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AVALIAÇÃO PSA 2023 UNIP

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Prévia do material em texto

• Pergunta 1 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas específicos. 
II. A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que afeta os habitats naturais. 
III. A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
Resposta Selecionada: d. II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 2 
 
 
Leia a charge. 
 
 
AVALIAÇÃO PSA 2023 UNIP
 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. De acordo com a charge, o indivíduo que se informa somente por mensagens enviadas por redes 
sociais tem uma visão limitada e não verdadeira sobre os acontecimentos, sendo induzido a 
interpretações erradas. 
PORQUE 
II. Apenas os cientistas têm discernimento sobre os fenômenos naturais e sociais, e a observação da 
realidade não é uma forma válida de conhecimento. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 3 
 
 
Leia a tirinha. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O posicionamento do personagem Pudim representa o comportamento de pessoas que se 
recusam a ver novas perspectivas. 
II. A tirinha valoriza a superioridade e a empatia decorrente dessa superioridade. 
III. O objetivo da tirinha é criticar o mau comportamento de crianças que buscam diversão com 
ações inadequadas. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. I. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 4 
 
 
Leia o texto. 
O que faz o Brasil ter a maior população de domésticas do mundo 
Se organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil 
reuniria uma população maior do que a da Dinamarca, compostos majoritariamente 
por mulheres negras, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) 
Marina Wentzel - 26 fev. 2018 
Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor – o 
maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes – e a 
liderança brasileira nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados 
confiáveis de outros países. 
Com um perfil predominantemente feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade, 
o trabalho doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica social criada 
principalmente após a abolição da escravatura no Brasil, afirmam especialistas. 
Um estudo feito em parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 
ligado ao Ministério do Planejamento, e a ONU Mulheres, braço das Nações Unidas 
que promove a igualdade entre os sexos, compilou dados históricos do setor de 1995 
a 2015 e construiu um retrato evolutivo das noções de raça e gênero associadas ao 
trabalho doméstico. 
(...) 
O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que 
defendem que o cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período 
escravagista. 
"O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos 
para quem são as empregadas, veremos que elas tendem a ser negras", diz o 
acadêmico, formado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre 
pela USP. 
"Analisando cidades como Rio e São Paulo, percebe-se que as domésticas muitas 
vezes são pessoas que migraram do Norte e Nordeste para o Sul e Sudeste. E, como 
se sabe, o Nordeste é para onde boa parte das populações de escravos foi 
originalmente trazida. Há uma situação de dinâmica geográfica, histórica e social que 
continua até hoje." 
Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a 
abolição, em 1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos 
 
informais, o que também deixou seu legado no mercado de trabalho. 
As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque "justamente 
eram essas pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da 
escravidão e na entrada da liberdade no pós-abolição", afirmou ela à BBC Brasil. 
A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e 
vivia nas regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza. 
"A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena 
posse. No Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinham dinheiro, 
elas compravam escravos com muita frequência". 
Em São Paulo, por exemplo, muitas famílias - mesmo as relativamente pobres, muitas 
delas chefiadas por mulheres brancas - "tinham uma ou duas escravas domésticas 
para realizar afazeres na casa ou na rua". 
Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e 
escravista uma "profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida" e "um 
racismo estrutural". 
"Essas duas coisas combinadas nos levam a um quadro contemporâneo que usa 
racionalmente o trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até 
recentemente, não tinha quaisquer direitos reconhecidos", resume. 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43120953>. Acesso em 09 mar. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O trabalho doméstico no Brasil é realizado principalmente por mulheres 
negras e é, geralmente, mal remunerado. 
II. No Brasil, a prática de ter alguém para realizar os afazeres domésticos é 
herança escravagista. 
III. A informalidade no trabalho doméstico sugere que, no Brasil, o número de 
pessoas que realizam tal função supera os 7 milhões. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. I, II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 5 
 
 
Leia o texto e observe a imagem. 
Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? 
Rede sociais, filtros do Instagram e cirurgia plástica 
“As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a 
historiadora Luciana de Almeida. Se antes a beleza seguia elementos definidos e mais 
permanentes, agora essa superexposição cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O 
filtro mostra que, apesar da aparente perfeição, isso não basta. Temos sempre que tornar 
essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso próprio rosto. A 
sensação é de que os filtros do Instagram roubaram os nossos rostos“, diz Luciana, 
autora da tese “Os sentidos das aparências: invenção do corpo feminino em Fortaleza 
(1900-1959)” e estudiosa da história da beleza. 
De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca 
 
por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou 390% no país. O preenchimento 
labial é a intervenção mais buscada segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação 
de botox e peeling, laser e suspensão com fios. Em 2017, um estudo da Academia 
Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das pessoas que 
fizeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em selfies. Se antes 
procurávamos parecer mais bonitos na vida física, agora queremos estar bem nas fotos 
das redes sociais. “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos 
vemos e como nos achamos bonitos ou feios”, explica Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e 
ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos perfis da rede social”. 
Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de 
mulheres cujas características corporais lhe agradem e também uma foto com o filtro que 
as incentivaram a buscar a cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito 
até certo ponto; o filtro serve de inspiração, mas é preciso alinhar as expectativas. Há 
riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência computadorizada. 
EIRAS, Natália. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, publicado em 25 de 
maio de 2020. Disponível em <https://elle.com.br/beleza/filtros-instagram-nos-deixam-iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 
(com adaptações).Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de 
conseguir uma aparência igual às imagens obtidas por filtros e, assim, possibilitam a realização de 
selfies perfeitas. 
II. O dedo em riste na figura indica a determinação social de padrões de beleza, que, muitas 
vezes, levam as pessoas à busca por uma imagem considerada bonita e as fazem modificar os 
verdadeiros rostos. 
III. Não há relação entre a figura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o 
espelho, e não com as redes sociais. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: b. II. 
 
