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Clínica de Odontopediatria II JPMC

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Clínica de Odontopediatria II - Teórica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado com base em apresentações das aulas teóricas e guidelines AAPD. 
 
Professora: Luísa Lopes 
Elaborado por: 
 
 
2019-2020 
 2 
Índice 
Introdução à Cirurgia Oral Infantil ............................................................................................................................................................. 3 
Técnicas de Anestesia em Cirurgia Oral Infantil .................................................................................................................................... 3 
Tipos de anestesia ................................................................................................................................................................................. 4 
Anatomia ............................................................................................................................................................................................... 5 
Preparação Medicamentosa da Criança .................................................................................................................................................... 6 
Sedação ligeira e moderada .................................................................................................................................................................. 7 
Sedação Profunda .................................................................................................................................................................................. 9 
Anestesia Geral ...................................................................................................................................................................................... 9 
Exodontia no Paciente Pediátrico ............................................................................................................................................................ 10 
Autotransplantes ..................................................................................................................................................................................... 13 
Germectomia ........................................................................................................................................................................................... 15 
Germectomia dos 3ºs molares ............................................................................................................................................................ 15 
Germectomia de pré-molares ............................................................................................................................................................. 15 
Cirurgia conservadora de dentes não erupcionados ............................................................................................................................... 16 
Ulectomia ............................................................................................................................................................................................ 16 
Fenestração ......................................................................................................................................................................................... 16 
Alveolectomia condutora .................................................................................................................................................................... 16 
Marsupialização ................................................................................................................................................................................... 16 
Impactação dentária ............................................................................................................................................................................ 16 
Tratamento cirúrgico de dentes supranumerários .................................................................................................................................. 18 
Traumatismos da dentição decídua e permanente jovem ...................................................................................................................... 19 
Infeção odontogénica na criança ............................................................................................................................................................. 33 
Patologia dos tecidos moles na criança ................................................................................................................................................... 37 
Tumores Benignos ................................................................................................................................................................................... 41 
Anexos ..................................................................................................................................................................................................... 45 
 
 
 3 
Introdução à Cirurgia Oral Infantil 
 
• A cirurgia oral é a especialidade da Medicina Dentária que inclui o diagnóstico e o tratamento cirúrgico de lesões e defeitos 
dos tecidos moles e duros da região maxilofacial 
• Nesta especialidade, estão incluídas as extrações dentárias de, por exemplo, dentes supranumerários inclusos, dentes tecidos 
impactados. 
• Incluem-se também a remoção de lesões patológicas nas estruturas ósseas, como os odontomas, quistos dentígeros 
• Intervenções nos tecidos moles, tais como a remoção de fibromas, quistos de erupção, freios linguais e labiais e drenagem 
de abcessos. 
 
Técnicas de Anestesia em Cirurgia Oral Infantil 
 
Molécula: 
ü Grupo lipofílico: lipossolúvel, passagem da molécula 
pela membrana da célula nervosa 
ü Grupo hidrofílico: usualmente amina terciária, 
interage com recetor celular 
ü Separadas por uma cadeia intermediárias que incluem 
ligação éster ou amida 
 
Classificação dos anestésicos locais de acordo com a estrutura química 
Ésteres hidrolisados por enzimas 
encontradas em plasma e diferentes 
tecidos. Maior taxa de reações de 
hipersensibilidade. 
Ácido benzóico 
Cocaína 
Benzocaína 
Tetracaína 
Ácido para-aminobenzóico (PABA) 
Procaína 
Cloroprocaína 
Propoxicaína 
Amidas sofrem metabolismo hepático 
(maior duração de ação). Alergias são 
raras. 
Derivados da Xilidina 
Lidocaína 
Mepivacaína 
Bupivacaína 
Ropivacaína 
Etidocqaína 
Derivado da Toluidina Prilocaína Articaína 
 
Características dos anestésicos locais: 
 
ü Anestésicos locais são bases orgânicas fracas, pouco solúveis em água. 
ü Soluções comerciais preparadas como sais ácidos (hidrossolúvel). 
ü Anestésicos levemente ácidos (ph – 4,5 a 6) e os tecidos têm pH alcalino (7,4) levando a tamponamento ácido que permite 
reabsorção. 
ü Na presença de processos inflamatórios/infeciosos existe pH baixo o que conduz a uma maior ionização da molécula, menor 
lipossolubilidade e consequentemente a uma menor ação dos anestésicos locais. 
As variações nas características clínicas dos anestésicos locais são atribuídas às diferentes propriedades químicas das estruturas 
moleculares: 
• Lipossolubilidade 
• Ligação proteica 
 
Objetivos: 
ü Ação específica e reversível; 
ü Rápido início de ação; 
ü Administração tópica ou injetável; 
ü Não irritadiço; 
ü Não perde propriedades se co-administrados com outros 
fármacos ; 
Anestesia Local: Bloqueio reversível da condução nervosa determinado pela perda da sensibilidade sem alteração do nível de 
consciência. 
 4 
Outros fatores que influenciam: 
• Local de injeção; 
• Concentração do anestésico; 
• Vasoconstritor; 
• Volume de injeção; 
• Vasodilatação inerente ao próprio anestésico – influenciam a performance clínica do 
anestésico; 
Preparação da criança para a anestesia local: 
 
Linguagemutilizada: 
• Devemos evitar palavras como: injeção, pica e dor; 
• Devemos utilizar linguagem infantil para que a criança nos possa compreender. 
Manuseamento de instrumentos: 
• Evitar passar os instrumentos pelo campo visual da criança; 
• Usar ao máximo técnicas de controle de comportamento não farmacológico 
(ex: distração). 
 
Tipos de anestesia 
 
1. Anestesia palatina/lingual indireta 
2. Anestesia Intraóssea 
 
ü A injeção intraóssea permite a colocação do anestésico local diretamente no osso 
esponjoso adjacente ao dente alvo, permitindo uma anestesia pulpar profunda 
quase imediata, assim como do osso e tecidos envolventes. 
ü Contudo, o anestésico injetado geralmente não afeta os tecidos moles 
circundantes, lábios, língua e bochechas. 
ü Historicamente foram usados vários métodos para aceder ao osso esponjoso, 
incluindo o uso de uma agulha de 27G para penetrar o osso cortical e injetar o 
anestésico e a perfuração através do osso cortical, com uma broca esférica. 
 
ü Quatro sistemas que permitem efetuar anestesia intra-óssea 
• Stabident: constituído por um perfurador (um núcleo sólido com uma extremidade em bisel) que tem encaixe 
plástico que se adapta a um contra-ângulo convencional. 
• X-Tip: constituído por perfurador e guia que, que quando encaixados a distância entre a extremidade do 
perfurador e do guia varia entre 1 a 2 mm. Estes dois componentes estão juntos durante a perfuração com um 
contra-ângulo convencional, após a qual são separados, o perfurador é removido e o guia fica colocado no 
oríficio no osso cortical. Esse guia facilita a colocação da agulha de 27G. A guia é removida após terminada a 
anestesia 
• Intraflow: associa um contra-ângulo, com um perfurador e um sistema que permite a colocação do anestubo 
para a injeção de anestésico. Permite a perfuração e injeção num só passo. 
• QuickSleeper: é um dispositivo computorizado que combina a rotação de uma agulha para a perfuração óssea 
e um sistema de injeção do anestésico. Tanto a perfuração como a injeção são ativadas por um pedal duplo. 
ü Efeito secundário mais frequente – taquicardia 
ü Outros: 
• Ansiedade com tremores; 
• Confusão; 
• Convulsões (incomum); 
• Depressão Nervosa; 
• Hipotensão Arterial; 
• Reações Alérgicas. 
Anestesias 
 
A lidocaína 2% associada 
a vasoconstritor fornece 
anestesia pulpar durante cerca 
de 60min e as diferentes 
concentrações de 
vasoconstritor parecem não 
alterar significativamente o 
tempo de duração da 
anestesia 
 
A mepivacaína 3% é um 
anestésico de curta duração 
fornecendo anestesiam pulpar 
de 20 a 40 min. Tem um 
importante papel na anestesia 
oral, por apresentar 
propriedades vasodilatadores 
mínimas e, apesar de não ser 
formulada com 
vasoconstritor, conseguir uma 
anestesia local profunda 
 
A articaína é o anestésico 
local mais recente, numa 
formulação de 4% com 
epinefrina 1:100000 ou 
1:200000. Apresenta 
lipossolubilidade maior (anel 
tiofeno). Sofre 
biotransformação plasmática 
(por apresentar uma ligação 
éster adicional) e hepática. 
 5 
Anatomia 
 
São os nervos que permitem a sensibilidade da face: trigémeo, glosso-faríngeo e facial. O nervo trigémeo constitui, com o 
homólogo contralateral, V par de nervos cranianos. Denomina-se assim por possuir três ramos: o nervo oftálmico, o mandibular e o 
maxilar. Tem função mista (motora e sensitiva), porém há predomínio da função sensitiva. Controla, principalmente, a musculatura 
da mastigação e a sensibilidade facial. A parte motora do trigémeo é formada por fibras que pertencem ao ramo mandibular, assim, 
inervando os músculos mastigadores (temporal, masseter, pterigoideu lateral e pterigoideu medial), além de emitir também ramos 
nervosos para os músculos: milo-hióideu e ventre anterior do músculo digástrico. 
Como evitar complicações da anestesia local em 
odontopediatria 
 
ü Conhecer a substância a injetar 
ü Usar vasoconstritor 
ü Observar as condições do anestubo 
ü Selecionar agulha adequada 
ü Evitar injeção intravascular (seringa com 
aspiração) 
ü Evitar dose excessiva 
ü Injetar solução lentamente 
ü Observar as referências anatómicas 
Complicações da anestesia local em odontopediatria 
 
