Obstáculos para a doação de sangue no Brasil - Redação ENEM

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Obstáculos para a doação de sangue no Brasil
	Na obra "Triste fim de Policarpo Quaresma", do escritor Lima Barreto, o protagonista goza de uma imagem extremamente positiva do Brasil que, na opinião dele, precisa apenas de alguns ajustes para tornar-se uma nação desenvolvida. Atualmente, no século XXI, o país persiste com uma série de deficiências, dentre elas a dificuldade para a doação de sangue no Brasil. Esse cenário antagônico é fruto tanto da inércia governamental, quanto da falta de empatia.
	Em primeiro lugar, a inércia governamental mostra-se como um dos desafios à resolução do problema. De acordo com o economista inglês John Keynes, é dever do Estado suprir as necessidades básicas de todos os cidadãos, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Após anos de luta, apenas neste ano de 2020 a comunidade LGBTQ pode começar a doar sangue. Assim, torna-se visível como o preconceito e a negligência estatal prejudicaram milhares de pessoas que poderiam receber essa doação, o que gerou até então, um desfalque nos bancos de sangue.
	Em segundo lugar, é imperativo ressaltar a falta de empatia como promotor do problema. Segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Nesta perspectiva, uma simples doação pode transformar e salvar vidas, como aconteceu com o rompimento da barragem de Brumadinho em Minas Gerais no ano de 2019. Centenas de pessoas se prontificaram a enviar água e mantimentos àqueles que perderam tudo.
	Portanto, pode-se inferir que a dificuldade para a doação de sangue no Brasil é um tema relevante e que carece soluções. Desse modo, o Ministério da Saúde, órgão responsável pela administração e manutenção da saúde pública do país, deve criar campanhas publicitárias sobre a importância da doação de sangue, por meio dos hospitais e postos de saúde. Espera-se, com isso, aumentar os estoques de sangue em todo o país. Assim, o Brasil se tornará uma nação desenvolvida, como propôs Lima Barreto.