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Narcisismo: Tudo na psicanálise tem relação com o narcisismo. Como o outro me lê. Nas crianças inicialmente há o estadio de indiferença, e depois a criança começa a se ver e aos outros e acha isso ameaçador o outro é tomado como rival, até depois ver a própria imagem e se ver nessa imagem e depois isso se torna um campo duplo eu me vejo na minha imagem. Imagem virtual = eu suponho que o outro me vê assim, eu aprendo a me ver pelo olhar do outro. O espelho é uma metáfora, o olhar do outro. Nas neuroses o narcisismo é meio ‘furado’ e nas psicoses não. Na paranoia o próprio inimigo é si mesmo. A nossa relação com o outro é sempre mediada pelo que o outro acha de mim. Se ficamos muito escravos do que o outro quer de mim a gente desaparece, só importa o que o outro quer de mim e aí se tem o sofrimento neurótico, a pessoa está só preocupada em atender uma demanda do outro que é impossível de ser atendida. Quando você gosta muito de alguém você fica muito sensível ao outro, tudo o que o outro faz importa muito. Querer e desejar, querer é consciente e desejar é inconsciente, a falta se relança com desejo e gera novas causas que nos levam a viver. A neurose é quando se fixa na falta. Extremos são típicos dos neuróticos. Enquanto tem vida tem perrengue e isso é vida, é castração. A psicanálise permite transformar a infelicidade neurótica em infortúnio comum. Há um lugar em nós que tende à repetição ao sofrimento, porque temos um grande apreço por aquilo que conhecemos mesmo sendo algo ruim, necessidade de repetição que é constitutiva e isso se vê na criança que sempre pede ‘de novo, de novo’ e isso é típico da neurose. Para que a mudança aconteça é preciso sair desse lugar de sofrimento conhecido, perde-se narcisismo. Narcisismo primário é infantil, é o lugar onde o outro precisa cuidar de mim.
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