Locais 
û Úlceras traumáticas; 
û Lesões aftosas; 
û Recidiva de herpes; 
û Hematoma; 
û Trismus; 
û Dor; 
û Parestesias temporárias; 
û Injeção intra-vascular; 
û Fratura da agulha; 
û Infeções. 
Sistémicas 
û Reações alérgicas; 
û Disfunção nevosa central produzindo sonolência, 
visão turva, tremores, convulsões, depressão do SNC 
e morte; 
û Disfunção do sistema cardiovascular; 
û Lipotimia; 
û Sincope. 
Trismus (etiologia) 
• Traumatismo muscular 
• Solução irritante 
• Hemorragia 
• Infeção 
Hematoma (etiologia) 
• Técnica incorreta 
Úlcera traumática (etiologia/sinais e sintomas) 
• Grande volume de anestesia injetada no mesmo 
local 
• Descamação epitelial na área da agulha 
• Sensação da queimadura e dor 
Paralesia Facial 
• Técnica incorreta de anestesia do Nervo alveolar 
Inferior: bloqueio do nervo facial 
Infeção (etiologia) 
• Material não está devidamente esterilizado 
• Ausência de anti-sepsia 
• Passagem de agulha por locais infetados 
Fratura da Agulha (etiologia) 
• Agulha defeituosa 
• Agulha de comprimento inadequado 
• Movimento brusco- doente/médico 
• Técnico incorreta 
Lipotimia 
• Mal-estar passageiro - sensação de desmaio 
• Sem perda de consciência 
• Súbita diminuição de fluxo sanguíneo e oxigenação 
cerebral 
Psicogênico 
• Medo, ansiedade, stress 
• Situações desagradáveis 
• Susto dor, visão de sangue 
Não psicogênico 
• Hipogligemia 
• Temperatura muito alta 
• Debilidade orgânica 
Síncope (evolução da Lipotimia) 
• Perda da consciência 
• O que fazer? 
o Interromper tratamento 
o Avaliar consciência 
o Posição supina de pés elevados 
o Hiper-extenção cabeça 
o Se não recuperar ao fim de 2 minutos – 112 
Hipotensão Ortostática 
• Queda brusca da pressão arterial (deitado de repente 
fica de pé) 
• Queda brusca e excessiva da pressão arterial 
 6 
Preparação Medicamentosa da Criança 
 
O conhecimento das fases de desenvolvimento da criança, ajuda-nos a entender as alterações de conduta destas e assim podermos: 
• Promover alterações que contribuam para o sucesso do ato clínico 
• Evitar situações desagradáveis e traumáticas para a criança 
Fatores que reagem na conduta da criança: 
• Maturidade 
• Ambiente 
• Personalidade 
 
Fatores que determinam a conduta da criança: 
• Atitude da família 
• Tipo de linguagem utilizada pelo médico, que não deve constituir uma ameaça 
• Experiências anteriores 
• Contenção física não é aceitável a partir dos dois anos, a menos que sejam pacientes “especiais” 
Preparação da criança: 
• Técnica de comunicação (explicar, mostrar, deixar mexer) 
• Técnica de modificação da consulta (reforço, dessensibilização) 
• Técnica de controlo físico (abre bocas) 
As técnicas de controle de comportamento podem ser não farmacológico e farmacológico (sempre acompanhadas de controlo não 
farmacológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contenção física/Imobilização Médica 
• Ativa 
• Passiva 
o Macri 
o Papoose Board 
o Pediwrap 
o Pedi-Board “Rainbow” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O medo e a ansiedade são diferentes! 
Técnicas de controlo de comportamento 
farmacológicas 
 
• Anestesia geral 
• Sedação Profunda 
• Sedação Moderada 
• Sedação Ligeira 
Técnicas de controlo de comportamento 
não farmacológicas 
• Dizer – Mostrar – Fazer 
• Controle da voz 
• Distração 
• Técnica mão-sobre-a-boca 
• Dessensibilização 
• Modelagem 
• Reforço positivo 
o Material 
o Social 
o Atividade 
Objetivos: 
ü Alívio da ansiedade 
ü Minimizar desconforto físico e/ou dor 
ü Induzir amnésia 
ü Controlar comportamento e promover 
cooperação 
ü Garantir segurança 
ü Facilitar trabalho MD 
ü Permitir determinados procedimentos cirúrgicos 
 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Farmacológia em medicina dentária: 
 
• Grupo farmacoterapêutico dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos; 
• Grupo farmacoterapêuticodos anti-histamínicos (hidroxizina) H1 
sedativos; 
• Tratamento sintomático da ansiedade, nos adultos; 
• Tratamento sintomático do prurido; 
• Pré-medicação em cirurgia. 
 
Benzodiazepinas 
ü Eficazes como ansiolíticos e hipnóticos. Estão também indicados como adjuvantes na anestesia, relaxamento muscular e 
anticonvulsivantes 
Contra-indicações 
û Devem ser usadas com precaução em crianças porque, podem desencadear reações paradoxais 
û Ter atenção ao seu uso em doentes com insuficiência respiratória grave 
û Contra-indicadas em apneia de sono 
û Habitualmente há necessidade de reduzir a dose das benzodiazepinas quando à IR 
 
 
Preparação Medicamentosa da Criança Sedação Consciente – Protóxido de Azoto 
 
 
 
 
Denomina-se técnica de sedação consciente aquelas que utilizam fármacos para induzir um estado consciente de 
cooperação numa criança não colaborante. 
Nível de consciência deprimida, medicamente controlada, que permite conservar a capacidade do doente para: 
• Manter a via aérea independente, assim como todos os reflexos de defesa naturais (ex:tosse) 
• Responder adequadamente ordens vocais 
• Reagir as estímulos físicos 
Sedação 
ligeira e 
moderada 
Eleição do agente sedante 
A substância deve: 
ü Diminuir o medo; 
ü Aumentar o limiar da dor; 
ü Ser o menos tóxico possível; 
ü Não provocar dependência; 
ü Não apresentar interações com outras 
substâncias; 
ü Apresentar rápida reversibilidade; 
ü Ter ampla margem de segurança entre 
a dose sedante e a narcótica. 
Em medicina dentária 
ü Sedação Inalatória 
ü Sedação Oral 
ü Anestesia geral 
Sedação Oral 
ü Sedação sob a forma de 
comprimidos ou solução; 
ü Geralmente ansiolítico; 
ü Administrada algum 
tempo antes da consulta. 
Recordar 
Hidroxizina – Atarax – 0,6mg/Kg – 1h 
Benzodiazepina 
• Midazolan – 0,3 a 0,6mg/kg – 20min 
• Diazepam – 0,3 a 0,6mg/kg – 45min 
História: 
1. 1773 – descoberta do NO2 – Joseph Priestley 
2. 1796 – Experiências dos efeitos do NO2 – Humphrry Davy 
3. Desventuras de Horace Wells – Dentista americano pioneiro 
4. Técnica padronizada em 1950 pela American Dental Academy (ADA) 
Objetivos: 
 
ü Minimizar os efeitos do medo, 
stress, ansiedade e tensão 
relacionados com os tratamento 
dentários 
ü A criança permanece consciente e 
participativa 
 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Via Inalatória -Via respiratória: 
• Baixa solubilidade sanguínea – rapidamente difundido através das membranas alveolares à elevando as concentrações 
alveolar e cerebrais em segundos; 
• O real efeito do N2O no sistema nervoso central ainda não está totalmente esclarecido, sendo relatado depressão do SNC, 
principalmente do córtex. 
Óxido nitroso/oxigénio: 
• Devido à sua baixa solubilidade, o óxido nitroso pode provocar efeitos de aumento da pressão e/ou volume em cavidades; 
• Como efeito adverso, pode ocorrer também a produção de estímulo simpático que aumenta os efeitos indesejáveis dos 
vasoconstritores, levando a picos hipertensivos; aumento da pressão no ouvido médio, podendo provocar efeitos pós-
operatórios adversos na audição e aumento indesejável da pressão intraocular. 
• Não dispensa a anestesia local 
Vantagens Desvantagens 
ü Período de indução e recuperação rápida 
ü Não há idade limite 
ü O tempo pode ser controlado 
ü Alterações de sinais vitais insignificante 
ü Facilidade em dosear 
ü Ausência de efeitos secundários graves 
û Requer aparelhagem própria 
û Efeito anestésico fraco 
 
 
Indicações Contra-indicações 
ü Pacientes medrosos ou stressados 
ü Crianças 
ü Tratamentos longos e penosos 
ü Intervenções delicadas em que é necessária a 
colaboração do paciente 
ü Toma de impressões em pacientes com náuseas 
 
û Obstrução das vias aéreas 
û Problemas pulmonares graves 
û Rinite 
û Sinusite 
û Anemia 
û Gravidez até ao 6º mês 
û Corisa: pingo do nariz 
û Problemas psíquicos que dificultem contacto verbal 
û Operação recente ao ouvido médio 
û Bronquite 
 
Técnica: 
• Oxigénio a 100% por 3 a 5 min 
• Iniciar administração de N2O de 10% em 10% até ao máximo de 70% 
• Diminuir administração de N2O de 10% em 10% até 100% 
• Manter oxigénio a 100% por 3 a 5 min 
• Risco de hipoxia de Fink 
Química 
• Gás orgânico incolor, não 
irritante 
• Não inflamável 
• Odor adocicado e agradável 
Características clínicas 
• Não é metabolizado pelo 
organismo 
• Rapidamente absorvido pelos 
alvéolos 
• Não reage com a hemoglobina 
• Eliminado totalmente pelos 
pulmões 
 
Principais efeitos 
• Analgésico 
• Sedativo 
 
Sensação 
• Parestesias 
• Bem estar 
• Sonolência 
 
Efeitos secundários 
• Náuseas/Vómitos 
• Tonturas, alucinações 
• Gás hilariante 
 
Tipo de conjugação e conjugação 
• Fazer conjugação tem 
vantagens mas, acima de tudo, 
desvantagens 
• Oral à IV ou inalatória 
• Retal à inalatória 
• IV à inalatória 
 
 9 
Protóxido de azoto (apontamentos) 
• Se com o protóxido de azoto a criança se estiver a rir muito diminuídos a dose do protoxido, não há problema simplesmente 
não nos dá jeito que a criança esteja a rir para trabalharmos. Pode dar náuseas e vómitos mas só se estivermos a subir e 
descer muitas vezes a concentração. 
• Criança que está constipada não conseguimos fazer com protóxido porque não respira pelo nariz, devemos adiar a consulta. 
• As máquinas: há já pré-preparadas e outras em que vamos aumentando/diminuindo de 10 em 10%. 
• Crianças operadas recentemente ao ouvido (3 a 6 meses) devemos adiar o procedimento e pedir o procedimento e opinião 
do otorrino. 
• Deve-se começar sempre com 100% de oxigénio e acabar com 100% oxigénio 
• O risco de hipoxia é muito baixo, só aumenta se o tratamento já estiver a mais de 3h, aí devemos dar oxigénio. 
 
