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A U L A 2 A carga energética que potencializa as doenças Andresa Molina • Marcia Marins 2 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Afinal, qual a definição carga energética? Toda vez que você pensa, que tem uma emoção, que tem uma manifestação, você está doando sua energia para o meio. É o que acontece quando você coloca um rótulo em algum distúrbio. Este rótulo potencializa o problema. Exemplo: Um esquizofrênio é um ser que sai da realidade e na sua condição ele age de acordo com seu delírio, seu mundo imaginário. Se acharmos que ele é esquizofrênio, vamos tratá-lo e dar-lhe energia de esquizofrênico (no nível psíquico, de doença mental). Esse é o grande diferencial da psicanálise e espiritualidade: lidar com essa carga como potencialização. E quando se potencializa? Quando colocamos um rótulo. E aí vira um símbolo. 3 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Outro exemplo: o diabético. Se ele ficar frequenciando: “Sou diabético, sou diabético, sou doente, eu não posso isso, eu não posso aquilo”, acabará potencializando a doença. Quando você olha para uma coisa, esta coisa olha para você. Ou seja, quanto mais atenção damos para a doença, mais a doença vai aumentar. Uma pessoa chata, por exemplo. Quanto mais chata uma pessoa parece ser pra você, e quanto mais chata você achar que ela é, no final ela realmente vai ser uma pessoa muito chata, porque todas as ações dela vão ser rotuladas como chatas. O que isto quer dizer na psicanálise e espiritualidade? Quanto mais valorizarmos a doença, mais ficamos doente. Quando colocamos um rótulo, damos nome e vida a alguma coisa, ou seja, estamos potencializando. 4 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Por exemplo, um sintoma neurótico, na psicanálise tradicional, pode ser tratado. Na psicanálise e espiritualidade é algo a ser compreendido e usado. Porque tem uma energia nesta neurose e tem uma função. Qual seria esta função? Não sabemos. Por isso temos que investigar, para que a pessoa, a partir do momento que ela enxergar sua neurose e aceitá-la, passar a usá-la assertivamente a favor da sua própria vida. Mas se repetirmos que ela tem neurose de forma taxativa (o rótulo), e se ela tiver complexo de inferioridade ou tem o distúrbio borderline, tiraremos a nossa percepção, porque só vamos olhar para a patologia e vamos esquecer da essência da pessoa. Dentro da psicanálise e espiritualidade veremos as psicopatologias não como uma doença, necessariamente. Outro detalhe muito importante dentro da psicanálise e espiritualidade: não existe a doença, pois somos seres interdimensionais. 5 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças O que chamamos de esquizofrenia na realidade é um distúrbio mediúnico. Pois a pessoa está vivendo aquela situação em algum tempo e espaço que não é este em que estamos. Ou seja, ele vai manifestar psiquicamente o que está vivenciando em outra dimensão, em outro tempo e lugar, e estas manifestações acontecem neste mundo atual, e aos nossos olhos ela é vista como uma pessoa clinicamente louca. Isso porque não estamos conectados com aquela “realidade” em que a pessoa está vivendo. Um exemplo: uma mãe neurótica. O filho avisa que vai chegar meia-noite em casa. Chega meia-noite e nada do filho. Uma hora da manhã e nada. Lá pela uma e meia da manhã, essa mãe já imagina o filho morto, esquartejado, esfaqueado. Então ela começa a alucinar: “Ele não vai aparecer, eu vou ter que ir à delegacia, no IML, nos hospitais, blá- blá-blá…” Ela saiu completamente da realidade. Ela não é uma esquizofrênica, apenas alucinou. E quem nunca alucinou em algum momento? Então o rótulo de esquizofrenia aqui não serve. A alucinação é algo tão comum entre os seres humanos, só muda o grau. 6 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Vamos entender um pouco mais porque o rótulo potencializa a doença: Uma pessoa sente dores no rosto na algura do nariz, sintomas de sinusite. Ela repete: “Eu tenho sinusite, porque tenho sinusite…” Quanto mais toma remédio, mais dor ela tem, porque acaba potencionalizando a doença. Você tem uma frustração, logo, você vai sentir raiva. E isto é uma sequência natural difícil de mudar. Com a raiva, algumas partes do corpo se manifestam, e o mais comum é a inflamação dos sinos do rosto, ou seja, a sinusite. O que é preciso mudar é a forma de encarar a situação, isto é, não criar mais expectativas. Assim, você desmonta o rótulo, pois se continuar acreditando que está com sinusite sem buscar investigar a fundo, você nunca mudará. Frustração traz raiva, então se isso você não pode mudar, você deve mudar a forma de enxergar as pessoas e criar a expectativa. Segundo a psicanálise e espiritualidade, sinusite pode ser raiva por expectativa frustrada. Explicando: vamos ver a sequência emocional a seguir. 