Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Avaliação do lábio Deformidades: Que podem ser congênitas, por traumas, queimaduras e cicatrizes, atente para assimetrias, como no caso da paralisia facial, em que a rima labial se desvia para o lado não afetado. Coloração: podemos inferir anemia a partir de palidez dos lábios e mucosa oral, Pacientes com exposição solar excessiva podem desenvolver queilite actínica: lábios espessados e pálidos com retração e perda da elasticidade. Umidade: dos lábios e da mucosa participa da avaliação da hidratação sistêmica. Edema: pode ocorrer edema dos lábios em casos de trauma local ou lesões localizadas, como infecções e inflamações do próprio lábio ou estruturas adjacentes. Em situações que provocam alteração da permeabilidade dos capilares, pode ocorrer extravasamento de líquido para o interstício, situação conhecida como angioedema é o caso das reações alérgicas (anafiláticas). Nódulos: A maior preocupação é a possibilidade de uma neoplasia. Merece especial atenção no caso de pacientes tabagistas, com destaque para os usuários de cachimbos, que costumam apoiá-lo com os lábios por longos períodos. Esses pacientes têm maior risco de desenvolver neoplasias malignas (carcinomas). Avalie CRISLEY ROCHA RESUMO DO LIVRO SEMIOLOGIA CLÍNICA Ulcerações: podem ocorrer por trauma ou neoplasias, mas um diferencial importante é a sífilis primária: Forma-se lesão similar à encontrada nas lesões genitais: nódulo ulcerado, indolor, endurado, sem secreção. Rachaduras: podem ocorrer pequenas rachaduras por variações importantes de umidade e temperatura, exposição solar excessiva, ou ocorrer em associação com condições autoimune. Outra lesão com aspecto de rachaduras é a queilite angular que pode decorrer de deficiência de vitaminas, por problemas na oclusão labial, ou por oclusão com excesso de força (como ocorre nos pacientes edentados). Vesículas: nos casos de herpes simples, há formação de placas com vesículas aglomeradas, sobre base eritematosa. Essas lesões são dolorosas e recidivam sempre na mesma localização, quando ocorre queda da imunidade: por uso de medicamentos imunossupressores, por infecções virais ou bacterianas em outros locais, por diabetes descompensado ou mesmo por estresse. Movimentos involuntários: fasciculações (pequenos tremores localizados) no canto dos lábios, por exemplo, podem ser um indicador de hipocalcemia (sinal de Trousseau). Mandíbula e articulação temporomandibular RESUMO DO LIVRO SEMIOLOGIA CLÍNICA Côndilos malformados; Traumas anteriores da articulação; Hemartrose (por trauma ou cirurgia prévia); Tensão muscular excessiva (como na ansiedade ou estresse); Desvios da oclusão e mastigação. Alterações auditivas; Tontura; Instabilidade; Sensação de plenitude auricular; Questione se houve algum; Trauma; Tratamento ortodôntico prévio; Vícios de oclusão oral; Mordida cruzada; Prognatismo; Micrognatismo; Próteses dentárias mal adaptadas; Extrações dentárias múltiplas. Disfunções da ATM podem causar queixas como cefaleia temporal, que pode ter piora com a mastigação. Pode ainda haver dor na própria articulação ou otalgia referida, daí a importância de avaliar a ATM nos pacientes com queixa de otalgia, especialmente se não for aguda. As alterações podem ser ocasionadas por: Questione as características da dor, se acompanha: Para examinar, faça a palpação do côndilo em repouso e em movimento (mantenha alguma compressão com os dedos em torno dos côndilos e peça ao paciente que abra e feche a boca algumas vezes). Atente para dor à palpação estática ou dinâmica e para possíveis estalos ou crepitação articular. Essa palpação não deveria causar dor em condições normais. A confirmação do diagnóstico de disfunção da ATM é feita por radiografias panorâmicas ou tomografia, junto à avaliação de cirurgião bucomaxilofacial. Em relação à mandíbula, pode haver trauma local, fraturas, formação de cistos, abscessos odontogênicos, tumores ósseos primários ou mesmo metastáticos. Em caso de dor mandibular, deve-se examinar os dentes e gengivas, palpar o local apontado como doloroso. Outra queixa possível (não necessariamente associada a dor na ATM, mas com origem similar em tensão muscular, ansiedade e estresse) é o bruxismo, ou ranger os dentes, especialmente à noite, durante o sono. Também pode ser melhorado ou completamente corrigido com o uso de placas corretivas. Cavidade oral RESUMO DO LIVRO SEMIOLOGIA CLÍNICA Cáries; Dentes quebrados; Dentes com má higienização; Manchas. Erosão dentária; Desgaste do esmalte; Exposição da dentina de cor amarelo- acastanhada. Mucosa jugal; Mucosa vestibular; Peça ao paciente para abrir a boca e observe suas arcadas dentárias. Avalie o estado de conservação dos dentes, e busque pela presença de: Observe ainda o número de dentes e aqueles que estão ausentes. Caso haja próteses, observe a higiene e o cuidado desta também. Dentes dolorosos podem ser avaliados com palpação ou percussão com o uso de espátula (avaliando se a dor pode ser originada em outro