 
 
 
• Pergunta 6 
 
 
Leia a charge e o texto. 
 
 
 
Pobreza e extrema pobreza batem recorde no Brasil em 2021, diz IBGE 
O equivalente a 29,4% da população brasileira estava na pobreza no ano passado; ponta extrema 
alcança 8,4% da população 
Reuters – 02/12/2022 
 
A pobreza e a extrema pobreza bateram recordes no Brasil em 2021, como consequência dos 
efeitos negativos da pandemia de covid-19, informou nesta sexta-feira (02/12/2022) o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
A pobreza no País em 2021 alcançou 62,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 29,4% da 
população do país, enquanto 17,9 milhões de brasileiros se encontravam na extrema pobreza no 
ano passado (8,4% da população). 
Nos dois casos, os níveis são os mais altos da série do IBGE iniciada em 2012. 
“Esse aprofundamento da pobreza e extrema pobreza tem a ver com os impactos da pandemia de 
covid-19 e seus efeitos sobre o mercado de trabalho“, disse João Hallak, gerente da pesquisa de 
indicadores sociais do IBGE. “A situação dos trabalhadores no mercado de trabalho foi bem 
difícil em 2021, e isso tem reflexos nos indicadores sociais”. 
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/economia/pobreza-e-extrema-pobreza-batem-recorde-no-brasil-em-2021-
diz-ibge/>. Acesso em 11 mar. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A charge tem por objetivo criticar as pessoas que vivem em condição de pobreza e não tentam 
mudar sua situação, conformando-se em ser meros números nas estatísticas. 
II. De acordo com o texto, em 2021, em média, 1 em cada 12 brasileiros vivia em condições de 
extrema pobreza. 
III. Segundo o gerente da pesquisa de indicadores sociais do IBGE, o aprofundamento da 
pobreza no Brasil em 2021 está vinculado aos impactos da covid-19 sobre o mercado de trabalho. 
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 7 
 
 
Leia a charge e o texto de Eugenio Bucci. 
 
 
 
 
Há erros de informação, imprecisões, distorções de enfoque que, muitas vezes, não 
correspondem aos fatos e que são publicadas como notícias normais na imprensa 
convencional. Nós estamos diante de um fenômeno diferente. Nós estamos diante de 
uma usina de produção de notícias fraudulentas, com o propósito de fraudar os 
processos decisórios das democracias. É muito diferente, portanto, de um erro 
jornalístico, coisa que acontece todo dia. Uma boa redação jornalística, quando 
comete um erro, procura se corrigir. Uma notícia fraudulenta é fabricada por alguma 
central, algum grupo ou mesmo uma pessoa, que não age, publicamente, de boa-fé. 
Disponível em <https://mais.opovo.com.br/jornal/dom/2018/01/eugenio-bucci-e-evidente-que-caminhamos-para-um-
jornalismo-melhor.html>. Acesso em 28 fev. 2023 (com adaptações). 
 Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, as fake news não se confundem com notícias mal elaboradas, pois, no caso 
das primeiras, elas são produzidas com a intenção de interferir politicamente na sociedade. 
II. De acordo com a charge, as fake news espalham-se mais rapidamente no meio rural, onde é 
maior o índice de analfabetismo. 
III. A charge e o texto apontam que a produção de fake news tem como propósito o consumo 
de informações por grande número de pessoas. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. I e III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 8 
 
 
Leia o texto. 
Mas o que distingue o cinema de todos os outros meios de expressão culturais é o poder 
excepcional que lhe advém do fato de a sua linguagem funcionar a partir da reprodução 
fotográfica da realidade. Com efeito, com ele, são os próprios seres e as próprias coisas 
que aparecem e falam, dirigem-se aos sentidos e falam à imaginação: a uma primeira 
abordagem parece que qualquer representação (o significante) coincide de forma exata 
e unívoca com a informação conceptual que veicula (o significado). 
MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Lisboa: Dinalivros, 2005, p.24. 
A seguir, temos a foto de uma cena do filme “O Poderoso Chefão” (1972). Essa obra-prima do 
cinema, ganhadora de diversos Oscars, inclusive o de Melhor Filme, mostra a trajetória de uma 
família mafiosa de Nova York de uma maneira que jamais havia sido vista antes. O roteiro do 
 
diretor Francis Ford Coppola, baseado no livro homônimo do escritor ítalo-americano Mario Puzo, 
apresenta o crime organizado como uma empresa capitalista qualquer e, ao fazer isso, põe no 
mesmo nível os capitalistas e os mafiosos. Em vez de apelar para os diálogos ou a atuação dos 
atores para evocar a onipresença do mal no universo de crimes e assassinatos perpetrados pela 
máfia, o filme emprega uma fotografia contrastada em claro/escuro, predominantemente sombria. 
Trata-se de uma maneira estritamente visual de trabalhar um tema, a característica essencial do 
cinema como linguagem autônoma. 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. De acordo com o texto, o cinema é uma forma de arte exclusivamente imagética, que 
independe das palavras. 
PORQUE 
 
II. Os recursos visuais, como iluminação e fotografia, são importantes na construção da 
mensagem cinematográfica. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: d. A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 9 
 
 
Leia a tirinha e o texto. 
 
