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PROFESSORA ANDRÉIA ABADE MEIO AMBIENTE No último mês de agosto, a ONU publicou um relatório sobre o aquecimento global que soa como um alerta vermelho Segundo a entidade, é preciso conter agora o uso de combustíveis fósseis, pois o aquecimento global, provocado por eles, já está acarretando mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor "Trata-se de um alerta vermelho para a humanidade", disse António Guterres. "Os alarmes são ensurdecedores: as emissões de gases de efeito estufa provocadas por combustíveis fósseis e o desmatamento estão sufocando o nosso planeta", disse o secretário geral da ONU. O secretário pede que nenhuma central de carvão seja construída depois de 2021. "Os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável", acrescentou Guterres. PLANETA EM ALERTA VERMELHO MEIO AMBIENTE CONTEXTUALIZAÇÃO Meio ambiente pode ser definido como um conjunto de fatores físicos, químicos e biológicos que permite a vida em suas mais diversas formas. Segundo o artigo 3º da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, podemos definir meio ambiente como o “ conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. MEIO AMBIENTE Histórico As primeiras manifestações contra as ações da sociedade industrial sobre o meio ambiente ocorreram nos anos de 1960 Mas essas preocupações só começaram a ganhar audiência governamental, de fato, na década seguinte Isso ocorreu a partir da divulagação do relatório "Os limites do crescimento econômico", elaborado pelo Clube de Roma na Conferência de Estocolmo em 1972 O Relatório apontava como principais desafios A industrialização acelerada O forte crescimento populacional A insuficiência crescente da produção de alimentos O esgotamento dos recursos naturais renováveis A degradação irreversível do meio ambiente Nas décadas seguintes, esse debate se amplia, movido pelos princípios do Limite do Crescimento Econômico: como desenvolver a economia sem destruir o planeta? Diante desse impasse surge um novo princípio, "Nosso Futuro Comum", cuja base era o conceito de desenvolvimento sustentável Essa grande mudança de perspectiva se consolida na mesma década em que dois grandes desastres ambientais ocorreram Bophal em 1984 - vazamento numa fábrica de pesticida na Índia Chernobyl em 1986 - explosão de um reator nuclear na então União Soviética Angra em 1986 - vazamento de material radioativo Na década de 90, o Brasil sediou a RIO-92, um encontro promovido pela ONU para debater a problemática ambiental mundial Os principais temas abordados pelo documento são: direitos humanos, democracia, diversidade, desenvolvimento econômico e sustentável, erradicação da pobreza e paz mundial. BRASIL De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal, “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Mesmo assim, o meio ambiente brasileiro ainda vivencia muitos desafios. No início de 2019, os noticiários foram inundados pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O rompimento deixou mais de 200 mortos e problemas ambientais gravíssimos, como a poluição das águas, da fauna e da flora local. Em setembro de 2020, o pantanal pediu socorro! O bioma bateu recorde de focos de queimadas, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que, entre 2000 e 2018, o Pantanal perdeu cerca de 2,1 mil km² de área nativa. Em 2020, já tem cerca de 23 mil km² consumido pelas chamas. Ou seja, o bioma teve 10 vezes da área destruída em um ano comparado aos outros 18 anos. Além disso, em comparação com o ano anterior, a área desmatada na Amazônia registrou um aumento de 29,5%, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2018, foram registrados cerca de 7,5 mil km² desmatados. A área aumentou para 9,7 mil km² em 2019. Segundo levantamento do Inpe, do dia 1º de janeiro ao dia 31 de agosto, cerca de 113 mil km² de áreas naturais foram queimadas na Amazônia, Cerrado e Pantanal. Em comparação com o ano anterior, essa área representa um aumento de 87%, o que equivale a duas vezes o estado da Paraíba. Pesquisadores identificaram que entre as principais causas para a ocorrência das queimadas estão o desmatamento, a preparação do solo para a agricultura e os incêndios acidentais. Pelo menos 900 praias foram atingidas pelo derramamento de óleo que teve início em agosto. Praias do Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro foram atingidas pelo desastre ambiental que afetou a biodiversidade marinha, o turismo, a economia local, a saúde e o bem-estar da população. Em 2020 estivemos às vésperas da Década do Oceano, definida pela ONU para o período de 2021 a 2030. As discussões sobre o tema tendem a aumentar, assim como a identificação de problemas e o desenvolvimento de soluções. Seria o momento de o País intensificar o investimento na conservação e restauração da biodiversidade marinha, pensando em aspectos ambientais, econômicos, sociais e no bem-estar da população. MUNDO A história das coisas O meio ambiente tem sido a grande preocupação de todas as comunidades do nosso planeta nas últimas décadas, seja pelas mudanças provocadas pela ação do homem na natureza, seja pela resposta que a natureza dá a essas ações. Os direitos fundamentais de terceira geração, ligados ao valor fraternidade ou solidariedade, são os relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. “O homem tem o direito fundamental à liberdade, à dignidade e ao desfrute de condições