar o nível de consciência e a reatividade pupilar do traumatizado. 
 A escala de coma de Glasgow pode ser usado na cena do acidente e em uma avaliação secundária:
Na avaliação inicial usamos o método proposto pelo ATLS:
A - Alerta:
V - Resposta ao estimulo verbal;
D - Responde a estimulo doloroso;
I - Inconsciente
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
D – neurológico
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBRAL
1. Determinar o nível de consciência.
2. Inferir o potencial de hipóxia.
3. Escala de Coma de Glasgow.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
D – neurológico
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
D – neurológico
Calcular ECG-P
Subtrair a valor de P da pontuação de ECG
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
E - EXPOSIÇÃO
O paciente traumatizado deve ser completamente despido de suas vestes para facilitar o exame completo e a determinação de lesões que podem representar risco de morte. 
A Proteção do paciente contra hipotermia é de suma importância, pois cerca de 43% dos pacientes desenvolvem este tipo de alteração durante a fase de atendimento inicial, com redução de 1ºC a 3ºC,comprometendo o tratamento por aumentar a perda de calor.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
E - exposição
Alguns fatores que influenciam a hipotermia:
Edema e hipoglicemia são fatores que comprometem a produção de calor;
Trauma associado à intoxicação por álcool ou drogas tem maior perda de calor;
Trauma craniano pode comprometer o centro termorregulador;
Infusão de líquidos não aquecidos durante a fase de restabelecimento dos sinais vitais;
Tempo de exposição a ambiente frio, molhado, etc.
Uso prolongado de roupas molhadas.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
E - exposição
Tratamento ao politraumatizado hipotérmico:
Permeabilizar as vias aéreas;
Administrar oxigênio com mascara com fluxo de 12 à 15 litros/minuto;
Proceder as manobras para intubação se for necessário;
Aquecer o paciente com aquecedores elétricos, cobertores e aquecer o ambiente (sala de trauma)
Administrar glicose hipertônica na evidência de hipoglicemia.
Administrar líquidos aquecidos por via endovenosa;
Proceder lavagem gástrica com soro aquecido;
Se o paciente for submetido ao lavado peritoneal diagnóstico, este procedimento deve ser realizada com soro aquecido.
Intervenção hospitalar
Manter o paciente em maca própria. Em caso de transferência de maca, removê-lo “em bloco”.
Manter as vias aéreas livres, se for necessário instalar O² sob máscara com até 10 litros/minutos.
Fazer uma rápida análise do quadro do paciente.
Verificar sinais vitais, monitorar e instalar oxímetro de pulso.
Retirar vestimentas e analisar melhor toda a área exposta.
Puncionar acesso venoso de grosso calibre, colher sangue para amostra de banco de sangue e laboratórios.
Intervenção hospitalar
Manter hidratação C. P. M.;
Manter material de intubação, de fácil acesso, assim como: respirador e materiais para traqueostomia, lavado gástrico, sondagens.
Limpar os ferimentos com S. F. 0,9%;
Dar continuidade ao plano de cuidados traçado pelas equipes médica e de enfermagem.
Transferir o paciente para o local predeterminado.
Intervenção hospitalar
Algumas lesões podem evoluir rapidamente causando instabilidade respiratória, ventilatória, hemodinâmica e ou neurológica.
O atendimento inicial deve estar centrado na detecção de lesões severas que podem de fato, deteriorar os sinais vitais do paciente, que as vezes não estão evidentes na avaliação primária.
O relato de dor é um importante dado para determinação destas lesões, portanto o uso de analgésicos e sedativos é contra indicado nesta fase, uma vez que podem mascarar quadros neurológicos e outras lesões graves em evolução.
Intervenção hospitalar
Transferência e tratamento definitivo:
A decisão de transferir o paciente é médica, mas a responsabilidade é de toda equipe que atendeu. 
Este processo é permitido somente após a avaliação primária e o restabelecimento dos sinais vitais.
Deve estar baseada na gravidade das lesões, na resposta à terapia adotada no primeiro atendimento, no possível prognóstico da vitima e nos recursos humanos, materiais tecnológicos, do hospital, para estabelecer o tratamento definitivo.
Intervenção hospitalar
A conduta que definitivamente irá tratar as lesões traumáticas está centrada no aspecto fisiológico do paciente, doenças pré existentes, mecanismo de trauma, fatores que alteram o prognóstico e capacidade da equipe.
Avaliação secundária: a avaliação secundária não deve iniciar antes que a avaliação primária e afase de restabelecimento dos sinais vitais esteja completa. 
Trata-se de um exame do corpo no sentido céfalopodálico, que objetiva a detecção de lesões. 
