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Ap 01 de TPI-I -Organograma e Fluxograma

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AP. 01 – TPI-ORGANOGRAMAS e FLUXOGRAMAS 
EMPRESARIAIS 
 
 
I - ORGANOGRAMAS 
 
Organograma é uma representação gráfica da estrutura formal de uma 
organização, seja está uma empresa, um grupo de pessoas ou uma estrutura 
hierárquica. Indícios apontam que Daniel C. McCallum, em 1856, foi a primeira 
pessoa a criar um organograma para fazer uma apresentação e mostrar a aplicação 
da administração sistemática em ferrovias. 
Existem diversas formas de representar um organograma, desde a mais 
comum, conhecida como organograma tradicional, até formas como uma flor. 
Veremos estes tipos mais abaixo. 
Voltando ao Daniel e suas ferrovias, eram um empreendimento muito 
complexo e caro, desta forma exigiam estrutura hierárquica com vários níveis de 
profissionais. Diante de tal informação ficou registrado com o Sr. McCallum como 
o criador do primeiro organograma que se tem notícia. 
 
Fazendo um organograma tradicional: 
O primeiro passo é determinar todas as funções e setores que serão apresentadas 
no organograma, e definir suas posições hierárquicas. Faça uma lista. 
1-Presidente 
2-Diretores (Financeiro, Administrativo, Operacional, Comercial, etc.) 
3-Gerentes (Financeiro, Administrativo, Produção, Vendas etc.) 
4-Seções da Produção, Contabilidade, Depto. Financeiro, Depto. Jurídico etc. 
O organograma tradicional trata a ordem de posições da seguinte forma: quanto 
maior a autonomia e responsabilidade, maior será a altura da posição usada pelo 
cargo ou setor. Para definidos as posições e cargos, crie retângulos distribuídos de 
forma vertical e interligados por linhas que representarão a comunicação e 
hierarquia dos itens. Não entendi, como isto funciona? No exemplo citado, o 
Presidente (1) ocupa o maior nível do organograma, sendo assim o primeiro. No 
segundo nível serão colocados os Diretores (2). Partindo do retângulo do 
Presidente, sairá uma linha que será dividida para se ligar a todos os Diretores. E 
de cada Diretor, sairá uma linha que se ligará aos Gerentes (3) que respondam 
hierarquicamente a ele. Daí em frente o raciocínio é o mesmo. Veja como fazer um 
fluxograma. 
Funções de Staff, que respondem a um superior, mas não têm autoridade total 
sobre os níveis abaixo, são colocadas em níveis intermediários e ligados à linha 
principal do superior correspondente. 
 
 
Por exemplo, o RD responde à Direção, mas sua autoridade limita-se aos 
assuntos da Qualidade, portanto somente nesses assuntos ele tem ascendência 
sobre os gerentes, não em outros temas. Veja como fica: 
 
 
Agora, apesar de ser o mais conhecido e usado pela maioria das organizações, 
o organograma tradicional não é necessariamente o melhor? Existem diversos 
outros tipos. Você sabe o que é um histograma? 
O modelo preferido pelo autor deste texto é o modelo circular, elaborado com 
círculos concêntricos que representam as diversas áreas a partir do círculo central, 
onde localiza-se a autoridade maior da empresa. Eu o vejo como um modelo que 
transmite uma ideia maior de colaboração e participação entre as áreas. Quando o 
autor desenvolve um assim, sempre destaca a posição do cliente de forma a mostrar 
os setores que têm contato mais direto com ele em cada nível, mas abrindo a 
possibilidade de contato direto com a direção. 
 
