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MODULO 2 - DA FAMILIA SUBSTITUTA GUARDA - TUTELA E ADOCAO

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15/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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FAMILIA SUBSTITUTA
 
Conforme vimos anteriormente no Módulo 1 – Dos Princípios e dos Direitos Fundamentais da Criança e do
Adolescente, constitui direito fundamental dessas pessoas a convivência familiar, devendo o Estado e a Sociedade
zelarem para que tal direito seja plenamente assegurado, prioritariamente no âmbito da família natural (art. 19,
ECA).
A regra, na disciplina da infância e da juventude é a de que os filhos permaneçam no seio da família natural (ou
extensa). Apenas em caso de impossibilidade manifesta – “absoluta impossibilidade”, como diz Lei nº 12.010/90 -,
demonstrada por decisão judicial fundamentada, crianças e adolescentes poderão ser colocados em família
substituta, sob as formas de adoção, tutela ou guarda (art. 1º, §§ 1º e 2º, da Lei 12.010/09 – Lei Nacional da
Adoção).
Quando a criança ou adolescentes são afastados de sua família de origem, a família substituta é “a família que
substitui a família natural” – aquela que faz as vezes de. Aquela que assume o lugar da família natural, de origem
ou biológica. Para tanto, não importa o número de pessoas que componham a família substituta, pois a
Constituição Federal reconhece a existência de famílias com até um membro. Não se pode olvidar a família
homoafetiva – entidade familiar formada por duas pessoas do mesmo sexo – também pode ser considerada família
substituta.
Portanto, são três (3) as formas de colocação em família substituta, segundo artigo 33 do ECA:
1. Guarda,
2. Tutela e,
3. Adoção.
Todavia, encontrados na situação descrita no artigo 98 e incisos do ECA, podem seguir aos programas de
acolhimento familiar ou de acolhimento institucional, que, na forma disciplinada no ECA (pela Lei n. 12.010/90),
vieram para substituir os “abrigos” e a “colocação familiar”, sempre de forma temporária e excepcional.
Primeiro, deve-se tentar, a manutenção ou reintegração familiar, em família natural ou extensa; depois, o
acolhimento em programas familiar; após o acolhimento institucional e, por fim, a família substituta (guarda,
tutela ou adoção). Evidente, a orientação é a de que não se passe da primeira fase, sendo que o acolhimento em
programas familiar é recomendado para a guarda de criança ou adolescente, enquanto não localizada a pessoa ou
casal interessado em sua adoção (art. 50, § 11, ECA).
Cabe esclarecer que há diferença em acolhimento familiar e família substituta. Aquele ocorre em ambiente familiar
de pessoa ou de casal previamente cadastrado, sendo um dos programas de colocação de crianças e adolescentes,
forma temporária e excepcional, provisório e coordenado por instituição que adote dito programa (art. 19, caput,
34, § 1º ECA); e família substituta é uma família (ampliada ou composta por terceiros), que assume o lugar da
família natural, ocorrendo de três formas ou maneiras: pela guarda, tutela ou adoção. Cabe reprisar que: apenas
na impossibilidade de permanência da criança ou adolescente na família natural ou ampliada (art. 1º, § 2º, Lei nº
12.010/90) é que devem ser utilizados os caminhos para a família substituta (guarda tutela ou adoção).
 
No § 1º do artigo 28, o ECA assegura que, sempre que possível, a criança ou o adolescente deverá ser ouvido e
sua opinião considerada. No caso do adolescente, que pode expressar-se, sempre é bom que seja ouvido. No que
se refere à criança, deve ao menos ser ouvida por psicólogos e assistentes sociais, a não ser quando seja de tenra
idade.
No parágrafo terceiro desse mesmo artigo, o Estatuto assegura que:
“...§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou
de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida....”
Na apreciação do pedido de guarda e tutela, que são medidas precárias, é adequado que o juiz se dê preferência
aos parentes. No que tange à afetividade, é um aspecto relevante, especialmente quanto ao equilíbrio emocional
da criança e do adolescente, e deve ser considerado de modo especial no caso em que há vários interessados.
Embora a lei mencione o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, tais indicações não são as
únicas e taxativas, pois outros aspectos podem ser aferidos pelo juiz por ocasião da colocação em família
substituta (art. 28, § 3º). Basta vermos que o artigo 29, veda a colocação de criança ou adolescente com pessoas
que não ofereçam um ambiente familiar adequado, sendo que o artigo 19, caput, ECA, assegura ambiente livre da
presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
“Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer modo,
incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado.”
Já vimos que a criança e adolescente pode ser colocado em família brasileira sob três modalidades – guarda, tutela
ou adoção - , desde que atendidos os demais pressupostos legais. Entretanto a colocação de crianças ou
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adolescentes em família substituta estrangeira é excepcional e somente pode ocorrer sob a modalidade de
adoção. Em outras palavras, implicitamente, o legislador considerou prioritária a colocação em família substituta
nacional. Assim dispõe a lei:
“Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente
admissível na modalidade de adoção.”
O fecho formal dos processos de guarda ou tutela, independente de a criança ou adolescente encontrar-se com a
família substituta, é um documento judicial pelo qual a família ou o responsável assume o compromisso de bem e
fielmente desempenhar o encargo a que se incumbiu. É o compromisso ou Termo de Guarda ou Tutela. Nesse
sentido determina a Lei:
“Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.”
 