 
 
O Estado brasileiro é laico? 
A situação de hoje é bem diferente daquela que vigia no Período Colonial e durante o 
Império, mas ainda está longe de caracterizar um Estado laico. As sociedades religiosas 
não pagam impostos (renda, IPTU, ISS etc.) e recebem subsídios financeiros para suas 
instituições de ensino e assistência social. O ensino religioso faz parte do currículo das 
escolas públicas, que privilegia o Cristianismo e discrimina outras religiões, assim como 
discrimina todos os não crentes. Em alguns estados, os professores de ensino religioso 
são funcionários públicos e recebem salários, configurando apoio financeiro do Estado a 
religiões, que, aliás, são as credenciadoras do magistério dessa disciplina. Certas 
sociedades religiosas exercem pressão sobre o Congresso Nacional, dificultando a 
promulgação de leis no que diz respeito à pesquisa científica, aos direitos sexuais e 
reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum nessa área, como a ameaça de 
excomunhão. Há símbolos religiosos nas repartições públicas, inclusive nos tribunais. 
Disponível em <http://ole.uff.br/o-estado-brasileiro-e-laico/>. Acesso em 25 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O efeito de humor da tirinha apoia-se no duplo significado da palavra “estado”, 
entendida como entidade política e como situação. 
II. De acordo com o texto, ainda são fortes as influências religiosas no Estado 
brasileiro, o que o impede de ser classificado como laico. 
III. A resposta do pai, nos quadrinhos, revela que ele é contra as pesquisas 
científicas, assim como são, segundo o texto, as instituições religiosas. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 10 
 
 
Leia o fragmento de texto abaixo, que é um trecho da Constituição da RepúblicaFederativa do 
Brasil. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude 
de lei; 
 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença. 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2020. 
Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 4 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto da Constituição, a liberdade religiosa é garantida no Brasil. 
II. A Constituição proíbe o uso da tortura no Brasil e a utilização de meios degradantes ou 
desumanos. Essa proibição inclui ações tomadas pelo próprio Estado brasileiro. 
III. O texto da Constituição garante a liberdade de expressão, destacando especialmente 
trabalhos de naturezas artística, intelectual e científica. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. I, II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 11 
 
 
Leia a tirinha e o texto. 
 
 
 
 
Lei torna mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa 
 
Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lei Nº 14.532, de 
11.01.2023) tornou mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa. 
As religiões de matriz africana são o alvo mais frequente de quem não respeita a 
liberdade de crenças. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, só em 2022 
foram 1.200 ataques – um aumento de 45% em relação a 2020. 
A lei sancionada, que equipara o crime de injúria racial ao crime de racismo, também 
protege a liberdade religiosa. A lei, agora, prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, 
impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. A 
pena será aumentada de metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, 
além de pagamento de multa. Antes, a lei previa pena de 1 a 3 anos de reclusão. 
A punição agora é a mesma prevista pelo crime de racismo, quando a ofensa 
discriminatória é contra grupo ou coletividade, pela raça ou pela cor. A expectativa é de 
que a nova lei ajude a punir quem comete crimes religiosos e ajude a proteger a vítima, 
que muitas vezes não encontra amparo quando tenta fazer uma denúncia. 
Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/18/lei-torna-mais-severas-as-penas-para-crimes-de-
 intolerancia-religiosa.ghtml>. Acesso em 26 jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, cerca de 45% das vítimas da intolerância religiosa no Brasil são 
adeptas de religiões de matriz africana. 
II. O racismo e a intolerância religiosa são formas de preconceito, que pode ser 
alimentado pelas relações sociais e pelas instituições, como mostram os 
quadrinhos. 
III. A expectativa em torno da lei criada é que ela busque proteger todas as religiões 
com ações e gestos concretos que garantam o direito à liberdade de crença. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: d. II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 12 
 
 
Leia o texto. 
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como 
a apneia, e o maior risco cardiovascular 
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de 
um ser humano. Ele influencia e é influenciado por uma série de fatores fisiológicos e 
comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o 
repouso noturno é essencial para preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, 
sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o organismo e elevam com o tempo o 
risco de problemas no coração e nas artérias. A apneia está ligada a características 
anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais frequente em alguns biotipos e com o 
ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um 
sono extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação de 
sufocamento. Também existem reflexos na capacidade de queima da gordura corporal 
e na ação da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração não se restringe somente 
ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar com maior intensidade. Estudos 
demonstram que ele também é alvo de substâncias inflamatórias liberadas em razão 
do estresse na parede do coração e dos vasos sanguíneos. 
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas 
de infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que os distúrbios do sono sejam 
 
considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é 
tão simples diagnosticar esse tipo de problema. Normalmente, a pessoa passa anos 
sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das pausas na respiração, julgando que 
aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em 
termos de morbidade e mortalidade cardiovascular. Ainda não está claro, porém se, 
nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir 
eventos cardiovasculares. 
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A 
redução do peso por meio de mudanças no estilo de vida pode ajudar a controlar a 
condição e suas repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do 
sono na saúde cardiovascular foi ainda mais valorizado recentemente, quando, em 
cima dos resultados de pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública da 
Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono 
noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho de 
Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. 
E isso inclui buscar um sono reparador. O interessante é que o descanso noturno não 
está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas que 
praticam exercícios físicos regularmente tendem a dormir melhor; e quem dorme 
melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um sono saudável está, 
portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de vida 
listados pelos pesquisadores americanos. E ganha relevância se pensarmos na 
associação direta entre um sono insuficiente e o surgimento e agravamento de 
doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, 
depressão e Alzheimer. Quanto dormir? Um ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 
horas de descanso no período da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas 
provocadas por apneia ou insônia. Quando esse padrão se ajusta e se alia a outros 
hábitos equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças. 
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023-dormir-bem-pelo-seu-
coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023. 
 Com basena leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com distúrbios 
de sono tendem a ser maiores. 
PORQUE 
II. Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem interrupções, e não 
depende de outros fatores do cotidiano. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 13 
 
 
Leia o texto. 
Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara 
O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra 
Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por imagens de satélite. O 
monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento 
acumulado de 309% do desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e 
dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior terra 
indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram 
a monitorar os efeitos do garimpo, em outubro de 2018, havia 1.236 hectares devastados. 
 
Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme apontou o relatório 
“Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra Indígena Yanomami” e propostas para 
combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal na TIY” é feito com imagens 
da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução espacial capazes de detectar 
com precisão e mais frequência de vigilância áreas muitas vezes não capturadas por 
outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são registradas duas 
vezes por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera, ao 
Norte da Terra Indígena Yanomami, e Mucajaí, região central. A região de Waikás, no 
Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. 
Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães, afluente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com 
cerca de mil hectares. A terceira região mais afetada é a de Homoxi, na cabeceira do 
Mucajaí, com 15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os 
impactos do garimpo vão além do observados pelo satélite, que são focados no 
desmatamento. Eles também afetam as disseminações de doenças, deterioração no 
quadro de saúde das comunidades, produção de conflitos intercomunitários, aumento de 
casos de violência e diminuição da qualidade de água da população com destruição dos 
corpos hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas 
comunidades”, explicou o geógrafo Estêvão Benfica, assessor do Instituto Socioambiental 
(ISA). Ainda segundo Benfica, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é 
um fator que resulta na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas 
cepas de malária de uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep 
Malária, sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 
40 mil casos de malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 
21.883, o maior registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território 
indígena coincide com o aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do 
Mapbiomas, que utiliza o satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento 
pelo garimpo desde 2016. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de malária 
estão inversamente relacionados desde 2016. 
II. A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020. 
III. As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação de doenças 
e a destruição ambiental. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. Apenas a afirmativa III é correta. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 14 
 
 
Leia o texto e a charge, que se referem à libertação de trabalhadores em condições análogas à 
escravidão na produção de vinhos no sul do país. O fato foi muito noticiado em fevereiro de 2023. 
 
A escravidão é branca 
O problema da cura dessa cegueira seletiva não vai se resolver com escândalos pontuais, mas 
a partir de comprometimentos individuais e coletivos permanentes 
Por Rodrigo Trindade, juiz da Justiça do Trabalho da 4ª Região e professor 
José Saramago foi um dos mais importantes intelectuais da língua portuguesa e utilizou a 
literatura para fazer críticas à sociedade. Em seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”, de 1995, 
utilizou a figura de uma epidemia que levava à perda da visão para denunciar a alienação do 
homem em relação a ele mesmo. A “cegueira branca” era a denúncia do egoísmo, da covardia e 
da perda de empatia. 
O episódio do resgate de trabalhadores em Bento Gonçalves também chama à reflexão em torno 
de um seletivo embaçamento perceptivo que simplesmente não vê ou tem dificuldades de enxergar 
duas centenas de pessoas escravizadas em sua vizinhança. Como se fosse possível que chegassem 
e trabalhassem invisíveis, para, logo depois, desaparecerem. 
Condições degradantes, castigos físicos, jornadas exaustivas, submissão a dívidas e impedimento 
de retorno a suas casas. Esses são, precisamente, os elementos que caracterizam a escravidão 
contemporânea e foram relatados por representantes dos resgatados. 
A prática da arregimentação de trabalhadores em outros Estados para colheitas no norte do RS 
existe há anos. Ocorre em condições, no mínimo, temerárias e com fiscalização historicamente 
insuficiente – principalmente pelo desaparelhamento dos órgãos responsáveis. Foi necessário que 
um escravizado fugisse e procurasse a polícia para alertar autoridades sobre a situação. 
Nos últimos anos, por todo o Brasil, se avolumam denúncias de trabalho escravo urbano e rural. 
Semanalmente, nos deparamos com notícias de empresas, quase sempre tomadoras de serviços, 
que se utilizam de terceirizados escravizados e se defendem com um “não sabia”, “não me 
avisaram”, “não vi”. 
O problema da cura dessa cegueira seletiva não vai se resolver com escândalos pontuais, mas a 
partir de comprometimentos individuais e coletivos permanentes. Sem desviar o olhar e dando os 
nomes certos aos fatos. 
Disponível em <https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2023/03/a-escravidao-e-branca-
cleqa9yfh003h016mcemsd6xk.html?fbclid=IwAR1n2kByaIb6T3dFbsZ8YPquIdb3VpyJ6YM-
0Db1XgtFHZ6M6hwf4m6iVAQ>. Acesso em 02 mar. 2023. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, a escravidão contemporânea difere da praticada na colonização por vários 
fatores; o principal deles é o de que os trabalhadores escravizados atualmente são brancos. 
II. A charge contraria o artigo, pois mostra que os consumidores não são alienados ou “cegos” e 
têm poder de escolha na hora do consumo. 
III. Para o autor do artigo, ações de combate ao trabalho escravo, como ocorreu em Bento 
Gonçalves, são inúteis, uma vez que se perdeu a empatia. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: b. Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
• Pergunta 15 
 
