Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pelve Estruturas neurovasculares • As principais estruturas neurovasculares da pelve são extraperitoneais, situadas adjacentes às paredes posterolaterais. • A pelve é ricamente irrigada por artérias, entre as quais ocorrem inúmeras anastomoses. • Seis artérias entram na pelve menor das mulheres: ➢ Artérias ilíacas internas (2). ➢ Artérias ováricas (2). ➢ Artéria sacral mediana. ➢ Artéria retal superior. • Artéria ilíaca interna: ➢ É a mais importante da pelve. ➢ Responsável pela vascularização das vísceras pélvicas e dos músculos da pelve. ➢ Envia ramos para a região glútea, regiões mediais da coxa e períneo. ➢ Cada artéria ilíaca interna possui cerca de 4 cm de comprimento, começando como artéria ilíaca comum e se bifurcado na artéria ilíaca interna e a externa. ➢ O ureter cruza a artéria ilíaca comum ou seus ramos na bifurcação ou imediatamente distal a ela. ➢ A artéria ilíaca interna é separada da articulação sacroilíaca pela veia ilíaca interna e pelo tronco lombosacral. ➢ Desce posterolateralmente até a pelve menor, medialmente a veia ilíaca externa e ao nervo obturatório, e lateralmente ao peritônio. ➢ Geralmente termina na margem superior do forame isquiático maior, dando origem as divisões anteriores e posteriores. Os ramos da divisão anterior são principalmente viscerais. ➢ Artéria umbilical: quando são ocluídas após o cordão umbilical ser seccionado, formam os ligamentos umbilicais medianos. ➢ Artéria obturatória: emite ramos musculares, sendo uma artéria nutrícia para o íleo e um ramo púbico. ➢ Artéria vesical inferior: encontrada apenas nos homens e é substituída pela artéria vaginal nas mulheres. ➢ Artéria uterina: apenas em mulheres. Passa diretamente acima do ureter. Se divide em um ramo vaginal e um ramo ascendente, que depois bifurca-se em ramos ováricos e tubário. ➢ Artéria vaginal: é homóloga da artéria vesical em homens. ➢ Artéria retal média. ➢ Artéria pudenda interna: maior nos homens. Atravessa a parte inferior do forame isquiático maior. ➢ Artéria glútea inferior. ➢ Artéria do íliolombar. ➢ Artérias sacrais laterais. ➢ Artéria glútea superior. • Artéria ovárica: origina-se da parte abdominal da aorta, inferiormente a artéria renal. Adere ao peritônio parietal e passa anteriormente ao ureter. Divide-se em um ramo ovárico e um ramo tubário. • Artéria sacral mediana: pequena artéria ímpar que se origina na face posterior da parte abdominal da aorta. • Artéria retal superior: continuação direta da artéria mesentérica inferior. • Veias pélvicas: ➢ Plexos venosos pélvicos: são drenados pelas veias ilíacas internas ou o plexo venoso vertebral interno ou a veia sacral mediana. Se anastomosam e circundam as visceral pélvicas. ➢ Veias ilíacas internas: unem-se as veias ilíacas externas para formas as veias ilíacas comuns, e formam a veia cava inferior. ➢ Veias glúteas superiores: são as maiores tributarias das veias ilíacas internas. ➢ Veias sacrais laterais. • Linfonodos da pelve: ➢ Variam em número, tamanho e localização. ➢ Linfonodos ilíacos externos: situam-se acima da margem da pelve, ao longo dos vasos ilíacos externos. Recebem linfa dos linfonodos inguinais, vísceras pélvicas e partes superiores dos órgãos pélvicos médios e anteriores. ➢ Linfonodos ilíacos internos: reunidos em torno das divisões anterior e posterior da artéria ilíaca interna e as origens das artérias glúteas. Recebem drenagem das visceral pélvicas inferiores, do períneo profundo e da região glútea. Drenam para os linfonodos ilíacos comuns. ➢ Linfonodos sacrais: situam-se na concavidade do sacro. Recebem linfa das vísceras pélvicas posteroinferiores e drenam para os linfonodos ilíacos internos ou comuns. ➢ Linfonodos ilíacos comuns: situam-se superiormente a pelve, ao longo dos vasos sanguíneos ilíacos comuns e recebem dos três principais situados acima. Drenagem direta inconstante de alguns órgãos pélvicos para os linfonodos ilíacos comuns. ➢ Há também os linfonodos pararretais, que ocupam o tecido conjuntivo ao longo dos ramos dos vasos ilíacos internos. • Nervos pélvicos: ➢ A pele é inervada principalmente pelos nervos espinais sacrais e coccígeos e pela parte pélvica da divisão autônoma do sistema nervoso. ➢ Nervo obturatório: origina-se nos ramos anteriores dos nervos espinais L2 a L4 do plexo lombar no abdome. Segue até o canal obturatório. Nenhuma estrutura pélvica é suprida pelo nervo. ➢ Tronco lombossacral: união do nervo L4 com o L5. Une-se ao plexo sacral. ➢ Plexo sacral: os dois principais nervos derivados são os nervos isquiático e pudendo. O nervo isquiático é o maior nervo do corpo. O nervo pudendo é o principal nervo do períneo e principal nervo sensitivo dos órgãos genitais externos. O nervo glúteo superior supre os músculos da região glútea e o nervo glúteo inferior supre o músculo