 
 
Além desses existem outros tipos menos conhecidos. Os links abaixo levam 
às imagens de modelos pouco convencionais ou complexos. Dê uma olhada em 
cada um para ver a variedade de soluções existentes: 
 
 
Organograma radial distribuído conforme 
planejamento 
 
 
 
 
 
 
Organograma distribuído por atividades 
 
 
 
Organograma circular 
 
 
 
 
 
Organograma radial ou solar 
Usado quando se quer ressaltar o trabalho em grupo, não há a preocupação em 
representar a hierarquia. É o mais usado em instituições modernas onde o que se 
quer ressaltar é a importância do trabalho em grupo; 
 
 
 
Organograma horizontal 
Também é criado com base na hierarquia da empresa, mas tem essa 
característica amenizada pelo fato dessa relação ser representada horizontalmente, 
 
 
 
ou seja, o cargo mais baixo na hierarquia não está numa posição abaixo dos outros 
(o que pode ser interpretado como discriminação, ou que ele tem menos 
importância), mas ao lado: 
 
 
 
 
Organograma em barras 
Representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma base 
vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamente proporcional à importância da 
autoridade que o representa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II- FLUXOGRAMAS 
 
1-Definição: Também conhecido por 
flowchart, é um diagrama que tem como 
finalidade representar processos ou fluxos de 
materiais e operações (diagramação lógica, ou 
de fluxo). Geralmente confundido com o 
organograma, o fluxograma possui a diferença 
de representar algo essencialmente dinâmico, 
já o organograma é uma representação da 
estrutura funcional da organização. 
O fluxograma também pode ser usado por 
programadores para elaboração de algoritmos 
(programação estruturada), porém, neste caso 
ele possui algumas representações próprias. 
O fluxograma sempre possui um início, um sentido de leitura, ou fluxo, e um fim. Alguns 
símbolos básicos são usados na construção de qualquer fluxograma, porém eles podem variar. 
1.1- Outra definição: 
O termo Fluxograma é uma representação gráfica de um processo ou fluxo de trabalho, 
efetuado geralmente com recurso a figuras geométricas normalizadas e as setas unindo essas 
figuras geométricas. O Fluxograma tem por objetivo apresentar de forma rápida e 
descomplicada o fluxo de informações e ações da sequência operacional do processo. Através 
desta representação gráfica é possível compreender a transição de informações ou documentos 
entre os elementos que participam no processo em causa. 
 
O Fluxograma pode ser definido também como o gráfico em que se representa o percurso ou 
caminho percorrido por certo elemento (por exemplo, um determinado documento), através 
dos vários departamentos da organização, bem como o tratamento que cada um vai lhe 
dando. A existência de fluxogramas para cada um dos processos é fundamental para a 
simplificação e racionalização do trabalho, permitindo a compreensão e posterior otimização 
dos processos desenvolvidos em cada departamento ou área da organização. 
 
 Veja abaixo algumas definições básicas: 
 
* Geralmente, usa-se um círculo alongado para indicar o início e o fim do fluxo; 
* A seta é usada para indicar o sentido do fluxo; 
* No retângulo são inseridas as ações; 
* O losango representa questões / alternativas; + O losango sempre terá duas saídas; 
* As linhas ou setas nunca devem cruzar umas sobre as outras; 
* O texto deve ser sempre claro e sucinto; 
* Recomenda-se iniciar as ações sempre com um verbo no infinitivo (fazer, dizer…); 
 
O importante é estabelecer o fluxograma de forma que ele fique o mais claro possível, ou seja, 
que fique fácil identificar as ações que devem ser executadas, ou dependendo do tipo de 
fluxograma, as alternativas do processo. 
https://www.oficinadanet.com.br/artigo/desenvolvimento/como_fazer_um_fluxograma
 
 
Outros símbolos e modelos podem ser usados para montar fluxogramas, o que vai determinar 
quais símbolos utilizar ou não, ou ainda, que tipo de fluxograma se deve usar é o objetivo dele 
e o que ele descreve. 
 