DA GUARDA
 Está regulada nos artigos 33 a 35 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
1. Conceito
É a mais simples das espécies de colocação em família substituta. É o primeiro passo que se dá para colocar o
menor sob a proteção de uma família.
O exemplo comum de concessão da guarda é o caso da mãe solteira que mora, com sua filha, na casa de seus
pais, dos quais é dependente. Os avós poderão obter a guarda da neta e até se oporem a terceiros, inclusive à
mãe, para defendê-la.
A guarda só poderá ser concedida por decisão judicial. É medida de proteção, ou seja, pode ser concedida tanto
para a criança como para o adolescente (artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente).
Podemos encontrar duas modalidades dessa concessão:
A guarda pode ser provisória, quando determinada precariamente para resolver a situação emergencial, como,
por exemplo, de alguma criança abandonada, e nos casos de separações de casais com filhos menores até que
seja solucionada a situação - com decisão final; ressaltamos que nesses casos o julgamento estará afeto aos juízes
das varas de família, e não de menores. É uma medida cautelar, preparatória ou incidental, para regularizar a
guarda de fato ou atender casos urgentes. Em virtude de seu caráter transitório, a medida terá prazo de duração
e, findo o lapso, deverá ser requerido sua prorrogação ou, então, outra forma de colocação em lar substituto.
A guarda pode ser definitiva quando for resultante de uma decisão que põe fim ao processo, determinando com
quem deverá ficar o menor. Na maioria dos casos, a guarda é concedida como medida preparatória para futura
adoção, ou, então tutela. Contudo, apesar de batizada de “definitiva”, a guarda sempre poderá, ou mesmo, deverá
ser revista a qualquer tempo, segundo o interesse do menor. Em qualquer caso, somente por decisão judicial será
possível a modificação da guardajá estabelecida. “A concessão da guarda, provisória ou definitiva, não faz coisa
julgada podendo ser modificada no interesse exclusivo do menor e desde que não tenham sido cumpridas as
obrigações pelo seu guardião.” [1]
 
2. Características
A guarda conserva as seguintes características:
Autônoma: poderá ser concedida como pedido final, ou independentemente de eventual pedido de adoção. Apesar
de autônoma, a guarda pode ser utilizada num processo de adoção sendo uma medida incidental.
Precária: o juiz poderá decidir retirar a guarda do detentor a qualquer momento, fundamentando sua decisão.
3. Obrigações do Guardião
A partir do momento em que o guardião inicia o exercício de suas funções, passa a ter obrigações para com a
criança e o adolescente, sendo responsabilizado, se for o caso, por sua desídia, o que poderá acarretar, em última
instância, a destituição do cargo.
“Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou
adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. “
Como vimos anteriormente, o artigo 205 da CF/88 preceitua que a educação é direito de todos e dever do Estado e
família. Esta tem o dever de matricular os seus membros menores e aquele o de garantir vagas para todos. E o
artigo 208, também da CF, afirma que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de
ensino fundamental obrigatório e gratuito. O § 1º deste último artigo, além disso, qualifica o acesso ao ensino
obrigatório e gratuito como um direito público subjetivo.
Como já anotado anteriormente, a finalidade do ECA é fornecer à criança e ao adolescente a proteção integral, e
esta se concretiza, de forma plena, no seio de uma família, se possível a de sangue. Assim, no caso de família
substituta, exige-se dela, com todo o rigor, a assistência que é devida aos menores.
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4. Direitos do Guardião
O artigo 33 do ECA, como vimos, preceitua que a guarda confere ao seu detentor o direito de opor-se a terceiros,
inclusive aos pais.
Portanto, se porventura os genitores, ou um deles, pretenderem recobrar a guarda, conquanto esteja no exercício
do pátrio poder, necessitarão de um provimento jurisdicional para tanto. Devem requerê-lo perante a mesma Vara
da Infância e da Juventude que, anteriormente, colocou o menor na família substituta.
Os pais não podem, sem autorização judicial, apoderar-se do filho. Se assim, agirem, estarão sujeitos a sanções
civis e penais. O artigo 237 do ECA prevê a pena de 2 a 6 anos de reclusão para aquele que subtrair criança ou
adolescente do poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de ordem judicial, com o fim de colocação em lar
substituto. Na esfera civil, os pais podem ser suspensos ou até destituídos do poder familiar.
5. Finalidade da Guarda
Preceitua o § 1º do artigo 33 do ECA:
“§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou
incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.”
Seja quem for que estiver com a criança ou adolescente, desde que não seja um dos pais, deve providenciar junto
à Vara da Infância e da Juventude a regularização de tal situação.
Acrescenta o mesmo parágrafo que a guarda pode ser deferida nos procedimentos de tutela e adoção. Em tais
acasos, se for conveniente, o juiz deverá deferi-la de plano, enquanto tramita o processo principal.
E o § 2 º desse mesmo artigo do ECA, dispõe que:
“§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a
situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito
de representação para a prática de atos determinados.”
Quando se refere a “situações peculiares”, o ECA, naturalmente, abre ampla possibilidade de concessão de guarda.
As várias hipóteses devem, é claro, ser analisadas pelo magistrado e, ressalta-se, não se deve deixar uma criança
ou adolescente desamparado.
6. Perda da Guarda
A guarda é a forma mais precária de colocação em família substituta. Assim sendo, ela cessa quando o menor
tutelado ou adotado, ou, então, quando os genitores recobram a guarda do filho. Todas essas formas ocorrem no
âmbito do Poder Judiciário, por decisão do Juiz da Infância e da Juventude.
“Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido
o Ministério Público.”
 
