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TRATAMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR COM BASE NA PSICOEDUCAÇÂO
SOB A PERSPECTIVA DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
Célia Maria Sousa Santos1
Laiana Behy2
RESUMO
O Transtorno Bipolar é uma doença caracterizada por oscilações de humor, manifestações
psicológicas, comportamentais e biológicas, as quais exercem significativa influência na vida tanto do
indivíduo, quanto de seus familiares e da sociedade, sendo capaz de gerar sofrimentos irreparáveis à
saúde mental e psicossocial do paciente. Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância da
Psicoeducação no tratamento do Transtorno Bipolar, de que modo sua conceituação é relatada por
vários autores, e sua importância no contexto familiar como suporte para o tratamento, a partir da
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Para elaboração desse artigo, foi realizada uma revisão de
literatura, por meio de uma pesquisa qualitativa e, exploratória, tendo por base estudos que tem como
propósito investigar a maneira como a Psicoeducação, em conjunto com a abordagem TCC, podem
contribuir de forma significativa para o tratamento da doença. Não obstante, a importância do tema,
sugere-se a realização de novas pesquisas e estudos fundamentados na Psicoeducacão,
considerando-se que mais investigações possibilitem novas descobertas sobre as especificidades da
doença.
Palavras-chave: Transtorno Bipolar; Terapia Cognitivo-Comportamental; Psicoeducação.
22 Coordenadora do Curso e orientadora do artigo.
1 Estudante do curso de pós-graduação de Terapia Cognitivo Comportamental no Centro Universitário
Estácio da Bahia.
INTRODUÇÃO
O Transtorno Bipolar é um transtorno psiquiátrico grave associado com altas taxas
de suicídio e de incapacitação. Mesmo com o uso adequado de medicação para o
tratamento deste transtorno, uma grande quantidade dos pacientes continua a
apresentar episódios de humor recorrentes, problemas psicossociais e significativas
comorbidades médicas e psiquiátricas (KAPEZINSK; QUEVEDO,2016).
Conforme Moreno, Moreno, Bio e David (2015), o Transtorno Bipolar tem
significativa influência na vida tanto do paciente quanto de seus familiares e da
sociedade, causando sofrimentos psicológicos, prejuízos irreparáveis à saúde, à
reputação e na área financeira do indivíduo e/ou da família, gerando também
conflitos nos relacionamentos familiares, sociais, conjugais e laborais.
Segundo os autores, o “Transtorno Bipolar é uma doença caracterizada por
oscilações de humor que podem ir da depressão a euforia” (p.48). Sendo um
transtorno mental, biológico e considerado psiquiatricamente crônico, requer um
tratamento medicamentoso específico para o controle dos sintomas, visto que, ainda
não existe uma perspectiva de cura. Contudo, com a evolução da ciência, a
expectativa é que sejam desenvolvidos exames capazes de mostrar melhores
respostas para o tratamento mais individualizado conforme as características
clínicas identificadas. Isto permitirá um prognóstico mais personalizado do indivíduo,
contribuindo, desta forma, a facilitar a adesão dos pacientes ao tratamento.
Com base nos estudos, identifica-se a inexistência de um prognóstico de êxito para
o Transtorno Bipolar, a partir da estratégia farmacológica. Percebe-se, na visão de
Kapezinsk e Quevedo (2016) que o tratamento medicamentoso acontece na forma
de “tentativa e erro”. Busca-se, portanto, segundo os autores, encontrar a medicação
ideal, acompanhada de uma intervenção psicoterápica que melhor se adapte a cada
paciente, no sentido de obter maior eficácia e sucesso durante o tratamento.
Assim, neste contexto, diversos estudos já foram realizados e, muitas alterações
identificadas. A maioria ainda continua sendo explorada em estudos clínicos e
pré-clínicos, na busca pelo desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e
transformadores, no entanto, a quantidade de materiais coletados no decorrer dos
anos, não foi suficiente para identificar as causas específicas do transtorno e nem os
2
mecanismos mais precisos, relacionados à resposta ao tratamento dos sintomas
(KAPEZINSK e QUEVEDO, 2016).
Dessa forma, Tavares e Moreno (2019), afirmam que o transtorno de humor
pertence ao espectro bipolar, quando as oscilações de humor, energia, impulsos,
pensamentos e psicomotricidade ocorrem no sentido da ativação (mania), com
manifestações pelo menos em algum grau, quer seja com sintomas hipomaníacos
(ativação leve) quer com sintomas maníacos (ativação completa).