de vida adequadas, em um ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna, gozar de bem-estar e é portador solene de obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente, para as gerações presentes e futuras. A esse respeito, as políticas que promovem ou perpetuam o apartheid, a segregação racial, a discriminação, a opressão colonial e outras formas de opressão e de dominação estrangeira permanecem condenados e devem ser eliminados. Os recursos naturais da Terra, incluídos o ar, a água, o solo, a flora e a fauna e, especialmente, parcelas representativas dos ecossistemas naturais, devem ser preservados em benefício das gerações atuais e futuras, mediante um cuidadoso planejamento ou administração adequados. Deve ser mantida e, sempre que possível, restaurada ou melhorada a capacidade da Terra de produzir recursos renováveis vitais, O homem tem a responsabilidade especial de preservar e administrar judiciosamente o patrimônio representado pela flora e fauna silvestres, bem assim o seu habit, que se encontram atualmente em grave perigo, por uma combinação de fatores adversos. Em conseqüência, ao planificar o desenvolvimento econômico, deve ser atribuída importância à conservação da natureza, incluídas a flora e a fauna silvestres ”. Alexandre de Moraes O homem tem direito fundamental à liberdade, à igualdade e condições de vida adequadas, em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna, gozar de bem-estar e é portador solene de obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente, para as gerações presentes e futuras Estocolmo, 1972 O fenômeno Greta Thunberg é muito interessante e afeta de uma forma bastante sensível alguns movimentos de jovens aqui no Brasil. Isso mostra uma sensibilidade e uma necessidade de protagonismo dos jovens,que reconhecem nos adultos uma incapacidade de tomada de decisão mais consistente com os desafios existentes, além de identificarem uma falta de propósitos mais sérios dos gestores atuais A Onu Meio Ambiente é a agência do Sistema das Nações Unidas (ONU) responsável por promover a conservação do meio ambiente e o uso eficiente de recursos no contexto do desenvolvimento sustentável. Lixo eletrônico O lixo eletrônico é um dos grandes desafios da sociedade atual: graças à obsolescência programa e nossa natureza consumista, há muitos dispositivos eletrônicos no lixo causando grandes danos ao meio ambiente. O lixo eletrônico ou Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) são todos os dispositivos eletroeletrônicos, de celulares, tablets e computadores a TVs, lavadoras de louça e de roupa, geladeiras e etc., que foram descartados por seus donos. Há uma preocupação com certos dispositivos descartados de forma irregular (jogados no lixo comum, por exemplo), como celulares, tablets, computadores e outros com baterias, pois estas contêm elementos altamente danosos ao meio ambiente, que não podem ser jogados em qualquer lugar. Além disso, esses aparelhos contém materiais valiosos e metais raros, úteis para fabricar outros eletrônicos com material reciclado. Alguns elementos contidos no lixo eletrônico, embora sejam biodegradáveis, podem permanecer no solo por séculos, contaminando tudo enquanto isso. Já materiais nobres como ouro, prata, cobre e platina, além de metais raros são difíceis de se conseguir na natureza. É preferível sempre que o usuário descarte os aparelhos corretamente. De acordo com o Artigo 33 da Lei N° 12.305/2010 (Política Nacional dos Resíduos Sólidos, ou PNRS), o fabricante é obrigado a fazer a logística reversa dos eletroeletrônicos que comercializa. Ou seja, é responsabilidade do dono procurar o fabricante, que é obrigado a recolher e descartar de forma ecologicamente correta. Para atuar em conformidade com a Legislação, as empresas devem implementar sistemas de logística reversa para recolher e reciclar eletrônicos ou descarta-los corretamente. Da mesma forma, a PNRS prevê sanções tanto à companhia que falhar em cumprir a Lei, quanto ao consumidor que fizer o descarte de maneira inapropriada. Doar o aparelho para outra pessoa, uma empresa ou uma instituição; vendê-lo ou trocá-lo por um outro bem de consumo; entrar em contato com o fabricante, para que este faça a logística reversa. CARTA DA TERRA A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação. https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Humano https://pt.wikipedia.org/wiki/Vida https://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3%A3o Oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para guiar a transição para um futuro sustentável O documento é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns e valores compartilhados. O projeto começou como uma iniciativa das Nações Unidas, mas se desenvolveu e finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil. Em 2000 a Comissão da Carta da Terra, uma entidade internacional independente, concluiu e divulgou o documento como a carta dos povos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_civil https://pt.wikipedia.org/wiki/2000 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comiss%C3%A3o_da_Carta_da_Terra&action=edit&redlink=1 Carta da Terra O LAÇO ESSENCIAL QUE NOS UNE É QUE TODOS HABITAMOS ESTE PEQUENO PLANETA. TODOS RESPIRAMOS O MESMO AR. TODOS NOS PREOCUPAMOS COM O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS. E TODOS SOMOS MORTAIS. JOHN KENNEDY
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