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apostila-2-Psicanálise e Espiritualidade

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A U L A 2
A carga energética que potencializa as doenças
Andresa Molina • Marcia Marins
2
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Afinal, qual a definição carga energética?
Toda vez que você pensa, que tem uma emoção, que 
tem uma manifestação, você está doando sua energia 
para o meio.
É o que acontece quando você coloca um rótulo em 
algum distúrbio. Este rótulo potencializa o problema.
Exemplo: 
Um esquizofrênio é um ser que sai da realidade e na 
sua condição ele age de acordo com seu delírio, seu 
mundo imaginário.
Se acharmos que ele é esquizofrênio, vamos tratá-lo e 
dar-lhe energia de esquizofrênico (no nível psíquico, de 
doença mental).
Esse é o grande diferencial da psicanálise e 
espiritualidade: lidar com essa carga como 
potencialização.
E quando se potencializa? Quando colocamos um 
rótulo. E aí vira um símbolo.
3
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Outro exemplo: o diabético.
Se ele ficar frequenciando: “Sou diabético, sou 
diabético, sou doente, eu não posso isso, eu não 
posso aquilo”, acabará potencializando a doença.
Quando você olha para uma coisa, esta coisa olha 
para você. Ou seja, quanto mais atenção damos para a 
doença, mais a doença vai aumentar. 
Uma pessoa chata, por exemplo. Quanto mais chata 
uma pessoa parece ser pra você, e quanto mais chata 
você achar que ela é, no final ela realmente vai ser uma 
pessoa muito chata, porque todas as ações dela vão 
ser rotuladas como chatas. 
O que isto quer dizer na psicanálise e 
espiritualidade?
Quanto mais valorizarmos a doença, mais ficamos 
doente. Quando colocamos um rótulo, damos 
nome e vida a alguma coisa, ou seja, estamos 
potencializando.
4
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Por exemplo, um sintoma neurótico, na psicanálise 
tradicional, pode ser tratado.
Na psicanálise e espiritualidade é algo a ser 
compreendido e usado. Porque tem uma energia nesta 
neurose e tem uma função.
Qual seria esta função?
Não sabemos. Por isso temos que investigar, para que 
a pessoa, a partir do momento que ela enxergar sua 
neurose e aceitá-la, passar a usá-la assertivamente a 
favor da sua própria vida.
Mas se repetirmos que ela tem neurose de forma 
taxativa (o rótulo), e se ela tiver complexo de 
inferioridade ou tem o distúrbio borderline, tiraremos 
a nossa percepção, porque só vamos olhar para a 
patologia e vamos esquecer da essência da pessoa.
Dentro da psicanálise e 
espiritualidade veremos 
as psicopatologias não 
como uma doença, 
necessariamente.
Outro detalhe muito importante dentro da psicanálise 
e espiritualidade: não existe a doença, pois somos 
seres interdimensionais.
5
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
O que chamamos de esquizofrenia na realidade é um 
distúrbio mediúnico. Pois a pessoa está vivendo aquela 
situação em algum tempo e espaço que não é este em 
que estamos.
Ou seja, ele vai manifestar psiquicamente o que está 
vivenciando em outra dimensão, em outro tempo e 
lugar, e estas manifestações acontecem neste mundo 
atual, e aos nossos olhos ela é vista como uma 
pessoa clinicamente louca. Isso porque não estamos 
conectados com aquela “realidade” em que a pessoa 
está vivendo.
Um exemplo: uma mãe neurótica.
O filho avisa que vai chegar meia-noite em casa. 
Chega meia-noite e nada do filho. Uma hora da manhã 
e nada. Lá pela uma e meia da manhã, essa mãe já 
imagina o filho morto, esquartejado, esfaqueado. 
Então ela começa a alucinar: “Ele não vai aparecer, eu 
vou ter que ir à delegacia, no IML, nos hospitais, blá-
blá-blá…” Ela saiu completamente da realidade.
Ela não é uma esquizofrênica, apenas alucinou.
E quem nunca alucinou em algum momento? Então o 
rótulo de esquizofrenia aqui não serve.
A alucinação é algo tão comum entre os seres 
humanos, só muda o grau.