 
 
Sedação Profunda (apontamentos) 
• Nas crianças começamos pelos gasosos para adormecer e depois sim os venosos. 
• Obrigatório pedidos dos exames complementares 
• Dieta obrigatória 8 h antes (criança não tem controlo no vómito, podendo haver aspiração e ir para os pulmões) 
• Se tiver febre ou constipada não pode ir ao bloco. 
• Aquando de uma exodontia em bloco podemos dar anestesia só por causa do vasoconstritor devido ao sangramento. Ao 
colocar coroas de zircónia infragengival também devemos anestesiar as papilas porque o hemostático vai manchar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados (apontamentos) 
Midazolam: se a criança vomita após administração (10min depois), a consulta deve ser terminada. Porque a reabsorção começa na boca e não 
sabemos a taxa de reabsorção que já teve. Consulta acaba, marca-se para depois. Podemos fazer sedação com protoxido a seguir mas depois apesar 
de termos as vantagens dos dois, mas também as desvantagens dos dois por isso a prof não aconselha porque se o paciente chegar a dose narcótica 
não ha medicação sem ser em meio hospitalar que nos salve. 
Atarax (Hidroxizina): pode ser administrada porque é mais seguro. Devemos perguntar aos pais se a criança já tomou e como se deram. Se não for 
indicado então passamos às benzodiazepinas que levam a um completo knock-out . Professora aconselha a dar sempre a dose mais baixa 
Podemos dar os medicamentos com sumo esmagados, só não pode ser com bebidas com gás. 
• Estado de inconsciência ou de reduzida consciência, medicamente controlado, de difícil despertar; 
• Existe perda completa ou parcial dos reflexos protetores, que inclui a incapacidade de manter a via aérea 
independente e de responder a estímulos físicos ou verbais. 
 
Sedação 
Profunda 
• Estado de inconsciência, medicamente controlado, acompanhado de perda de reflexos protetores; 
• O paciente é incapaz de manter a via aérea independentemente, bem como responder a estímulos físicos 
ou verbais; 
• Unicamente em meio hospitalar com médico assistente 
 
Anestesia 
Geral 
Quando optar? 
• Crianças rebeldes 
• Crianças de tenra 
idade 
• Alergia à anestesia 
local 
• Hemofilia 
• Crianças especiais 
Cuidados pré-cirúrgicos: 
• Explicação aos 
pais/responsáveis 
• HO cuidada 
• Pedido de exames 
complementares 
• Tempode hemorragia 
• Tempo de protrombina 
• Hemograma 
• Tempo de coagulação 
• ECG 
• ECG Rx do tórax 
Tipos de anestésicos: 
• Voláteis 
• Gasosos 
• Endovenosos 
Pós cirurgia: 
• Dieta 
• Medicação 
• Consulta pós-
operatória 
 10 
Exodontia no Paciente Pediátrico 
 
O que fazer antes da exodontia? 
 
• Pedir o livro da criança 
• HC 
• Exames Complementares de diagnóstico: 
Radiografia 
• Grau de reabsorção radicular 
• Forma e número das raízes 
• Relação das raízes com gérmen do 
dente definitivo 
• Localização do dente definitivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações: 
 
ü Cáries que não podem ser restauradas (irrecuperáveis) 
ü Dentes envolvidos em processos patológicos 
ü Fraturas coronárias ou radiculares 
ü Retenção prolongada de dentes decíduos 
ü Dentes supranumerários 
ü Apinhamentos dentários (extrações seriadas) 
ü Dentes impactados (orto – erupção dentária) 
ü Dentes com rizálise completa 
ü Dentes natais / neonatais: muita mobilidade por norma, 
podendo engasgar a criança 
ü Reabsorção interna ou externa 
ü Raiz Residual 
ü Indicação ortodôntica 
ü Rizálise irregular: risco de fratura do dente. 
Se tem problemas sanguineos, então mais vale 
pulpotomia/pulpectomia que exodontia. 
 
Dentição Definitiva 
Dentição Decídua 
Procedimento na realização de atos cirúrgicos em 
odontopediatria (resumo): 
 
1. Anamnese completa com pais/responsáveis 
2. Exames radiográficos 
3. Diagnósticos 
4. Esclarecimento aos pais 
5. Melhor momento cirúrgico 
6. Preparação dos instrumentos 
7. Controlo de ansiedade 
8. Anestesia 
9. Sindesmotomia 
10. Luxação 
11. Fórceps 
Abordagem Clínica: 
 
• Primeira visita ao dentista é, na maioria das crianças, 
aos 3 anos mas, deveria ser antes, a partir dos 6 
meses; 
• Existem várias técnicas na literatura para lidar com 
uma criança num consultório, dificuldade de eleição 
do melhor, stress ao MD; 
• Preparação da criança em casa pelos pais 
o Não aguardar que a criança sinta “dor nos 
dentes” para marcar a primeira consulta; 
o Evitar comentários sobre experiências 
dentárias negativas vividas por eles. 
 11 
Na hora da consulta: 
• Primeira consulta, regra geral, apenas se realiza história clinica 
• Considerar a idade psicológica e cronológica da criança 
• Primeira consulta: orientação no espaço físico, relação com os técnicos de saúde e auxiliares, plano de tratamento e HC. 
• Deve ser simples e agradável 
• Explicar, mostrar e fazer (apenas alguns procedimentos), selecionar as palavras e o tom de voz 
• Imobilização médica (mais em menores de 2 anos, em urgências e deficiências físicas e mentais) 
• As mães são orientadas para ficar em silêncio. A ideia é fazer com que a criança se concentre mais no dentista. 
• Controlo Farmacológico: sedação consciente, ansiolíticos e narcóticos 
 
Material Cirúrgico (Mesa cirúrgica) 
1 Anestesia 
adequada 
2 Sindesmotomia 3 Luxação 4 Avulsão 5 Exame do alvéolo 
 
Anestesia 
tópica 
 
e 
 
Carpule e 
anestubo 
 
Sidesmótomo 
 
• Curvo: Arcada 
superior e inferior 
 
• Reto: Arcada 
Superior 
 
Incisão decidida e 
profunda em toda a 
periferia do dente 
 
Alavanca 
 
Multiplica a força 
aplicada contra a 
resistência 
existente 
 
Fulcro: 
osso alveolar 
Resistência: dente 
Força: mão do 
médico 
 
Boticões: 
Superiores – pontas de preensão paralelas 
ao LED (longo eixo do dente) ; 
Inferiores – pontas de preensão 
perpendiculares ao LED 
• Preensão e remoção dentária 
• Tecido dentário são, abaixo ou justa colo 
dentário 
• Movimentos com amplitude suficiente para 
libertar o dente 
• Doente ligeiramente reclinado na cadeira 
• Posição : alta – maxila ; baixa- inferior 
• Mão esquerda suporta o osso alveolar 
bilateralmente 
• Movimentos básicos apropriados 
• Último movimento – avulsão 
(normalmente para vestibular) 
Movimentos bruscos – fratura 
 
 
Não se faz 
curetagem a menos 
que não haja gérmen 
do permanente ou 
haja tecido de 
granulação 
 
6 Compressão 
Compressas 
 
Paredes do alvéolo; 
 
Morder alguns 
minutos gaze estéril. 
 
 
 
Forças básicas exodônticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentes anteriores: 
• Luxação para vestibular (posição 
lingual ou palatino dos permanentes); 
• Rotação mesial ligeira; 
• Remoção por vestibular. 
Dentes Posteriores: 
 
• Luxação para vestibular e lingual; 
• Remoção por vestibular; 
Instrumentos rotatórios – Indicações 
 
• Dentes anquilosados – possibilidade de remoção do gérmen do dente permanente 
• Anquilose – fusão anatómica entre dente e osso alveolar – dente em infra-oclusão 
• Maior frequência em 2ºs molares decíduos inferiores 
• Exame percussão – som metálico oco 
 12 
Pós-exodôntia 
 
• É contra-indicada a curetagem do alvéolo , uma vez que o gérmen definitivo se encontra nessa área (excepto se existir lesão 
patológica à curetagem muito cuidadosa) 
• Avalia-se a necessidade de suturar 
• Compressão direta – Compressa intra-oral 
• Deve ser explicado quer à criança quer aos pais as instruções pós-operatórias por escrito 
 
Complicações da exodôntia 
Pré-operatória Intra-operatória Pós-operatória 
û Infeção aguda ou crónica (tentar 
tratar sempre antes de realizar 
exodôntia) 
 
û Hemorragias; 
û Fraturas radiculares; 
û Fraturas ósseas (mandibulares mais 
frequentes que maxilares); 
û Extração ou danificação do definitivo; 
û Aspiração ou deglutição dos dentes 
e/ou raízes; 
û Lacerações gengivais; 
û Fratura dentária por utilização do 
boticão inferior (tem 2 saliências) em 
superior ; 
û Dentes decíduos em infra-oclusão 
podem requerer odontosecção. 
û Edema e dor; 
û Hemorragia primária; 
û Hemorragia secundária: por exemplo 
devido ao bochecho excessivo com 
posterior desinserção do coágulo; 
û Infeção; 
û Alveolite seca 
 
 
O que pode acontecer após exodontia de um dente decíduo? 
• Aceleração da erupção do dente definitivo 
• Atraso ou retenção do dente definitivo (espessura da mucosa) 
Frenectomia 
 
1. Frenectomia do lábio inferior 
• Associado à recessão gengival e ortodontia 
2. Frenectomia labial (lábio superior) 
• Anestesia tópica 
• Anestesia infiltrativa: fundo do vestíbulo e palatino 
• Técnicas: bisturi elétrico, laser bisturi 
• Pinçamento da parte central do freio 
• Incisão na periferia do pinçamento 
• Remoção do tecido de forma triangular – forma-se um losango 
• Remoção as fibras do tecido conjuntivo com cureta ou compressa 
• Divulsão do tecido mucoso do plano muscular 
• Sutura 
3. Frenectomia Lingual 
• Anestesia do nervo lingual bilateralmente 
• Transfixação da língua com fio de sutura 
• Incisão horizontal e divulsão com tesoura cirúrgica (mais próxima da 
língua) 
• Sutura 
• Cuidado com os canais de wharton e vasos. 
Função dos freios - limitar o movimento ou parte do movimento do órgão a que está ligado , ou seja, limitar os movimentos do 
lábio ou língua 
Detalhes em frenectomia: 
 
• Após anestesia, começamos por 
vestibular, passamos para palatino 
por último o freio; 
• Pode não ser necessário 
frenectomia se os caninos ainda não 
tiverem nascido (estes podem 
encerrar o diastema); 
• Quando vemos que a inserção é 
baixa, prende o lábio e vai para 
palatino tem indicação para uma 
frenectomia; 
• Quando há necessidade de 
frenectomia em inferior é 
normalmente porque já esteve em 
terapia da fala e não melhora ou em 
superior com o diastema 
interincisivo que nunca/é difícil de 
fechar porque muitas vezes 
contacta com palatino 
 13 
Autotransplantes 
 
 
Classificação dos transplantes 
 
Autógeno/autotransplante Dente do mesmo individuo, de uma zona para outra; 
Isógeno/isotransplante Transplante de um dente entre indivíduos geneticamente semelhantes, ex.: entre gémeos homozigóticos; 
Alógeno/alotransplante Transplante de um dente entre indivíduos diferentes mas da mesma espécie; 
Xenógeno/xenotransplante Transplante de dentes em que o recetor e o dador pertencem a espécies diferentes, ex.: entre um humano e um animal. 
 
