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Fármaco: Resumo pós aula: Metabolização e Excreção: ================ Metabolização ================ . Metabolismo/biotransformação dos fármacos: Processo pelos quais as reações bioquímicas alteram os fármacos no corpo. . Pode alterar os fármacos de 4 maneiras: Fármaco ativo-> convertido em um fármaco inativo-> Menos lipossolúvel/ mais hidrossolúvel-> visando facilitar sua excreção (Maioria dos casos) Fármaco ativo -> Pode potencializar seu efeito-> Sendo potencialmente toxico para o organismo. Pró-fármaco inativo pode ser convertido em fármaco ativo-> Minoria das vezes. Um fármaco não passível de excreção pode ser convertido em um metabolito passível de excreção-> aumentando a depuração renal ou biliar. ➔ Locais de metabolismo dos fármacos: . Fígado-> Principal órgão de metabolismo dos fármacos-> Efeito de primeira passagem-> Fármacos administrados via oral-> absorvidos no TGI e transportados para o fígado-> Fígado metaboliza-os antes de alcançarem a circulação sistêmica, alguns fármacos são inativados de modo tão eficiente que não podem ser administrados via oral, pois sua biodisponibilidade estará muito baixa, devendo utiliza-lo via parenteral. . Outros: Pele, pulmões, TGI e rins. ➔ Reações de biotransformação: • Oxidação/redução (Fase I): Transformam o fármaco em metabolitos mais hidrofílicos pela adição/exposição a grupos funcionais polares (Hidroxila -OH, Amina -NH2)-> Sendo farmacologicamente inativos e sendo secretados sem qualquer modificao adicional-> favorecendo sua excreção, entretanto, alguns produtos de reações de oxidação necessitam de modificações adicionais antes de serem secretados. • Conjugação/hidrolise (Fase II): Modificam os compostos por meio da ligação de grupos hidrofílicos (Acido glicuronico) criando conjugados mais polares-> Ocorre de forma independente em relação a reação de Fase I. ➢ Reações de oxidação/redução: De forma mais aprofundada: . Envolvem enzimas associadas a membranas, expressas no RE dos hepatócitos-> Enzimas que catalisam essas reações são as oxidases- > Hemeproteinas mono-oxigenases do citocromo P450 (CYP)-> Também conhecidas como oxidases microssomais (reações oxidativas microssomais) de função mista e envolvidas no metabolismo de 75% de todos os fármacos. Além disso, pode haver reações oxidativas não microssomais. . Aumentam a hidrossolubidade do fármaco. . Podem tornar o fármaco ativo, inalterado ou inativo. . Em alguns casos, o fármaco fica tao hidrossolúvel que não precisa passar pela reação de fase II, podendo ser excretado direto. . São reações catabólicas (de quebra). . Suas reações produzem os grupos reativos/polares (OH, COOH, NH2) que as vezes podem ser mais tóxicos. . Os grupos reativos produzidos servem de ponto de ataque para as reações de conjugação. ➔ Ex de reações oxidativas não microssomais: Ocorrem no citosol e mitocôndrias: ➔ Exemplos de Reações oxidativas microssomais: Envolvem a participação das CYP (Citocromo P450-> Principal mecanismo de metabolização de produtos endogenio e xenobioticos, como falado acima, relacionado a efeitos tóxicos de determinados fármacos e envolvido no mecanismo de interação entre as drogas), Ferro, Co enzimas (NAD e FAD) e Oxigênio. Exemplo de formação de compostos reativos/tóxicos: Acetoaminofeno-> CYP 2E1-> Transforma-o no metabolito ativo: Acetilbenzoquinona-> Que é uma molécula instável que deve-se reduzir para se estabilizar-> Essa redução ocorre por meio da oxidação de um outro composto, a glutationa (Importante para manter os níveis de radicais livres baixos, evitando efeitos tóxicos as celulas)-> Entretanto, quando ela começa a ser utilizada nessas reações, pode haver um esgotamento da mesma, com isso, os lipídios da membrana começam a ser oxidados por conta dos EROS-> Gerando a lise celular-> Por conta disso o Acetoaminofeno são considerados hepatotoxicos, por conta dessa citotoxicidade. ➔ Indutores enzimáticos: Compostos que induzem a atividade de enzimas do CYP450, dessa forma, aumentam a velocidade de excreção dos fármacos e consequentemente diminuem sua biodisponibilidade. . Na presença de um indutor: - Aumenta a atividade da enzima CYP acometida. - Aumenta a velocidade do metabolismo do substrato (fármaco) envolvido com a enzima acometida. - Aumento da velocidade de excreção do substrato da enzima e dimiuicao da concentração do substrato no sangue. >> Na administração de 2 fármacos, onde: 1 é substrato da enzima-> Haverá uma diminuição dos efeitos desse fármaco. 