6
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Vamos entender um pouco mais porque o rótulo 
potencializa a doença:
Uma pessoa sente dores no rosto na algura do nariz, 
sintomas de sinusite. Ela repete: “Eu tenho sinusite, 
porque tenho sinusite…” Quanto mais toma remédio, 
mais dor ela tem, porque acaba potencionalizando a 
doença.
Você tem uma frustração, logo, você vai sentir raiva.
E isto é uma sequência natural difícil de mudar. Com a 
raiva, algumas partes do corpo se manifestam, e o mais 
comum é a inflamação dos sinos do rosto, ou seja, a 
sinusite.
O que é preciso mudar é a forma de encarar a 
situação, isto é, não criar mais expectativas. Assim, 
você desmonta o rótulo, pois se continuar acreditando 
que está com sinusite sem buscar investigar a fundo, 
você nunca mudará.
Frustração traz raiva, então se isso você não pode 
mudar, você deve mudar a forma de enxergar as 
pessoas e criar a expectativa.
Segundo a psicanálise e espiritualidade, sinusite pode 
ser raiva por expectativa frustrada.
Explicando: vamos ver a sequência emocional a seguir.
7
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Outro caso de potencialização.
A pessoa entra em um ciclo que começa com 
frustração, passa por uma tristeza profunda e acaba em 
uma depressão.
Num caminho possível para tentar fugir de sua 
realidade (seus problemas), esta pessoa começa 
a beber diariamente até que ela se torna uma 
dependente alcóolica.
Porque quando ela bebe, ela desdobra (o que 
comentamos na aula 1 desta minissérie), que nada 
mais é do que mudarmos nossa consciência e nos 
conectarmos com outros mundos – falando numa 
linguagem mediúnica. Tanto que algumas pessoas 
quando bebem não se lembram de tudo o que fizeram.
No dia seguinte, esta pessoa entrava no processo de 
ressaca: indisposição e muita dor de cabeça.
Percebendo que a dependência estava fazendo mal, 
esta pessoa procura ajuda e consegue finalmente 
deixar a bebida. Porém, mesmo sem beber, ela 
continua de vez em quando sentindo a mesma dor de 
cabeça. E por que?
Ela investiga o problema e descobre que o gatilho para 
a dor era: toda vez que surgia uma dificuldade ou um 
problema para resolver, ela tinha vontade de fugir dali. 
E aí a dor de cabeça voltava como resposta. Mesmo 
sem ela ter bebido.
8
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Antes, quando era dependente, o ciclo era: surgia 
um problema, havia frustração, a pessoa sentia 
necessidade de fugir e bebia (um escape) e no dia 
seguinte vinha a dor de cabeça.
Esta pessoa percebe então que, resolvendo seus 
problemas o mais rápido possível, ela afasta a causa de 
sua dor. E quando ela não consegue resolver, seja pelo 
motivo que for, ela gera consciência da sua situação, 
compreende isso, e anula assim toda a sua dor de 
cabeça.
Agora ela não tem a 
bebida como meio de fuga, 
então a dor de cabeça 
vem porque é a forma 
que o corpo encontrou de 
distanciá-la das situações 
problemáticas.
Resumindo: quando você se reconhece num 
processo de conflito, percebe seus limites, 
entende a melhor hora e forma de resolver os 
problemas e evita fugir da situação (criar gatilhos 
de fuga), você consegue lidar melhor com as 
dificuldades sem sofrimento, sem dores ou 
doenças.
9
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Quando alguém nos chama de neurótico, não 
necessariamente esta pessoa está nos ofendendo. 
Por que? Neuróticos, na verdade, são pessoas com 
características diferentes dos psicóticos e que, por sua 
vez, não tem a ver com os psicopatas.
As pessoas são essência da manifestação do divino. 
Por isso os nomes “neuróticos” ou “psicóticos” são 
apenas rótulos que damos a quem, aos nossos olhos, 
não condiz com a nossa realidade, que julgamos ser a 
correta.
Mas, segundo Freud, 
todos somos neuróticos. 
E o que significa isto?