Conforme está descrito no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
– DSM-V, publicado pela Associação Psiquiátrica Americana (APA) em 2014, a idade
média para a ocorrência do primeiro episódio maníaco do tipo l é aos 18 anos,
enquanto, para o tipo ll, só há ocorrência por volta dos 25 anos, sendo que, 90% dos
indivíduos que tiveram um único episódio, têm episódios recorrentes de humor e,
que 60% dos episódios maníacos ocorrem imediatamente antes de um episódio
depressivo maior.
Moreno, Moreno, Bio e David (2015) apontam a importância de um apoio
psicoterápico no sentido de auxiliar o indivíduo para uma melhor percepção do
transtorno. Sendo de fundamental importância que o paciente saiba perceber o que
é seu e o que está relacionado com a doença, criando sinais de alerta para uma
melhor compreensão de si e dos outros. Assim, aprende a criar estratégias para lidar
com o estresse e torna-se mais assertivo na solução dos problemas, além de
desenvolver técnicas com o suporte da Terapia Cognitivo Comportamental que
amenizam os sintomas de depressão e mania, podendo prevenir recaídas e
melhorar sua qualidade de vida.
Diante disto, a importância deste trabalho é conduzir à reflexão sobre a relevância
da Psicoeducação e sua contribuição para o tratamento da doença bipolar a partir da
abordagem da Terapia Cognitiva Comportamental. Com o intuito de levar o paciente
a se entender melhor, suas características pessoais e suas diferenças em relação
aos outros, e assim, aprender a superar frustrações, criar estratégias para lidar com
o estresse e demais problemas que possam ocorrer, demonstrando um
comportamento mais seguro e confiante (MORENO; MORENO; BIO; DAVID, 2015).
Ainda, segundo Moreno, Moreno, Bio e David (2015), compreender e distinguir os
sinais de alerta de um novo episódio do humor são percepções necessárias para
3
desenvolver estratégias que reduzam os sintomas de depressão e mania,
contribuindo para prevenção de recaídas.
Para um melhor esclarecimento, estes autores ressaltam que é importante entender
que o Transtorno Bipolar se manifesta de formas variadas e tem um curso de longa
duração. Portanto, a combinação do conhecimento sobre a doença mais o apoio
terapêutico, forma uma aliança fundamental para o tratamento do transtorno.
Sendo assim, a proposta deste trabalho é evidenciar a Psicoeducação como uma
possível técnica para o manejo do Transtorno Bipolar com o suporte da Terapia
Cognitivo Comportamental, no sentido de mostrar a importância da conscientização
do indivíduo e de seus familiares em relação ao transtorno, contribuindo para melhor
adesão e sucesso do tratamento (KAPEZINSK E QUEVEDO, 2016).
A partir de uma revisão de literatura foi realizada uma pesquisa qualitativa e
exploratória. Foram analisados artigos científicos, dissertações, teses e periódicos
existentes nas bases de dados da Scielo, Google Acadêmico, Pepsic e Pubmed,
bem como, livros relacionados ao tema com o objetivo de investigar como a
Psicoeducação associada à Terapia Cognitivo Comportamental podem auxiliar no
tratamento do Transtorno Bipolar.
Este artigo está estruturado em três capítulos, sendo que no primeiro capítulo
trata-se da conceituação do Transtorno Bipolar, tipos, características e
sintomatologia. No segundo capítulo, explana-se sobre a Terapia Cognitivo
Comportamental e sua intervenção através da Psicoeducação. E, finalmente no
terceiro capítulo analisa-se a importância da Psicoeducação no contexto familiar
como suporte para o tratamento do transtorno.
CONCEITUAÇÃO, TIPOS,CARACTERÍSTICAS E SINTOMATOLOGIA DO
TRANSTORNO BIPOLAR
O Transtorno Bipolar é uma doença que vem sendo estudada há mais de 3 mil anos
no decorrer da história da medicina, sendo o médico grego Aristeus da Capadócia
(Alexandria, final do século l a.C.), o primeiro a descrever a mania como um estado
de falta de controle. Atualmente reconhece-se que episódios de mania estão
inseridos no Transtorno Bipolar do tipo l. Foi também o primeiro a associar mania
4
com depressão (melancolia), descrevendo indivíduos que passavam por períodos
alternados ao longo da vida (MORENO; MORENO; BIO e DAVID, 2016).