DA TUTELA
 
A tutela está disposta nos artigos 36 a 38 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
1. Conceito
É a forma de colocação em família substituta, tendo por finalidade a administração da pessoa e dos bens do
incapaz. É mais complexa que a guarda, tendo em vista envolver administração de pessoa e bens.
A tutela dá uma proteção mais ampla, pois substitui o poder familiar. Assim, quando suspenso, perdido ou
extinto o poder familiar é que surge o instituto da Tutela, cuja disciplina é a da lei civil, do Código Civil.
A diferença entre a tutela prevista no ECA (estatutária) e a do Código Civil é a de que esta “é mais ampla,
com finalidade própria de proteção do menor, independentemente de sua inserção em família substituta”. A tutela
do Estatuto é tutela destinada à criança ou adolescente nas condições do art. 98, incisos, do ECA,
apenas.
A suspensão do poder familiar é temporária e reversível; a extinção e a perda são definitivas: suspende-se e
perde-se o poder familiar por ordem judicial (via ação de suspensão ou de destituição do poder familiar); extingue-
se o poder familiar pela letra da lei: a) por morte dos pais; b) quando o adolescente completa 18 anos de idade
(maioridade civil); ou pela c) emancipação.
 
2. Da Tutela estatutária
 
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O instituto da tutela pertence ao direito assistencial, ao direito protetivo, mas veio previsto no ECA como uma das
“espécies de colocação” de criança ou adolescente em família substituta (art. 28, ECA). É a chamada tutela
estatutária ou tutela extraordinária, sendo disciplinada pela lei civil (art. 36, ECA c/c 1728 a 1766 do Código
Civil/2002).
A finalidade dessa tutela é proteção do incapaz e administração de seu patrimônio, quando houver. A tutela visa
propiciar ao menor de idade as condições necessárias à educação, assistência e administração de seu eventual
patrimônio.
Dispõe o ECA:
“Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. 
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do 
familiar e implica necessariamente o dever de guarda. “
Assim, só pode ser tutelado o menor até completar 18 anos de idade. No dia seguinte à maioridade, cessará a
tutela, independentemente de pedido ou autorização judicial.
A tutela estatutária ou extraordinária pode surgir em procedimento de jurisdição voluntária ou contenciosa,
conforme a hipótese esteja adequada a algum dispositivo da lei civil, bem como da situação fática em que se
encontra a criança ou adolescente. Vejamos, que, para o deferimento de tutela estatutária ou extraordinária, de
crianças e adolescentes na situação do artigo 98 do ECA, a competência é do Juizado da Infância e da Juventude,
devendo ser atendidos os requisitos do artigo 156 do ECA para a suspensão ou perda do poder familiar. São
processados, no mais das vezes, em jurisdição contenciosa, pois a Lei estatutária exige para a tutela a prévia
decretação da perda ou suspensão do poder familiar, sendo esta uma verdadeira sanção civil imposta a pais
desidiosos ou que abandonam seus filhos. A imposição de sanção civil exige o contraditório e ampla defesa.
Todavia, nada impede que a tutela seja aferida pelo Juizado da Infância e da Juventude em jurisdição voluntária,
como no caso de criançase adolescentes na orfandade total.
No Código Civil, temos a tutela ordinária que pode ser: tutela testamentária ou voluntária (art. 1729, CC),
tutela legítima (art. 1731, CC) e a tutela dativa (art. 1732, CC), as quais decorrem da interveniência do juiz da
família.
 
4. Tutor, protutor, pupilo ou tutelado
 
Tutor é a pessoa nomeada para exercer a tutela, podendo ser homem ou mulher, ou ambos, desde que tenha
idoneidade (pessoa maior de idade e de bons antecedentes) e boa saúde. Em princípio, são nomeados como tutor
os parentes, os ascendentes, e em falta deles, os colaterais até o terceiro grau. Na falta comprovada de parentes,
seja porque inexistentes ou por escusa justificada, o juiz pode nomear terceira pessoa. È necessário o aval judicial
mesmo no caso de haver sido indicado o tutor em testamento ou documento público.
Isso se justifica, porquanto há o superior interesse e a proteção integral da criança ou adolescente que devem ser
protegidos. Ademais, a nomeação tem característica da pessoalidade, ou seja, é um encargo pessoal.
O Código Civil de 2002 criou a figura do protutor, é também nomeado pelo juiz devendo deter as mesmas
condições morais do tutor, sendo quem fiscaliza os atos do tutor (art. 1742, CC/02). A rigor, a lei criou “mais uma
instância verificatória para a comprovação da prestação de contas do tutor”. Embora a raridade, é cabível a figura
do protutor nos feitos dos Juizados da Infância e da Juventude, porque se trata de disciplina tutelar (civil). No
entanto, dita figura, fatalmente, pouco surgirá na tutela estatutária, uma vez que já existe dificuldade para
conseguir-se um tutor para a criança ou adolescente, imagine-se um protutor. Diante do Código Civil, tutor e
protutor recebem uma gratificação pelo seu cuidado com o menor de idade (art. 1752, § 1º, CC/02), o que
também dificilmente ocorrerá na tutela estatutária, porque esta se aplica a criança ou adolescente muitas vezes
em desamparo.
E, pupilo ou tutelado é a pessoa menor de idade, criança ou adolescente, sobre a qual recai a tutela.
 