local, como uma sinusite do seio maxilar ou lesões da mandíbula ou ATM), ou ainda testar se há amolecimento (pinçando o dente entre os dedos e movimentando com delicadeza). Encaminhe ao odontólogo caso suspeite de lesão dentária de fato ou de problemas com próteses. Também avalie se há: Deve-se avaliar: Sublingual; Palato mole e palato duro; Assoalho da boca; Abaixo da língua. Lesões como nódulos; Úlceras; Placas esbranquiçadas. Use uma pequena lanterna e uma espátula para ajudar a abrir melhor a boca e expor porções da mucosa. Use a espátula nas diversas direções, para poder visualizar as porções mais laterais e posteriores. Com o auxílio de luvas, everta os lábios para avaliar a mucosa vestibular. Busque: É comum encontrar uma linha esbranquiçada ao longo da mucosa jugal, no local onde os dentes superiores e inferiores se encontram, mas isso não tem significado clínico, também pode haver lesões aftosas, ulcerações por trauma na mastigação de alimentos muito duros ou lesões tumorais. Avalie seu formato em gota e a mobilidade ao se elevar o palato mole (para falar “AAAA”, por exemplo, o que avalia a ação do nervo vago – NC X) e se ocorrem desvios. Caso não haja elevação de um dos lados, observa-se desvio da úvula para o lado normal, capaz de se contrair. Úvula bífida pode ocorrer nos casos de fenda palatina às vezes as fendas são pequenas e recobertas por mucosa, não visíveis ao exame simples. Úvula Gengivas e mucosa oral Nódulos; Fissuras; Úlceras; Alterações de coloração; Presença de saburra; Aspecto. Inicialmente, peça ao paciente para protruir a língua e movimentá-la para os lados e para cima. Avalie seu aspecto e se ocorre desvio desta para algum dos lados. Desvios sugerem disfunção do nervo hipoglosso (NC XII). A seguir, segure a ponta da língua com uma gaze e puxe delicadamente para a frente e para os lados – permitindo mais posteriormente e lateralmente, além do ponto que permite a colaboração do paciente. Avalie o aspecto da língua, nas superfícies superior, laterais e inferior. Busque: Verifique o padrão de distribuição das papilas. Exame da face lateral da língua. Glândulas salivares RESUMO DO LIVRO SEMIOLOGIA CLÍNICA Ulcerações; Lesões esbranquiçadas; Lesões avermelhadas; Nódulos. As glândulas devem ser palpadas – as parótidas externamente, sobre os ramos das mandíbulas; as glândulas submandibulares e submentonianas, preferencialmente por palpação bimanual – uma mão examina o assoalho da boca, internamente, enquanto a outra mão pesquisa lesões externamente. Essa manobra deve ser realizada para qualquer lesão encontrada no assoalho da boca, não apenas na investigação das glândulas salivares. As superfícies laterais e inferior da língua e o assoalho da boca são os locais mais frequentes de neoplasias de boca. Busque: Principalmente em homens, acima de 50 anos, tabagistas ou que masquem fumo. Todo nódulo ou úlcera persistente deve ser considerado suspeito, principalmente se for endurecido, recorrerno mesmo local, demorar demais para cicatrizar. Palpe todas as lesões encontradas. A: Palpação bimanual de glândula submandibular. B: Palpação da parótida – externa apenas. C: Avaliação das articulações temporomandibulares. Língua O sistema ASA é dividido em 6 classes, quanto maior a classificação, maior o risco de mortalidade durante a cirurgia. São elas: A sua importância maior está no bem- estar do paciente, pois com a classificação é possível assegurar quase sempre a garantia do sucesso. O que é risco cirúrgico? Risco cirúrgico pode ser definido como um cálculo realizado a partir da avaliação clínica e laboratorial do paciente, a fim de determinar sua condição de saúde e recomendar, ou não, o procedimento cirúrgico, descartando assim a exposição de pacientes a perigos desnecessários ou elevados. Doenças crônicas, deficiência de nutrientes, história familiar e a natureza da cirurgia são alguns fatores considerados para esse cálculo, pois têm potencial para aumentar o trauma operatório ou impactar na recuperação de forma negativa. Devido aos riscos envolvidos em qualquer operação, entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Cardiologia e o Colégio Brasileiro de Cirurgiões orientam os médicos a avaliar cada caso separadamente, pois nem sempre o procedimento terá um resultado positivo. Classificação ASA (American Society of Anesthesiologists) A escala da Sociedade Americana de Anestesiologia é uma das mais bem aceitas para o cálculo do risco cirúrgico, permitindo uma avaliação simples e eficiente, considerando a análise das condições de saúde, tratamentos, doenças crônicas e comportamentos do paciente, esse sistema de classificação tem como foco o risco da operação para o paciente, considerando a natureza da condição clínica e do procedimento que será feito. Crisley Lorrane Rocha Silva 4°p. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/calculo-do-risco-cirurgico https://telemedicinamorsch.com.br/blog/autorizacao-de-cirurgia https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK441940/
Compartilhar