Em 1899, Emil Kraepelin descreveu a psicose maníaco-depressiva (PMD)
na sexta edição de seu livro texto, analisando os estados de transição e das
concomitâncias das crises maníacas e melancólicas, bem como avaliando
os estados mistos, em que existem sintomas de mania e depressão ao
mesmo tempo (MORENO; MORENO; BIO e DAVID, 2016, p.16).
Segundo Carvalho, Malagris e Rangé (2019), o Transtorno Bipolar é uma doença
considerada crônica, na qual se observa acentuada alteração do humor, podendo
existir ou não algum motivo ou fator estressor presente no momento. Estas
alterações de humor levam o indivíduo a se comportar de forma inconveniente,
sendo capaz de causar danos em várias áreas da sua vida e, assim contribuir para
uma maior vulnerabilidade a estresses emocionais e físicos. Diante disto, a pessoa
com diagnóstico de bipolaridade:
Pode em alguns períodos apresentar um estado de “humor normal”
(eutimia) ou, em outros, um estado de humor alterado, podendo, dentro de
vários quadros de humor, a pessoa com Transtorno Bipolar apresentar a
depressão, a mania/hipomania ou o episódio misto (p.122).
Tanto na mania quanto na depressão, a ocorrência dos sintomas pode acontecer de
forma gradual ou através de crises mais graves, sendo que, a intensidade, a
frequência e o tempo de cada episódio de humor variam de um indivíduo para outro.
Na doença bipolar, encontra-se a presença de vários sintomas e sinais que são
responsáveis pelo episódio depressivo, maníaco ou hipomaníaco. Além disto, os
sintomas persistem por pelo menos 15 dias, no caso do episódio depressivo ou
quatro dias, no caso do episódio maníaco/hipomaníaco, causando sofrimento e
prejuízo no funcionamento global do indivíduo. Geralmente as alterações de
comportamento são notáveis e as mudanças psicológicas comportamentais e físicas
que ocorrem durante os episódios da doença podem deixar sequelas ou marcas
importantes na vida do paciente e de seus familiares (MORENO; MORENO; BIO e
DAVID, 2015).
De acordo com os autores acima citados, no começo, a doença vem acompanhada
de uma depressão, mesmo que em grau leve, muitas vezes ainda na adolescência.
Porquanto o sintoma depressivo é mais frequente que os períodos de mania ou
hipomania, acompanha o sujeito ao longo da vida e assemelha-se também a outras
5
depressões, contudo, o mais comum na depressão bipolar é o aumento do sono, de
fome e/ou peso.
Para Moreno, Moreno, Bio e David (2015), é importante diferenciar a depressão
bipolar da depressão unipolar, visto que o uso de antidepressivos no tratamento da
depressão unipolar podem piorar os sintomas e o desenvolvimento do Transtorno
Bipolar, tornando-se um gatilho para o desenvolvimento da mania. Desta forma, é
necessário descobrir, se ocorreram sintomas maníacos ou hipomaníacos no
passado do indivíduo, procurando também investigar a existência de outros
familiares com a mesma doença.
Para Tisser e Coimbra (2019) o transtorno tipo l caracteriza-se pela ocorrência de
pelo menos um episódio maníaco na vida, podendo ter sido ou não acompanhado
por um episódio depressivo. Já o tipo ll caracteriza-se pela presença de, ao menos,
um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo ao longo da vida, ou seja, para
que este diagnóstico seja confirmado, a pessoa precisa que ter vivenciado, além de
um episódio hipomaníaco, um depressivo ao longo da vida.
Os termos “mania e depressão” grave são usados para mostrar os polos
opostos do espectro afetivo; “hipomania” é o termo usado para demonstrar
um estado intermediário, ou seja, sem delírios, alucinações ou completa
perturbação das atividades normais, a qual é muitas vezes (mas não
exclusivamente), vista quando os pacientes desenvolvem ou se recuperam
da mania (CID-10, p.110).
Segundo o DSM-V (2014) APA, um episódio maníaco é caracterizado por um
período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou
irritável, seguido do aumento persistente da atividade ou da energia.
