Buscar

Assunto 5 - A construção do parágrafo padrão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A construção do parágrafo padrão
APRESENTAÇÃO
Você sabe o que é um parágrafo? Quais são as características de um bom parágrafo? Como 
articular os parágrafos a fim de produzir um bom texto, garantindo assim a coesão e a coerência 
das ideias? Essas e outras questões nos assombram no momento da produção textual e podem 
nos deixar inseguros na hora de produzir um texto escrito, principalmente quando este se trata 
de um texto acadêmico ou uma redação de concurso. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as qualidades essenciais de um parágrafo.•
Reproduzir parágrafos coerentes com o tema do texto a ser produzido.•
Associar os parágrafos com coesão e coerência a fim de produzir um texto.•
DESAFIO
Compreender a noção de parágrafo aumenta nossa competência textual e nos torna mais aptos a 
produzir textos coerentes e coesos. A má elaboração de parágrafos, bem como a articulação 
deficitária entre eles, pode fazer com que a intenção comunicativa de seu texto seja prejudicada 
de forma irremediável, fazendo com que o leitor não compreenda a ideia que você tentou 
construir, ou a compreenda de maneira equivocada.
Assim, antes de iniciarmos a construção de um texto, o ideal é planejar os parágrafos com base 
nas informações que dominamos sobre o assunto que pretendemos escrever, aliando a isso uma 
boa articulação lógica de sentido, fazer uso dos elementos conectivos de nossa língua 
(pronomes, preposições, conjunções e advérbios) e, em seguida, partir para a formulação do 
texto em si.
A seguir, você encontrará quatro exemplos de parágrafos que apresentam falta de coerência e/ou 
coesão. Você deverá reescrever esses parágrafos, a fim de garantir a coesão e a coerência entre 
as ideias que neles estão presentes. Para isso, poderá acrescentar ou extrair palavras e sinais de 
pontuação a fim de construir a lógica interna do parágrafo, mas cuidado para não alterar o tema 
básico contido nele.
1) "Podemos notar claramente que a falta de recursos para a escola pública é um problema no 
país. O governo prometeu e cumpriu: trouxe várias melhorias na educação e fez com que os 
alunos que estavam fora da escola voltassem a frequentá-la. Isso trouxe várias melhoras para o 
país."
2) "Estava assistindo ao debate na televisão dos candidatos ao governo de São Paulo, eles mais 
se acusavam moralmente do que mostravam suas propostas de governo, em um certo momento 
do debate dois candidatos quase partem para a agressão física. Dessa forma, isso nos leva a 
concluir que o homem não consegue conciliar ideias opostas é por isso que o mundo vive em 
guerras frequentemente."
3) "O gato comeu o peixe que meu pai pescou. O peixe era grande. Meu pai é alto. Eu gosto de 
meu pai. Minha mãe também gosta. O gato é branco. Tenho roupas muito brancas."
4) "O verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido. 
Para distraí-lo conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de 
sair-se bem das situações. Isso com certeza vai melhorar o estado de espírito do infeliz."
INFOGRÁFICO
Com base na análise do infográfico a seguir, você poderá identificar com agilidade e precisão as 
qualidades essenciais de um parágrafo.
CONTEÚDO DO LIVRO
Apesar de um parágrafo ser definido pelo afastamento da margem da folha até o ponto final, o 
mais importante não é essa estrutura, e sim a unidade de sentido que o parágrafo representa no 
todo do texto, pois a partir de uma adequada formulação de parágrafos é que chegamos à 
elaboração de bons textos escritos.
Como o intuito é de expandir seus conhecimentos sobre as características essenciais para se 
produzir um bom parágrafo, leia um trecho do livro a seguir.
Boa leitura. 
FUNDAMENTOS DE 
PORTUGUÊS
Pablo Rodrigo Bes
A construção do 
parágrafo padrão
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as qualidades essenciais de um parágrafo.
  Construir parágrafos coerentes com o tema do texto a ser produzido.
  Elaborar parágrafos com coesão e coerência, a fim de produzir um 
texto que forme um todo de sentido.
Introdução
A escrita e a leitura fazem parte das habilidades exigidas para quer possa-
mos viver plenamente em sociedade, uma vez que nossas relações sociais 
e com o mundo se dão a partir delas. Nesse caso, nos apropriarmos bem 
da capacidade de escrever pode trazer grandes benefícios à nossa vida 
pessoal e profissional. 
Considerada, na atualidade, como uma das deficiências do processo 
de aprendizagem, a escrita da população brasileira precisa ser aprimo-
rada, e, para que isso aconteça, precisamos nos apropriar da construção 
do parágrafo padrão, conhecendo a sua estrutura, as suas qualidades 
essenciais e os mecanismos que podem torná-lo eficaz.
Neste capítulo, você aprenderá sobre o parágrafo padrão, bem como 
conhecerá suas qualidades essenciais. Além disso, aprenderá a como 
produzir parágrafos com coesão e coerência, de modo a tornar o texto 
mais compreensível, para que possa comunicar objetivamente ao leitor 
aquilo que seu autor planejou comunicar. 
Qualidades essenciais de um parágrafo
O Brasil enfrenta, hoje, críticas nacionais e internacionais aos aspectos 
referentes à avaliação da aprendizagem dos alunos da educação básica 
realizada em larga escala. Essas avaliações, que constituem o Índice da 
Educação Básica (IDEB), avaliam também os aspectos referentes à aquisição 
das habilidades de escrita e leitura, que ainda precisam melhorar considera-
velmente para alcançarmos padrões internacionais de aprendizagem. Pode 
parecer estranho começar a estudar sobre o parágrafo dessa maneira, mas 
acreditamos que a contextualização é importante neste momento, visto que 
aprender a construir um bom parágrafo é um passo muito importante na 
formação básica de nossos alunos. 