Todos nós estamos aqui para desenvolver este corpo 
mental concreto (mental inferior), então é lógico que 
teremos conflito. Porque cada um de nós faz parte da 
humanidade, e a humanidade é formada por bilhões 
de seres que têm, cada um, seus conflitos.
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Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
No caso da mãe que citamos antes, ela alucina, delira 
que o filhoesteja morto porque não retornou à meia-
noite, mas, quando o filho chega em casa às duas da 
manhã, ela sente um alívio e volta à realidade, isto é, 
sua alucinação (que envolve os 5 sentidos) desaparece.
A diferença entre um neurótico e um psicótico é 
que os neuróticos deliram e voltam a realidade, e 
os psicóticos acreditam que o delírio é a realidade.
No caso do psicótico, temos o papel muito importante 
do terapeuta de adentrar no psiquê do paciente, 
através de técnicas específicas, e se conectar ao 
chamado “delírio” ou “loucura dele”, e assim este 
profissional poderá trazê-lo de volta ao mundo real. 
Porque este terapeuta entenderá o que este paciente 
está sentindo.
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Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Ou seja, o profissional terapeuta não tratará seu 
paciente como um louco, ou não tentará convencê-
-lo de que sua alucinação não faz sentido. Mas sim 
ele tentará entender a realidade paralela em que a 
pessoa está vivenciando naquele momento através 
da sua psicopatia, e tentará com isso fazer a pessoa 
compreender melhor o mundo que ela está vivendo e 
descobrir o porquê ela traz este seu mundo para cá e 
ajudá-la neste processo.
A psicologia e a psicanálise tradicional acham que 
estas psicopatologias são coisas a serem curadas. Mas, 
na verdade, o que se chama de psicopatologia, na 
visão da psicanálise espiritualidade, são “paisagens 
mentais” que precisam ser compreendidas para 
poderem ser usadas em benefício do próprio paciente.
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Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
E é verdade. Mas o que quer dizer isto?
Para cada um o medo vai ter um significante. O 
pscicanalista e espiritualista precisa investigar e entender 
o que é o mundo e o momento que aquela pessoa está 
vivendo e ir trazendo ela aos poucos de volta.
Um exemplo: Uma pessoa que tem uma esquizofrenia 
catatônica.
O que é isso? Do ponto de vista da psicanálise 
tradicional, definição de esquizofrenia catatônica seria 
a pessoa se desconectar da realidade. Se ela, por 
exemplo, está batendo com a cabeça na parede ela 
permanece fazendo isso por longo período, sem sentir 
o corpo físico.
Freud dizia: “Seu medo é seu maior desejo”. 
Na psicanálise e espiritualidade seu medo é 
sua maior força.
Na psicanálise espiritualista, o que seria isto? Nada.
Ela saiu do corpo, se desdobrou e foi viver alguma 
coisa no seu mundo paralelo. Ela não sentiu o corpo 
físico, pois ela se afastou do duplo etérico (que está 
ligado ao corpo físico), e é semelhante a uma viagem 
astral, só que não intencional.
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Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Outro caso: Um terapeuta está atendendo uma cliente 
que também é terapeuta, e que tem conhecimento 
dos sete corpos, enfim. Este cliente relatou ao seu 
terapeuta:
Como resolver esses desdobramentos? Neste caso da 
cliente terapeuta, a resposta partiu dela. Ela sugeriu 
colocar um relógio para despertar de hora em hora.
E assim o fez, foi aí então que a cliente colocou sua 
intenção em prática.
Cada vez então que ela entrava em um 
estado catatônico, em determinada 
hora o relógio despertava. Como ela 
estava no processo de viagem astral, 
o corpo físico permanecia com os 
5 sentidos ativos, então ela ouvia o 
“trimmm” do relógio. E a alma voltava para o corpo.
“Hoje, quando era uma hora da tarde, fui na 
frente do espelho me arrumar para o trabalho, 
quando voltei para meu corpo físico, já eram 
cinco horas da tarde. Estive numa tribo cigana 
onde tinha uma fogueira e eu estava dançando. 
Fiz magia e várias outras coisas”.
Realmente ela fez, pois estava no corpo astral.
Para um psicanalista tradicional, ela alucinou.
Para um espiritualista, ela desdobrou.