Porquêautotransplantes? 
 
Para que este funcione é necessário saúde periodontal (sem anquilose) e saúde 
endodôntica (revascularização pulpar). 
 
Biologia do autotransplante 
Considerações primordiais 
ü Papel do ápice com desenvolvimento do dente dador imaturo; 
ü Papel do ligamento periodontal do dente dador na reinserção e regeneração 
alveolar; 
ü O prognóstico é melhor quando o dente dador é imaturo e tem o ápex 
aberto; o ápex aberto favorece a revascularização; pulpar, a raiz imatura à 
medida que se desenvolve associa-se à formação de um novo periodonto; 
ü A quantidade e o estado do ligamento periodontal e cimento radicular é 
crucial para uma reinserção normal; 
ü Ter em atenção que as células do ligamento periodontal secam ao final de 20 
minutos fora da boca. 
Quando fazer o autotransplante? 
 
A fase ideal para realizar o autotransplante é na fase 3, 4 ou 5 de rizogênse. Ao realizarmos um autotransplante numa fase 
posterior (por exemplo, na fase 7), o dente transplantado terá que sofrer tratamento endodôntico na consulta anterior ou na consulta 
a seguir ao transplante. 
 
 
 
 
 
 
 
Definição: substituição de um dente clinicamente 
comprometido ou ausente, por um outro distinto, do 
próprio individuo, que por diversos motivos, não se 
encontra em função na arcada ou não tem condições para 
erupcionar (não atual). 
No caso de haver um 
traumatismo em que o dente está 
fora da boca 2 horas, após o 
transplante, existe um fenómeno 
chamado reabsorção externa por 
substituição (o cemento e dentina 
são substituídos por osso) levando 
a uma anquilose e consequente 
infra-posição na arcada. 
Dente 11 com anquilose em que foi 
feito alongamento coronário. 
Ri R1/4 R1/2 R3/4 Rc Rc A1/2 Rc Ac 
 14 
 
 
Condições ideais para a realização de auto-transplantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cooperação interdisciplinar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transplantes 
 
Implantes 
Substituição biológica Substituição artificial 
Cria osso alveolar Precisa de osso alveolar 
Periodonto normal Osteointegrado (anquilose) 
Posição ajustáveis Não ajustável 
Permite erupção (crescimento) Não erupciona (ausência de crescimento) 
Papila gengival intacta Recessão interdentária 
 
 
Indicações 
ü 3ºs molares para o local dos 1ºs ou 2ºs molares; 
ü Pré-molares (exceto 4ºs superiores devido ao 
facto de terem 2 raízes, não sendo anatómicos). 
Contra-indicações 
û Perda do dente devido a trauma. 
Indicações 
ü Agenesias dentárias, traumatismos severos (ex: Avulsão (corte do LP); 
ü Intrusão (esmagamento e posterior necrose do LP); Luxação); 
ü O transplante deve fazer-se imediatamente após a extracção; 
ü Tempo extra oral do dente a reimplantar deve ser mínimo, devido à recuperação periodontal e endodontica 
(impressão 3D - CBCT); 
ü Dente a ser transplantado deve ficar em sub oclusão e ter bastante espaço inter dentário e o alvéolo ter maior 
dimensão que o dente dador (para não haver compressão do ligamento periodontal); 
ü Deve ser feita ortodontia após cerca de 6/7 semanas para evitar a anquilose; 
ü O dente deve ficar em infra-oclusão para evitar sobrecargas (primeira 6 semanas); 
ü Perda de um dente e substituição por outro, do mesmo ou 
de outro quadrante; 
ü Deve oferecer vantagens sobre a restauração ou a 
substituição convencional; 
ü Não pode existir infeção aguda do dente assim como do 
alvéolo recetor; 
ü O alvéolo recetor deve ter dimensão compatível e ser maior 
que o próprio dente a ser transplantado (1 a 2 mm maior 
que o dente); 
ü Deve-se manipular o dente pela coroa, com delicadeza 
durante a exodontia; 
ü Manter o dente em ambiente húmido; 
ü Transportá-lo rapidamente para o local recetor; 
ü Colocação do dente em sub oclusão e com ferulização 
flexível durante 2 semanas (a ferulização rígida não permite 
mobilidade fisiológica, logo deve ser evitada). 
Aos 15 dias, o tecido 
periodontal começa a renovar. Se 
for ferulizado com uma férula 
rígida, dá-se o fenómeno de 
reabsorção externa por 
substituição. 
Ortodontia (abrir 
espaço M-D) 
Autotransplante (ponto 
cruzado com compósito 
no centro da cruz)* 
Dentisteria estética 
 (6 semanas) 
Ortodontia 
(7 semanas) 
* 
1. lavar 
2. Sistema adesivo 
3. Lavar 
4. Flow 
5. Fotopolimerizar 
 15 
Germectomia 
 
 
Germectomia dos 3ºs molares 
 
Pode ser feita a partir do momento em que a coroa está formada 
(+/- 8-9 anos). 
 
ü Apinhamento dentário; 
ü Falta de espaço; 
ü Mal posicionamento; 
ü Reabsorção radicular do 2º molar permanente. 
 
Avaliação pré-operatória 
• Ortopantomografia; 
• Raio-x apical; 
• Modelos de estudo; 
• Requisição de análises. 
 
Germectomia de pré-molares 
 
ü Gérmenes anómalos 
ü Apinhamento dentário 
 
Avaliação pré-operatória 
• Após exame cefalométrico completo; 
• Ortopantomografia; 
• Raio-x apical; 
• Modelos de estudo; 
• Requisição de análises 
 
A técnica difere da presença de: 
 
 
 
Indicações 
ü Molares (principalmente 3ºs molares); 
ü Pré-molares; 
ü Supranumerários. 
Com molar decíduo 
• Não se faz retalho; 
• Exodontia do molar decíduo; 
• Enucleação do gérmen através do 
alvéolo do molar decíduo 
Com espaço mantido (sem molar decíduo) 
• Incisão de Newman total: 
• Descolamento e divulsão do retalho 
mucoperiósteo; 
• Osteotomia; 
• Enucleação do gérmen. 
Definição: Remoção cirúrgica da futura peça dentária antes da sua completa formação. Normalmente requisitado por 
ortodontia 
Técnica de germectomia de 3ºs molares 
1. Assépsia local; 
2. Anestesia Troncular e loco-regional (N. Alveolar inferior e 
milohioideu; 
3. Infiltração anestésica ao longo do local da incisão; 
4. Incisão de Newman parcial (1 descarga); 
5. Descolamento mucoperiósteo e divulsão dos tecidos; 
6. Osteotomia por vestibular e oclusal; 
7. Enucleação do gérmen dentário + saco que envolve o dente, 
utilizando pinça hemostática, alavancas ou fórceps, tendo o 
cuidado de manter o epitélio folicular integro (exodontia e 
exploração). 
 
• Não se faz luxação porque o gérmen está solto. 
• Pode ser necessário odontosecção. 
• No caso do 2º molar não estar erupcionado e for necessário 
proceder à gemerctomia do 3º molar, ao fazer uma incisão 
desde o 6º até ao 8º, ao sutura o retalho, pode haver uma 
fibrose ao longo do retalho, dificultando a erupção do 7º. 
Técnica de germectomia de pré-molares 
1. Antissépsia local 
2. Anestesia do nervo mentoniano (se inferiores - Infiltração por 
lingual ou palatino) 
3. Infiltração ao longo do local da incisão 
• Na germectomia de pré-molares deve-se também executar a 
do contra lateral para evitar desvios da linha média. 
• A técnica difere dependendo da: presença de molar decíduo, 
ou na sua ausência, se existe manutenção do espaço ou 
impactação do pré-molar 
 16 
Cirurgia conservadora de dentes não erupcionados 
 
Ulectomia 
 
Técnica: 
1. Anestesia 
2. Incisão da mucosa a ser removida (pode ser feita de forma mais limpa com um bisturi elétrico) 
3. Exposição da coroa dentária 
4. Manipulação tecidular, obtenção de hemostasia 
Fenestração 
 
Alveolectomia condutora 
 
Marsupialização 
 
Técnica: 
1. Anestesia 
2. Incisão sobre o muco periósteo 
3. Remoção da porção central do retalho 
4. Remoção do osso sobre o quisto 
5. A porção exposta da parede quística é excisada 
6. A mucosa é suturada à parede quística com uma evaginação do retalho muco-periósteo 
7. A cavidade é preenchida com gaze durante 5 dias 
Esta cirurgia é feita em duas etapas: primeiramente faz-se abertura e em seguida a exérese de tecido. 
 
Impactação dentária 
 
Causas primárias 
• Proporção de reabsorção de raízes dos decíduos (o definitivo fica mais apical); 
• Traumatismo do gérmen do dente permanente através do dente decíduo 
• Alterações na correlação eruptiva 
• Rotação dos gérmens 
• Encerramento prematuro da raiz (a erupção dá-se devido ao facto de o ápex não estar encerrado). 
Definição: Remoção cirúrgica dos tecidos que revestem a face oclusal de uma coroa de um dente não erupcionado/semi-
erupcionado deforma a permitir o aparecimento de uma via desimpedida, para ocupar o seu lugar na arcada dentária (exérese 
de tecido muco-gengival). É comum ocorrer a distal de molares e incisivos. Pode ocorrer edema. Pode revelar-se necessidade 
desta cirurgia quando se verifica quisto de erupção (cor azulada arroxeada). 
 
Definição: Procedimento cirúrgico que visa obtenção de uma janela (é invasivo). Incisão semilunar debaixo do nível da coroa, 
elevando um retalho mucoperiósteo. 
 
 
Definição: Procedimento cirúrgico executado quando se necessita eliminar obstáculos ósseos ou tumorais, dentários e assim 
acelerar o poder eruptivo da peça dentária (fazendo exposição do mesmo). Pode obrigar a desgaste de osso aquando de trações. 
Exemplo: supranumerário, mesiodens caninos inclusos. 
 
 
 
 
Definição: Procedimento cirúrgico que permite a ligação de uma cavidade quística ao meio oral (drenagem). 
 