 
Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. 
Inteligência artificial ajuda aluno a escrever redação nas escolas 
“A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da 
educação e uma das maneiras mais emocionantes de usá-la é ajudar os estudantes a 
melhorar suas habilidades de escrita”. 
Foi assim que a nova vedete da inteligência artificial, a plataforma ChatGPT, iniciou um 
texto de seis parágrafos quando a “Folha” lhe enviou a seguinte solicitação: "Escreva um 
artigo sobre o uso da inteligência artificial para estudantes aprenderem a escrever 
redação". 
O artigo ficou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu 
afirmando que as ferramentas "podem fornecer aos estudantes feedback instantâneo 
sobre seus ensaios, ajudando-os a identificar erros e a melhorar sua escrita com o 
tempo". 
Se é realmente "emocionante",isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, 
mas, de fato, como o texto aponta, essa ferramenta começa a se disseminar na 
educação, e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram a adotá-la. 
Em São Paulo, a inteligência artificial para esse fim deverá ser introduzida nas escolas 
estaduais ainda neste semestre, de acordo com o secretário de educação, Renato Feder. 
 
"Teremos um programa que apontará instantaneamente para o aluno erros gramaticais, 
ortográficos e de pontuação, além de explicar a regra", afirmou o secretário à “Folha”. 
Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma 
sistematiza a sua correção fazendo ao docente perguntas como "Qual é a aderência do 
texto ao tema proposto?", "Trabalha com a argumentação?", "Usa raciocínio lógico?", 
"Traz uma conclusão?". 
Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma 
forma que o programa implementado nas escolas paranaenses quando ele foi secretário. 
O “Redação Paraná” foi criado no primeiro ano da pandemia e é utilizado por estudantes 
do 6º ao 9º ano e do ensino médio. 
O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com 
uma startup, a Letrus. 
Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São 
Paulo e de Mato Grosso do Sul, por meio de projetos financiados por institutos sociais, e 
atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e em instituições voltadas à 
classe A de São Paulo, como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, entre 
as quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil 
estudantes no país - o custo médio programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. 
Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por 
melhor que seja, uma ferramenta de inteligência artificial não consegue substituir o olhar 
humano. 
"Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que dificuldades devem ser 
observadas", diz ele. "Também é importante o estímulo que o estudante tem ao receber 
um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos estudantes não consegue 
ter os seus textos lidos por professores." 
A Letrus defende que a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com 
treinamento dos professores, para que saibam utilizá-la em aula, além de monitorar o 
desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados e estatísticas. 
Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e 
aplicativos que oferecem correção de redação instantânea gratuitamente (há serviços 
pagos, como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram conhecidas de 
professores brasileiros a Glau e a Grammarly. 
Além de erros gramaticais e ortográficos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, 
em algum grau, a construção de frases e a fluência do texto e, também, de evitar plágios, 
pesquisando outros textos online ou barrando a possibilidade de copiar e colar. 
Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma 
professores e gestores da educação, Maurício Canuto afirma que essas ferramentas 
podem ser úteis, "desde que consideradas como complementares e sempre utilizadas 
com a mediação do docente". "A tecnologia pode apontar um erro de pontuação, por 
exemplo, e explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." 
O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas 
ferramentas aos seus alunos. Ele diz ser preciso cuidado para que a criatividade não seja 
tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso pode ir na contramão 
do que a BNCC [Base Nacional Comum Curricular] determina, que o aprendizado busque 
novas linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." 
Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e 
doutorando da Unesp em linguística cognitiva, que lida com os modelos do pensamento 
algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os que não seguem, e 
esses casos não são identificados por essas ferramentas." 
Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas 
"podem ajudar o professor a ser mais eficaz", desde que utilizadas com cautela. "Essas 
plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as palavras no primeiro 
parágrafo e avaliam como se relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona 
para alunos mais criativos, para redações mais sofisticadas." 
A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do 
ChatGPT feito a pedido da “Folha”, que só apontou vantagens do uso da inteligência 
artificial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da ferramenta pode transformar 
alunos em "escritores competentes". 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-artificial-para-ajudar-aluno-
a-escrever-
redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20tornou%2Dse,melhorar%20suas%20habilidades%2
0de%20escrita.%22>. Acesso em 16 mar. 2023 (com adaptações). 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT 
substitui plenamente a figura humana, pois sua tecnologia permite que ela realize com eficiência 
todas as tarefas. 
II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos 
positivos e negativos da inteligência artificial para os estudantes e é um exemplo claro do potencial 
dessa tecnologia. 
III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta específica será utilizada nas 
escolas públicas e apontará aos estudantes os erros gramaticais em seus textos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 16 
 
 
Leia o texto. 
América Latina deveria ser região com menos fome no mundo, diz pesquisador 
Gerardo Lissardy 
 