Moreno e Tavares (2019) afirmam que a síndrome maníaca, apesar de ser definida
por alterações nas funções mentais associadas a humor, prazer, energia
pensamentos, impulsos e psicomotricidade, existe também, outros subtipos de
quadros maníacos com características clínicas que possuem evolução e respostas
diferentes ao tratamento.
Ainda, de acordo com Moreno e Tavares (2019), a associação da síndrome maníaca
e da síndrome depressiva é caracterizada por um estado misto, ressaltando que,
quando predomina a depressão com sintomas de mania, denomina-se depressão
com características mistas. E, quando os sintomas são de ativação cerebral (mania),
6
ainda que com alguns aspectos de depressão, qualifica-se mania com
características mistas.
Para Nardi (2011), “cerca de 40 a 50% dos pacientes com Transtorno Bipolar
experimentam sintomas depressivos e maníacos ao mesmo tempo” (p.28), sendo
que os sintomas maníacos nos estados mistos são geralmente disfóricos, ou seja,
configura uma forma de irritabilidade e de ansiedade em lugar de euforia. Ocorre,
desta forma, a possibilidade destes estados serem difíceis para se diferenciarem da
ciclagem ultradiana, na qual um estado de humor muda com tanta rapidez que pode
se fundir com os outros.
Mania e depressão são vistas como síndromes clínicas de polaridades
opostas. Desde as observações feitas por Kraeplin, sabe-se que a
associação de sintomas maníacos ou hipomaníacos a depressivos era
frequente, especialmente nos pacientes com quadro de Transtorno Bipolar
considerados graves. Os estados mistos mais estudados na atualidade são
as manias mistas, também denominadas de manias disfóricas, nas quais
sintomas de depressão estão associadas, em maior ou menor grau, a um
estado de mania (NARDI, 2011, p.27,28).
Já o transtorno ciclotímico, de acordo com Tisser e Coimbra (2019), é caracterizado
pela cronicidade e alterações do humor. O diagnóstico é realizado quando, por um
período de pelo menos dois anos, sendo um ano para crianças e adolescentes, o
sujeito apresenta vários períodos de sintomas hipomaníacos e depressivos sem
jamais atender todos os critérios para um episódio de mania, hipomania ou
depressão maior.
O Transtorno Bipolar não acontece por responsabilidade do indivíduo e sim, por uma
alteração do estado de saúde, que pode ser tratável e para o qual, existem
medicamentos específicos e tratamentos psicoterápicos que auxiliam grande
número de pessoas (CARVALHO MALAGRIS; RANGÈ, 2019).
“Acredita-se que haja um componente genético para que uma pessoa desenvolva o
Transtorno Bipolar, pois este tende a acontecer em famílias”, conforme Carvalho,
Malagris e Rangé (2019, p.124). Ainda segundo estes autores, além de
características genéticas, muitos outros fatores estressantes que ocorrem durante a
vida da pessoa, agem como “estímulos” e podem influenciar no aparecimento de um
episódio maníaco ou depressivo.
Sendo assim, a Terapia Cognitivo Comportamental vem nos mostrar, através da
forma de interpretação do pensamento, sobre uma determinada situação vivida,
7
como esta percepção pode influenciar diretamente no que sentimos, em como
agimos e em nossas reações corporais (CARVALHO; MALAGRIS; RANGÉ, 2019).
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL E SUA INTERVENÇÃO ATRAVÉS
DA PSICOEDUCAÇÃO
A Terapia Cognitiva Comportamental foi desenvolvida por Aaron Beck no início da
década de 1960 e o tratamento está embasado na compreensão de cada paciente,diante de situações específicas, ou seja, suas crenças e tipos de comportamento.
Cabe ao terapeuta sugerir mudanças no padrão cognitivo, desmistificação dos
pensamentos disfuncionais e no sistema de crenças do indivíduo, buscando produzir
uma melhora emocional e comportamental prolongada (BECK, 2013). “É uma
terapia breve e estruturada, orientada para a solução de problemas que envolve a
colaboração ativa entre o paciente e o terapeuta para atingir objetivos estabelecidos”
(KNAPP; ISOLAN, p. 100).
Sendo assim, trata-se de uma abordagem proativa, direta, de curta duração e
estruturada, na qual, o terapeuta incentiva a participação do paciente no processo,
com o propósito de trabalhar a modificação dos pensamentos disfuncionais, os quais
são desenvolvidos ao longo da vida do indivíduo (NOGUEIRA; CRISTOSSOMO;
SOUZA; PRADO, 2017).