7 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Outro caso de potencialização. A pessoa entra em um ciclo que começa com frustração, passa por uma tristeza profunda e acaba em uma depressão. Num caminho possível para tentar fugir de sua realidade (seus problemas), esta pessoa começa a beber diariamente até que ela se torna uma dependente alcóolica. Porque quando ela bebe, ela desdobra (o que comentamos na aula 1 desta minissérie), que nada mais é do que mudarmos nossa consciência e nos conectarmos com outros mundos – falando numa linguagem mediúnica. Tanto que algumas pessoas quando bebem não se lembram de tudo o que fizeram. No dia seguinte, esta pessoa entrava no processo de ressaca: indisposição e muita dor de cabeça. Percebendo que a dependência estava fazendo mal, esta pessoa procura ajuda e consegue finalmente deixar a bebida. Porém, mesmo sem beber, ela continua de vez em quando sentindo a mesma dor de cabeça. E por que? Ela investiga o problema e descobre que o gatilho para a dor era: toda vez que surgia uma dificuldade ou um problema para resolver, ela tinha vontade de fugir dali. E aí a dor de cabeça voltava como resposta. Mesmo sem ela ter bebido. 8 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Antes, quando era dependente, o ciclo era: surgia um problema, havia frustração, a pessoa sentia necessidade de fugir e bebia (um escape) e no dia seguinte vinha a dor de cabeça. Esta pessoa percebe então que, resolvendo seus problemas o mais rápido possível, ela afasta a causa de sua dor. E quando ela não consegue resolver, seja pelo motivo que for, ela gera consciência da sua situação, compreende isso, e anula assim toda a sua dor de cabeça. Agora ela não tem a bebida como meio de fuga, então a dor de cabeça vem porque é a forma que o corpo encontrou de distanciá-la das situações problemáticas. Resumindo: quando você se reconhece num processo de conflito, percebe seus limites, entende a melhor hora e forma de resolver os problemas e evita fugir da situação (criar gatilhos de fuga), você consegue lidar melhor com as dificuldades sem sofrimento, sem dores ou doenças. 9 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Quando alguém nos chama de neurótico, não necessariamente esta pessoa está nos ofendendo. Por que? Neuróticos, na verdade, são pessoas com características diferentes dos psicóticos e que, por sua vez, não tem a ver com os psicopatas. As pessoas são essência da manifestação do divino. Por isso os nomes “neuróticos” ou “psicóticos” são apenas rótulos que damos a quem, aos nossos olhos, não condiz com a nossa realidade, que julgamos ser a correta. Mas, segundo Freud, todos somos neuróticos. E o que significa isto? Todos nós estamos aqui para desenvolver este corpo mental concreto (mental inferior), então é lógico que teremos conflito. Porque cada um de nós faz parte da humanidade, e a humanidade é formada por bilhões de seres que têm, cada um, seus conflitos. 10 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças No caso da mãe que citamos antes, ela alucina, delira que o filhoesteja morto porque não retornou à meia- noite, mas, quando o filho chega em casa às duas da manhã, ela sente um alívio e volta à realidade, isto é, sua alucinação (que envolve os 5 sentidos) desaparece. A diferença entre um neurótico e um psicótico é que os neuróticos deliram e voltam a realidade, e os psicóticos acreditam que o delírio é a realidade. No caso do psicótico, temos o papel muito importante do terapeuta de adentrar no psiquê do paciente, através de técnicas específicas, e se conectar ao chamado “delírio” ou “loucura dele”, e assim este profissional poderá trazê-lo de volta ao mundo real. Porque este terapeuta entenderá o que este paciente está sentindo. 11 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Ou seja, o profissional terapeuta não tratará seu paciente como um louco, ou não tentará convencê- -lo de que sua alucinação não faz sentido. Mas sim ele tentará entender a realidade paralela em que a pessoa está vivenciando naquele momento através da sua psicopatia, e tentará com isso fazer a pessoa compreender melhor o mundo que ela está vivendo e descobrir o porquê ela traz este seu mundo para cá e ajudá-la neste processo. A psicologia e a psicanálise tradicional acham que estas psicopatologias são coisas a serem curadas. Mas, na verdade, o que se chama de psicopatologia, na visão da psicanálise espiritualidade, são “paisagens mentais” que precisam ser compreendidas para poderem ser usadas em benefício do próprio paciente. 