Um parágrafo bem escrito apresenta uma estrutura que, quando aprendida 
e ampliada, leva-nos a compor bons textos, bons artigos, boas dissertações, 
boas teses, etc. Dessa forma, se aprendermos a escrever bem o parágrafo, 
conhecendo as suas características, os seus componentes e as suas qualidades 
essenciais, teremos grandes possibilidades de fazer uso eficiente da língua 
portuguesa, tornando-nos hábeis escritores. Afinal, “[...] a escrita é importante 
na escola porque é importante fora da escola, e não o inverso” (FERREIRO, 
1999, p. 21). Ou seja, nossa vida social está repleta de situações que exigem que 
sejamos capazes de exercer a escrita, seja de forma manual ou mesmo digital.
Entretanto, como podemos definir parágrafo? E quais seriam as suas 
qualidades essenciais? Com o intuito de responder a esses questionamentos, 
leia o comentário de Garcia (1998, p. 203) a respeito do parágrafo padrão:
[...] esse conceito se aplica a um tipo de parágrafo considerado como padrão, e 
padrão não apenas no sentido de modelo, de protótipo, que se deva ou que convenha 
imitar, dada a sua eficácia, mas também no sentido de ser frequente ou predo-
minante na obra de escritores — sobretudo modernos — de reconhecido mérito.
Como se pode perceber, o parágrafo padrão costuma ser amplamente 
utilizado devido à sua eficácia; ou seja, em virtude da possibilidade de atingir 
o seu resultado, tornando inteligíveis e passíveis de compreensão as ideias 
que se procura transmitir. O que leva um parágrafo a ser considerado padrão 
é a existência de algumas partes específicas em sua estrutura, conforme você 
pode observar na Figura 1, a seguir.
Figura 1. Partes componentes do parágrafo padrão.
A construção do parágrafo padrão2
A introdução do parágrafo padrão pode ser composta por um ou mais 
períodos, e é neste momento inicial que se dá a construção do tópico fra-
sal, também conhecido como frase núcleo, o qual informará ao leitor qual é o 
principal assunto, isto é, a ideia central que será trabalhada no parágrafo. No 
desenvolvimento, seguem os períodos que servirãopara elaborar melhor a 
ideia apontada no tópico frasal, possibilitando formas de entendimento deste. 
A conclusão, por sua vez, é utilizada para realizar um fechamento das ideias 
trabalhadas no parágrafo. Por exemplo, veja o parágrafo destacado na Figura 2 
e observe os elementos em sua estrutura.
Figura 2. Exemplo de parágrafo padrão.
Introdução Tópico frasal
Desenvolvimento Conclusão
A sociedade atual exige o desenvolvimento de muitas habilidades. Entre elas, 
apontamos como principal a capacidade de escrita dos indivíduos, uma vez que, 
sendo hábeis na escrita, podem se tornar cidadãos mais atuantes, bem como se 
relacionar melhor socialmente e atingir seus objetivos pessoais e pro�ssionais. 
Como vimos, saber comunicar-se bem de forma escrita somente traz benefícios, 
não é mesmo?
Observe que, no parágrafo da Figura 2, o autor tem como objetivo prin-
cipal destacar a importância do desenvolvimento da capacidade de escrita 
nas pessoas. No entanto, não seria interessante abordar diretamente essa 
ideia, de modo que o autor escreveu, então, um período introdutório, o qual 
procurou amarrar junto ao tópico frasal. A partir da exposição da ideia 
central, começam a ser expostos os argumentos em torno da proposição 
principal, sendo eles: a possibilidade de exercer melhor a cidadania e a 
melhoria nas relações sociais, pessoais e profissionais. Ao final, o autor 
conclui o parágrafo realizando um fechamento das ideias expostas e, ainda, 
provocando o leitor a posicionar-se em relação a isso ao terminar com uma 
interrogação. Comece a observar os parágrafos que você tem produzido: eles 
têm apresentado esses elementos? Ou alguns deles não têm sido utilizados? 
3A construção do parágrafo padrão
É comum observarmos, por exemplo, que o elemento de conclusão dos 
parágrafos (assim como das redações em geral) costuma ser negligenciado 
pelos escritores principiantes. Fica, então, o desafio: tente elaborar seus 
parágrafos a partir de agora utilizando a estrutura aqui estudada.
Talvez você não se lembre do conceito de período, que aprendeu no Ensino Fun-
damental. Vamos recordar: um período é uma frase, que pode ser constituída 
por uma ou mais orações. Uma oração, por sua vez — quando seus termos são 
analisados de forma sintática —, apresenta alguns elementos essenciais, que são: 
o sujeito, o predicado e o verbo, podendo também apresentar outros integrantes, 
como complemento verbal (objeto direto e indireto), complemento nominal e 
agente da passiva.
Squarisi e Salvador (2013) se referem ao processo de escrita fazendo uma 
analogia com o trabalho de um ourives, em que, nesse caso, o ourives do 
texto é o próprio autor. Cabe ao autor lapidar a sua escrita, percebendo se esta 
não poderia ser aprimorada em alguns detalhes que compõem cada período 
construído, bem como nas partículas de ligação entre eles, que são capazes de 
propor as qualidades essenciais almejadas com o parágrafo padrão. Algumas 
das qualidades essenciais requeridas com a produção de um parágrafo padrão 
são sintetizadas a seguir:
  clareza;
  coesão;
  unidade;
  coerência;
  sentido;
  comunicação. 