Para Nardi (2011) “parte-se do pressuposto de que as emoções e os
comportamentos podem ser influenciados pela percepção e pela interpretação dos
eventos ambientais” (p.186). Ainda, segundo o autor, estas interpretações são os
pensamentos automáticos que advêm de crenças intermediárias e centrais, sendo
estas últimas mais enraizadas e primordiais para o indivíduo, ou seja, são tomadas
como verdades absolutas, mesmo que distorçam da realidade.
O supracitado autor aponta que a Psicoeducação tem a finalidade de orientar os
pacientes como perceber os sintomas referentes aos episódios maníacos,
depressivos e a gravidade, de forma a contribuir para uma melhor aceitação ao
tratamento medicamentoso.
Nesse sentido, para Swartz; Swanson (2014), embora a farmacoterapia seja a base
do tratamento para o Transtorno Bipolar, se não estiver aliada a uma psicoterapia
8
específica, as altas taxas de recorrência, remissão, sintomas residuais e
comprometimento psicossocial serão frustrantes para o processo terapêutico. Os
autores compreendem que a Terapia Cognitiva Comportamental, associada com a
Psicoeducação, mostra-se eficiente e eficaz para o sucesso do processo
terapêutico. Diante das evidências, recomenda-se, como estratégia para o
tratamento do transtorno, enfatizar a importância do tratamento farmacológico e as
vantagens do uso da medicação como forma de ampliar a consciência sobre a carga
de sintomas e risco de recaída.
De acordo com Lara (2019), o Transtorno Bipolar sofre forte influência biológica e o
tratamento medicamentoso, tem demonstrado bons resultados, contudo, a
psicoterapia é uma aliada imprescindível, principalmente se conciliada com a
psicoeducação.
Psicoeducação: ajudar o paciente a saber o que é o transtorno de humor e
as características do seu tipo de transtorno particular; aprender quando o
humor está se alterando; aprender a potencializar e valorizar as
características positivas do próprio temperamento; entender a necessidade
do tratamento, suas vantagens e desvantagens; procurar não ter um padrão
de sono muito irregular (LARA, 2019, p.97).
Knapp e Isolan (2005) afirmam que um dos principais objetivos da Psicoeducação é
a aceitação ao uso de medicamentos, pois, possibilita aos indivíduos conhecimentos
sobre as características e a terapêutica do Transtorno Bipolar. Os aprendizados
teóricos e práticos permitem a compreensão da sintomatologia do transtorno e do
seu tratamento, orientando desta forma a lidar melhor com suas manifestações.
Outros tópicos abordados em intervenções psicoeducacionais incluem a
identificação precoce de sintomas pródomos, a coibição de drogas de abuso
e o manejo de situações provocadoras de estresse e ansiedade, entre
outros (p.100).
Novick e Swartz( (2019), sugerem que a Psicoeducação é um componente
terapêutico fundamental em intervenções para o transtorno bipolar. Ainda segundo
os autores, a TCC, em conjunto com a Psicoeducação, auxilia o indivíduo,através de
estratégias, a vincular humor e pensamentos, identificar e observar sinais e
pródomos, desenvolver técnicas de procedimentos comportamentais para trabalhar
os sintomas, melhorar as rotinas de sono e ocupações, juntamente com uma melhor
adesão aos medicamentos e, também, resolução dos problemas sociais.
9
Na concepção de Carvalho; Malagris e Rangé (2019, apud, Beck,1997) “é essencial
que o terapeuta esclareça ao paciente o modelo cognitivo e o processo terapêutico
como um todo” (p.16). Cabendo ao profissional orientar o indivíduo quanto as
especificidades sobre um possível diagnóstico que este possui, a relação com as
comorbidades associadas ou outros problemas e dificuldades que possa vir a
apresentar.
Ainda, segundo Carvalho, Malagris e Rangé (2019), no decorrer da Psicoeducação é
relevante atentar no sentido da compreensão do paciente sobre o assunto discutido
para evitar interpretações errôneas a respeito, certificando-se da assimilação por
parte dele. Esta percepção permite ao indivíduo examinar, através de experiências
vivenciadas por ele, uma melhor compreensão sobre o assunto explanado.