Espertamente ela então teve uma ideia: gravou várias 
músicas em um CD, com vários intervalos de meia hora 
com um sinal de pin. Acabaram-se os surtos. E por que 
isto aconteceu?
Porque ela colocou a intenção de que queria acabar 
com aquilo. Queria compreender o que a levava àquele 
estado, a sair do corpo sem querer. Ela queria viver na 
realidade.
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Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Por isto a importância de entrar na história da pessoa.
Outro caso: uma menina morou sempre em 
comunidades. Sua mãe teve vários homens. Desde 
pequena, lá pelos três anos, teve um padrasto que 
a abusava sexualmente. Entre um episódio e outro, 
a mãe ficava fazendo carinho para que ela ficasse 
quietinha, porque se não fosse este homem, violento, 
mas provedor, elas passariam fome.
Esta menina contou que esta foi a primeira vez em que 
ela perdeu contato com a realidade. Esta foi a maneira 
que ela achou para fugir de todo aquele sofrimento 
que estava sentindo.
Todo mundo que alucina ou delira é porque não está 
dando conta da demanda da dor.
A alucinação às vezes pode ser uma porta de saída 
para uma realidade dolorosa demais para ser suportada 
conscientemente.
Por isso, a principal característica para se trabalhar 
com psicanálise e espiritualidade é desenvolver a 
capacidade de amar.
Só que para isto é preciso uma coisa interessante: 
não ter muito afeto. É preciso não se envolver, 
ser desapegado. Porque o papel do psicanalista 
espiritualista é investigar para chegar na causa. E 
quando se chega, isto é amor verdadeiro, sem apego.
Apego causa preocupação com o cliente, e neste nível, 
a gente começa a potencializar a doença.
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Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Os psicanalistas 
espiritualistas têm a 
seguinte responsabilidade:
Ter o cuidado de não julgar 
o ser, pois a sociedade, ele 
próprio e a família já fazem 
isto.
Como o câncer não é da pessoa, mas ele compõe um 
bloco energético, a função do terapeuta é fazer com 
que a pessoa se desapegue do pensamento de que 
o “câncer é seu” e aceite doar esse bloco para ser 
tratado. 
O terapeuta convencional, sem perceber, quando fala 
a doença para a pessoa, acaba colocando uma energia 
potencialmente negativa por não entender do bloco 
energético espiritual.
Por exemplo: Se alguém falar várias vezes “Eu tenho 
uma doença”, a pessoa acreditará tanto que estará 
doente, e assim ficará difícil ser tratada. 
E é por isto que muitas pessoas melhoram e ficam 
doentes de novo, sai do surto, entra no surto, etc., por 
potencializarem a doença.
Outro exemplo: Se perguntarmos a uma pessoa com 
câncer: “O câncer é seu?”
Ela pode responder: “Sim.”
A gente diria: “Então, se é seu, dá para mim?”
De novo a história da potencialização: Chamou o 
problema de Meu, o problema passa a ser Meu.
O foco das doenças psíquicas é sempre olhar para 
estas pessoas sem colocar rótulos. Porque elas 
chegam do psiquiatra, muitas vezes, já com rótulos 
de esquizofrênico, bipolar, etc. Se uma pessoa com 
distúrbios psíquicos passar por quatro psiquiatras 
diferentes, possivelmente ela terá quatro diagnósticos 
diferentes. Porque infelizmente, por enquanto, não 
existe nada que meça esses distúrbios.
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Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Um outro exemplo seria o peso energético que as 
doenças carregam.
Por exemplo: Antigamente tínhamos uma doença 
chamada lepra. A simples menção desta palavra 
causava muita dor, tamanho peso energético ela tinha 
e tem até hoje.
Por conta deste peso energético, hoje em dia esta 
doença passou a ser chamada de hanseníase.
Mesmo significando a mesma coisa, a pessoa que 
recebe o diagnóstico de hanseníase (e não lepra), vai 
perceber de maneira diferente em função deste menor 
peso energético.
Vamos agora falar de algum sentimento comum: a 
raiva. A pessoa não queria estar sentindo, mas está.