Por trás da sua última refeição, pode ter existido uma história de grandes interesses. 
Não se trata apenas de quem proporcionou o alimento, mas de uma série de fatores 
que vão desde a produção até sua chegada ao mercado. 
E, em cada uma dessas etapas, pode haver interesses em jogo entre países ou 
corporações, segundo Juan José Borrell, autor do livro “Geopolítica y Alimentos: el 
Desafío de la Seguridad Alimentaria Frente a la Competencia Internacional por los 
Recursos Naturales” (“Geopolítica e alimentos: o desafio da segurança alimentar 
frente à concorrência internacional pelos recursos naturais”, em tradução livre). 
“Os alimentos são um fator de poder”, afirma Borrell, que é professor e pesquisador de 
geopolítica da Universidade de Rosário e da Universidade da Defesa Nacional, na 
Argentina. Ele também foi assessor da delegação argentina no Comitê de Segurança 
Alimentar Mundial da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e 
Agricultura. 
Borrell participou do Hay Festival Cartagena, promovido na Colômbia entre 26 e 29 de 
janeiro de 2023. A seguir, leia os principais pontos da sua conversa com a BBC News 
Mundo. 
BBC News Mundo: Como os alimentos se tornaram uma questão geopolítica? 
Juan José Borrell Os alimentos sempre foram importantes. O ser humano estruturou 
sua existência em torno da busca pelo abastecimento alimentar desde antes do 
Neolítico. 
Mas podemos dizer que os alimentos se transformaram em assunto geopolítico depois 
da Segunda Guerra Mundial, com o grande salto dado pelos Estados Unidos no 
cenário internacional. No marco da doutrina da contenção, da ajuda humanitária e da 
criação de organismos como a ONU, temas como a fome e a pobreza – que giram em 
torno da produção de alimentos - adquiriram alcance internacional. 
Vivemos nas últimas décadas um interesse renovado por uma série de fenômenos 
geopolíticos que voltaram a colocar o tema do fornecimento de alimentosna agenda 
maior da política internacional. Por exemplo, o crescimento das novas economias, a 
concorrência pelos recursos, o aumento da população mundial ou os danos aos 
ecossistemas. 
(...) 
BBC: Qual é o objetivo dos países nisso tudo? Garantir sua própria segurança 
alimentar ou ganhar influência político-econômica por meio dos alimentos? 
Borrell: Ambas. Os alimentos são um fator de poder. Produção, sementes, patentes, 
insumos, comércio, portos, frota, preços ou produtos nas gôndolas dos mercados são 
uma enorme fonte de poder, capacidade de influência e geração de riqueza. 
As grandes potências concorrem por espaços de mercado, para ganhar renda e ter 
maior autonomia alimentar. 
Outros países servem para extração de renda, como é o caso da Argentina. Não 
existe uma política alimentar estratégica que solucione o problema do acesso da 
população aos alimentos. 
O fato de um país dispor de um sistema de produção agrícola intensiva não garante 
que as necessidades alimentares da sua população sejam automaticamente 
satisfeitas. 
BBC: Segundo um relatório da ONU, no ano passado, o mundo retrocedeu nos 
seus esforços para acabar com a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição. 
Por que existe cada vez mais fome se temos melhor tecnologia para produzir 
alimentos? 
Borrell: Existe um grande mito: o de que, graças à tecnologia, os rendimentos 
aumentarão e, consequentemente, maior quantidade de pessoas terá acesso a um 
maior fornecimento de alimentos. 
Ou, ao contrário, que existe fome onde faltam alimentos ou há excesso de população. 
O professor indiano Amartya Sen, ganhador do prêmio Nobel de Economia, 
demonstrou que, em muitas fomes históricas, havia fornecimento de alimentos, mas a 
população não tinha forma de adquiri-los. 
De fato, o sistema de produção intensiva não gera necessariamente alimentos. Ele 
gera uma matéria-prima que também pode ser empregada, por exemplo, para 
alimentação de animais ou fabricação de biocombustíveis. 
A Argentina é o maior produtor de biodiesel de soja do mundo e os Estados Unidos 
fabricam etanol com mais de um terço da sua colheita de milho. 
BBC: Ou seja, o problema da fome não se deve necessariamente à quantidade 
de alimentos disponíveis... 
Borrell: Exato. Tem a ver, como demonstra a FAO, com a questão do acesso. 
Mais de 85% da população mundial têm acesso aos alimentos disponíveis no 
mercado. Mas, se não tenho os meios econômicos para procurá-los, meu acesso será 
prejudicado. 
BBC: Que papel desempenha a América Latina no mapa agroalimentar global? 
Borrell: O que ocorre na América Latina e no Caribe representa um grande paradoxo. 
Entre as regiões que eram consideradas em vias de desenvolvimento, nosso 
continente é o que tem a menor quantidade de pessoas que sofrem de fome crônica. 
Os últimos relatórios do Banco Mundial calculavam, em média, cerca de 55 milhões de 
pessoas. 
Mas, atualmente, a América Latina produz alimentos para 1,3 bilhão de pessoas e tem 
capacidade de produzir ainda mais. 
A América Latina é um grande produtor de alimentos, mas parte da sua população não 
tem acesso ao abastecimento. A América Latina é o lugar onde deveria haver menos 
pessoas com fome no mundo. É talvez o continente mais rico em recursos, terras 
férteis, água potável, biodiversidade... 
BBC: Então, qual é o problema? 
Borrell: É a economia política, uma combinação de políticas extremamente liberais e 
políticas extremamente socialistas. Ambas geraram aumento da pobreza, retrocesso 
dos setores de classe média e mudanças do tipo de alimentação. 
Estamos observando um fenômeno que não existia meio século atrás. As pessoas que 
conseguem ter acesso ao abastecimento alimentar consomem alimentos com 
qualidade nutricional mais baixa. É um fenômeno que não fica circunscrito apenas à 
pobreza, mas também atinge a classe média. 
Os setores da classe média que dispõem de recursos, automóveis, boa moradia, 
celulares e bem-estar sofrem de excesso de peso, obesidade mórbida ou outros 
problemas, devido aos maus hábitos alimentares ou produtos industriais com baixa 
qualidade nutricional. 
Fome no mundo 
Atualmente, segundo a FAO, cerca de 828 milhões de pessoas passam fome no 
mundo. Esse índice seguia praticamente inalterado desde 2015, próximo de 8% da 
população global. Mas, com a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, o número 
saltou nos últimos anos. 
A situação é particularmente preocupante na Ásia, onde cerca de 20% da população 
enfrentou a fome em 2021 (os últimos dados disponibilizados pela ONU). No mesmo 
período, no continente africano, 9% da população sofria de fome, e na América Latina 
e Caribe, 8,6%. 
No Brasil, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da 
Pandemia da Covid-19, conduzido pela Rede PENSSAN e divulgado em junho 
passado, 33,1 milhões de brasileiros vivem em situação de fome no país. No fim de 
2020, eram 19,1 milhões. 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr08mvgjmzo>. Acesso em 02 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com Borrell, a fome no mundo é causada pela baixa produção agrícola nos países 
subdesenvolvidos, especialmente na América Latina, onde, paradoxalmente, os alimentos são 
um fator de poder. 
II. Segundo o professor, a tecnologia atual permite maior rendimento na produção de 
alimentos, o que garantirá o fim da insegurança alimentar no mundo nos próximos anos. 
III. O Brasil é um grande produtor de alimentos, mas cerca de 33 milhões de brasileiros vivem 
em situação de fome, pois não têm acesso aos alimentos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 17 
 