5. Nomeação e destituição do tutor
 
A nomeação do tutor é tratada no artigo 1734 do CC/02, com redação da Lei n. 12.010/09, “que as crianças e os
adolescentes cujos pais forem desconhecidos, falecidos ou que tiverem suspensos ou destituídos do
poder familiar terão tutores nomeados pelo juiz ou serão incluídos em programa de colocação familiar,
na forma prevista pela Lei 8069/90, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente”.
A nova redação do artigo 1734 do CC/02 demonstra o esforço do legislador para modificar a situação de crianças e
adolescentes, cujos pais forem desconhecidos (ditos expostos), filhos de pais falecidos (órfãos), ou aqueles pais
que tiveram contra si ação de destitução ou suspensão do poder familiar julgada procedente (art. 36, parágrafo
único, ECA, c/c 1728, II, CC/02). A intenção foi dificultar a colocação de criança ou adolescente – que estiver em
alguma situação prevista no artigo 98, ECA, nos antigos abrigos, agora em acolhimento institucional (art. 90, IV
ECA), nos quais ficavam praticamente esquecidos por longo tempo de suas vidas.
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 Dispõe ainda, o artigo 37 do ECA que:
 
 Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme previsto no
parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no
prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle
judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei. (Redação dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)
 Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão observados os requisitos previstos nos arts. 28 e
29 desta Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de última vontade, se
restar comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em melhores
condições de assumi-la. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) 
 No sistema do Estatuto, ao assumir a tutela, o tutor necessariamente assinava um termo no qual eram
especificados os bens e valores que eram passados à sua administração, sendo que os bens particulares do tutor,
em valor dos bens do menor, ficavam sob hipoteca legal. Isso para garantir eventual prejuízo ou dilapidação ao
patrimônio do menor. Como se sabe, a hipoteca é um direito real de garantia, que grava coisa imóvel ou outro bem
que a lei entende hipotecável. Diz-se hipoteca legal porque prevista em lei e a anterior norma estatutária estava
de acordo com o Código Civil de 1916, que também determinava que o tutor, antes de assumir a administração
dos bens do pupilo, era obrigado a especializar, em hipoteca legal, os imóveis necessários para acautelar os bens
do menor (art. 418, c/c 840, I CC/16). A hipoteca legal, portanto, era uma garantia para o menor proprietário de
bens que seriam administrador pelo tutor.
 Com a redação da Lei n. 12.010/09, foi modificado o artigo 37 do ECA, dispondo o seguinte:
 ‘”O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme previsto no
parágrafo único do artigo 1729 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, deverá, no
prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle
judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei.
Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão observados os requisitos previstos nos arts. 28 a 29
desta Lei, sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de última vontade, se restar
comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em melhores
condições para assumi-a”.
 Como se percebe, a situação agora é diferente, porque o artigo 1489 do CC/2002, que arrola as hipóteses
legais de hipoteca, não repetiu o inciso IV do art. 827 do CC/16. Isso foi diretamente confirmado pelo artigo 2040
do CC/02, quando determina que:
 “A hipoteca legal dos vens do tutor ou do curador, inscrita em conformidade com o inciso IV do
art. 827 do Código Civil anterior, Lei 3.071, de 1º de janeiro de 1916, poderá ser cancelada, obedecido
o disposto no parágrafo único do artigo 1745 deste Código”.
 O artigo 1745 do CC/02 referido dispõe que: “os bens do menor serão entregues ao tutor mediante termo
especificado deles e seus valores, ainda que os pais o tenham dispensado”. Assim, não há mais obrigatoriedade de
hipoteca legal nos casos da tutela do Estatuto, mas apenas um termo de entrega dos bens ao tutor, especificando
os bens e valores. [2]
E, no artigo 38 do ECA, expressa que, à destituição da tutela, aplica-se o art. 24.
Dispõe o artigo 24 do ECA: “A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em
procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipóteses de descumprimento
injustificado dos deveres e obrigações a que alude o artigo 22”, o qual refere: “Aos pais incumbe o dever de
sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesses destes, a obrigação de cumprir
e fazer cumprir as determinações judiciais.”
 
DA ADOÇÃO
 
Prevista nos artigos 39 a 52 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
1. Conceito
 
Eduardo Oliveira Leite conceitua a adoção como uma forma de filiação puramente jurídica, calcada na presunção
de uma realidade afetiva, e não biológica.[3]
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1729
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
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A adoção, no ECA, é forma definitiva de colocação de família substituta, e, em regra, deve ser precedida de
estágio de convivência do adotando com os adotantes.
Com a adoção, os adotantes passam a ter o poder familiar e, caso não cumpram os deveres inerentes à condição
de pais, podem dele ser destituídos.
Na verdade, com a adoção inicia-se uma relação entre pais (adotantes) e filhos (adotados), que é semelhante à
existente entre genitores biológicos e seus filhos. Os direitos e obrigações são os mesmos e, conforme dispõe a
Constituição Federal no § 6º do artigo 227, repetido no artigo 20 do ECA, não pode haver quaisquer discriminações
relativas à filiação.
2. Natureza jurídica
A adoção é instituição jurídica de ordem pública, constituída por sentença judicial, de natureza constitutiva, porque
cria uma nova situação jurídica, devendo ser inscrita no registro civil.
 