Por meio dessas qualidades essenciais, percebe-se que um parágrafo padrão 
precisa ser claro, objetivo, de modo a transmitir ao leitor precisamente aquilo 
que se intenciona, sem rodeios desnecessários, indo direto ao ponto. Para que 
consiga atingir esse objetivo, de modo que o leitor conseguia extrair sentido 
do parágrafo, o autor do parágrafo precisa estar atento aos mecanismos de 
A construção do parágrafo padrão4
coesão necessários, bem como à busca pela coerência durante o processo 
de escrita. Aprenderemos sobre os mecanismos de coesão e coerência nas 
próximas seções deste capítulo.
Uma das principais qualidades de um parágrafo padrão é a sua capacidade de comu-
nicar ideias com clareza e objetividade aos leitores.
A coerência na construção de parágrafos
Defi nimos anteriormente que um parágrafo padrão é aquele que atinge com 
efi cácia os seus objetivos, dessa forma, é construído de forma a ser facilmente 
interpretado pelos seus leitores. Para que isso ocorra, existem alguns cuidados 
que precisam ser considerados por aquele que produz (produtor) o parágrafo, 
ou o texto, para que este tenha lógica, que produza signifi cado àqueles que o 
leem (receptores). Esse sentido é produzido a partir da meticulosa criação dos 
parágrafos, em que cada elemento escrito deve ser articulado e conectado, 
levando ao entendimento do todo. Podemos apontar, ainda, que um parágrafo 
apresenta dois importantes mecanismos: a coesão (interna) e a coerência 
(externa). Começaremos pelo estudo da coerência.
É possível definir coerência como uma relação lógica entre as ideias 
apresentadas, que devem se complementar e, ao mesmo tempo, não se con-
tradizer na composição do parágrafo. Claro que a coerência envolve fatores 
externos à escrita do parágrafo, como, por exemplo, o conhecimento do 
produtor e do receptor a respeito do assunto que está sendo abordado, bem 
como seu nível de conhecimento de mundo e da própria língua portuguesa 
em si, que fornecem condições (ou não) de realizar essa leitura com coe-
rência. Ao buscar uma definição possível para coerência, Koch e Travaglia 
(2010, p. 21) afirmam que esta pode ser entendida como “[...] um princípio 
de interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do texto numa situação de 
comunicação e à capacidade que o receptor tem para calcular o sentido 
deste texto”. Esse sentido, evidentemente, deve ser do todo, pois a coerên-
cia é global. Para entender melhor o que os autores apresentam, observe o 
exemplo a seguir.
5A construção do parágrafo padrão
Leia atentamente o parágrafo a seguir:
As crianças estão morrendo de fome ao redor do mundo devido 
a acumulação de riqueza dos que não se importam com os outros 
somente consigo mesmos isso precisa mudar.
Observe que esse parágrafo está mal escrito, não é mesmo? Veja que não existe 
lógica na sua construção. Como estariam as crianças morrendo de fome, se existe 
acúmulo de riqueza? Não estão claras as ideias apresentadas nos períodos e, além 
disso, faltam elementos de coesão importantes, como a própria pontuação, a acen-
tuação e outros mecanismos gramaticais de ligação entre as frases. Pensando no 
aspecto da coerência, talvez se o receptor tivesse o mínimo de entendimento sobre 
os conceitos de pobreza, má distribuição de renda ou mortalidade infantil, pudesse 
ter a capacidade de entender minimamente o que o produtor do parágrafo teve a 
intenção de transmitir com a sua escrita. Acompanhe agora o parágrafo reescrito, 
mais coerente:
Várias crianças estão, atualmente, morrendo de fome ao redor 
do mundo. Isso ocorre devido à acumulação de riqueza de alguns, 
que se importam somente consigo, não considerando os demais. 
Precisamos mudar essa situação!
Com a simples divisão dos períodos por meio da pontuação, bem como da utilização 
de conectivos de ligação mais apropriados, a eliminação de pleonasmos (consigo 
mesmos), o parágrafo ficou mais claro, proporcionando maior possibilidade de en-
tendimento por parte do leitor.
Como a coerência é global e se relaciona aos formatos literários adotados 
pelo produtor, bem como aos recursos linguísticos que este procura utilizar 
ao produzir seus textos, existem, segundo Koch e Travaglia (2010), vários 
fatores que contribuem para a existência de coerência em uma produção 
escrita, conforme o Quadro 1, a seguir.
A construção do parágrafo padrão6
Fonte: Adaptado de Koch e Travaglia (2010).
Elementos 
linguísticos
Compõem a estrutura sintática que forma os períodos do texto, 
apontando pistas para ativar os conhecimentos armazenados 
na memória do leitor. A ordem como se apresentam e a forma 
como se relacionam ajudam a produzir sentidos sobre o texto.
Conhecimento 
de mundo
Representa os conhecimentos que acumulamos no decorrer 
de nossas vidas, os quais nos fornecem um repertório capaz 
de decodificar e interpretar o que está sendo comunicado ao 
lermos um texto.Conhecimento 
compartilhado
Quando existem conhecimentos comuns entre o produtor do 
texto e seu receptor, a coerência será facilitada, ao passo que, 
ao contrário disso, o entendimento poderá ser prejudicado.