Os principais propósitos da Terapia Cognitivo Comportamental na terapêutica do
Transtorno Bipolar são, psicoeducar os pacientes, seus familiares e outros
implicados sobre a doença, orientar, de uma forma simples e objetiva, as etapas
comuns a serem seguidas no tratamento e as dificuldades relacionadas a ela
(NARDI, 2011).
IMPORTÂNCIA DA PSICOEDUCAÇÃO NO CONTEXTO FAMILIAR
A Psicoeducação é uma modalidade de tratamento que engloba intervenções
psicoterapêuticas e educacionais, fundamentada em competências que ressalta a
disposição física e mental, a coparticipação, o enfrentamento e o empoderamento do
indivíduo (CARVALHO; MALAGRIS e RANGÉ, 2019, apud DIXON, 1999; MARSH,
1992). “É uma intervenção baseada na conscientização a respeito do transtorno”
(KAPEZINSK E QUEVEDO, 2016, p.249). Segundo os autores, foi uma prática
desenvolvida com capacidade para diminuir o risco de recaída e reincidência em
relação a mania, sendo também identificado indício de prevenção no que se refere a
depressão. Ainda conforme os autores, estes resultados foram conservados por
cinco anos de follow-up, ou seja, acompanhamento do processo de pesquisa, após a
execução da etapa inicial, dos pacientes que participaram de uma determinada
intervenção.
10
Segundo KAPEZINSK e QUEVEDO (2016, p. 249), os objetivos da Psicoeducação
são:
1. Promover a adesão. A não adesão do paciente aos regimes de tratamento
prescritos e a interrupção precoce da terapia continuam entre os principais
obstáculos ao tratamento eficaz;
2. Educar o paciente acerca do seu transtorno, de suas medicações e de
como lidar com as os possíveis efeitos colaterais (explicar os vários
sintomas, envolver os familiares, esclarecer sobre prognóstico e
comorbidades, pensar nas possibilidades positivas de futuro e em como o
tratamento pode ajudar);
3. Melhorar a detecção de sinais precoces de recorrências (p. ex., mudanças
de humor, sintomas psicomotores, aumento de ansiedade, alterações no
sono e sintomas psicóticos);
4. Negociar com o indivíduo e seus familiares a melhor relação
custo-benefício do tratamento, norteando-se pela ideia de que este é
realizado com o paciente, e não para ele, sendo sempre uma negociação,
e de que sua participação aumenta as chances de não haver resistência ao
tratamento;
5. Prevenir o uso e abuso de substâncias bem como incentivar, práticas
sexuais seguras;
6. Fomentar no paciente a adoção de uma rotina regrada e de gerenciamento
de situações de estresse;
A parceria do paciente e/ou família são imprescindíveis para o tratamento, pois
quanto mais bem informados estiverem, melhores serão os resultados, visto que, é
uma doença que atinge fortemente toda a família. Relacionando-se a aplicação de
técnicas psicoeducacionais como uma ajuda fundamental, no sentido de remover
obstáculos. Auxiliando desta forma, na compreensão e entendimento de situações
confusas e emocionalmente fortes, as quais podem levar ao desenvolvimento de
estratégias que beneficiem a todos os envolvidos (CARVALHO; MALAGRIS; RANGÉ
2019, apud MECHANIC, 1995).
Aeste respeito, Almeida et al, (2017), afirmam que aprender a gerir o
desencadeamento de situações de stress e ansiedade é fundamental para que não
se proliferem, elevando a família a um aumento significativo do stress, diminuindo
11
dessa forma a capacidade de reconhecer as diferenças entre as características
pessoais do indivíduo e as características do transtorno.
Ainda, segundo os autores supracitados, o conhecimento do paciente e da sua
família quanto a necessidade do uso da medicação no transtorno, influenciam
diretamente no tratamento medicamentoso. Daí a importância do saber sobre a
doença, a forma como ela se apresenta, os tratamentos disponíveis e a sua
significância para a estabilização do quadro clínico, pois quanto maior é a adesão ao
tratamento consequentemente melhor será o prognóstico.
De acordo com Moreno, Moreno, Bio e David (2015), a psicoeducação de grupo
focada na família é classificada como uma das intervenções mais adequadas no
tratamento do Transtorno Bipolar.