 
 
 
 
 17 
Causas secundárias 
• Pressão muscular anormal (sucção digital impede a erupção) 
• Alterações endócrinas (patologia base) 
• Fatores hereditários (impactação) 
 
Atitudes terapêuticas (depende da posição) 
• Exodontia 
• Terapêutica ortodôntico-cirúrgica 
• Controlar 
 
Posição 
 
Ectópica 
VS 
Heterotópica 
Região normal mas posição diferente. Região e posição incorretas 
 
• Fossas nasais; 
• Seio maxilar; 
• Região infraorbitrária 
 
Diagnóstico 
Imagiologia: Sintomatologia Inspeção Palpação 
• Ortopantomografia 
• Rx apical 
• Rx oclusal 
• Técnica de Parallax 
 
Exemplo: numa anquilose do 
2º molar decíduo, à medida 
que ocorre crescimento e 
erupção dos definitivos, este 
ganha uma posição cada vez 
mais apical ficando em infra-
oclusão. Existe uma 
mesialização do 1º molar 
definitivo e distalização do 1º 
pré-molar definitivo. 
 
Num canino incluso que 
possua uma inclinação 
superior a 45º a possibilidade 
de tração é quase impossível. 
 
 • Persistência de 
diastemas interincisivos 
• Persistência de diastema 
incisivo e pré-molar 
• Persistência de canino 
decíduo para além dos 
14 anos 
• Deslocação de dentes 
vizinhos 
• Elevação da mucosa na 
região canina 
• Elevação cortical 
vestibular 
• Provável posicionamento 
vestibular 
• Elevação cortical palatina 
em comparação com a 
contralateral 
• Provável posicionamento 
palatino 
• Canino palatino – se até 
ao momento da cirurgia o 
dente não tiver 
erupcionado, expor e 
colocar um botão 
 
 
 
 
 
 18 
Tratamento cirúrgico de dentes supranumerários 
 
 
Prevalência 
Os supranumerários são menos comuns na dentição decidua (cerca de 0,05%) e quando ocorrem localizam-se na região de incisivos 
superiores, sendo normalmente conóides . 
 
Na dentição permanente, os achados mais comuns são: 
 
1. Região anterior da maxila, os mesiodens - localizados na linha média, pequenos e conóides. 
2. O 4º molar, distomolar (distal do 3º molar) ou paramolar (entre os molares) - geralmente bilaterais e microdentes, podendo 
ainda estar acompanhado de um 5º molar 
3. Pré-molares inferiores - geralmente eumorfos, bilaterais e retidos. 
 
ü Apresentam predileção pelo sexo masculino, e pela maxila. 
ü Podem ocorrer de maneira isolada ou múltipla, unilateral ou bilateralmente. 
ü Em pacientes sindrómicos, os supranumerários múltiplos estão mais comumente na mandíbula (principalmente na região de 
pré-molares e regiões anteriores). 
• Quando há uma demora significativa na erupção dos dentes de uma área localizada na dentição, suspeita-se da presença de 
dentes supranumerários. 
• O seu diagnóstico é realizado, na maioria das vezes, através de exames radiográficos. 
• Preferencialmente ortopantomografias, pois apenas 25% dos DSN erupcionam. 
• Em alguns casos pode ser necessário a utilização de outras técnicas radiográficas ou até mesmo o emprego de exames 
digitalizados, como tomografias computadorizadas em cortes axiais e coronais para determinar a sua exata localização. 
 
Os aspectos radiográficos de um dente supranumerário podem variar da estrutura dentária 
 
Eumorfo Dismorfo 
Com aparência normal Com forma cónica e, em casos extremos, estrutura dentária 
grosseiramente deformada. 
Normalmente têm tamanho menor do que os dentes da região. 
 
Etiologia 
 
Não foi claramente estabelecida. Porém, uma série de teorias têm sido sugeridas para a sua ocorrência. 
a) Processo filogenético do atavismo, em que os dentes adicionais seriam uma recuperação dos dentes suprimidos no processo 
evolutivo do ser humano, ou seja, manifestação em gerações atuais de características dos nossos ancestrais. 
b) Distúrbio no estágio de morfodiferenciação da odontogênese, talvez comprometendo o estágio de histodiferenciação 
dentária, levando à divisão do germem dentário normal em duas partes iguais (eumorfos) ou um igual e outro diferente 
(dismorfo). 
c) Fatores hereditários também têm sido considerados. 
d) A presença de supranumerários pode ser parte de uma desordem sistémica. As síndromes mais comuns com incidência de 
múltiplos dentes supranumerários são: Fissuras Lábio-Palatais, Disostose Cleidocraniana e Síndrome de Gardner. 
e) Hiperatividade da lâmina dentária, resultando na formação de um germem dentário além do número normal, na dentição 
permanente ou decídua. Sendo este fenômeno resultado de uma alteração local e independente. à teoria mais aceite 
f) Fatores externos: COUTO FILHO, et. al. (2002) refere-os como etiologia, por ex. o trauma durante o desenvolvimento do 
folículo dentário causando sua divisão e favorecendo o aparecimento desta anomalia. 
Definição: Dentes extranumerários ou supranumerários são considerados alterações de desenvolvimento dentário - ”alterações 
de número”. Qualquer dente que exceda o número normal de dentes é denominado extranumerário. Na dentição permanente 
o número é de 32 e na dentição decídua o número é de 20 dentes. 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
Tratamento 
 
1) Diagnóstico 
2) Exames complementares 
3) Planeamento 
 
Técnicas específicas para cada região dos processos alveolares. 
O tratamento depende do tipo, da posição e do possível dano do 
supranumerário ao dente adjacente. 
 
A extração está indicada quando: 
• Erupção de outro dente é alterada pela sua presença; 
• Interfere na estética e/ou no tratamento ortodôntico; 
• Associado a uma patologia; 
• Causa reabsorção em raízes adjacentes. 
 
Além do tratamento cirúrgico para extração, também pode ser realizado 
o tracionamento do supranumerário até ao arco dentário para substituir 
um dente natural ou perdido (ter em atenção anatomia). 
 
Traumatismos da dentição decídua e permanente jovem 
 
Por norma, dos traumatismos, resulta a perda da peça dentária, ou o deslocamento da mesma, ou ainda de perda de substância. 
O aspeto clínico é semelhante ao dos traumatismos da dentição definitiva. 
 
Classificação Andreasen (modificada da OMS) - Lesões dos tecidos duros e polpa 
 
1. Fractura incompleta – infração 
2. Fractura não complicada da coroa 
3. Fractura complicada da coroa 
4. Fractura completa de coroa e raiz 
5. Fractura de raiz 
 
Lesões dos tecidos periodontais 
 
 
Lesões da gengiva ou mucosa 
 
Lesões ósseas 
 
• Concussão 
• Subluxação 
• Luxação intrusiva 
• Luxação extrusiva 
• Luxação Lateral 
• Avulsão 
• Laceração 
• Contusão 
• Abrasão 
 
• Fractura da parede alveolar 
• Fractura do processo alveolar 
• Fractura maxila/mandíbula 
 
 
Etiologia 
 
Dentição decidua Dentição mista 
• Rapazes = Raparigas 
• Nos primeiros 3 anos ( ganhar mais independência nos 
movimentos) 
• Zona mais afetada - bloco antero-superior 
• Maior prevalência – mordida aberta anterior 
• Traumatismo mais prevalente – Luxação – osso alveolar com 
espaços medulares grandes – osso mais flexível 
• Rapazes – desportos mais agressivos 
Idade – 7-11 anos; 
• Maior prevalência – Classe II molar, divisão 1; 
• Traumatismo mais frequente – Fractura dentária – osso mais 
denso e menor proporção coroa raiz; 
Complicações 
û Atraso na erupção dos dentes 
û Sequência anormalde erupção dentária 
û Presença de diastemas 
û Apinhamento dentário 
û Encerramento anormal de espaço, 
û Alterações no posicionamento de dentes 
permanentes 
û Cáries 
û Inflamação gengival 
û Abcessos periodontais 
û Má oclusão, 
û Desvios de linha média 
û Giroversões 
û Desenvolvimento de quistos odontogénicos 
û Reabsorção de dentes adjacentes 
 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reabsorção Externa 
• Patogénese desconhecida; 
• Pode ocorrer como reação tardia pós-traumatismo dentário como consequência de ortodontia, cirurgia ortognática, 
tratamento periodontal, branqueamento dentário sem vitalidade pulpar; 
• Relatos de origem sistémica, associada a infeções debilitantes, deficiências vitaminicas, distúrbios endócrinos, doença 
Paget, radioterapia; 
• Sem factor etiológico – Reabsorção idiopática; 
• Clinicamente – muitas vezes assintomático ou com ligeira mobilidade e sensibilidade à percussão; 
• Achado radiológico – área radiolúcida de bordos irregulares ; 
• Tratamento – endodontia; 
• Prognóstico – reservado. 
Reabsorção superficial externa Reabsorção por substituição externa Reabsorção externa inflamatória 
• Ocorre como resposta a injúria 
localizada no ligamento 
periodontal ou cimento 
• Auto-limitante 
• Raramente observadas em Rx 
• Maior prevalência – pré-puberdade 
• Geralmente decorrente de anquilose 
dento-alveolar, secundária à lesão da 
membrana periodontal pós traumatismo 
dentário severo (ex: avulsão e intrusão) 
• Anquilose – fusão do osso alveolar com o 
dente, tendo como consequência a 
reabsorção progressiva da raiz com 
substituição pelo osso (Reabsorção por 
substituição) e crescimento interrompido 
do processo alveolar 
• Assintomático ; 
• Achado radiológico ; 
• Problema directamente relacionado 
com endodontia (necrose pulpar); 
• Mesmo após terapia endodontica, 
as bactérias residuais podem 
estimular o processo de reabsorção, 
resultando na perda de estrutura 
dentária. 
Cervical Apical 
Complicações 
História clínica 
 
• Inspeção 
• Limpar feridas – gaze e soro fisiológico 
• Tempo decorrido do traumatismo 
• Observar outras estruturas 
• Confirmar se após queda – perda de consciência 
o Convulsões 
o Vómitos HOSPITAL 
• Objeto contaminado – boletim de vacinas – 
vacina tétano (se não tiver então necessita de 
reforço 
Exploração extra-oral e intra-oral 
 
• Observar limitações nos movimentos 
mandibulares 
• Desvio na abertura e encerramento 
• Palpação e Rx dos tecidos moles (ex: lábio) – 
pode haver detritos dentários 
• Alterações de cor – escuro – Hiperemia 
pulpar – pode evoluir para necrose 
Observação do Raio-x 
• Grau de desenvolvimento radicular 
• Tamanho da cavidade pulpar 
Deslocamento do dente no alvéolo 
• Germen dentário – afetado ou não 
• Fazer fotografias 
o diagnóstico 
o follow up 
o seguradora 
• Cor arroxeada; 
• Degeneração de células 
vermelhas em derivados de 
hemoglobina penetram nos 
túbulos; 
• Pode recuperar cor inical 
 
• Cor escurecida 
• Acompanhado de fistla, 
mobilidade ou imagem 
periapical - Necrose 
 
2. Obliteração do canal 
3. Alteração do desenvolvimento radicular 
4. Reabsorção radicular 4.1 Externa 
 4.2 interna 
 
 
1. Alteração de cor - consequência de hemorragia pulpar - 1 a 2 
dias após o trauma – cor rosa 
 21 
 
Reabsorção Interna 
• Patologia de ocorrência rara, na qual ocorre reabsorção na face interna da cavidade pulpar. 
• Maioria dos casos – percurso clínico assintomático 
• Pode ocorrer em qualquer área do canal radicular 
• Etiologia: não está totalmente estabelecida, mas maioria dos autores concorda que o trauma é o principal agente etiológico, seguido de 
pulpites, cárie e restaurações profundas. 
• Tratamento - pulpectomia 
 
 
Efeito de traumatismos sobre os gérmenes de dentes permanentes 
 
• Planear o tratamento dos traumatismos da dentição decidua com o principal objetivo de prevenir e minimizar danos na dentição 
permanente (sucessor) 
• A lesão depende da intensidade e direção do trauma! 
 