Recomendações para a Preparação de Fluxogramas 
A) Faça os fluxogramas finais em formulários próprios, usando o gabarito padrão, baseando-
se nos rascunhos, verificados ou modificados com base na auditoria de fluxo; 
B) Os fluxogramas devem ser legíveis para terceiros. O fato de os fluxogramas serem exatos 
não é o bastante. Eles devem ser inteligíveis para um revisor ou para um novo membro da 
equipe nos anos posteriores. Os fluxogramas devem ser claros, concisos, logicamente 
dispostos e sem ambiguidades;C)Assegure-se que os fluxogramas respondem às questões básicas de controle interno. 
Lembre-se que a avaliação do controle interno terá que ser demonstrada nos fluxogramas pelo 
assistente ao encarregado e por este ao gerente. Os fluxogramas devem, por conseguinte, 
mostrar o suporte necessário para as conclusões sobre o controle interno; 
D)Siga os padrões de auditoria analítica. O bom senso, naturalmente, deverá ser utilizado na 
aplicação destas técnicas. Inovações pessoais e variações do método adotado, entretanto, não 
são admitidas. Os fluxogramas serão úteis se forem padronizados e se puderem ser lidos por 
qualquer auditor. Símbolos especiais ou gostos pessoais destruirão as vantagens de uma 
linguagem padrão; 
E) Todos os fluxogramas devem ser feitos a lápis, ou via sistema informatizado para que 
possam ser modificados onde for necessário; 
F) Todas as palavras que apareçam no fluxograma devem ser em letras claras e legíveis; 
G) Divida o sistema entre os vários fluxogramas de maneira mais lógica possível. Uma seção 
que envolva nove departamentos poderá ser dividida, por exemplo, em quatro seções em uma 
folha e cinco na outra, e não necessariamente seis numa folha e as restantes na outra; 
H) Faça o seu fluxograma o mais simples e o mais direto possível. Evite disposições que levem 
o leitor através de uma floresta de traços e setas; 
L)Evite o cruzamento de linhas. Um semicírculo, indicando a independência das linhas ao se 
cruzarem é um recurso imperfeito. Evite o problema logo de início. Isto normalmente pode ser 
obtido com uma nova disposição das informações no papel. 
 
2- Tipos de fluxogramas 
2.1-Fluxograma (diagrama) de blocos: Também conhecido como fluxograma linear, é uma 
espécie de diagrama mais simples, composto apenas por blocos e não envolve tomada de 
decisões, permitindo uma rápida noção da sequência de funcionamento de um processo. 
Muito utilizado em instruções de trabalhos simples e macro fluxo de processos. 
 
 
 
 
 
Exemplo de diagrama de blocos para 
contratação de funcionários 
 
 
 
 
 
1. Reconhecer a 
necessidade 
2. Aprovar a 
requisição 
3. Apresentar 
uma lista de 
candidatos 
internos 
4. Entrevistar 
candidatos 
internos 
5. Fazer 
pesquisa 
externa 
6. Selecionar 
candidatos 
7. Entrevistar 
candidatos 
8. Classificar 
candidatos 
9. Ofertar 
emprego 
10. Apresentar 
novo 
funcionário 
 
 
2.2-Fluxograma de processo simples: É basicamente um diagrama de blocos acrescido de 
um operador de decisão. Muito útil para indicar uma sequência de funcionamento em 
processos simples, que depende de uma condição para executar um tipo de tarefa. 
Exemplo de fluxograma para um dia de domingo 
 
 
 Início 
 Acordar 
 
 Fim 
 Tomar café 
 
 Olhar TV 
 
 Ir à praia 
 
 Almoçar 
 
Cansado? 
Dia de 
sol? 
 Cochilar 
 
 Jogar futebol 
 
 Passear 
 
 Jantar 
 
 Dormir 
 
IM 
N
ÃO 
IM 
N
ÃO 
 
 
2.3-Fluxograma Funcional: Mostra a sequência das atividades de um processo entre as 
áreas ou seções por onde ele flui. Útil para processos que não se completam em uma única 
área, podendo indicar também os responsáveis por cada setor. Esse tipo de fluxograma 
também pode apresentar uma linha de tempo cronológica, permitindo verificar se existem 
gargalos no processo. Exemplo: 
 
2.4-Fluxograma Vertical: Também denominado diagrama de processo, é um fluxograma de 
formato diferente, composto por colunas verticais onde estão disponíveis simbologias 
referentes aos tipos de processo, descrição, e outra informações referentes à operação. 
2.5-Fluxograma ANSI: É o mais completo dos fluxogramas e mais utilizado, apresentando 
uma relação fiel da interação entre as etapas do processo. Possui essa denominação pois foi 
desenvolvido pela American National Standards Institute. Esse tipo de fluxograma tem 
origem na programação de sistemas, mas atualmente é muito utilizado em gestão de 
qualidade e negócios. 
 