Um estudo que avaliou crenças inadequadas de pacientes e seus familiares
mostrou a necessidade de incorporar novos temas na psicoeducação, tais
como a natureza biológica do Transtorno Bipolar; a possibilidade de controle
semelhante a outras doenças, apesar do seu caráter crônico; a importância
do envolvimento da família e do tratamento farmacológico; e as estratégias
para lidar com os eventos adversos para maior adesão ao tratamento e
melhores resultados (MORENO; MORENO; BIO; DAVID 2015, p.97).
Conforme os autores, quanto maior conhecimento obtiver tanto o paciente quanto
seu familiar, melhor será a aceitação da cronicidade do transtorno, uma vez que,
refere-se a um tratamento de longo prazo com necessidade do uso de
medicamentos. E, por estar propenso aos efeitos colaterais, torna-se primordial que
essas informações sejam contributivas para a prevenção de recaídas, no intuito de
abreviar a angústia e diminuir o número de internações.
O PROGRUDA, Programa de Transtornos Afetivos, iniciou o estudo e a
implantação de intervenções educacionais em 1997, e seus resultados
foram tão positivos que a necessidade de dar continuidade a essa
experiência levou os participantes a criarem uma associação que reunisse
familiares e portadores de transtornos afetivos, a Associação Brasileira de
Transtornos Afetivos (ABRATA). Essa associação vem realizando
importante trabalho ao divulgar informações sobre os transtornos do humor,
ao oferecer ajuda no encaminhamento do tratamento quando necessário e
ao organizar grupos educacionais e de autoajuda, de modo a possibilitar a
troca de experiências e diminuir o estigma social causado pela doença.
(MORENO; MORENO; BIO e DAVID, 2015, p. 98).
Nesse sentido, o suporte familiar é de fundamental importância para o tratamento do
transtorno, visto que a falta de apoio familiar e o desconhecimento sobre a doença
culminam por gerar uma dificuldade para a não adesão do indivíduo ao tratamento,
12
visto que, comentários negacionistas e de culpabilidade sobre o transtorno só o
distancia de melhores resultados. Portanto, a informação e a participação da família
são excelentes mecanismos de apoio ao paciente. (MORENO; MORENO; BIO E
DAVID, 2015).
Nardi (2011) coloca que a “Psicoeducação para indivíduos bipolares e para seus
familiares é fundamental para que sejam oferecidas informações sobre os tipos de
Transtorno Bipolar, sua incidência na população e seus sintomas, prognóstico e
tratamento.” (p. 185). Decorrendo desta maneira, em um maior conhecimento do
problema e consequentemente, a aceitação do transtorno. Elevando favoravelmente
a qualidade de vida do cidadão.
Ainda para Nardi (2011), além de beneficiar o paciente, a Psicoeducação pode
ensinar um familiar, um parceiro ou amigo próximo a identificar quando o indivíduo
está agitado, irritado ou depressivo, auxiliando assim, no enfrentamento da situação.
Segundo o autor, quando um membro da família participa diretamente com o
tratamento de forma ativa, tem uma tendência a lidar melhor com o paciente no
quotidiano, tornando-se mais tolerante nos momentos de crise, posicionando-se de
forma colaborativa quando necessário.
No entanto, para que a psicoeducação atinja os resultados mencionados, o
profissional da área de saúde deve estar capacitado para responder a
algumas questões básicas como: “O que aconteceu comigo?”; “O que
causou isso?”; “Por que eu devo tomar essa medicação”; “Terei que tomar
essa medicação para o resto da vida?”; “Quando voltarei ao normal?”; “Isso
acontecerá novamente?”. (NARDI, 2011, p. 186).
Desta forma Nardi (2011) apud Newman et al, mostram alguns tópicos que podem
ser enfatizados durante a psicoeducação com indivíduos e familiares com
Transtorno Bipolar:
1. Essa doença é multifatorial e o paciente terá de aprender a lidar com seus
sintomas pelo resto da sua vida;
2. Adesão ao tratamento é essencial para melhorar o prognóstico;
3. Todos devem estar atentos a sinais que indiquem risco de suicídio;
4. Às vezes a hospitalização é necessária para salvar a vida do paciente e
para realizar mudanças na medicação que requeira supervisão intensiva do
médico.
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Sendo assim, é de grande relevância a participação dos familiares no combate as
crises, visto que, são os primeiros a observarem alterações demonstradas pelo
portador do transtorno. Enfatizando ainda que, a importância sobre o conhecimento
da doença leva ao autoconhecimento e a preparação individual (ALMEIDA, et al,
2018).