12 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças E é verdade. Mas o que quer dizer isto? Para cada um o medo vai ter um significante. O pscicanalista e espiritualista precisa investigar e entender o que é o mundo e o momento que aquela pessoa está vivendo e ir trazendo ela aos poucos de volta. Um exemplo: Uma pessoa que tem uma esquizofrenia catatônica. O que é isso? Do ponto de vista da psicanálise tradicional, definição de esquizofrenia catatônica seria a pessoa se desconectar da realidade. Se ela, por exemplo, está batendo com a cabeça na parede ela permanece fazendo isso por longo período, sem sentir o corpo físico. Freud dizia: “Seu medo é seu maior desejo”. Na psicanálise e espiritualidade seu medo é sua maior força. Na psicanálise espiritualista, o que seria isto? Nada. Ela saiu do corpo, se desdobrou e foi viver alguma coisa no seu mundo paralelo. Ela não sentiu o corpo físico, pois ela se afastou do duplo etérico (que está ligado ao corpo físico), e é semelhante a uma viagem astral, só que não intencional. 13 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Outro caso: Um terapeuta está atendendo uma cliente que também é terapeuta, e que tem conhecimento dos sete corpos, enfim. Este cliente relatou ao seu terapeuta: Como resolver esses desdobramentos? Neste caso da cliente terapeuta, a resposta partiu dela. Ela sugeriu colocar um relógio para despertar de hora em hora. E assim o fez, foi aí então que a cliente colocou sua intenção em prática. Cada vez então que ela entrava em um estado catatônico, em determinada hora o relógio despertava. Como ela estava no processo de viagem astral, o corpo físico permanecia com os 5 sentidos ativos, então ela ouvia o “trimmm” do relógio. E a alma voltava para o corpo. “Hoje, quando era uma hora da tarde, fui na frente do espelho me arrumar para o trabalho, quando voltei para meu corpo físico, já eram cinco horas da tarde. Estive numa tribo cigana onde tinha uma fogueira e eu estava dançando. Fiz magia e várias outras coisas”. Realmente ela fez, pois estava no corpo astral. Para um psicanalista tradicional, ela alucinou. Para um espiritualista, ela desdobrou. Espertamente ela então teve uma ideia: gravou várias músicas em um CD, com vários intervalos de meia hora com um sinal de pin. Acabaram-se os surtos. E por que isto aconteceu? Porque ela colocou a intenção de que queria acabar com aquilo. Queria compreender o que a levava àquele estado, a sair do corpo sem querer. Ela queria viver na realidade. 14 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Por isto a importância de entrar na história da pessoa. Outro caso: uma menina morou sempre em comunidades. Sua mãe teve vários homens. Desde pequena, lá pelos três anos, teve um padrasto que a abusava sexualmente. Entre um episódio e outro, a mãe ficava fazendo carinho para que ela ficasse quietinha, porque se não fosse este homem, violento, mas provedor, elas passariam fome. Esta menina contou que esta foi a primeira vez em que ela perdeu contato com a realidade. Esta foi a maneira que ela achou para fugir de todo aquele sofrimento que estava sentindo. Todo mundo que alucina ou delira é porque não está dando conta da demanda da dor. A alucinação às vezes pode ser uma porta de saída para uma realidade dolorosa demais para ser suportada conscientemente. Por isso, a principal característica para se trabalhar com psicanálise e espiritualidade é desenvolver a capacidade de amar. Só que para isto é preciso uma coisa interessante: não ter muito afeto. É preciso não se envolver, ser desapegado. Porque o papel do psicanalista espiritualista é investigar para chegar na causa. E quando se chega, isto é amor verdadeiro, sem apego. Apego causa preocupação com o cliente, e neste nível, a gente começa a potencializar a doença. 15 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Os psicanalistas espiritualistas têm a seguinte responsabilidade: Ter o cuidado de não julgar o ser, pois a sociedade, ele próprio e a família já fazem isto. Como o câncer não é da pessoa, mas ele compõe um bloco energético, a função do terapeuta é fazer com que a pessoa se desapegue do pensamento de que o “câncer é seu” e aceite doar esse bloco para ser tratado. O terapeuta convencional, sem perceber, quando fala a doença para a pessoa, acaba colocando uma energia potencialmente negativa por não entender do bloco energético espiritual. Por exemplo: Se alguém falar várias vezes “Eu tenho uma doença”, a pessoa acreditará tanto que estará doente, e