Primeiro passo é ela não negar e sim aceitar que está 
sentindo. E por que está sentindo esta raiva? E o que o 
outro fez para gerar esta raiva? Ela precisa saber o que 
tem dentro dela que fez com que a atitude do outro 
fizesse isso.
Este é o movimento que ela precisa fazer, de olhar 
para dentro de si e saber o que acontece, o porque a 
conversa ou atitude de uma ou mais pessoas geram 
essa energia de raiva dentro dela.
E é isto que a psicanálise traz: este movimentode olhar 
para dentro e identificar o porquê esta raiva é acionada 
quando escutamos a fala ou uma certa atitude do outro.
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Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
O entendimento do mundo espiritual faz com que 
questionemos a respeito de fatos e circunstâncias em 
que vivemos, a fim de buscarmos o porquê de algumas 
coisas. No exemplo anterior da menina na favela, 
podemos buscar a percepção do seguinte:
“Por que eu nasci nesta família? Por que viver esta 
realidade?”
“Por que eu, enquanto espírito, estou vivendo esta 
experiência? Para aprender o que?”
Por mais triste e revoltante que seja esta história, se 
analisarmos do ponto de vista espiritual, existe um 
propósito para isto tudo, pois tudo é sintonia, e esta 
realidade não foi vivida à toa.
A psicanálise e espiritualidade, com seus olhares 
específicos, enxergam tudo isso como uma evolução 
do espírito dentro de um processo de toda a 
humanidade.
Quando se passa por um processo, se resolve um 
conflito.
Já está programado no corpo causal. Se resolvo 
um conflito, estou resolvendo um conflito para a 
humanidade. É como uma mutação genética.
18
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Um outro exemplo.
Antes só existia cachorro selvagem. Com o passar do 
tempo, o homem passou a domesticar o cão, misturar 
as raças, enfim. Hoje temos uma diversidade de raças. 
Cada um vem para evoluir a humanidade.
E quando entendemos isso, saímos do papel de vítima, 
perante os problemas, e compreendemos que cada um 
de nós é uma peça deste quebra-cabeças que compõe 
o todo.
Quando encarnamos com um processo muito difícil 
naturalmente é porque temos potencial para realizar 
alguma evolução na humanidade. 
Dentro desta problemática, quando conseguimos 
entender que nossa maior dor se transforma na nossa 
maior força, é porque nós damos conta de resolver este 
problema.
Aconteceu a mesma coisa com nós, humanos.
Somos iguais, porém diferentes.
Somos iguais por ser da espécie humana.
Somos diferentes pois cada um vem ao mundo com 
uma experiência a viver através dos mitos, como será 
detalhado na próxima aula. 
E como somos todos espíritos, a 
manifestação do divino, somos 
todos perfeitos. A grande 
questão é o conflito entre o 
corpo astral e o nosso mental 
racional e a forma como isso é 
manifestado ao mundo externo.
19
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
É o tal ditado popular: Deus jamais dá a cruz maior do que 
podemos carregar. Se a cruz é pesada, é porque temos 
força o suficiente para carregá-la. Quando conhecemos 
nossa força interior e quando abandonamos a posição de 
vítima, passamos a ajudar a humanidade a evoluir neste 
processo como um todo.
E quando se chega neste ponto, a tal cruz passa a não ser 
mais cruz. Não existe cruz no sentido de peso, de fardo.
Talvez o dito popular mais apropriado seja: Deus dá o frio 
conforme o cobertor.
Quer dizer, e se tenho uma enorme força, um enorme 
potencial, meu cobertor será levinho porque eu tenho 
resistência ao frio. Mas se sou uma pessoa ignorante, 
desanimada, o meu cobertor vai ser muito grosso.
A psicanálise e espiritualidade busca mudar o conceito 
reencarnatório, a ilusão de individualidade e uma série 
de crenças que só nos levam a uma sequência de 
sofrimentos. E, deste ponto de vista, sofrimento não 
existe.
A dor existe e, dentro da limitação do nosso raciocínio, 
vamos enxergar dor como sofrimento. Quando 
ampliarmos este raciocínio, não vamos mais enxergar 
este processo como uma dor, muito menos como 
sofrimento.