De acordo com Carvalho, Malagris e Rangé (2019) é interessante ressaltar que a
internação involuntária só deve ser recomendada quando o indivíduo está
vivenciando uma crise muito forte, colocando em risco a própria vida ou a vida de
outras pessoas. Entendendo-se que, no contexto atual as internações são menos
frequentes e duram menos tempo, em razão das campanhas de
desinstitucionalização. Cabendo observar que a evolução do tratamento e o
entendimento sobre o nível de periculosidade é de fundamental importância, uma
vez que, em muitos casos, o tratamento sem a necessidade da internação é bem
mais eficiente.
A Psicoeducação é parte essencial no tratamento, pois uma vez dada
informações sobre o Transtorno Bipolar, possibilitando ao paciente
ensinamentos sobre si, é mais provável que ele possa lidar melhor com a
sua doença e entender a necessidade do cumprimento de determinadas
estratégias propostas em sessão. Além disso, a Psicoeducação facilita uma
melhor compreensão, por parte do paciente, das diferenças entre as suas
características pessoais e as características relacionadas ao transtorno.
(CARVALHO; MALAGRIS; RANGÉ, 2019, p.129).
Por fim, “distinguir os estados de tristeza, os sintomas de depressão ou alegria, de
sintomas de euforia ou mania, não é tarefa fácil para a família do paciente bipolar –
e muito menos para o próprio bipolar” (MORENO; MORENO; BIO; DAVID, 2015,
p.183). Contudo, segundo os autores, a colaboração da família para a compreensão
da doença, o entendimento e identificação dos sintomas, as dificuldades poderão ser
amenizadas, tornando essa tarefa mais suave para todos.
Para Matta, et al, (2010, apud Colom & Vieta, 2004), a “Psicoeducação e a Terapia
Cognitivo Comportamental são as intervenções que mostram uma maior eficiência
na prevenção de recaída dos episódios do Transtorno Bipolar, pois, segundo os
autores “ambas possuem características compartilhadas e, muitas vezes, a
Psicoeducação é a fase introdutória da Terapia Cognitivo Comportamental.” (p.436).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se que o Transtorno Bipolar é uma doença complexa que surge com
diversas manifestações. Desta forma, torna-se interessante a sugestão para o
desenvolvimento de maiores estudos, que tenham como base esse seguimento
psicoeducacional, quer seja individual, em grupo ou em família, que evidenciem a
necessidade de técnicas funcionais, por meio de uma abordagem específica com o
desenvolvimento de tratamentos mais eficientes, tendo como objetivo levar o
conhecimento sobre asparticularidades da doença no campo cognitivo
comportamental.
Com base nas pesquisas e estudos realizados, há de se compreender que a Terapia
Cognitiva Comportamental, aliada a Psicoeducação, formam uma aliança que,
contribuem de maneira significativa no processo terapêutico do paciente com
Transtorno Bipolar. Contudo por ser uma doença crônica e devastadora, longe ainda
de um processo de cura, tornam-se essenciais mais estudos relacionados a
elementos de intervenção da Terapia Cognitiva Comportamental que ajudem os
pacientes no controle dos sintomas durante seu percurso de vida.
É possível observar que, apesar das dificuldades encontradas, tratando-se de uma
doença crônica, a intervenção psicoeducativa, associada a Terapia Cognitiva
Comportamental, formam um conjunto fundamental, no sentido de auxiliar o paciente
na identificação das suas crenças, na importância do uso dos medicamentos e na
adesão da família como suporte primordial para o êxito do tratamento.
Assim, conclui-se que a intervenção psicoeducativa juntamente a Terapia Cognitiva
Comportamental podem levar a resultados satisfatórios sobre o tratamento,
contribuindo significativamente para uma adesão farmacológica, tornando-se
favorável ao paciente, devido a necessidade do medicamento indicado para o
controle do transtorno e equilíbrio dele. Enfatizando também o comprometimento da
família no processo terapêutico, o qual faz-se, imprescindível para o sucesso do
tratamento. Desta forma a Psicoeducação torna-se extremamente importante no
curso do transtorno, pois auxilia de forma significativa tanto os pacientes quanto
seus familiares para a compreensão dos sintomas e controle da doença.
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