3. Adoção na Constituição
No artigo 227, § 5, da CF/88, verifica-se que: “a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que
estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros”.
Quando à presença do Estado, em se tratando de criança e adolescentes (art. 227 da Constituição trata de seus
direitos), a adoção se concretiza por meio de um processo judicial próprio, com a sentença que a estabelece. Não
há outra forma válida/lícita para sua concretização.
A outra preocupação do constituinte foi com a adoção por estrangeiros. Não se proíbe a adoção por estrangeiros
residentes no exterior, mas há exigências para se evitarem os problemas como “venda” de crianças e outros em
que, por meios ilícitos, os menores poderão vir a ser arrebatados de seus pais sem a devida anuência.
4. Adoção no Código Civil
O novo Código Civil (Lei n. 10.406/2002) trata da adoção nos arts. 1618 a 1929.
Há duas inovações importantes. A primeira é a que cuida da adoção de crianças e adolescentes, a qual,
anteriormente, só era tratada pelo ECA. A segunda é que também os casos de adoção de pessoas maiores de idade
(com mais de dezoito anos) serão realizados perante o Poder Judiciário, por meio de sentença constitutiva (art.
1623, parágrafo único do CC). NO regime anterior, as adoções de maiores eram realizadas por meio de escritura
pública em Tabelião de Notas, de acordo com o artigo 375 do Código Civil de 1916.
Como mencionado, tratando da adoção de menores, o Código Civil, a rigor, repete os mesmos dispositivos do ECA
em seus artigos 39 a 52.
 5. Requisitos quanto ao Adotante
 O primeiro requisito é que não se admite adoção por procuração. Dispõe o artigo 39, § 2º do ECA: “é
vedada a adoção por procuração”. Assim é imprescindível a presença daquela que vai adotar, mesmo porque, é
necessário um estágio de convivência.
 Dispõe ainda o artigo 42 do ECA e seus parágrafos que, para adotar é necessário ser maiores de 18 (dezoito)
anos, independentemente do estado civil. Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. E, para
adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável,
comprovada a estabilidade da família. E ainda, que o adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho
do que o adotando.
E no artigo 46 do ECA determina que, a adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso. E no § 1º desse
mesmo artigo, assegura que, § 1o o estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a
tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da
constituição do vínculo.
Em caso de adoção por estrangeiros residentes fora do País, para facilitar a convivência, o prazo de estágio é
reduzido, ou seja, de quinze dias para crianças até dois anos e de trinta dias nos outros casos. Ao estrangeiro
residente no exterior seria inadequado exigir um estágio maior.
5. Requisitos quanto ao Adotando
O artigo 40 do ECA, determina que o adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo
se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
Outro requisito, é o previsto no artigo 43 do ECA a, que assegura que a adoção será deferida quando apresentar
reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
 Não se pode esquecer que se a criança ou o adolescente estiver sob o poder familiar (pátrio poder), é
necessária a destituição, para que com a adoção uma nova relação familiar seja constituída. Aliás, o artigo 45 do
ECA estabelece que adoção depende dos pais ou do representante legal do adotando. Assim, se os genitores
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concordarem, perderão o poder familiar. No caso do tutor ou do curador, a falta de consentimento não impedirá a
adoção se ela for conveniente a menor.
 
6. Procedimento da adoção
Para haver adoção, nacional ou internacional, há necessidade de intervenção do Poder Judiciário, pois se exige uma
sentença judicial (art. 47, caput do ECA). Logo, há de existir um processo que tramitará em segredo de justiça,
iniciado por petição assinada pela parte, pessoalmente ou por seu advogado, com toda a documentação necessária
à identificação das partes sendo observados os artigos 282 do CPC e incisos e art. 165 do ECA. O processo de
adoção depois de findo é mantido em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros
meios, garantida sua conservação para consulta a qualquer tempo (art. 47, § 8º do ECA).
O art. 165 e incisos do ECA apresenta os requisitos para os pedidos de colocação em família substituta, sendo que,
para a adoção, nacional ou internacional, dependendo do caso, devem ser também observados requisitos
específicos (art. 165, parágrafo único, ECA). A petição é apresentada diretamente no Cartório da Infância e da
Juventude da comarca na qual se pretende adotar.
O Estatuto disciplinou a questão da necessidade de advogado na adoção, determinando que o pedido, quando os
pais forem falecidos, já tiverem sido destituídos ou suspenso do poder familiar ou houverem aderido de forma
expressa ao pedido de adoção, possa ser formulado diretamente em cartório em petição assinada pelos próprios
requerentes, dispensando a assistência de advogado. Embora haja quem entenda inconstitucional essa norma (art.
166, caput do ECA), parece-nos que isso facilita a adoção e vem em benefício da criança e do adolescente
adotandos.[4]
Havendo consentimento dos pais com a adoção, eles serão ouvidos pela autoridade judiciária e pelo membro do
Ministério Público, tomando-se por termo as declarações, segundo determina o artigo 166, § 1º do ECA, mas desde
que previamente tenham sido orientandos , por atuação da equipe interprofissional, esclarecidos e advertidos
acerca desse importante ato e da irrevogabilidade da adoção. (art. 166, § 2º).
À vista do pedido e da prévia ciência do Ministério Público, a autoridade judiciária determina a realização de estudo
social ou perícia por equipe interprofissional, decidindo sobre eventual guarda provisória. Sendo caso de adoção,
deve o julgador deliberar acerca do estágio de convivência, em havendo assentimento dos pais. Em qualquer caso,
deve a autoridade determinar a citação dos pais ou responsável (art. 158 do ECA), seja para resposta (contestação
ou reconvenção, em dez dias), seja para os pais serem ouvidos em audiência fins consentimento (art. 166 § 3º,
ECA).
Após eventual contestação, estudo social, réplica, o escrivão certifica o ocorrido e o juiz dá vista dos autos ao
Ministério Público, o qual manifesta-se no prazo de cinco dias pela realização de audiência (necessário e
imprescindível nos casos de revelia) ou emite parecer final. A audiência segue as regras da lei processual civil, com
a ouvida das partes, das testemunhas e peritos, quando for necessário.
A sentença que acolhe ounão o pedido deve sobrevir em audiência, ou no prazo máximo de cinco dias. O
procedimento de colocação em família substituta não pode exceder o prazo de 120 dias (art. 163 do ECA), sob
pena de sérios prejuízos à criança ou ao adolescente, podendo ser apurada a responsabilidade administrativa do
juiz em face da demora no procedimento.
Segundo dispõe o artigo 47 e parágrafos do ECA:
“Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil
mediante mandado do qual não se fornecerá certidão.
§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes.
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado.
 § 3o A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro Civil do
Município de sua residência
 § 4o Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro. 
 § 5o A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá
determinar a modificação do prenome.
 § 6o Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do
adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei. 
 § 7o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto
na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito. 
 § 8o O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos em
arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida a sua
conservação para consulta a qualquer tempo.”
 
