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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO- UFMA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS- CCAA CAMPUS DE CHAPADINHA-MA BR. 222 - KM 04, s/n. Cep: 65.500-000 - Chapadinha, Maranhão - Brasil Fone: (98) 3471-1201 Curso: Agronomia Disciplina: Fitopatologia básica Discente: Savana da Silva Figueiras 1. O conhecimento dos agentes causais de doenças de plantas é de suma importância o controle das fitodoenças. Os fitopatógenos são identificados através da observação das sintomatologias, presença de sinais do fitopatógeno na planta hospedeira e a observação das estruturas morfológicas dos agentes causais em microscopia. Para se obter um bom material vegetal para análise fitopatológica, são necessários obedecer a instruções de coleta, acondicionamento e envio de amostras para um Laboratório de Diagnose Fitopatológica. Fale da importância dessas instruções de descreva-as. (Vale 6,0 pontos). INSTRUÇÕES BÁSICAS PARA COLETA E ENVIO DE MATERIAL PARA EXAME FITOPATOLÓGICO O primeiro passo antes da coleta da amostra é a obtenção de uma visão geral da situação. Anexar ao material coletado uma ficha de informações a ser preenchida e enviada junto com a amostra. 1. COLETA DAS AMOSTRAS: A amostra deverá ser escolhida de forma criteriosa e em quantidade suficiente para facilitar o diagnóstico. Devem ser coletadas amostras com diferentes estágios da planta, representando, o mais próximo possível, a situação observada no campo o que vai permitir a compreensão dos da evolução dos sintomas. É fundamental a presença, na amostra, de plantas exibindo órgãos afetados, onde se note a existência simultânea de tecidos sadios e doentes. Amostras coletadas de plantas já completamente mortas irão dificultar o diagnóstico. Pode se facilitar a diagnose coletando partes onde se verifica a presença de sinais do agente patogênico (estruturas de fungos, galhas de nematóides etc.). O que coletar? 1. Antes de coletar a amostra, examine bem as plantas, inclusive as raízes (se possível), a procura de sintomas; 2. Colete todas as partes da planta com sintomas observados. Colete também o colo e as raízes de plantas com amarelecimento ou murcha; 3. No caso de plantas pequenas, colete a planta inteira, com as raízes. 4. Coletar só plantas com partes sadia e doente, e não já totalmente mortas; 5. Nunca colete uma única planta ou parte dela. Colete um número razoável (No mínimo três ou mais), considerando, porém, o custo do transporte; 6. De plantas raquíticas, com sintomas de deficiências nutricionais, em áreas localizadas no plantio, coletar também amostra do colo e raízes, retirando-as com cuidado e coletar amostras de solo. Coleta-se, na projeção da copa, amostra de solo até 25-30cm de profundidade. Coletar 10 a 20 amostras por ha, misturar e retirar ± 1kg de solo para análise. Coletar amostra separada, também, de área com plantas sadias. 7. Em plantas com suspeita de ataque de nematóides, como na situação descrita no item d, o solo próximo às raízes deve ser coletado. Deve-se evitar coletar amostras quando o solo estiver muito seco ou encharcado. Inicialmente, divide-se a lavoura em talhões homogêneos com relação à declividade do terreno e à textura do solo (arenosa, argilosa etc). Dentro dos talhões, devem ser coletadas amostras separadas de áreas onde as plantas exibam sintomas de doença e de áreas onde as plantas estão aparentemente sadias. Inicialmente, os detritos da superfície do terreno devem ser removidos no ponto de coleta. Com um enxadão abre-se o solo em forma de V, da superfície até 25-30 cm de profundidade, coletando uma fatia de solo, de espessura homogênea. Pode-se também usar trado para coletar a amostra. As amostras de solo podem ser coletadas juntamente com as raízes, sem que as plantas sejam destruídas. Devem ser coletadas 10-20 sub- amostras por ha, percorrendo o talhão em zigue-zague, que devem ser bem misturadas, retirando-se uma amostra composta (± 1kg de solo e cerca de 10g de raízes) e embalando- a em sacola plástica limpa, fechando em seguida, para evitar perda de umidade. Devem ser colocadas duas etiquetas, escritas a lápis, sendo uma por dentro da sacola, com o solo. No caso de nematóides que atacam a parte aérea da planta, coletar os órgãos atacados ou a planta inteira, preferencialmente; 8. Em outras situações, devem ser coletadas amostras de todos os órgãos que apresentem sintomas. 