1 é indutor enzimático-> Se ligará a enzimas e aumentará a metabolização do fármaco substrato, aumentando sua metabolização. ➢ Reações de conjugação/hidrolise: Proporcionam um segundo conjunto de mecanismos destinados a modificar compostos para sua excreção-> Os substratos dessas reações envolvem tanto metabolitos de reações de oxidação, quanto compostos que já contem grupos químicos apropriados para que a conjugação ocorra (Hidroxila, Amina ou Carboxila), sem necessitar de passar pela fase I. Os substratos são acoplados a metabolitos endógenos (Acido glicuronico, acido sulfúrico, acido acético, aa, glutationa) por enzimas de transferência/transferases. . Reações anabólicas (De síntese)-> onde há inclusão do acido glicuronico em sua maioria das vezes-> QUE SEMPRE VAI RESULTAR EM COMPOSTOS INATIVOS. . Inativam o fármaco, deixando-o cada mais hidrossolúvel. . As enzimas de conjugação e hidrolise-> localizam-se no citosol, RE dos hepatócitos e de outros tecidos. . Em sua maioria, o processo de conjugação torna o fármaco mais polar-> mais hidrossolúvel-> facilitando sua excreção. . Praticamente todos os produtos conjugados são farmacológicos inativos, com exceções importantes (glicuronidio de morfina). . UGT’s (UDP-glicuroniltransferase)-> super família de enzimas que catalisam a conjugação do acido glicuronico-> Alguns fármacos podem inibir ou aumentar sua expressão. Muita atenção a RN-> Pois possuem níveis deficientes de UGT. Inibição das UGT’s-> diminui as reações de fase 2-> Diminuindo o processo de excreção do fármaco. Aumento das UGT’s-> aumenta as reações de fase 2-> Aumentando o processo de excreção do fármaco. RN-> Possuem níveis deficientes de UGT-> Ou seja, esse processo fica comprometido, e caso acumule os metabolitos de fase 1 acumule, pode gerar toxicidade. ➔ Inibidores enzimáticos: Compostos que inibem a atividade de enzimas do CYP450, portanto, diminuem a excreção dos fármacos, aumentando sua biodisponibilidade! . Na presença de um inibidor: - Diminui a atividade da enzima acometida. - Diminui a velocidade do metabolismo do substrato. - Consequentemente diminui a velocidade de excreção e aumenta a concentração de substrato no sangue-> podendo atingir níveis tóxicos, superiores a taxas terapêuticas. >> Na administração de 2 farmacos, onde: 1 é inibidor enzimático: Diminui a atividade da enzima-> Favorecendo o aumento da concentração do substrato enzimático. 1 é substrato enzimático: Aumento de sua biodisponibilidade, podendo alcançar a citotoxicidade. • Alguns exemplos de interações entre inibidores/indutores e substratos: Indutor: Rifampicina. Substrato: Omeprazol. Enzima: CYP2C19. Rifampicina é um antibiótico utilizado no tratamento de tuberculose, ao ser administrada ela aumenta a atividade da enzima citada, que irá aumentar a velocidade do metabolismo do omeprazol (medicamento pra tratar ulcera), com isso aumentará a velocidade de excreção, consequentemente diminui a concentração de omeprazol no sangue, diminuindo assim, seu efeito e biodisponibilidade-> diminuindo o efeito no tratamento de ulcera gástrica. Substrato: Warfarina. Inibidor: Fluconazol. Enzima: CYP2C9. Fluconazol (fármaco anti fúngico) diminui a atividade do CYP2C9, diminuindo a velocidade do metabolismo da WARFARINA (que é um anticoagulante),afetando a velocidade de excreção (ficara mais lenta)-> Com isso aumentara sua biodisponibilidade, aumentando sua concentração plasmática-> Potencializando seu efeito (atingindo a citotoxicidade), podendo causar hemorragias ou algum tipo de sangramento mais leve. ➔ Além de inibidores e indutores que inteferem no metabolismo/biotransformação do fármaco, há variações genéticas dos metabolizadores: . A maioria das pessoas metabolizam os farmacos de uma maneira constante. Entretanto, por fatores genéticos, há indivíduos que são: - Pobre metabolizadores: Metabolizam o fármaco de forma muito mais lenta/deficiente-> Consequentemente a taxa de eliminação dos fármacos também será menor. - Ultrarrápidos metabolizadores-> Metabolizam o fármaco de forma muito mais rápida e eficiente-> Taxa de eliminação maior que o normal. >> Com isso, a posologia/dosagem deverá ser ajustadas, para que não haja produção de efeitos tóxicos (metabolizadores lentos) ou uma dosagem subterapeutica (Em caso de metabolizadores rápidos). ➢ Meia vida plasmática: Possui relação direta com a metabolização dos fármacos. . O que é? É o tempo necessário para que a quantidade original do fármaco/dose seja reduzida pela metade. Ex: Fármaco é administrado-> Concentrações irão aumentando-> Até atingir o platô (Concentração estável)-> Concentração máxima-> Começa a etapa de biotransformação/metabolização-> Geração de metabolitos hidrossolúveis (facilmente eliminados)-> Concentração começa a reduzir-> Por exemplo: Estava em 100% (100mg) e após 2 horas diminuiu 50% (50mg)-> Seu tempo de meia vida foi de 2 horas e assim vai, até atingir a concentração mínima ou sua eliminação total. Normalmente os farmacos possuem de 5-10 meias vidas para sua excreção total.
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