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7. Adoção Internacional
 
Se a colocação de uma criança sob adoção é uma medida excepcional (art. 31, ECA), pois só pode ocorrer na
provada impossibilidade de a criança ficar com sua família natural ou extensa, a adoção internacional
“materializa a exceção da exceção”[5], pois também exige a impossibilidade de a criança adotada ficar no
Brasil. Portanto, devem-se esgotar as possibilidades de colocação em família substituta brasileira,
observando-se os cadastros existentes.
Como mencionamos anteriormente, a adoção por estrangeiros está assegurada na Constituição Federal no
artigo 227, § 5º, que determina que a mesma será efetivada nos termos da lei específica. Essa lei, é o
Estatuto da Criança e do Adolescente. As modificações trazidas ao Estatuto pela Lei n. 12.010/09, em matéria
de adoção internacional, incorporam a Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das
Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, como se vê do artigo 51 caput , do ECA :
“Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou
domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2 da Convenção de Haia, de 29 de maio de
1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional,
aprovada pelo Decreto Legislativo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto no
3.087, de 21 de junho de 1999”.
Dispõe ainda, parágrafo 1º e incisos, e §§ do 51, do ECA que:
“ ... § 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente
terá lugar quando restar comprovado: 
 I - que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso concreto; 
 II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em
família substituta brasileira, após consulta aos cadastros mencionados no art. 50 desta Lei; 
 III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao
seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer
elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.
 § 2o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção
internacional de criança ou adolescente brasileiro. 
 § 3o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e
Federal em matéria de adoção internacional. “
 
 E ainda os artigos seguintes do ECA sobre a adoção internacional. Vejamos:
 
 Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei,
com as seguintes adaptações: 
 I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar criança ou adolescente brasileiro, deverá
formular pedido de habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria de adoção
internacional no país de acolhida, assim entendido aquele onde está situada sua residência habitual; 
 II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar que os solicitantes estão habilitados e
aptos para adotar, emitirá um relatório que contenha informações sobre a identidade, a capacidade
jurídica e adequação dos solicitantes para adotar, sua situação pessoal, familiar e médica, seu meio
social, os motivos que os animam e sua aptidão para assumir uma adoção internacional; 
 III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade Central Estadual,
com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira; 
 