 
 
Classificação etiopatogénica das lesões dos gérmens dentários em desenvolvimento 
Alterações da coroa Alterações da raiz Alterações da coroa/raiz Alterações na erupção 
• Hipocalcificação 
• Hipoplasia 
• Descoloração 
(Hipomaturação) 
 
• Duplicação 
• Angulação radicular 
• Interrupção da formação da 
raiz 
 
• Dilaceração • Erupção ectópica 
• Obstáculos na erupção 
 
 
A grande proximidade dos ápexes dos dentes decíduos dos sucessores permanentes, torna 
a transmissão de traumas um acontecimento muito provável. 
Além disso, a inflamação relacionada com complicações pulpares no dente traumatizado 
pode resultar em lesão adicional. 
Num estudo publicado Vucovick, 2015 e colegas, os tratamentos urgentes adiados caracterizam-se como 
sendo dos principais fatores relacionados com outcomes desfavoráveis. 
 
Guidelines 
 
 https://www.aapd.org/research/oral-health-policies--recommendations/ 
http://www.iadt.dentaltrauma.org 
 
Uma imagem radiográfica encurtada do dente luxado é sinónimo, normalmente, ou seja aumento do 
espaço do ligamento periodontal na zona apical, mostra que este foi forçado para vestibular; por conseguinte para longe do folículo. 
 
 
 
 
3 
An
os
 
 
Coroa: 
• Hipoplasia de esmalte, 
• Dilaceração coronária 
• Coroa menos sensível ao impacto; 
• Dilaceração da raiz - stop no desenvolvimento radicular; 
• Infeções dos dentes decíduos também podem levar a lesões na dentição 
permanente. 
Aproximadamente metade de todas as lesões dos dentes decíduos resulta em distúrbios, mais ou menos graves, no 
desenvolvimento do dente permanente. 
Os distúrbios variam de alterações na mineralização à completa malformação do gérmen dentário. 
 
Primeiros 3 anos A partir dos 3 anos 
 22 
Traumatismo em dentes 
decíduos Clinicamente Radiologicamente Tratamento 
Fratura esmalte Fratura que envolve esmalte Sem alterações radiológicas 
 
Alisamento dos bordos cortantes 
Fratura esmalte/dentina A fratura envolve esmalte e dentina 
sem exposição pulpar. 
 
Sem alterações radiológicas. 
É possível observar a relação entre a 
camara pulpar e a zona de fractura. 
Se possível selar por completo a 
dentina com ionómero de vidro a fim 
de prevenir as micro infiltrações. 
Caso a perda de estrutura coronária 
seja alargada o dente poderá ser 
restaurado com resina composta. 
Fratura coronária com 
exposição pulpar 
Fratura envolve esmalte, dentina e a 
polpa encontra-se exposta. 
 
Um rx periapical poderá determinar 
o grau de desenvolvimento radicular. 
 
• Se possível preservar a 
vitalidade pulpar através de 
polpotomia. 
• tratamento depende da idade e 
cooperação da criança. A 
exodontia é por norma a opção 
escolhida. 
Fratura corono-radicular A fratura envolve esmalte, dentina e 
estrutura radicular; a polpa pode ou 
não estar exposta. Existe um 
deslocamento mínimo a moderado 
da peça dentária. Podemos ainda 
encontrar fragmentos do dente. 
 
Em fraturas posicionadas 
lateralmente poder-se-á observar a 
extensão em relação com a margem 
gengival. É necessária uma incidência 
para se procurar fragmentos. 
 
Dependendo dos achados clínicos 
poderemos considerar duas linhas 
de tratamento: 
• Remoção do fragmento 
somente se a fratura envolver 
uma pequena parte da raiz e o 
fragmento coronário restante 
for suficientemente grande 
para permitir a restauração. 
• Exodontia em todas as outras 
circunstâncias. 
Fratura radicular O fragmento coronário pode 
encontrar-se móvel e deslocado. 
 
A fratura por norma está localizada 
na parte média radicular ou no terço 
apical. 
 
• Se o fragmento coronário não 
de encontrar deslocado não é 
necessário qualquer 
tratamento. 
• Se o fragmento coronário se 
encontrar deslocado, 
reposicionar e considerar o 
splinting. Caso contrário extrair 
somente o fragmento. O 
fragmento apical deverá 
permanecer até sua reabsorção. 
 
 23 
 
Traumatismo em 
dentes decíduos ClinicamenteRadiologicamente Tratamento 
Fratura Alveolar • A fratura envolve osso 
alveolar e pode-se 
estender ao osso 
adjacente. 
• A mobilidade e a 
deslocação do segmento 
fracturado são achados 
comuns. Existe 
interferência oclusal na 
maioria das vezes 
Pode-se observar a linha de 
fratura horizontal desde os 
apexes dos dentes decíduos até 
aos permanentes. Uma 
incidência lateral pode também 
dar informação sobre a relação 
entre as duas dentições e se o 
segmento se encontra 
deslocado na direção labial. 
Reposicionament o do segmento deslocado e 
posterior realização de splint. 
Anestesia geral está muitas vezes indicada. 
A estabilização do segmento por 4 semanas 
Monitorização do dente na linha de fratura. 
Concussão • Reação à percussão 
• Mobilidade normal 
• Sangramento do sulco 
Sem alterações radiológicas 
 
Não é necessário qualquer tipo de tratamento 
 
Subluxação O dente tem mobilidade 
aumentada mas não se 
encontra deslocado. 
 
• Por norma não existem 
alterações radiológicas. 
Ligamento periodontal 
sem alterações 
• É recomendada uma 
incidência oclusal para 
descartar um 
deslocamento do dente ou 
fractura radicular. 
• Rx poderá ainda ser usado 
como referência para 
complicações futuras. 
Não é necessária qualquer intervenção, aconselha-
se escovagem com escova macia e aplicações 
tópicas de gel de clorohexidina a 0,12% sem álcool 
2 vezes por dia durante uma semana. 
 
Luxação extrusiva • Deslocamento parcial do 
dente do alvéolo. 
• dente parece “maior” e 
pode estar com muita 
mobilidade. 
 
Ligamento periodontal 
aumentado. 
As decisões para o tratamento serão baseadas no 
grau do deslocamento, mobilidade, formação 
radicular e capacidade de recuperação da criança. 
Para extrusões superiores a 3. 
 A exodontia é um tratamento de escolha para as 
extrusões severas. 
Luxação lateral Usualmente o dente está 
deslocado numa direcção 
palatino/lingual ou vestibular. 
Não tem mobilidade 
 
• Uma incidência oclusal irá 
permitir uma observação 
do aumento do espaço 
apical do ligamento 
periodontal. 
• A incidência oclusal 
poderá também permitir 
visualizar a posição do 
dente deslocado em 
relação ao dente sucessor. 
 
• Se não houver interferências oclusais (no 
caso por exemplo da mordida aberta), o 
dente poderá reposicionar-se 
espontaneamente. 
No caso de haver uma ligeira interferência, 
está indicada um desgaste ligeiro. 
• Quando existe uma severa interferência 
oclusal o dente poderá ser gentilmente 
reposicionado combinando pressão labial e 
palatina após anestesia local. 
• Quando existe um severo deslocamento para 
vestibular está indicada exodontia. 
 
 24 
Traumatismo em dentes 
decíduos 
Clinicamente Radiologicamente Tratamento 
Luxação intrusiva O dente encontra-se 
usualmente deslocado 
perfurando a tábua óssea 
vestibular ou até poderá estar a 
afetar o dente sucessor. 
 
Quando o ápex está deslocado no 
sentido apical ou através da tábua 
óssea vestibular, pode visualizar-
se a porção mais apical do ápex e o 
dente parece mais curto que o 
contra lateral. Quando o ápex está 
deslocado na direção do gérmen 
do dente permanente, a porção 
mais apical não pode ser 
visualizada e o dente parece ser 
mais longo. 
• Se o ápex está deslocado na 
direção apical ou através da 
tábua óssea vestibular, 
aguardamos reposicionament 
o espontâneo. 
• Se o ápex está deslocado para 
o interior do gérmen do dente 
sucessor está indicada a 
exodontia. 
 
Avulsão O dente está completamente 
fora do alvéolo 
 
É fundamental o exame 
radiológico para nos certificarmos 
que houve de facto uma avulsão, e 
não uma intrusão. 
 
Não está recomendado o 
reimplante dos dentes decíduos 
avulsionados. 
 
Uma imagem radiográfica encurtada do dente luxado é sinónimo, normalmente, ou seja aumento do espaço do ligamento periodontal 
na zona apical, mostra que este foi forçado para vestibular; por conseguinte para longe do folículo. 
 
Traumatismo em dentes 
permanentes Clinicamente Radiologicamente Tratamento 
Infração • Uma fractura incompleta 
(crack) do esmalte sem 
perda da estrutura 
dentária. 
• Avaliar o dente pois poderá 
existir uma luxação ou uma 
fractura radicular. 
 
• Sem alterações radiológicas 
• Rx recomendado: periapical. 
• Rx adicionais só serão 
indicados caso haja presença 
de outros sinais ou sintomas. 
 
No caso de infracção marcada, fazer ataque 
ácido e selagem com resina a fim de prevenir 
a descoloração das linhas de infracção; caso 
contrário não será necessária qualquer 
intervenção. 
 