Inferências
As inferências ocorrem quando, a partir de seu conhecimento 
de mundo prévio, os receptores interpretam o que o texto 
pode estar informando.
Fatores de 
contextualização
São responsáveis por ancorar o texto em alguma situação. Por 
exemplo: data, local, assinatura, elementos gráficos, timbre, etc.
Situacionalidade
Ao construir um texto, deve-se verificar como ele se adéqua às 
situações específicas para o qual está sendo construído, o que 
implica no seu grau de formalidade, no uso da linguagem e no 
tipo de tratamento a ser dado ao tema.
Informatividade
A informatividade refere-se ao grau de previsibilidade ou ex-
pectabilidade que os receptores possuem sobre o texto. Dessa 
forma, um texto será menos informativo quanto mais previsível 
ou esperada for a informação que ele traz.
Focalização
É a capacidade de concentrar o produtor do texto e seu 
receptor na mesma área de conhecimento, favorecendo a sua 
interpretação. 
Intertextualidade
Remete ao conhecimento prévio necessário entre textos lidos 
anteriormente, posteriores ao texto da leitura atual, o que 
permite sua ligação e facilita seu entendimento.
Intencionalidade 
e aceitabilidade
Todo produtor de textos tem uma intenção, um objetivo ao 
escrever seus parágrafos: a intencionalidade. Aceitar ou não os 
argumentos propostos é algo inerente ao receptor, que, ao ler, 
aderirá ou não aos comentários e às ideias propostas.
Consistência 
e relevância
Os enunciados dos textos precisam ser verdadeiros, ou seja, 
não contraditórios em relação aos períodos ou parágrafos ante-
riores. A relevância exige que estes sejam interpretáveis quando 
abordam o mesmo tema.
Quadro 1. Fatores que contribuem para a coerência em produções escritas
7A construção do parágrafo padrão
Ao referir-se ao fator de coerência “conhecimento de mundo” e associá-
-lo à capacidade leitora produzida pela coerência textual, destacando sua 
importância para a vida em sociedade, Gonçalves e Dias (2003, documento 
on-line) acrescentam que:
É o conhecimento de mundo que favorece o processo de compreensão que 
se realiza por meio da construção do mundo textual, da articulação entre os 
elementos do texto e do estabelecimento da continuidade de sentido. Assim, 
o conhecimento de mundo ou saber enciclopédico se constitui em um dos 
fatores responsáveis pela construção de sentido e, consequentemente, pela 
coerência textual.
Dessa forma, pode-se destacar a importância da escola ou dos processos 
de escolarização formais que procuram repassar aos estudantes, durante todos 
os níveis de sua escolarização, os conhecimentos acumulados pela cultura 
humana. Tal repertório, normalmente adquirido pela exposição realizada 
pelos professores ou pelas incursões leitoras em temas de interesse, produzem 
nos indivíduos maior ou menor capacidade de entender os textos e encontrar 
sentido em seus parágrafos. 
Outro ponto muito importante a ser destacado é o fato de que, ao es-
crevermos um texto, deve também existir esta mesma coerência entre os 
parágrafos que o compõem, devendo o produtor do texto preocupar-se com 
a manutenção do seu sentido e com a lógica que é proposta durante o seu 
desenvolvimento. Cabe esclarecer que a estrutura de um texto básico, como 
uma redação, por exemplo, segue as mesmas etapas do parágrafo padrão, 
apresentando um parágrafo de introdução, em que se aponta o objetivo 
principal do texto (frase-núcleo ou tópico frasal); alguns parágrafos de 
desenvolvimento; e um parágrafo final de conclusão, com o desfecho das 
ideais discorridas ao longo de toda a escrita. 
Quando algum dos parágrafos que compõem o texto se desvia do que foi proposto 
no tópico frasal, levando a outros tipos de entendimentos sobre o assunto abordado, 
o texto perde a sua coerência, o que, muitas vezes é apontado como “fuga ao tema” 
nas correções realizadas pelos professores. A fuga ao tema é, justamente, a fuga à 
lógica necessária para que o texto produza sentido para o seu receptor.
A construção do parágrafo padrão8
Ao considerarmos, porém, a construção de uma história pelo autor, vere-
mos que podem existir outros elementos que facilitarão a coerência do texto, 
como a existência de uma narrativa em que as personagens, seu enredo e 
seu desfecho transcorram ao longo da produção. Imagine uma história em 
que as personagens não se mantenham ao longo da narrativa, simplesmente 
desapareçam, ou sejam substituídas por outras, sem qualquer explicação, ou 
ainda, que no seu desfecho, as personagens principais se ausentem: não seria 
estranho? Incoerente? Dessa forma, percebe-se que a coerência textual é um 
fenômeno que envolve tanto o autor quanto o leitor do texto. Ao referirem-se 
à coerência necessária em uma história, Spinillo e Martins (1997, documento 
on-line) questionam:
Existiriam diferentes níveis de coerência entre uma história em que o 
tema e os personagens principais não são mantidos sistematicamente ao 
longo da narrativa, e outra em que o tema e os personagens mantêm-se do 
começo ao final da história? Teriam diferentes níveis de coerência uma 
história em que o desfecho não apresenta relação estreita com os episó-
dios anteriormente narrados, e uma história em que existe uma relação 
estreita entre ambos? 
Como podemos perceber, o ato de escrever bem, produzindo textos capazes 
de serem entendidos e decifrados pelos leitores, constitui-se em um processo 
detalhado, de busca pela construção de possibilidades de coerência. Esses 
processos se relacionam diretamente com o tipo de texto construído (gênero 
literário), bem como com a intenção e a capacidade de comunicação escrita 
do produtor e do receptor.