 IV - o relatório será instruído com toda a documentação necessária, incluindo estudo psicossocial
elaborado por equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da legislação pertinente,
acompanhada da respectiva prova de vigência; 
 V - os documentos em língua estrangeira serão devidamente autenticados pela autoridade
consular, observados os tratados e convenções internacionais, e acompanhados da respectiva
tradução, por tradutor público juramentado; 
 VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e solicitar complementação sobre o
estudo psicossocial do postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de acolhida;
 VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central Estadual, a compatibilidade da
legislação estrangeira com a nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes à medida dos
requisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu deferimento, tanto à luz do que dispõe esta Lei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3087.htm
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como da legislação do país de acolhida, será expedido laudo de habilitação à adoção internacional, que
terá validade por, no máximo, 1 (um) ano; 
 VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será autorizado a formalizar pedido de
adoção perante o Juízo da Infância e da Juventude do local em que se encontra a criança ou
adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade Central Estadual.
 § 1o Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, admite-se que os pedidos de
habilitação à adoção internacional sejam intermediados por organismos credenciados. 
 § 2o Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o credenciamento de organismos nacionais
e estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção internacional, com
posterior comunicação às Autoridades Centrais Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de imprensa
e em sítio próprio da internet. 
 § 3o Somente será admissível o credenciamento de organismos que: 
 I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de Haia e estejam devidamente
credenciados pela Autoridade Central do país onde estiverem sediados e no país de acolhida do
adotando para atuar em adoção internacional no Brasil; 
 II - satisfizerem as condições de integridade moral, competência profissional, experiência e
responsabilidadeexigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central Federal Brasileira; 
 III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua formação e experiência para atuar na área
de adoção internacional; 
 IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico brasileiro e pelas normas
estabelecidas pela Autoridade Central Federal Brasileira. 
 § 4o Os organismos credenciados deverão ainda: 
 I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e dentro dos limites fixados pelas
autoridades competentes do país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela Autoridade
Central Federal Brasileira; 
 II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e de reconhecida idoneidade moral,
com comprovada formação ou experiência para atuar na área de adoção internacional, cadastradas
pelo Departamento de Polícia Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal Brasileira, mediante
publicação de portaria do órgão federal competente; 
 III - estar submetidos à supervisão das autoridades competentes do país onde estiverem sediados
e no país de acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e situação financeira; 
 IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a cada ano, relatório geral das atividades
desenvolvidas, bem como relatório de acompanhamento das adoções internacionais efetuadas no
período, cuja cópia será encaminhada ao Departamento de Polícia Federal; 
 V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridade Central Estadual, com cópia para a
Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O envio do relatório será
mantido até a juntada de cópia autenticada do registro civil, estabelecendo a cidadania do país de
acolhida para o adotado;
 VI - tomar as medidas necessárias para garantir que os adotantes encaminhem à Autoridade
Central Federal Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento estrangeira e do certificado de
nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos. 
 § 5o A não apresentação dos relatórios referidos no § 4o deste artigo pelo organismo credenciado
poderá acarretar a suspensão de seu credenciamento. 
 § 6o O credenciamento de organismo nacional ou estrangeiro encarregado de intermediar pedidos
de adoção internacional terá validade de 2 (dois) anos. 
 § 7o A renovação do credenciamento poderá ser concedida mediante requerimento protocolado
na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao término do respectivo
prazo de validade.
 § 8o Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, não será
permitida a saída do adotando do território nacional. 
 § 9o Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária determinará a expedição de alvará
com autorização de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando, obrigatoriamente, as
características da criança ou adolescente adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços
peculiares, assim como foto recente e a aposição da impressão digital do seu polegar direito,
instruindo o documento com cópia autenticada da decisão e certidão de trânsito em julgado. 
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 § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a qualquer momento, solicitar informações
sobre a situação das crianças e adolescentes adotados. 
 § 11. A cobrança de valores por parte dos organismos credenciados, que sejam considerados
abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam devidamente comprovados, é
causa de seu descredenciamento. 
 § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representados por mais de uma entidade
credenciada para atuar na cooperação em adoção internacional. 
 § 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá validade máxima
de 1 (um) ano, podendo ser renovada. 
 § 14. É vedado o contato direto de representantes de organismos de adoção, nacionais ou
estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhimento institucional ou familiar, assim como com
crianças e adolescentes em condições de serem adotados, sem a devida autorização judicial. 
 § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar ou suspender a concessão de novos
credenciamentos sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo fundamentado. (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
 Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse de recursos
provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de adoção
internacional a organismos nacionais ou a pessoas físicas. 
 Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos da
Criança e do Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Conselho de Direitos da
Criança e do Adolescente.
 Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em país ratificante da Convenção de Haia,
cujo processo de adoção tenha sido processado em conformidade com a legislação vigente no país de
residência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida Convenção, será
automaticamente recepcionada com o reingresso no Brasil. 
 § 1o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia,
deverá a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 § 2o O pretendente brasileiro residente no exterior em país não ratificante da Convenção de Haia,
uma vez reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença estrangeira pelo Superior
Tribunal de Justiça.
 Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a decisão da
autoridade competente do país de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela Autoridade
Central Estadual que tiver processado o pedido de habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato
à Autoridade Central Federal e determinará as providências necessárias à expedição do Certificado de
Naturalização Provisório. 
 § 1o A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério Público, somente deixará de reconhecer
os efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a adoção é manifestamente contrária à ordem
pública ou não atende ao interesse superior da criança ou do adolescente. 
 § 2o Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista no § 1o deste artigo, o Ministério
Público deverá imediatamente requerer o que for de direito para resguardar os interesses da criança
ou do adolescente, comunicando-se as providências à Autoridade Central Estadual, que fará a
comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à Autoridade Central do país de origem.
 Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção não
tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida, ou, ainda,
na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de país que não tenha
aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá as regras da adoção nacional.
 