20
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Quando o cliente de psicanálise chega na causa 
da dor, a primeira coisa que ele fala é: “E agora, 
o que eu faço?”
A resposta é: não faça nada. Isso mesmo. Só 
tenha consciência, porque será criada uma rede 
neural com novas sinapses.
Então ele (cliente), alma e espírito, é que vai ter que 
dar os comandos para que os neurônios tomem outros 
caminhos e formem outras redes neurais.
Já está na consciência. Quando, diante do estímulo, 
ele inconscientemente dá o comando e muda a 
resposta.
É o ciclo: percebe a dor, reconhece a raiva e gera o 
estímulo para promover a mudança para sofrer menos.
Essa é a mudança que todo mundo busca.
A proposta da psicanálise e espiritualidade também 
é trazer este aprendizado para o campo racional e aí 
ampliar a visão de que o problema, a dor e o sofrimento 
tendem a diminuir e até desaparecer. Depende da 
pessoa estar disposta a aprender este conceito ou ela 
querer permancecer na dor que está sentindo.
21
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
Mas, se você realmente quiser entender como você 
funciona, o caminho para a compreensão fica fácil.
Enquanto você não souber como funciona, operará por 
tentativas e erros, e as chances de errar serão maiores.
É como manusear um eletrodoméstico. Se entender 
como ele funciona, você saberá usar. Mas se ele for 
um bicho de sete cabeças, você vai tentar usá-lo 
e provavelmente o danificará ou levará tempo até 
aprender da forma correta.
Passamos a entender melhor os sentimentos e os 
sofrimentos do outro que, assim como nós, quer a 
felicidade.
Com o conhecimento, passamos a ter à nossa 
disposição uma ferramenta poderosa, que é a 
psicanálise e espiritualidade, para atender aquelas 
pessoas que precisam e querem realmente entender 
suas dores. Pode ser alguém da nossa família, amigos, 
clientes, enfim.
E à medida que vamos aprendendo sobre este 
universo todo, conseguimos identificar melhor 
as nossas dores, dificuldades e limitações e 
automaticamente começamos a olhar o outro 
de maneira diferente.
Muita gente pensa que 
psicanálise é difícil, que 
psicanálise é chata.
Partindo do princípio 
que somos todos psiquê, 
estamos todos integrados. 
Não tem nada de difícil em 
olhar para o você.
E, caso encontremos alguém que não queira ser 
ajudado, mesmo assim podemos olhar para ele com 
outros olhos, pois, se já não estamos mais colocando a 
mesma carga energética nesta pessoa, rotulando-a, a 
tendência é que ela se modifique um pouco.
22
Aula 2A carga energética que potencializa as doenças
A verdade é que não existe forma correta de ajudar 
alguém.
Freud já dizia que o ser humano só se move pelo 
próprio interesse. 
Devemos aprender a olhar para dentro de nós 
mesmos e buscar entender qual é o nosso interesse 
real e exercê-lo. Como somos todos humanidade 
(uma unidade), o interesse real de cada um 
consequentemente vai facilitar o seu entorno.
Quando uma pessoa muda, o mundo muda.
Quando passamos a enxergar o mundo de uma forma 
diferente, estamos promovendo a mudança. 
Ninguém tem a capacidade de mudar ninguém.
A pessoa tem o direito de continuar como está, e 
também tem o direito de querer mudar.
Se a pessoa quiser continuar no caminho do sofrimento, 
existe um motivo e o terapeuta precisa descobrir o 
porquê.
E a ideia é justamente esta: se você quer continuar 
sofrendo, tudo bem, pois é um processo de aprendizado 
via dor, é uma decisão sua.
Mas se você quer compreender e aprender a tirar 
o peso de si mesmo, o caminho é a psicanálise e a 
espiritualidade.
Pra finalizar: tenha interesse por você mesmo. 
Você é alma, é psiquismo e você influencia o 
meio em que vive.
Diagramação:
HELOÍSA FREITAS
Ilustrações:
MAURO FREITAS
Contato:
mauzi.atendimento@gmail.com
Rua Chiquinha Rodrigues, 205 - São Paulo - SP
cursos@espacohumanidade.com.br 
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