Elaborando parágrafos com coesão e coerência
Aprendemos que um parágrafo padrão apresenta elementos estruturais 
básicos e qualidades essenciais que devem estar presentes em sua cons-
trução. Também estudamos a respeito da coerência e dos fatores que con-
tribuem para esta. Agora, aprenderemos sobre a coesão textual e como 
esta contribui para a elaboração de parágrafos. A coesão diz respeito aos 
aspectos linguísticos que envolvem a escrita de um parágrafo, servindo 
para conectar e complementar os períodos existentes. Koch e Travaglia 
(2010, p. 47) comentam que “[...] a coesão se estende a ligação, a relação, 
aos nexos que se estabelecem entre os elementos que constituem a super-
9A construção do parágrafo padrão
fície textual”. Dessa forma, a coesão e a coerência dos parágrafos estão 
estreitamente relacionadas.
Uma das formas de se analisar a coesão textual é por meio de sua divisão 
em três tipos diferentes, listados a seguir:
  coesão referencial;
  coesão recorrencial;
  coesão sequencial.
A coesão referencial é observada quando a língua se utiliza de alguns itens 
que proporcionam a referência necessária para o entendimento de outros, ou 
seja, ajuda na interpretação. Esse tipo de coesão costuma se apresentar por 
substituição ou reiteração. Veja os exemplos a seguir.
Exemplo 1: Tenho uma moto. Ela é vermelha.
Exemplo 2: Gosto muitíssimo de doces. 
Quindim, então, adoro.
No Exemplo 1, a coesão ocorre a partir do uso do pronome pessoal “ela”, 
que exerce a função de substituição do objeto direto do parágrafo: a moto. Já 
no Exemplo 2, a coesão por reiteração se estabelece a partir do hiperônimo 
entre “quindim” e “doces”, em que quindim faz parte de uma relação do tipo 
todo–parte e torna possível a compreensão deste como um dos possíveis itens 
de uma série de doces.
Um hiperônimo apresenta do primeiro para o segundo elemento uma relação de 
todo–parte, classe–elemento. Quando essa relação é do segundo para o primeiro, 
é chamada de hipônimo. Exemplo de hipônimo: os urubus estavam à espreita. As 
aves esperavam.
A coesão recorrencial é aquela em que, mesmo que exista a retomada de 
estruturas utilizadas pelo autor,o texto apresenta uma progressão. Brown 
e Yule (1983, p. 26) comentam que esse tipo de coesão “[...] constitui um 
A construção do parágrafo padrão10
meio de articular a informação nova (aquela que o escritor/locutor acredita 
não ser conhecida) à velha (aquela que acredita conhecida ou porque está 
fisicamente no contexto ou porque já foi mencionada no discurso)”. Talvez 
por esse motivo esse tipo de coesão seja tão encontrado no gênero poético. 
Por exemplo, analise o trecho a seguir do poema Irene no Céu, de Manuel 
Bandeira (1958).
Exemplo 3: “Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor [...]”
Ou ainda, observe o verso a seguir, de Fernando Pessoa (1960), em que 
a recorrência ao termo “cansaço” acaba por tornar concreto ao leitor esse 
sentimento.
Exemplo 4: “O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço, assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.”
Ao observar esses exemplos, percebe-se que a coesão serve para intensificar, 
dar ênfase, bem como deixar o texto fluir. Já a coesão sequencial é aquela que 
permite que o texto flua, mas sem recorrer a termos já utilizados, adotando 
sequências temporais por conexão ou conjunção, como são mais conhecidas. 
Observe os exemplos a seguir.
Exemplo 5: Levantou. Escovou os dentes. Tomou banho e saiu.
Exemplo 6: Se Maria é mulher, então é mortal.
O Exemplo 5 apresenta uma coesão temporal, dando ao leitor a possibilidade 
de interpretação de que esses atos transcorrem em uma sequência de ações 
que progridem, fluem como o sujeito do parágrafo escrito. Já o Exemplo 6 
apresenta uma coesão sequencial que mantém uma relação de causalidade 
entre a primeira e a segunda oração. 
Como você pode perceber, dominar tanto a coesão e os seus mecanismos 
quanto os fatores de coerência são importantes para que se possa redigir 
parágrafos padrão eficazes, logo, capazes de comunicar ao receptor que 
11A construção do parágrafo padrão
os lê aquilo que se objetiva informar ou apresentar. Cabe-nos, nesse caso, 
estudar a língua portuguesa, nos apropriando de suas estruturas linguística 
e semântica e nos aventurando na produção de textos, procurando sempre 
nos aperfeiçoar a partir deles.
Para ter noção do impacto de um parágrafo padrão bem construído, leia a 
citação a seguir da Apresentação da obra Escrever melhor: guia para passar 
os textos a limpo, de Squarisi e Salvador (2013):
A frase passou de boca em boca, caiu no gosto do povo e virou sabedoria: 
escrever exige 10% de inspiração e 90% de transpiração. Sim, senhor, escrever 
é trabalho árduo, equivalente ao do ourives. Textos passam por processos de 
lapidação como os diamantes. São cortados, aumentados, transformados, 
virados pelo avesso, amassados, condensados. O texto, como o diamante, só 
brilha depois de muito apanhar.