2. TAMANHO DA AMOSTRA Não se tem um padrão na quantidade de plantas ou órgãos vegetais para compor a amostra simples. Irá depender do caso, sempre que possível dentro dos limites do bom senso, quanto maior o número de amostras, melhor. Porém deve-se considerar a dificuldade de coleta, custo com o transporte da amostra até o laboratório O tamanho da amostra deve conter os vários estágios da doença e que permita a realização, se preciso for, de vários testes necessários ao diagnóstico. Além disso, a amostra deve conter um número de plantas ou órgãos vegetais suficientes para que possa, se houver interesse do fitopatologista, permitir a sua conservação para estudos posteriores e, ou, fins didáticos. Em alguns casos, parte da amostra poderá ser enviada a outro fitopatologista, especialista no grupo de doenças que a amostra contém, para confirmação do diagnóstico ou estudos taxionômicos do patógeno, quando se tratar de uma nova doença. Embora nesses casos geralmente novas amostras sejam solicitadas e, se possível, realizada uma visita do fitopatologista à lavoura. 3. PREPARO E ENVIO DE AMOSTRAS A amostra deve chegar ao laboratório, o mais rápido possível após a coleta, ainda fresca. Caso contrário, alguns cuidados gerais devem ser tomados: 1. Se a chegada prevista ao laboratório for até um dia após a coleta, embale a amostra em saco de papel. Se usar sacos plásticos, faça pequenos furos. Em tempo quente, transportar as amostras em caixa de isopor 2. Com previsão de chegada entre um e dois dias após a coleta, amostra de planta herbácea deve ser colocada entre folhas de jornal umedecidas com água (se possível gelada), dentro de saco plástico não furado e transportada em caixa de isopor, contendo, se possível, alguns cubos de gelo. Se isso não for 2. Com previsão de chegada entre um e dois dias após a coleta, amostra de planta herbácea deve ser colocada entre folhas de jornal umedecidas com água (se possível gelada), dentro de saco plástico não furado e transportada em caixa de isopor, contendo, se possível, alguns cubos de gelo. Se isso não for possível, e em épocas mais frias do ano, amostras de plantas pouco suculentas podem ser enviadas como descrito no ítem anterior 3. Se a chegada prevista ao laboratório for superior a dois dias, a amostra de planta herbácea deve ser prensada (herborizada) entre jornais, trocando-os sempre que for necessário, até ficarem devidamente secas (as folhas se quebram ao serem dobradas) e as amostras de frutos e órgãos suculentos podem ser enviadas dentro de líquidos conservantes, tal como etanol 70% (mistura de álcool hidratado comercial 96% e água, na proporção de 3:1). Obs.: Se houver suspeita de doenças causadas por vírus, as amostras não devem ser herborizadas, devendo chegar frescas ao laboratório. 4. Após ligeira secagem, enviar caule e raízes lenhosos, em caixa de papelão. 5. Amostras de solo não podem secar ou ficar expostas a altas temperaturas 3. CUIDADOS GERAIS 1.Preencher a ficha técnicas (está disponível em boletins, cartilhas de Instruções Básicas Para Coleta E Envio De Material Para Exame Fitopatológico) no verso e enviar junto com cada amostra; 2. Embalar as amostras separadamente e identificá-las; 3. A embalagem deve trazer os dizeres: “amostra para diagnóstico”; 4. A amostra jamais deve ser congelada; 5. Após a coleta, a amostra deve chegar ao destino no menor tempo possível; 6 Não transportar as amostras em porta-malas de carro (amenos que estejam dentro de caixa de isopor), nem em carrocerias, sem embalagem. Para que se tenha um bom diagnostico fitopatológico é necessário que a amostra enviada seja representativa e chegue em boas condições no laboratório, importante que seja devidamente embalada para que se possa ter condições de examinar bem, junto ao material coletado, deve conter informações importantes, dados agronômicos e climáticos para que não atrapalhe o processo de diagnose feita pelo fitopatologista, material coletado e assim irão auxiliar a diagnose e a recomendação de medidas de controle corretas. Todas as instruções para o processo de coleta de material com amostras das partes que constam evidencias do sintoma são importantes para que se realize o diagnóstico correto e seguro da fitopatologia e assim permitir a recomendação de medidas de controle adequada para a doença. 