[1] RT, 637:52, 596:262.
[2] FONSECA, Antonio Cezar Lima da. Direitos da Criança e do Adolescente. 2a Ed. São Paulo: Editora Altas, 2012,
p. 136.
[3] Direito civil aplicado. Direito de família. V. 5. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p. 254.
[4] FONSECA, Antonio Cezar Lima da. Direitos da Criança e do Adolescente. 2a Ed. São Paulo: Editora Altas, 2012,
p. 178. 
[5] FIGUEIREDO, Luiz Carlos de Barros. Comentários à nova lei nacional de adoção. Lei n. 12.010 de 2009.
Curitiba: Juruá, 2010, p. 60.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7
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Exercício 1:
Acerca da colocação da criança ou adolescente em familia substituta por meio da guarda e da tutela, é
correto afirmar que:
A)
A adoção de uma dessas medidas, dada a prioridade de manutenção do menor com a familia natural, é precedida
pela destitução do poder familiar.
B)
A pessoa que exercerá a guarda ou a tutela do menor poderá ser indicada por seus genitores em testamento.
C)
O tutor assume o poder familiar em relação ao menor e, sendo assim, a destituição da tutela observa os mesmos
requisitos da destituição do poder familiar.
D)
O deferimento da tutela não pressupõe a perda ou suspensão do poder familiar e, sendo assim, não implica
necessariamente o dever de guarda.
E)
N.D.A.
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Exercício 2:
Fernando e Eulália decidiram adotar uma menina. Iniciaram o processo de adoção em maio de 2010.
Com o estágio de convivência em curso, o casal se divorciou. Diante do fim do casamento dos
pretendentes à adoção, é correto afirmar que:
A)
A adoção deverá ser suspensa e outro casal adotará a menor, segundo o princípio do melhor interesse do menor,
pois a adoção é medida gerado do vínculo familiar.
B)
A adoçã poderá prosseguir, contanto que o casal opte pela guarda compartilhada no acordo do divórcio, mesmo
queo estágio de conviência não tenha sido iniciado na constância do período de conviência.
C)
A adoção será deferida, contando que o casal acordo sobre a guarda, regime de visitas e desde que o estágio de
convivência tenha sido iniciado na constância do período de conviência e que seja comprovada a existência de
vínculo de afnidade e afetividade com aquele que não seja o detentor da guarda que justifique a excepcionalidade
da concessão.
D)
A lei não prevê tal hipótese, pois está em desacordo com os ditames constitucionais da paternidade responsável.
E)
N.D.A.
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Exercício 3:
Companheiros há cinco anos e com estabilidade familiar, Jonas, de 30anos de idade, e Marta, de 25
anos de idade, conheceram, em um abrigo. Felipe, de 8 anos, de idade e filho de pais desconhecidos, e
pretendem adotá-lo. Como advogado consultado pelo casal, assinale a alternativa correta.
A)
Jonas e Marta não podem adotar a criança, tendo em vista não serem casados.
B)
Jonas e Marta podem adotar a criança mediante a lavratura de escritura pública de adoção, tendo em vsita ser
desnecessária o consentimento de Felipe e deus pais biológicos, bem como que os adotantes são companheiros,
com estabilidade familiar.
C)
Jonas e Marta não podem adotar a criança, tendo em vsita que a diferença de idade entre Marta e Felipe é apenas
16 anos.
D)
Jonas e Marta poderá adotar a criança, desde que seja instaurada ação judicial, sendo desnecessário o
consentimento de Felipe e de seus pais biológicos.
E)
N.D.A
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Exercício 4:
Dentre os direitos de toda criança ou adolescente, o ECA assegura o de ser criado e educado no seio de
sua familia e, excepcionalmente, a colocação em familia substituta, assegurando-lhe a convivência
familiar e comunitária. Fundando-se em tal preceito, acerca da colocação em familia substituta, é
correto afirmar que:
A)
A colocação em familia substituta far-se-á, exclusivamente, por meio da tutela ou da adoção.
B)
A guarda somente obriga seu detentor à assistência material a criança ou adolescente.
C)
O adotando não deve ter mais que 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos
adotantes.
D)
Desde que comprovem seu estado civil de casados, somente os maiores de 21 anos podem adotar.
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E)
A tutela, prevista no ECA, será deferida, a pessoa de até 16 anos incompletos.
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Exercício 5:
Um famoso casal de artistas residente e domiciliado nos Estados Unidos, em viagem ao Brasil para o lançamento do seu
mais novo filme, se encantou por Caio, de 4 anos, a quem pretende adotar. Caio teve sua filiação reconhecida
exclusivamente pela mãe Isabel, que, após uma longa conversa com o casal, concluiu que o melhor para o filho era
ser adotado, tendo em vista que o famoso casal possuía condições infinitamente melhores de bem criar e educar Caio.
Além disso, Isabel ficou convencida do amor espontâneo e sincero que o casal de imediato nutriu pelo menino. Ante a
situação hipotética, é correto afirmar que 
 
A)
a adoção só é concedida quando for impossível manter a criança ou o adolescente em sua família, razão pela qual
o consentimento de Isabel é irrelevante para a apreciação do pedido do famoso casal, que será deferido caso represente o melhor
interesse de Caio. 
B)
independentemente da manifestação de vontade de Isabel, o famoso casal terá prioridade na adoção de Caio, depois
de esgotadas todas as possibilidades de colocação de Caio em uma família brasileira
C)
tendo em vista o consentimento da mãe de Caio, o famoso casal terá prioridade em sua adoção em face de outros casais
já previamente inscritos nos cadastros de interessados na adoção, mantidos pela Justiça da Infância e da Juventude. 
D)
a adoção internacional é medida excepcional; entretanto, em virtude do consentimento de Isabel para a adoção de seu filho pelo
famoso casal, este só não terá prioridade se houver casal de brasileiro, residente no Brasil, habilitado para a adoção
E)
N.D.A
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Exercício 6:
Assinale a alternativa INCORRETA:
A)
não podem adotar os ascendetes e os irmãos do adotando
B)
o adotante há de ser, pelo menos, 18 anos mais velho do que o adotando.
C)
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para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenhma união estável,
comprovada a estabilidade da familia.
D)
os divorciados, os judicialmente separados e os ex-compnaheiros podem adotar conjuntamente, contando que
acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de conviênvia tenha sido iniciado na
constância do periodo de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade
com aquele que não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
E)
N.D.A.
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