Fratura de esmalte • Uma fractura completa do 
esmalte. 
Perda de esmalte sem 
sinais visíveis de exposição 
de dentina. 
• Sem alterações à 
percussão. Se houver 
alterações, avaliar o dente 
pois poderá existir uma 
luxação ou uma fractura 
radicular. Mobilidade 
dentro dos parâmetros 
normais. 
• Testes de vitalidade pulpar 
usualmente positivos. 
• Perda visível de esmalte. 
Rx recomendado: periapical, 
oclusal, ou outras 
incidências. Estes são 
recomendados com o fim de 
eliminar a possibilidade da 
presença de fractura 
radicular ou de luxação 
dentária. 
• Radiografar o lábio em 
procura de possíveis 
fragmentos ou corpos 
estranhos. 
 
Se o fragmento dentário for encontrado 
poderá ser novamente colado ao dente. Caso 
o fragmento não esteja disponível, procede-
se ao polimento ou à restauração com resina 
composta dependendo da extensão e 
localização da fractura. 
 
Fratura de esmalte e 
dentina 
• A fractura é confinada ao 
esmalte e dentina com 
perda da estrutura 
dentária mas sem 
exposição pulpar 
• Testes de percussão: sem 
alteração. Se houver 
• Perda de esmalte - dentina 
visível. 
• Rx recomendado: periapical, 
oclusal ou outras incidências 
de modo a que confirmem a 
presença de uma fractura 
radicular. 
• Se o fragmento dentário for encontrado 
poderá ser novamente colado ao dente. 
• Caso o fragmento não esteja disponível, 
procede-se ao tratamento provisório 
cobrindo a dentina exposta com 
ionómero de vidro ou uma 
 25 
 
Traumatismo em dentes 
permanentes Clinicamente Radiologicamente Tratamento 
 
sensibilidade á percussão 
avaliar o dente quanto a 
uma possível luxação ou 
fractura radicular. 
• Mobilidade dentro dos 
parâmetros considerados 
normais. 
• Resposta aos testes de 
vitalidade pulpar 
normalmente positivos. 
• Radiografias do lábio ou 
pesquisa de lacerações de 
modo a encontrar 
fragmentos dentários ou 
corpos estranhos. 
Restauração mais permanente usando um 
agente adesivo e uma resina composta. Se a 
dentina exposta está a 0,5 mm da polpa 
(rosada sem sangramento), colocar 
hidróxido de cálcio e restaurar com 
ionómero de vidro 
Fratura de esmalte, 
dentina e polpa 
• Fractura envolvendo 
esmalte e dentina com 
perda de estrutura 
dentária e exposição 
pulpar. Mobilidade dentro 
dos parâmetros 
considerados normais. 
• Testes de percussão: sem 
alteração. Se houver 
resposta positiva, avaliar o 
dente quanto a uma 
possível luxação ou 
fractura radicular. Polpa 
exposta sensível aos 
estímulos. 
 
• Perda de esmalte - dentina 
visível. 
• Rx recomendado: periapical, 
oclusal ou outras incidências 
de modo a que confirmem a 
presença de uma fractura 
radicular. 
• Radiografias do lábio ou 
pesquisa de lacerações de 
modo a encontrar 
fragmentos dentários ou 
corpos estranhos. 
 
• Em pacientes jovens com dentes 
imaturos ainda em desenvolvimento é 
vantajoso preservar a vitalidade da 
polpa, através da protecção pulpar ou 
pulpotomia. Esta é também o 
tratamento de escolha em pacientes 
jovens com dentes completamente 
formados. 
• Hidróxido de cálcio é o material 
aconselhado para protecção pulpar. 
Em pacientes com desenvolvimento 
apical maduro, a endodontia é o 
tratamento de escolha apesar da 
protecção pulpar ou pulpotomia 
possam também ser uma opção. 
• Se o fragmento dentário for encontrado 
poderá ser novamente colado ao dente. 
O futuro tratamento para a coroa 
fractura poderá ser a restauração.Fratura corono-radicular 
sem exposição pulpar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Fratura envolvendo 
esmalte dentina e cimento 
com perda da estrutura 
dentária mas sem 
exposição pulpar 
• Fratura da coroa 
o Estendende - se 
abaixo da 
margem gengival 
• Testes à percussão 
positivos 
• Fragmento coronário 
móvel 
• Testes de vitalidade 
normalmente positivos 
 
• A extensão apical da fractura 
normalmente não visível 
• Rx recomendados: 
periapicais, oclusais e outras 
incidências, são 
recomendadas para detectar 
linhas de fractura na raíz. 
 
• Tratamento de emergência : 
É recomendado a estabilização temporária 
do fragmento solto ao dente adjacente até 
se realizar plano de tratamento definitivo. 
 
• Tratamentos alternativos: 
1. Remoção do fragmento - É 
recomendado a remoção do 
fragmento solto e subsequente 
restauração do fragmento apical 
exposto acima da margem gengival. 
2. Remoção do fragmento e 
gengivectomia (osteotomia) - É 
recomendado a remoção do 
fragmento solto com subsequente 
tratamento endodôntico e 
restauração com cimentação de 
espigão intracanalar. Este 
procedimento deve ser precedido por 
uma gengivectomia ou por vezes 
osteotomia com osteoplastia. 
3. Extrusão ortodôntica do fragmento 
apical - Remoção do fragmento 
coronário com subsequente 
tratamento endodôntico e extrusão 
ortodôntica do fragmento apical, com 
 26 
 comprimento suficiente, após 
extrusão, para suportar uma coroa. 
4. Extrusão cirúrgica - Remoção do 
fragmento coronário com 
subsequente reposicionamento 
cirúrgico da raíz ou do fragmento 
apical em uma posição mais coronária. 
5. Extracção - Extracção com colocação 
de implante imediato, ou não, ou 
restauração através de uma ponte 
convencional. A extracção é inevitável, 
em fracturas corono radiculares com 
severa extenção apical, sendo a 
situação extrema a fractura vertical. 
Fratura corono-radicular 
com exposição pulpar 
• Fractura envolvendo o 
esmalte dentina e 
cimento com perda da 
estrutura dentária e com 
exposição pulpar. 
• Sensibilidade à percussão 
• Fragmento coronário 
móvel 
 
• A extensão apical da 
fractura não está de um 
modo geral, visível 
• Rx recomendados: 
periapical e oclusal 
 
Tratamento de emergência 
1. É recomendado a estabilização 
temporária do fragmento solto ao 
dente adjacente. 
2. Em pacientes com apex aberto é 
vantajoso preservar a vitalidade 
pulpar com pulpotomia. Este 
tratamento é o de eleição para 
pacientes jovens com dentes 
completamente formados. O 
hidróxido de cálcio é o material de 
eleição para a protecção pulpar. 
3. Em pacientes com maior 
desenvolvimento apical o tratamento 
endodôntico deve ser o tratamento de 
eleição 
Tratamentos alternativos 
1. Remoção do fragmento e 
gengivectomia (por vezes osteotomia) . 
- Remoção do fragmento coronário 
com subsequente tratamento 
endodôntico e restauração com coroa. 
Este procedimento deve ser precedido 
por gengivectomia e por vezes 
osteotomia com osteoplastia. Esta 
opção terapêutica está somente 
indicada nas fracturas corono 
radiculares com extensão subgengival 
palatina 
2. Extrusão ortodôntica do fragmento 
apical. - Remoção do segmento 
coronário com subsequente 
tratamento endodôntico e extrusão 
ortodôntica da restante raíz, com 
comprimento suficiente da raíz após a 
extrusão para suportar uma coroa 
3. Extrusão Cirúrgica. - Remoção do 
fragmento solto com subsequente 
reposionamento cirúrgico da raíz numa 
posição mais coronária. 
4. Extracção. - Extracção com colocação 
de implante imediato, ou não, ou 
restauração através de uma ponte 
convencional. A extracção é inevitável, 
em fracturas corono radiculares com 
severa extenção apical, sendo a sua 
situação extrema a fratura vertical. 
 27 
Traumatismo em dentes 
permanentes Clinicamente Radiologicamente Tratamento 
Fratura radicular • O segmento coronário 
poderá encontrar-se móvel 
e deslocado. Sensibilidade 
à percussão. 
• Pode notar-se 
sangramento no sulco 
gengival. 
Os testes de vitalidade 
pulpar poderão ser 
inicialmente negativos 
indicando uma lesão 
transitória ou permanente 
do nervo. É recomendada 
uma monotorização do 
status da polpa. 
• A fractura envolve a raiz do 
dente num plano horizontal 
ou oblíquo. 
 
• Reposição do segmento coronário 
deslocado assim que possível 
Confirmar radiologicamente a posição. 
• Estabilização do dente com um splint 
flexível durante 4 semanas. Se a 
fractura radicular for perto da área 
cervical é aconselhada a estabilização 
por um período superior a 4 meses. 
• É aconselhável a monotorização do 
status pulpar pelo menos durante um 
ano. 
Se ocorrer necrose pulpar, é indicado 
tratamento endodôntico 
 
Fratura alveolar • A fractura envolve osso 
alveolar podendo-se 
estender ao osso 
adjacente. 
• É frequentemente 
observada mobilidade e 
deslocamento do 
segmento 
concomitantemente com 
severa mobilidade de 
algumas peças dentárias. 
São frequentemente 
observadas alterações 
oclusais devido ao 
desalinhamento do 
segmento alveolar. Testes 
de vitalidade pulpar podem 
ou não ser positivos. 
• Linhas de fractura poderão 
estar localizadas a qualquer 
nível, desde o osso marginal 
à porção do ápex radicular. 
Adicionalmente às três 
angulações e rx oclusal, 
poderemos recorrer à 
ortopantomografia de 
modo a determinar o curso 
e posição da linha de 
fractura. 
 
• Reposicionamento do segmento 
deslocado e em seguida realizar o 
splint. 
• Sutura da laceração gengival se 
presente, e estabilização do segmento 
por 4 semanas. 
 
Concussão Dente apresenta sensibilidade 
ao toque não houve 
deslocamento do mesmo nem 
apresenta mobilidade 
aumentada. Testes de 
vitalidade pulpar apresentam-
se positivos. 
 
 
 
Não apresenta alterações 
radiológicas. 
 
Apenas monitorização do status pulpar 
durante um ano. 
 
Subluxação O dente apresenta sensibilidade 
ao toque e mobilidade 
aumentada; Não apresenta 
deslocamento. Poderá ocorrer 
sangramento do sulco gengival. 
Testes de vitalidade pulpar 
poderão dar negativos 
indicando lesão pulpar 
transitória. Há que monitorizar 
a resposta pulpar até que 
diagnóstico definitivo possa ser 
feito. 
 
Não apresenta alterações 
radiológicas. 
 
Por norma não há qualquer necessidade de 
intervenção, no entanto um splint flexível 
para conforto do paciente poderá ser usado 
(durante 2 semanas). 
 