glúteo máximo sobrejacente. ➢ Plexo coccígeo: é uma pequena rede de fibras nervosas formadas por ramos anteriores de S4 e S5 e os nervos coccígeos. Supre músculo isquiococcigeo, parte do músculo levantador do ânus e articulação sacrococcígea. Os nervos anococcígeos suprem uma pequena área de pele entre a extremidade do cóccix e o ânus. ➢ Nervos autônomos pélvicos: entram na cavidade pélvica por 4 vias – troncos simpáticos sacrais, plexos periarteriais, plexos hipogástricos e nervos esplâncnicos pélvicos. Vísceras pélvicas • As vísceras pélvicas incluem as partes distais dos sistemas urinário e digestório, além do sistema genital. • Ureteres: ➢ São tubos musculares, com 20 a 30 cm de comprimento, que conectam os rins à bexiga urinária. ➢ São retroperitoneais. ➢ As partes pélvicas dos ureteres passam nas paredes laterais da pelve, entre o peritônio parietal e as artérias ilíacas internas. Próximo à espinha isquiática, se curvam anteromedialmente, acima do músculo levantador do ânus e entram na bexiga urinaria. ➢ As extremidades inferiores dos ureteres são circundadas pelo plexo venoso vesical. ➢ Entram na face externa da bexiga urinaria. Uma passagem obliqua através da parede da bexiga, faz com que forme-se uma válvula unidirecional, com a pressão interna ocasionada pelo enchimento da bexiga, causando o fechamento da passagem intramural. ➢ As contrações da musculatura vesical atuam como esfíncter, impedindo o refluxo de urina. ➢ Sua irrigação arterial e drenagem venosa é feita pelas artérias ilíacas comuns, ilíacas internas e ováricas, além das artérias uterinas e artérias vesicais inferiores. As veias correspondem aos mesmos nomes das artérias. Os vasos linfáticos seguem para os linfonodos ilíacos comuns e internos. ➢ São inervados pelos plexos autônomos subjacentes. • Bexiga urinária: ➢ É uma víscera oca, que tem fortes paredes musculares, caracterizada por sua distensibilidade. ➢ É um reservatório temporário de urina e varia em tamanho, formato, posição e relações. ➢ Quando vazia, está localizada na pelve menor. ➢ Esta somente fixada pelos ligamentos laterais vesicais e pelo arco tendíneo da fáscia da pelve. Além do ligamento puboprostático nos homens e o ligamento pubovesical nas mulheres. ➢ Suas paredes são formadas pelo músculo detrusor, músculo esfíncter interno da uretra. ➢ É irrigada pelos ramos das artérias ilíacas internas, comas artérias vesicais superiores. Nos homens, as artérias vesicais inferiores irrigam o fundo e o colo da bexiga e nas mulheres, as artérias vaginais as substituem. ➢ As veias que drenam a bexiga são tributarias das veias ilíacas internas. O plexo venoso vesical nos homens é continuo com o plexovenoso prostático e é a rede venosa que tem associação mais direta. Drenam principalmente para as veias vesicais inferiores para as veias ilíacas internas, mas também podem drenar das veias sacrais para os plexos venosos vertebrais internos. Nas mulheres, o plexo venoso vesical envolve a parte pélvica da uretra e o colo da bexiga, recebendo sangue da veia dorsal do clitóris e se comunicando com o plexo vaginal ou uterovaginal. ➢ Sua inervação é feita pelo plexo hipogástrico com fibras simpáticas e pelo plexo pélvico, com fibras parassimpáticas. • Reto: ➢ Parte pélvica do sistema digestório que mantem continuidade com o colo sigmoide e canal anal. ➢ O reto segue a curva do sacro e do cóccix, formando a flexura sacral do reto. ➢ Flexura anorretal do canal anal é um importante mecanismo para a continência fecal. ➢ Há 3 flexuras laterais do reto, a superior, inferior e a intermediaria, que são formadas devido as pregas transversas do reto. ➢ A ampola do reto recebe a massa fecal que se acumula até que seja expelida durante a defecação. ➢ É coberto por peritônio nas faces anterior e lateral do terço superior do reto, enquanto o terço inferior é subperitoneal. ➢ Nos homens, há a escavação retovesical e nas mulheres há a escavação retouterina. ➢ A artéria retal superior (derivada da artéria mesentérica inferior) irriga a parte proximal do reto. As artérias retais médias direita e esquerda (derivadas das artérias ilíacas internas) irrigam as partes média e inferior do reto. As artérias retais inferiores (derivadas das artérias pudendas internas) irrigam a junção anorretal e o canal anal. ➢ Sangue é drenado pelas veias retais superiores, médias e inferiores. A superior drena para o sistema nervoso porta e as média e inferior drenam para o sistema sistêmico. O plexo venoso retal submucoso circunda o reto e se comunica com o plexo venoso vesical nos homens e o plexo venoso uretovaginal nas mulheres. ➢ Inervado pelos nervos esplâncnicos lombares, plexos pélvicos e plexo periarterial com nervos simpáticos e pelos nervos esplâncnicos pélvicos e plexos hipogástricos inferiores e plexo retal com os ramos parassimpáticos.
Compartilhar