Pode-se perceber, na construção do parágrafo dos autores, que as ideias 
desenvolvidas nele são coerentes e coesas, ou seja, tanto articulam-se os 
períodos propostos entre si, dando continuidade à ideia central proposta, 
quanto apresentam-se conectadas entre si por mecanismos de coesão 
que lhes proporcionam um sequenciamento lógico e progressivo. Se per-
guntássemos sobre a construção desse parágrafo, qual o seu objetivo ou 
qual a sua ideia principal, facilmente conseguiríamos responder que os 
autores, ao compararem o processo de escrita com o trabalho do ourives, 
estão procurando comunicar a ideia de que o texto pode ser melhorado, 
ou seja, que é possível aperfeiçoar nossa capacidade de produção textual 
se nos aprimorarmos, nos exercitarmos e buscarmos, de fato, ser melhores 
nessa habilidade. 
Vindo ao encontro dessa mesma ideia, Figueiredo (1995, p. 2) acres-
centa que “[...] construir parágrafos é organizar e desenvolver ideias, umas 
ligadas às outras. Organizar e desenvolver ideias é difícil; por isso, requer 
um método que facilite o trabalho do escritor. Esse método depende da 
cultura e do modo de pensar de cada povo”. É necessário, no Brasil, que 
haja uma mudança na maneira de entender a importância da apropriação 
correta da língua portuguesa em nossas vidas e do aperfeiçoamento do 
processo de produção textual dentro de nossa cultura, o que deve começar 
pela Educação Básica, já na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental, onde as crianças, ao vivenciarem seus primeiros ambientes 
A construção do parágrafo padrão12
alfabetizadores, possam, além de tomar gosto pela leitura e pela escrita, 
desenvolver as aprendizagens necessárias que servirão de base para a sua 
educação permanente posterior, de modo que a organização das ideias se 
torne facilitada pelo preparo e conhecimento e os alunos se tornem hábeis 
e competentes na escrita a partir da prática. 
Para finalizar os estudos sobre a produção do parágrafo padrão e sua 
importância para a produção textual, gostaríamos, ainda, de apontar uma 
sugestão importante indicada por Figueiredo (1995, p. 94) quando trata da 
revisão necessária pelo autor após a escrita, conforme segue:
Ao revisar a coesão e a coerência dos parágrafos, o escritor verifica cuida-
dosamente se as idéias secundárias (especificações e detalhes) estão bem 
cimentadas entre si e ligadas à idéia central (período tópico) por meio de 
palavras e de expressões transicionais (assim, contudo, porque, naquele dia) 
e conforme uma seqüência organizada (primeiro, segundo, terceiro); e se o 
parágrafo anterior está bem amarrado ao parágrafo posterior, também por 
meio de conectivos. Qualquer que seja o tipo do parágrafo desenvolvido, ele 
deve apresentar coesão e coerência internas entre si e em relação aos outros 
parágrafos. A conexão entre orações, períodos e parágrafos por meio de 
palavras ou expressões de ligação toma o texto mais suave e claro, fácil de 
ler e de compreender.
Aprendemos alguns princípios importantes necessários para produzir 
parágrafos padrão com eficácia àqueles que realizam sua leitura. A partir 
disso, e seguindo os procedimentos de revisão e edição do que escrevemos, 
a escrita se torna mais fácil, cabendo a nós a decisão de nos engajarmos ou 
não nessa tarefa.
Para enriquecer um pouco mais o seu aprendizado sobre técnicas que podem conduzir 
a uma boa escrita de parágrafos, assista ao vídeo disponível no link a seguir.
https://qrgo.page.link/DvWir
13A construção do parágrafo padrão
1. Leia o texto a seguir:
O excesso de informação está 
provocando uma angústia típica dos 
tempos atuais e levando à conclusão 
de que, às vezes, saber demais é um 
problema. Nas sociedades ociden-
tais, as pessoas se sentem pisando 
em um chão não muito firme, por 
não conseguirem deglutir a carga de 
informações disponível em livros, na 
imprensa, na televisão e na Internet. 
“Quanto mais sabemos, menos 
seguros nos sentimos. É a sensação 
de que o mundo está girando a 
muitas rotações a mais do que nós 
mesmos”, dizem os especialistas. 
Para se ter uma ideia do tamanho 
do problema, um bom exemplo é a 
quantidade de informação impressa, 
ou até mesmo em filme ou arquivos 
magnéticos: seriam necessários dez 
computadores pessoais para cada 
pessoa guardar apenas a parte que 
lhe caberia sobre o que é produzido. 
Até o final do ano estarão dispo-
níveis três bilhões de páginas na 
Internet. Hoje existem no Brasil mais 
de 100 emissoras de televisão no 
ar, em diversas línguas, com espe-
cialidades diferentes. Há 100 anos 
existiam cerca de 200 revistas cientí-
ficas no mundo. Agora são mais de 
100 mil. O excesso de informação 
já produziu até mesmo a versão 
2001 dos hipocondríacos: são 
os cybercondríacos que passam 
a apresentar sintomas imagi-
nários. Quem tem a síndrome 
não consegue dormir: não quer 
perder tempo e quer continuar 
consumindo informações. As 
pessoas com quadro agudo dessa 
síndrome são assoladas por um 
sentimento constante de obsoles-
cência, a sensação de que estão 
se tornando inúteis, imprestáveis, 
ultrapassadas. A maioria não ex-
pressa sintomas tão sérios. O que 
as persegue é uma sensação de 
desconforto [...]” (FOLHA UOL, 2001,documento on-line).