Consiste:
Monitorizarão: pressão arterial, frequência cardíaca, pressão de pulso, volume e característica da diurese e temperatura corporal;
Aplicação da escala de coma de Glasgow;
Exames laboratoriais
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA NO TRAUMA
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA NO TRAUMA
Entrevista para coleta de informações específicas e dados sobre a sequência dos acontecimentos, obtidos rapidamente com a vítima, familiares e/ou testemunhas por meio do método mnemônico SAMPLA:
■S – sintomas: “O que está sentindo; tem dor, dificuldade para respirar, dormência?”
■A – alergias: “Tem alergia a algum medicamento ou substância?”
■M – medicamentos: “Faz uso de algum medicamento?”
■P – passado médico: “Tem alguma doença? Cirurgias pregressas? Gravidez?”
■L – líquidos e alimentos ingeridos: “Em qual horário se alimentou pela última vez?”
■A – ambiente e acontecimentos do evento: “Lembra-se do que aconteceu?”
A assistência de enfermagem na hospitalização vai depender das condições da vítima. 
As equipes já devem estar prontas para o atendimento, pois há uma comunicação prévia do acidente.
O atendimento é feito de forma sistêmica e a maioria dos hospitais já trabalha com protocolos de atendimento de vítima de acidentes de trânsito ou politraumatismos.
SISTEMATIZAÇÃO NO ATENDIMENTO AO TRAUMA
SISTEMATIZAÇÃO NO ATENDIMENTO AO TRAUMA
1º passo:
Avaliar as condições da segurança no local, do profissional, do paciente e demais presentes
Respeitar as normas de biossegurança, precauções-padrão e prevenir riscos ocupacionais são medidas que compõem o rol de ações no ambiente de trabalho.
SISTEMATIZAÇÃO NO ATENDIMENTO AO TRAUMA
No ambiente extra-hospitalar, os profissionais iniciam a assistência, de caráter temporário, no âmbito do serviço de atendimento móvel
Reduzir a permanência na cena da ocorrência, pois os cuidados prestados no ambiente hospitalar influenciam definitivamente em maiores chances e qualidade na sobrevida.
SISTEMATIZAÇÃO NO ATENDIMENTO AO TRAUMA
No atendimento hospitalar, a organização prévia da área de recepção desse paciente é primordial, com equipe profissional, materiais e equipamentos prontamente disponíveis para o atendimento rápido e eficiente.
SISTEMATIZAÇÃO NO ATENDIMENTO AO TRAUMA
Tanto para o atendimento pré-hospitalar quanto hospitalar, os protocolos norteadores das ações são fundamentais na padronização da assistência, das intervenções e do tratamento, implicando na redução do tempo, do custo e maior efetividade no cuidado.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
A avaliação inicial e as prioridades são estabelecidas conforme:
características do paciente
mecanismo do trauma
lesões apresentadas
análise dos relatos
parâmetros vitais.
FRATURAS 
Perda, total ou parcial, da continuidade de um osso. 
A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). 
FRATURAS 
Manifestações
Dor no local da lesão
Deformidades, edemas, hematomas
Exposições ósseas
Palidez ou cianose das extremidades
Redução de temperatura no membro fraturado. 
FRATURAS 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA HOSPITALIZAÇÃO 
Transferir a vítima para maca própria. Se já foi detectado que há fratura de quadril/bacia, transferir a vítima “em bloco”, ou proteger o membro afetado na hora da transferência. 
Fazer uma análise para verificar o tipo de lesão. 
Providenciar a retirada das vestimentas. 
Puncionar acesso venoso de grosso calibre, colher amostra de sangue e manter a hidratação conforme orientação médica. 
Verificar os sinais vitais; atenção especial ao pulso no membro fraturado. 
Limpar a área com lesão com S.F. 0,9% e manter a lesão coberta até segunda orientação
Manter material de ortopedia, como ataduras de gesso, algodão ortopédico, ataduras de crepom,soros de fácil acesso; e aguardar orientação. 
LUXAÇÕES 
Lesão onde as extremidades ósseas que formam uma articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. 
O desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa, que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular
LUXAÇÕES 
SINAIS E SINTOMAS 
Dor intensa local, como edema 
Deformidade 
Perda completa do movimento 
Palidez do membro 
ENTORSE 
separação momentânea das superfícies ósseas, ao nível da articulação
estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela.
O entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada de inchaço e equimose no local da articulação 
SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMA
https://www.youtube.com/watch?v=5-SF-LeLtXY&ab_channel=InstitutoBrasileirodeAPH-IBRAPH
IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS
https://www.youtube.com/watch?v=DkGkOjY9gqY&ab_channel=CanaldoAnt%C3%B4nioCarlosGMAUDF

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