 28 
Traumatismo em dentes 
permanentes Clinicamente Radiologicamente Tratamento 
Luxação extrusiva O dente parece alongado e com 
mobilidade aumentada. 
Resposta negativa aos testes de 
vitalidade pulpar. 
 
 
 
 
Espaço do ligamento periodontal 
encontra-se aumentado na região 
apical. 
 
• Reposicionamento do dente no alvéolo. 
Estabilização do dente com um splint 
flexível durante duas semanas. 
• Se em dentes maturos ou imaturo 
houverem sinais e sintomas de necrose 
ou que esta vá ocorrer, é indicado o 
tratamento endodôntico. 
 
Luxação lateral Estará imóvel e à percussão 
apresenta um som agudo e 
metálico (anquilótico). 
Presença de fractura do osso 
alveolar. Testes de vitalidade 
pulpar deverão ser negativos. 
 
 
 
O espessamento do ligamento 
periodontal é mais visível em 
incidências excêntricas ou 
oclusais. 
 
• Reposicionamento digital ou com 
fórceps do dente de forma a retirá-lo da 
loca óssea e gentilmente repô-lo na sua 
posição original. Estabilização do dente 
durante 4 semanas com splint flexível. 
Monitorização da condição pulpar. 
• Se houver necrose pulpar é indicado o 
tratamento endodôntico a fim de 
prevenir a reabsorção radicular. 
Luxação intrusiva • O dente está deslocado 
axialmente dentro do osso 
alveolar. Estará imóvel e à 
percussão apresenta um 
som agudo e metálico 
(anquilótico ); 
• Testes de vitalidade pulpar 
deverão ser negativos; 
• Lesão periodontal por 
esmagamento. 
 
O espaço periodontal poderá 
estar ausente de toda a porção 
radicular. A junção cimento 
esmalte estará localizada no 
dente intruído maisapicalmente 
do que no dente adjacente não 
traumatizado e por vezes mais 
apical que o osso marginal. 
 
Dente com formação radicular incompleta: 
1. Permitir a erupção sem intervir 
2. Se não ocorrer nenhum movimento 
em algumas semanas, iniciar 
reposicionamento ortodonticamente 
3. Se o dente está intruído mais de 7 
mm reposicioná-lo cirurgicamente ou 
ortodonticamente 
Dente com formação radicular completa 
1. Permitir a erupção sem intervenção se 
o dente estiver intruído menos de 3 
mm. Se não houver movimento após 2 
a 4 semanas reposicionar 
cirurgicamente ou ortodonticamente 
antes de ocorrer a anquilose. 
2. Se houver uma intrusão além de 7 mm, 
reposicionamento cirúrgico 
3. Provavelmente a polpa necrosará se 
houver formação radicular completa. 
Está recomendada a endodontia com 
preenchimento temporário do canal 
com hidróxido de cálcio e o 
tratamento deverá começar 2 a 3 
semanas após a cirúrgia. 
4. Uma vez o dente reposicionado 
cirurgicamente ou ortodonticamente, 
estabilizar com splint flexível durante 4 
a 8 semanas. 
 
 
 29 
Traumatismo em dentes 
permanentes Ápex fechado 
Avulsão Dente reimplantado antes do 
doente chegar ao consultório; 
Tratamento em dentes avulsionados 
transportados num meio com 
osmolaridade balançada (soro, leite) 
ou em ambiente “seco” durante 
menos de 60 minutos; 
Tratamento de dentes avulsionados, 
mantidos em meio “seco” mais de 60 
minutos ou por outras razões 
sugestivas de células não viáveis do 
ligamento periodontal. 
Tratamento 
1. Deixar dente no alvéolo. 
2. Lavar área da avulsão com 
spray de água, soro ou 
clorohexidina 
3. Se houver necessidade, 
suturar lacerações gengivais. 
4. Verificar clinicamente e 
radiologicamente a posição 
do dente reimplantado 
5. Aplicar um splint flexível 
durante 2 semanas 
6. Administrar antibióticos 
sistémicos 
7. Verificar se o paciente tem a 
vacina anti tetânica 
1. Limpar superfície radicular e 
mergulhar dente em solução 
salina - remover células mortas e 
a contaminação da raiz. 
2. Anestesia local. 
3. Irrigar alvéolo com solução 
salina. 
4. Examinar alvéolo. Se houver uma 
fratura das paredes do alvéolo, 
reposicionar com instrumento 
adequado. 
5. Reimplantar dente gentilmente 
com ligeira pressão digital. Não 
usar força. 
6. Se necessário suturar lacerações 
gengivais 
7. Verificar clínica e 
radiologicamente posição do 
dente reimplantado 
8. Colocar splint flexível durante 2 
semanas. 
9. Administrar antibióticos 
sistémicos. 
10. Verificar se o Paciente possui a 
vacina anti tetânica. 
Instruções ao paciente: 
• Evitar desportos de contacto, 
• Dieta mole durante duas 
semanas 
• Após as duas semanas, retornar 
à função mastigatória normal, 
higiene oral com escova macia 
após as refeições, usar 
bochechos de clorohexidina duas 
vezes por dia durante uma 
semana. 
Dar início ao tratamento endodôntico 
7-10 dias após a reimplantação e 
antes da remoção do splint. Nestes 
casos está aconselhado o 
preenchimento canalar com 
hidróxido da cálcio durante um mês, 
seguido de preenchimento canalar 
com material aceitável . 
 
1. Informar - prognóstico reservado 
- ligamento periodontal não 
regenera 
2. Finalidade da reimplantação 
tardia - manutenção da função 
estética, funcional e fisiológica, 
bem como a manutenção do 
contorno alveolar. 
3. No entanto, é ainda expectável 
uma anquilose e reabsorção 
radicular deste dente e eventual 
perda deste dente 
4. Remover tecido não viável 
gentilmente (ex: gaze) 
5. tratamento endodôntico destes 
dentes poderá ser realizado em 
boca ou fora desta, antes do 
reimplante 
6. Em caso de reimplante tardio, a 
endodontia poderá ser levada a 
cabo antes do reimplante ou 7-10 
dias após o mesmo. 
7. Administrar anestesia local. 
8. Irrigar o alvéolo com solução 
salina. 
9. Examinar alvéolo. Se houver 
fratura das paredes do alvéolo, 
reposiciona-la com instrumento 
adequado. 
10. Reimplantar o dente 
11. Se necessário - suturar lacerações 
gengivais 
12. Verificar clínica e 
radiologicamente a posição do 
dente reimplantado. 
13. Colocar splint flexível durante 2 
semanas 
14. Administrar antibióticos 
sistémicos 
15. Verificar se o Paciente possui a 
vacina anti tetânica 
Instruções ao paciente: 
 
• Evitar desportos de contacto 
• Dieta mole durante duas semanas 
• Após as duas semanas, retornar à 
função mastigatória normal, 
higiene oral com escova macia 
após as refeições, usar bochechos 
de clorohexidina duas vezes por 
dia durante uma semana. 
 
 30 
Traumatismo em dentes 
permanentes Ápex aberto 
Avulsão Dente reimplantado antes de 
o doente chegar ao 
consultório; 
Tratamento em dentes avulsionados 
transportados num meio com 
osmolaridade balançada (soro, leite) ou 
em ambiente “seco” durante menos de 
60 minutos; 
Tratamento de dentes avulsionados, 
mantidos em meio “seco” mais de 60 
minutos ou por outras razões sugestivas 
de células não viáveis do ligamento 
periodontal. 
Tratamento 
1. Deixar dente no alvéolo. 
Lavar área da avulsão 
com spray de água, soro 
ou clorohexidina 
2. Se necessário - suturar 
lacerações gengivais 
3. Verificar clinicamente e 
radiologicamente a 
posição do dente 
reimplantado 
4. Aplicar splint flexível 
durante 2 semanas. 
5. Administrar antibióticos 
sistémicos 
6. Verificar se o paciente 
tem a vacina anti 
tetânica 
Instruções ao paciente: 
• Evitar desportos de 
contacto; 
• Dieta mole durante duas 
semanas; 
• Após as duas semanas, 
retornar à função 
mastigatória normal, 
higiene oral com escova 
macia após as refeições, 
usar bochechos de 
clorohexidina duas vezes 
por dia durante uma 
semana. 
Objetivo do reimplante de um 
dente imaturo é permitir a 
revascularização pulpar. Se 
esta não ocorrer, havendo 
portanto evidência clínicas e 
radiológicas de necrose 
pulpar, está recomendado o 
tratamento endodôntico. 
 
1. Limpar superfície radicular e 
mergulhar dente em solução salina 
- remover células mortas e a 
contaminação da raíz. 
2. Se possível, aplicação tópica de 
antibióticos (minociclinas, 
doxyciclina) ajuda a 
revascularização da polpa. 
3. Administrar anestesia local. 
4. Irrigar alvéolo com soro. 
5. Examinar alvéolo. Se houver 
fratura das paredes do alvéolo, 
reposicionar com instrumento 
adequado. 
6. Remover coágulo do alvéolo e 
reimplantar o dente gentilmente 
com pressão digital. 
7. Suturar lesões gengivais, com 
especial atenção á área cervical. 
8. Verificar a posição do dente 
reimplantado clínica e 
radiologicamente. 
9. Colocar um splint flexível durante 2 
semanas 
10. Administrar antibióticos sistémicos 
11. Verificar se o Paciente possui a 
vacina anti tetânica 
Instruções ao doente: 
• Evitar desportos de contacto 
• Dieta mole durante duas semanas 
• Após as duas semanas, retornar à 
função mastigatória normal, 
higiene oral com escova macia 
após as refeições, usar bochechos 
de clorohexidina duas vezes por 
dia durante uma semana 
Objetivo do reimplante de um dente 
imaturo em crianças é permitir uma 
possível revascularização da polpa. O 
risco de infecções relacionadas com a 
infecção radicular deverá ser pesado 
cos a possibilidade da revascularização 
pulpar. Esta reabsorção dá-se 
rapidamente em crianças. Assim sendo, 
são recomendadas consultas de follow 
up e se a revascularização não ocorrer 
está recomendado o tratamento 
endodôntico. 
Informar doente que este dente terá um 
prognóstico reservado (ligamento 
periodontal não regenere). 
Objetivo - manutenção da função 
estética, funcional e fisiológica, bem 
como a manutenção do contorno 
alveolar. Expectável uma anquilose e 
reabsorção radicular deste dente e 
eventual perda . 
1. Remover o tecido não viável 
gentilmente com, por exemplo uma 
gaze. 
2. O tratamento endodôntico destes 
dentes poderá ser realizado em 
boca ou fora desta, antes do 
reimplante. 
3. Em caso de reimplante tardio, a 
endodontia poderá ser levada a 
cabo antes do reimplante ou 7-10 
dias após o mesmo.

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