assim ficará difícil ser tratada. E é por isto que muitas pessoas melhoram e ficam doentes de novo, sai do surto, entra no surto, etc., por potencializarem a doença. Outro exemplo: Se perguntarmos a uma pessoa com câncer: “O câncer é seu?” Ela pode responder: “Sim.” A gente diria: “Então, se é seu, dá para mim?” De novo a história da potencialização: Chamou o problema de Meu, o problema passa a ser Meu. O foco das doenças psíquicas é sempre olhar para estas pessoas sem colocar rótulos. Porque elas chegam do psiquiatra, muitas vezes, já com rótulos de esquizofrênico, bipolar, etc. Se uma pessoa com distúrbios psíquicos passar por quatro psiquiatras diferentes, possivelmente ela terá quatro diagnósticos diferentes. Porque infelizmente, por enquanto, não existe nada que meça esses distúrbios. 16 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Um outro exemplo seria o peso energético que as doenças carregam. Por exemplo: Antigamente tínhamos uma doença chamada lepra. A simples menção desta palavra causava muita dor, tamanho peso energético ela tinha e tem até hoje. Por conta deste peso energético, hoje em dia esta doença passou a ser chamada de hanseníase. Mesmo significando a mesma coisa, a pessoa que recebe o diagnóstico de hanseníase (e não lepra), vai perceber de maneira diferente em função deste menor peso energético. Vamos agora falar de algum sentimento comum: a raiva. A pessoa não queria estar sentindo, mas está. Primeiro passo é ela não negar e sim aceitar que está sentindo. E por que está sentindo esta raiva? E o que o outro fez para gerar esta raiva? Ela precisa saber o que tem dentro dela que fez com que a atitude do outro fizesse isso. Este é o movimento que ela precisa fazer, de olhar para dentro de si e saber o que acontece, o porque a conversa ou atitude de uma ou mais pessoas geram essa energia de raiva dentro dela. E é isto que a psicanálise traz: este movimentode olhar para dentro e identificar o porquê esta raiva é acionada quando escutamos a fala ou uma certa atitude do outro. 17 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças O entendimento do mundo espiritual faz com que questionemos a respeito de fatos e circunstâncias em que vivemos, a fim de buscarmos o porquê de algumas coisas. No exemplo anterior da menina na favela, podemos buscar a percepção do seguinte: “Por que eu nasci nesta família? Por que viver esta realidade?” “Por que eu, enquanto espírito, estou vivendo esta experiência? Para aprender o que?” Por mais triste e revoltante que seja esta história, se analisarmos do ponto de vista espiritual, existe um propósito para isto tudo, pois tudo é sintonia, e esta realidade não foi vivida à toa. A psicanálise e espiritualidade, com seus olhares específicos, enxergam tudo isso como uma evolução do espírito dentro de um processo de toda a humanidade. Quando se passa por um processo, se resolve um conflito. Já está programado no corpo causal. Se resolvo um conflito, estou resolvendo um conflito para a humanidade. É como uma mutação genética. 18 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Um outro exemplo. Antes só existia cachorro selvagem. Com o passar do tempo, o homem passou a domesticar o cão, misturar as raças, enfim. Hoje temos uma diversidade de raças. Cada um vem para evoluir a humanidade. E quando entendemos isso, saímos do papel de vítima, perante os problemas, e compreendemos que cada um de nós é uma peça deste quebra-cabeças que compõe o todo. Quando encarnamos com um processo muito difícil naturalmente é porque temos potencial para realizar alguma evolução na humanidade. Dentro desta problemática, quando conseguimos entender que nossa maior dor se transforma na nossa maior força, é porque nós damos conta de resolver este problema. Aconteceu a mesma coisa com nós, humanos. Somos iguais, porém diferentes. Somos iguais por ser da espécie humana. Somos diferentes pois cada um vem ao mundo com uma experiência a viver através dos mitos, como será detalhado na próxima aula. E como somos todos espíritos, a manifestação do divino, somos todos perfeitos. A grande questão é o conflito entre o corpo astral e o nosso mental racional e a forma como isso é manifestado ao mundo externo. 