Considere o trecho destacado, esse 
texto defende a ideia de que:
a) O excesso de informação está 
deixando as pessoas doentes.
b) Todos temos que nos informar 
cada vez mais para viver na era 
da informação.
c) Não devemos ficar constan-
temente conectados às redes 
sociais, pois podemos adoecer.
d) Todos devemos sempre buscar 
novas formas de adquirir co-
nhecimento para não ficarmos 
obsoletos.
e) A internet nos trouxe agilidade 
na obtenção de conhecimentos.
2. Leia o texto a seguir:
Grande parte das nossas vidas 
transcorre em locais de trabalho. 
Gastamos horas desenvolvendo 
tarefas que, aparentemente, não 
possuem um relacionamento estrei-
to com a nossa pessoa. A maioria 
dos seres humanos é constrangido 
a trabalhar pelo simples fato de que 
significa especialmente sobrevivên-
cia. Essa ideia, que é uma realidade, 
nos indica que o trabalho aparece 
como um elemento constrange-
A construção do parágrafo padrão14
dor, se tomado como referência 
imediata de preenchedor das 
necessidades básicas. Na cultura 
tecnológica, o trabalho adquiriu um 
extraordinário relevo e parece que 
é muito difícil os seres humanos 
poderem viver sem trabalhar. O 
caráter obrigatório do trabalho lhe 
dá um significado punitivo e muitos 
indivíduos o encaram dessa manei-
ra. A situação do trabalhador adulto 
é bastante complexa em nossa 
sociedade, já que os trabalhos 
estão indicados e hierarquizados de 
acordo com os níveis de preparo e 
especialização. Não adianta, pois, 
pensarmos no valor do trabalho 
como livre escolha, já que cada vez 
mais se impõe a obrigatoriedade 
de um treinamento, muitas vezes 
demorado, para poder assumir uma 
tarefa adequada na cultura contem-
porânea. (apud MOSQUERO, 2004; 
AZEVEDO, 2015, p. 199).
No texto de AZEVEDO, não está 
expressa a ideia de que:
a) É quase impossível o homem 
viver sem trabalhar.
b) O preparo vem substituindo as 
atividades de escolha livre.
c) O ócio é prejudicial ao homem 
de negócios.
d) Há na sociedade atual 
atividades hierarquizadas por 
especializações.
e) Grande parte de nossos anos de 
vida são gastos trabalhando.
3. Para redigir objetivamente um bom 
parágrafo é importante escrever:
a) pelo menos cinco linhas.
b) com coesão e coerência.
c) com ambiguidade.
d) contraditoriamente.
e) sem constância.
4. Do ponto de vista semântico, o pará-
grafo pode ser definido como:
a) enunciado que se inicia por um 
afastamento da margem da 
página até o ponto-final.
b) tópicos a partir dos quais for-
mamos textos.
c) conjunto de ideias associadas a 
um tema maior.
d) estrutura física menor que o 
texto.
e) conjunto de frases ordenadas 
aleatoriamente.
5. Assinale o parágrafo que apresenta 
coesão e coerência.
a) O vestibular, para a maioria dos 
inscritos, pode trazer muita 
ansiedade e nervosismo, já que 
eles se preparam durante o ano 
todo.
b) A chuva de granizo provocou 
uma mudança climática na 
região, porém a agricultura foi 
prejudicada.
c) Embora a multidão reagisse, ele 
fugiu assustado com medo do 
povo enfurecido.
d) Ele lia jornal, despreocupada-
mente, porque não percebeu a 
entrada do filho.
e) O carro quebrou no meio da 
estrada e o motorista pediu ajuda 
a um desconhecido.
15A construção do parágrafo padrão
AZEVEDO, R. A. Português básico. Porto Alegre: Penso, 2015. (Série UniA).
BANDEIRA, M. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, v. 1.
BROWN, G.; YULE, G. Discourse analysis. Cambridge: Cambridge University, 1983.
DIMENSTEIN, G. Mal do século: síndrome do excesso de informação. Folha, 2001. Dis-
ponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/imprescindivel/semana/
gd020901a090901.htm. Acesso em: 05 ago. 2019.
FERREIRO, E. Com todas as letras. 7. ed. São Paulo: Cortez Editora, 1999.
FIGUEIREDO, L. C. A redação pelo parágrafo. Brasília: Editora da UnB, 1995.
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1998.
GONÇALVES, F.; DIAS, M. G. B. B. Coerência textual: um estudo com jovens e adultos. 
Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 16, n. 1, p. 29-40, 2003. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79722003000100005&script=sci_abstract&tlng=pt. 
Acesso em: 31 jul. 2019.
KOCH, I. G. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. 18. ed. São Paulo: Editora Contexto, 
2010.
PESSOA, F. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1960.
SPINILLO, A. G.; MARTINS, R. A. Uma análise da produção de histórias coerentes por 
crianças. Psicologia: Reflexão e Crítica, n. 10, p. 219-248, 1997. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79721997000200004&script=sci_abstract&tlng=pt. 
Acesso em: 31 jul. 2019.
SQUARISI, D.; SALVADOR, A. Escrever melhor: guia para passar os textos a limpo. São 
Paulo: Editora Contexto, 2013. 
Leituras recomendadas
FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2009.
KOCH, I. G. V. A coesão textual. 22. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2010.
PEREIRA, A. K. B.; SILVA, C. D. B.; BENTO, F. J. S. A coesão e a coerência textual na aqui-
sição da escrita: uma análise em textos de alunos do ensino fundamental. FIPED, 
[2016]. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/
Trabalho_Comunicacao_oral_idinscrito_1256_2893c38a2fa960edaa87ef99edd06861.
pdf. Acesso em: 31 jul. 2019.