 
Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE). 
Inflação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79% 
Com alta de 0,62% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 
5,79%, abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Com o resultado, é a quarta vez 
consecutiva que a inflação fica acima da meta definida pelo Conselho Monetário 
Nacional, que em 2022 era de 3,5% e teto de 5%. Os dados são do Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. 
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas 
(11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida, Saúde 
e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação 
veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do 
ano. O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade, com 0,07% de variação, e os 
Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 
p.p.) entre os nove grupos pesquisados. 
 
 
 
 
A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior influência na alta de 11,64% do 
grupo “alimentação e bebidas”. Os destaques foram a cebola (130,14%), que teve a 
maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que 
contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. 
Vale mencionar também a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o pão francês 
(18,03%). 
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve 
aumento de 5,86%, a alta do lanche foi de 10,67%. 
No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) veio 
dos itens de higiene pessoal (16,69%), em especial os perfumes (22,61%) e os produtos 
para cabelo (14,97%). Outro destaque foi o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto 
de 0,25 p.p. no IPCA acumulado do ano. Vale destacar também a alta de 13,52% dos 
produtos farmacêuticos. 
Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/36051-inflacao-
sobe-0-62- em-dezembro-e-fecha-2022-com-alta-de-5-79>. Acessoem 11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerado apenas o período disponível no gráfico, 2015 foi o ano com maior inflação 
acumulada no país. 
II. A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma subcategoria do 
grupo “alimentação e bebidas”. 
III. O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos “alimentação e 
bebidas”, “saúde e cuidados pessoais” e “higiene pessoal”. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. I e II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 18 
 
 
Leia os textos. 
 
 
 
As fortes chuvas, os alagamentos, as inundações, as enchentes trazem, no correr da 
água, o risco da leptospirose. Quem vive em condições precárias de moradia e de 
saneamento básico também é aquele que costuma ser mais afetado por um problema de 
saúde pública muitas vezes negligenciado. De 2021 a 2022, o número de casos 
aumentou 52% e, de mortes, 70%. 
Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de-mortes-por-leptospirose-aumenta-
mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-anos.ghtml>. Acesso em 21 fev. 2023. 
Todos os anos, principalmente nos meses de verão, as chuvas se intensificam, podendo 
causar inundações e enchentes. Com isso, as populações podem ficar suscetíveis ao 
contato com a urina de animais infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria 
causadora da leptospirose, doença considerada zoonose de importância mundial. Um 
amplo espectro de animais serve como reservatório para a persistência de focos de 
infecção, sendo os principais, roedores, especialmente o rato-de-esgoto. Além dele, 
suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães também podem transmitir a doença. A 
leptospirose apresenta como principais sintomas febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, 
principalmente nas panturrilhas (batata da perna), e podem também ocorrer vômitos, 
diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração 
amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de 
internação hospitalar. O doente também pode apresentar hemorragia, meningite, 
insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte. O diagnóstico é feito 
pela análise dos sintomas, mas a confirmação vem através de um exame de sangue. Já 
o tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado 
sempre por um médico, conforme os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser 
tratados em ambulatório, mas os graves precisam de internação hospitalar. A 
automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença. 
Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/aumento-das-chuvas-no-verao-e-o-risco-da-leptospirose-saiba-mais-sobre-a-
doenca/>. Acesso em 21 fev. 2023 (com adaptações). 
 