 
 
3- Símbolos utilizados para a construção do fluxograma 
3.1-Terminal: é utilizado para representar o início ou o fim de um processo ou para referir-
se a outro processo que não seja objeto de estudo. 
 
 
 3.2-Operação: representa qualquer ação para criar, transformar, conferir ou analisar uma 
operação ou procedimento. Dentro do símbolo, descreve-se o objeto da ação. 
 
 
 
 
3.4-Decisão: indica um ponto no processo que apresenta ações 
condicionantes, onde há caminhos alternativos, se acontecerem determinado 
evento (sim ou não). 
 
 3.5-Conector: indica onde continua a sequência do fluxo (quando não há espaço 
suficiente para a continuação do desenho). 
 
 
3.6-Área/Cargo: indica o nome do cargo ou da área que executará determinada atividade. 
 
 
3.7-Documento: representa qualquer documento ou formulário. 
 
 
3.8-Arquivo: representa o arquivamento da documentação inerente ao processo. 
 
 
3.9-Setas: indicam o sentido do fluxo. 
 
 
3.10- Outros símbolos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simbologia Complementar 
 
 
 
Simbologia Eventual 
 
 
 
 
4- Algumas definições importantes 
 
Simbologia 
É o conjunto de símbolos que traduz cada passo da rotina, representando não só a sequência das operações 
como também a circulação dos dados e documentos. 
Orientações 
• O fluxograma visualiza cada rotina integrante do processo, na sua forma mais completa e utiliza 
simbologia estabelecida para esta finalidade. Torna mais claros fatos que poderiam passar 
despercebidos em outra forma de representação; 
• Os passos da rotina são ordenados de acordo com a sequência lógica de sua execução; 
• Os símbolos e as técnicas utilizados na elaboração do fluxograma identificam os órgãos ou as pessoas 
responsáveis pela ação. 
OPERAÇÃO 
O quadrado representa os diversos passos que possam existir numa rotina. 
A identificação da operação e de quem executa é registrada no interior do símbolo. Definir quem a executa é 
importante por ser este cliente ou fornecedor das operações anteriores e posteriores 
DECISÃO 
Representa o losango operação de decisão ou de chaveamento que determina o caminho a seguir dentre os 
vários possíveis. A identificação da decisão e as alternativas do caminho devem ser registradas no interior e 
ao lado do símbolo. 
 
SENTIDO DO FLUXO 
A linha reta representa os dados de entrada/saída de cada operação ou decisão. A identificação do dado deve 
ser feita sobre a linha, se necessário. 
LIMITES 
Indica apenas o “início” e o “fim” do processo. 
OPERAÇÃO 
Indica uma etapa onde ocorre uma agregação de valores, com transformação de matérias-primas, modificando 
a forma de apresentação do produto final. 
TRANSPORTE 
Etapa que indica a movimentação da matéria-prima em transformação ou do produto ainda em fase de 
elaboração. 
VERIFIÇÃO OU CONTRÔLE 
Simboliza a etapa operacional onde o produto passa por uma inspeção ou verificação de suas dimensões ou 
especificações. 
ESPERA OU DEMORA 
Etapa onde o produto em transformação aguarda a chegada de algum item a ser agregado ou necessita de uma 
espera para se adequar. 
ESTOCAGEM 
Define a armazenagem de um produto depois de transitar pelas demais etapas do processamento. Geralmente 
é a parte final deste tipo de fluxograma. 
 
5- Exemplos de fluxogramas

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