2. O controle de doenças em plantas é necessário principalmente para as doenças de importância econômica. Whetzel et al. (1925), Whetzel (1929) e Marchionatto (1949) sistematizaram os métodos de controle, agrupando-os em sete princípios biológicos gerais. Com qual objetivo foram sistematizadas essas medidas de controle. Cite e descreva cada uma. (Vale 4,0 pontos). De acordo com os sete princípios biológicos gerais: Exclusão, Erradicação, Proteção, Imunização, Terapia, Regulação e Evasão. Tiveram como objetivo nas medidas de controle, “prevenir entrada patógeno em área livre do mesmo”; “eliminar patógeno impedindo estabelecimento”; “impedir contato direto planta e patógeno”; “promover a resistência da planta”;“recuperar a planta doente”; “alterar ambiente visando desfavorecer doença”; “envolve táticas de fuga à doença”. Exclusão: Prevenir entrada patógeno em área livre do mesmo. - -Exemplos de Através da proibição com base na legislação, fiscalização e interceptação de plantas e/ou partes vegetais, quando necessário. visa, essencialmente, impedir a entrada de patógenos de alto potencial destrutivo, feita através de medidas quarentenárias e legislações fitossanitárias promulgadas por órgãos governamentais, nacionais e internacionais. Erradicação: Visa a eliminação de um patógeno de uma determinada área ou região. -Exemplos de medidas de erradicação através de: Eliminação de plantas doentes; Eliminação de hospedeiros selvagens; Aradura profunda do solo; Desinfestação física ou química do solo e outros. Proteção: visa a prevenção do contato do patógeno com o hospedeiro. -Exemplos de medidas de proteção através: Uso de fungicidas, bactericidas ou inseticidas (controle de vetores) onde a eficiência irá depender do nível de toxidez do fungicida...sensibilidade, época, dosagem e número de aplicações, e as condições operacionais do método de controle. Imunização: Baseia-se no desenvolvimento de plantas resistentes visando o seu cultivo em área infestada com o patógeno: -Medidas de controle através de imunização genética com uso de Variedades imunes, resistentes ou tolerantes; Imunização química com fungicidas sistêmicos e indutores de resistência; Imunização biológica com premunização ou proteção cruzada. Terapia: Visa restabelecer a sanidade de uma planta com a qual o patógeno já estabelecera uma íntima relação parasítica. -Exemplos de medidas de terapia através: Eliminação do patógeno infectante; Melhoria das condições de reação das plantas com uso de fungicidas sistêmicos; Cirurgia de lesões em troncos de árvores; Remoção de galhos infectados; Tratamento térmico Regulação: Visa alterar ambiente visando desfavorecer doença. Irá Depender do grau de influência de um determinado fator ambiente no desencadeamento do processo patológico e/ou epidemiológico. Depende da possibilidade de controle deste fator. -Exemplos de medidas de regulação e agente patológico atingido. Damping-off - controle da água de irrigação; Podridão cinzenta do caule - suprimento adequado de água; Sarna da batatinha - reduzir o ph do solo; Hérnia das crucíferas - elevar o ph do solo; Subsolagem – controle de fusarium em feijoeiro Evasão: “envolve táticas de fuga à doença”. Visa a prevenção de doenças através de táticas de fuga dirigidas contra o patógeno e/ou contra o ambiente favorável ao desenvolvimento da doença. Na ausência de variedades resistentes, constitui-se na primeira opção de controle de doenças -Principais medidas evasivas Escolha de áreas geográficas; Escolha do local de plantio; Modificações de práticas culturais Essas medidas devem levar em conta a ausência ou presença do patógeno, quantidade relativa de inóculo, condições ambientais.
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