19 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças É o tal ditado popular: Deus jamais dá a cruz maior do que podemos carregar. Se a cruz é pesada, é porque temos força o suficiente para carregá-la. Quando conhecemos nossa força interior e quando abandonamos a posição de vítima, passamos a ajudar a humanidade a evoluir neste processo como um todo. E quando se chega neste ponto, a tal cruz passa a não ser mais cruz. Não existe cruz no sentido de peso, de fardo. Talvez o dito popular mais apropriado seja: Deus dá o frio conforme o cobertor. Quer dizer, e se tenho uma enorme força, um enorme potencial, meu cobertor será levinho porque eu tenho resistência ao frio. Mas se sou uma pessoa ignorante, desanimada, o meu cobertor vai ser muito grosso. A psicanálise e espiritualidade busca mudar o conceito reencarnatório, a ilusão de individualidade e uma série de crenças que só nos levam a uma sequência de sofrimentos. E, deste ponto de vista, sofrimento não existe. A dor existe e, dentro da limitação do nosso raciocínio, vamos enxergar dor como sofrimento. Quando ampliarmos este raciocínio, não vamos mais enxergar este processo como uma dor, muito menos como sofrimento. 20 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Quando o cliente de psicanálise chega na causa da dor, a primeira coisa que ele fala é: “E agora, o que eu faço?” A resposta é: não faça nada. Isso mesmo. Só tenha consciência, porque será criada uma rede neural com novas sinapses. Então ele (cliente), alma e espírito, é que vai ter que dar os comandos para que os neurônios tomem outros caminhos e formem outras redes neurais. Já está na consciência. Quando, diante do estímulo, ele inconscientemente dá o comando e muda a resposta. É o ciclo: percebe a dor, reconhece a raiva e gera o estímulo para promover a mudança para sofrer menos. Essa é a mudança que todo mundo busca. A proposta da psicanálise e espiritualidade também é trazer este aprendizado para o campo racional e aí ampliar a visão de que o problema, a dor e o sofrimento tendem a diminuir e até desaparecer. Depende da pessoa estar disposta a aprender este conceito ou ela querer permancecer na dor que está sentindo. 21 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças Mas, se você realmente quiser entender como você funciona, o caminho para a compreensão fica fácil. Enquanto você não souber como funciona, operará por tentativas e erros, e as chances de errar serão maiores. É como manusear um eletrodoméstico. Se entender como ele funciona, você saberá usar. Mas se ele for um bicho de sete cabeças, você vai tentar usá-lo e provavelmente o danificará ou levará tempo até aprender da forma correta. Passamos a entender melhor os sentimentos e os sofrimentos do outro que, assim como nós, quer a felicidade. Com o conhecimento, passamos a ter à nossa disposição uma ferramenta poderosa, que é a psicanálise e espiritualidade, para atender aquelas pessoas que precisam e querem realmente entender suas dores. Pode ser alguém da nossa família, amigos, clientes, enfim. E à medida que vamos aprendendo sobre este universo todo, conseguimos identificar melhor as nossas dores, dificuldades e limitações e automaticamente começamos a olhar o outro de maneira diferente. Muita gente pensa que psicanálise é difícil, que psicanálise é chata. Partindo do princípio que somos todos psiquê, estamos todos integrados. Não tem nada de difícil em olhar para o você. E, caso encontremos alguém que não queira ser ajudado, mesmo assim podemos olhar para ele com outros olhos, pois, se já não estamos mais colocando a mesma carga energética nesta pessoa, rotulando-a, a tendência é que ela se modifique um pouco. 22 Aula 2A carga energética que potencializa as doenças A verdade é que não existe forma correta de ajudar alguém. Freud já dizia que o ser humano só se move pelo próprio interesse. Devemos aprender a olhar para dentro de nós mesmos e buscar entender qual é o nosso interesse real e exercê-lo. Como somos todos humanidade (uma unidade), o interesse real de cada um consequentemente vai facilitar o seu entorno. Quando uma pessoa muda, o mundo muda. Quando passamos a enxergar o mundo de uma forma diferente, estamos promovendo a mudança. Ninguém tem a capacidade de mudar ninguém. A pessoa tem o direito de continuar como está, e também tem o direito de querer mudar. Se a pessoa quiser continuar no caminho do sofrimento, existe um motivo e o terapeuta precisa descobrir o porquê. E a ideia é justamente esta: se você quer continuar sofrendo, tudo bem, pois é um processo de aprendizado via dor, é uma decisão sua. Mas se você quer compreender e aprender a tirar o peso de si mesmo, o caminho é a psicanálise e a espiritualidade. Pra finalizar: tenha interesse por você mesmo. Você é alma, é psiquismo e você influencia o meio em que vive. Diagramação: HELOÍSA FREITAS Ilustrações: MAURO FREITAS Contato: mauzi.atendimento@gmail.com Rua Chiquinha Rodrigues, 205 - São Paulo - SP cursos@espacohumanidade.com.br espacohumanidade.com.br
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