A construção do parágrafo padrão16
DICA DO PROFESSOR
Para que um texto seja bem redigido e atinja plenamente a intenção comunicativa pretendida, 
não basta que você tenha boas ideias. A articulação dessas ideias também é muito importante e 
passa essencialmente pela formulação de parágrafos coerentes e coesos. É sobre esse assunto 
que trata o vídeo a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
Leia o texto a seguir:
O excesso de informação está provocando uma angústia típica dos tempos atuais e 
levando à conclusão de que, às vezes, saber demais é um problema. Nas sociedades 
ocidentais, as pessoas se sentem pisando em um chão não muito firme, por não 
conseguirem deglutir a carga de informações disponível em livros, na imprensa, na 
televisão e na Internet. "Quanto mais sabemos, menos seguros nos sentimos. É a 
sensação de que o mundo está girando a muitas rotações a mais do que nós mesmos", 
dizem os especialistas.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, um bom exemplo é a quantidade de 
informação impressa, ou até mesmo em filme ou arquivos magnéticos: seriam 
necessários dez computadores pessoais para cada pessoa guardar apenas a parte que 
lhe caberia sobre o que é produzido. Até o final do ano estarão disponíveis três 
bilhões de páginas na Internet. Hoje existem no Brasil mais de 100 emissoras de 
televisão no ar, em diversas línguas, com especialidades diferentes. Há 100 anos 
existiam cerca de 200 revistas científicas no mundo. Agora são mais de 100 mil.
O excesso de informação já produziu até mesmo a versão 2001 dos hipocondríacos: 
são os cybercondríacos que passam a apresentar sintomas imaginários. Quem tem a 
síndrome não consegue dormir: não quer perder tempo e quer continuar consumindo 
informações. As pessoas com quadro agudo dessa síndrome são assoladas por um 
sentimento constante de obsolescência, a sensação de que estão se tornando inúteis, 
1) 
imprestáveis, ultrapassadas. A maioria não expressa sintomas tão sérios. O que as 
persegue é uma sensação de desconforto.(..)" (FOLHA UOL, 2001)
O terceiro parágrafo do texto defende a ideia de que:
A) O excesso de informação está deixando as pessoas doentes.
B) Todos temos que nos informar cada vez mais para viver na era da informação.
C) Não devemos ficar constantemente conectados às redes sociais, pois podemos adoecer.
D) Todos devemos sempre buscar novas formas de adquirir conhecimento para não ficarmos 
obsoletos.
E) A internet nos trouxe agilidade na obtenção de conhecimentos.
Leia o texto a seguir:
Grande parte das nossas vidas transcorre em locais de trabalho. Gastamos horas 
desenvolvendo tarefas que, aparentemente, não possuem um relacionamentoestreito 
com a nossa pessoa. 
A maioria dos seres humanos é constrangida a trabalhar pelo simples fato de 
significar especialmente sobrevivência. Essa ideia que é uma realidade nos indica que 
o trabalho aparece como um elemento constrangedor, se olhado na referência 
imediata de preenchedor das necessidades básicas.
Na cultura tecnológica, o trabalho adquiriu um extraordinário relevo e parece que é 
muito difícil os seres humanos poderem viver sem trabalhar. O caráter obrigatório 
do trabalho lhe dá um significado punitivo e muitos indivíduos o encaram dessa 
maneira. 
A situação do trabalhador adulto é bastante complexa em nossa sociedade, já que os 
trabalhos estão indicados e hierarquizados de acordo com os níveis de preparo e 
especialização. Não adianta, pois, pensarmos no valor do trabalho como livre escolha 
já que cada vez mais se impõe a obrigatoriedade de se ter um treinamento, muitas 
2) 
vezes demorado, para se poder assumir uma tarefa adequada na cultura 
contemporânea. (MOSQUERA, 2004)
Considerando os parágrafos acima, NÃO está expressa a ideia de que:
A) É quase impossível o homem viver sem trabalhar.
B) O preparo vem substituindo as atividades de escolha livre.
C) O ócio é prejudicial ao homem de negócios.
D) Há na sociedade atual atividades hierarquizadas por especializações.
E) e) Grande parte de nossos anos de vida são gastos trabalhando.
3) Para redigir objetivamente um bom parágrafo é importante escrever:
A) Pelo menos cinco linhas.
B) Com coesão e coerência.
C) Com ambiguidade.
D) Contraditoriamente.
E) Sem constância.
4) Do ponto de vista semântico, o parágrafo pode ser definido como:
A) Enunciado que se inicia por um afastamento da margem da página até o ponto-final.
B) Tópicos a partir dos quais formamos textos.
C) Conjunto de ideias associadas a um tema maior.
D) Estrutura física menor que o texto.
E) Conjunto de frases ordenadas aleatoriamente.
5) Assinale o parágrafo que apresenta coesão e coerência:
A) O vestibular, para a maioria dos inscritos, pode trazer muita ansiedade e nervosismo, já 
que eles se preparam durante o ano todo.
B) A chuva de granizo provocou uma mudança climática na região, porém a agricultura foi 
prejudicada.
C) Embora a multidão reagisse, ele fugiu assustado com medo do povo enfurecido.
D) Ele lia jornal, despreocupadamente, porque não percebeu a entrada do filho.
E) O carro quebrou no meio da estrada e o motorista pediu ajuda a um desconhecido.
NA PRÁTICA
 
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Parágrafo
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
A prática da escrita na escola: processo de produção de sentido
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Relação de harmonia entre os elementos textuais
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

Outros materiais