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de-mortes-por-leptospirose-aumenta-mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-anos.ghtml-
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. As águas das enchentes podem estar contaminadas com o agente transmissor da leptospirose, o 
que explica sua ocorrência exclusiva em áreas periféricas dos centros urbanos. 
II. As condições precárias de moradia e de saneamento básico aumentam o risco de infecção por 
leptospirose. 
III. Em 2021, cerca de 10% das pessoas infectadas por leptospirose morreram. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. I e III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 19 
 
 
Leia o texto e a charge. 
Finlândia inclui disciplina de “combate à desinformação” nas escolas 
Alfabetização midiática integra currículo das escolas da Finlândia desde a pré-escola até o 
ensino médio e ajuda o país a ter um dos sistemas de ensino mais produtivos do mundo 
Julia Possa 
Nas escolas da Finlândia, aprender a identificar notícias falsas e desinformação é tão 
importante quanto ciências ou matemática. O país europeu de 5,5 milhões de habitantes incluiu 
a disciplina de “alfabetização midiática” no currículo escolar desde as séries primárias. 
Entre as atividades, professores pedem aos alunos que editem seus próprios vídeos e imagens – 
uma forma de fazê-los perceber como é fácil manipular informações. Eles também aprendem 
sobre o funcionamento dos algoritmos e como ler notícias. 
Juntos, os estudantes discutem como e quando artigos foram escritos e quais são os objetivos 
do autor. “Só porque é uma coisa boa ou legal, não significa que seja verdadeira ou válida”, 
explicou Saara Martikka, professora da cidade finlandesa de Hameenlinna, ao jornal “New 
York Times”. 
Em sala de aula, Martikka começa do básico: ensina a diferença entre o que os alunos veem no 
Instagram e no TikTok daquilo que está nos jornais. “Não há como entender notícias falsas ou 
desinformação se antes não souberem a diferença entre mídias sociais e jornalismo”, disse. 
As professoras finlandesas contam que sentiram um claro declínio nas habilidades de 
compreensão de leitura nos últimos anos. A hipótese é que os alunos passam menos tempo 
sobre os livros, e mais sobre videogames e vídeos. 
Nas mídias eletrônicas, a demanda do processo cognitivo é menor e os períodos de atenção 
tornam-se mais curtos, o que faz com que os jovens se tornem mais vulneráveis às notícias 
falsas ou não conquistem conhecimento suficiente para identificar informações enganosas. 
Ainda que os estudantes tenham crescido com a mídia social, isso não é sinônimo de que 
saibam como identificar e se proteger da desinformação. Em 2022, um estudo da Universidade 
de Northumbria, do Reino Unido, apontou que a adolescência é o momento em que os jovens 
estão mais propensos a acreditar nas teorias da conspiração. 
Fórmula do sucesso 
Os esforços das escolas da Finlândia têm dado resultados. O país ficou em primeiro lugar em 
resiliência contra a desinformação entre as 41 nações da Europa. Com um dos melhores 
sistemas educacionais do mundo, a Finlândia se destaca pelo quinto ano consecutivo na 
pesquisa da organização Open Society. 
O levantamento mostra que, depois dos finlandeses, os países mais resilientes contra a 
desinformação foram Noruega, Dinamarca, Estônia, Irlanda e Suécia. No final da lista estão 
Geórgia, Macedônia do Norte, Kosovo, Bósnia e Herzegovina e Albânia. 
Na prática, a Finlândia tem um contexto que facilita a aplicação de um programa 
institucionalizado contra a desinformação. Por lá, o sistema de ensino público e professores 
são respeitados, há confiança no governo e a faculdade é 100% gratuita. 
Além disso, só pessoas que moram por lá falam o finlandês, o que facilita a identificação de 
artigos falsos. Também fica fácil distinguir o conteúdo escrito por falantes não nativos por 
causa de possíveis erros gramaticais e de sintaxe. 
 
Disponível em <https://gizmodo.uol.com.br/finlandia-inclui-disciplina-de-combate-a-desinformacao-nas-
 
escolas/amp/?fbclid=IwAR0y6BgGyxrILb71e7YQpJngUQ_2Uaqzrgz8cpGaX45doYMX_oK8U_7jCx8>. Acesso em 10 
jan. 2023. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto e a charge apontam as redes sociais como meios utilizados para a proliferação de 
fake news. 
II. Os professores finlandeses incentivam os estudantes a produzirem e a divulgarem, nas 
redes sociais, vídeos falsos para que eles compreendam todo o processo de geração de 
informação. 
III. De acordo com o texto, é importante que os estudantes saibam diferenciar notícias 
produzidas por jornalistas daquelas divulgadas por outras fontes. 
IV. Segundo o texto, devido à sintaxe da língua finlandesa, não é possível produzir fake news 
no idioma. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. I, II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 20 
 
 
Leia o texto. 
Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos 
Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e 
incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais(apenas apartamentos) em 25 cidades 
brasileiras com base em anúncios na internet. 
O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três 
vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o índice FipeZap. 
O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice 
desde 2011 (17,30%). 
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que explicam a 
escalada de preços, estão: 
I. o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das atividades na 
pandemia de covid-19, e repasse da inflação para o aluguel; 
 
II. a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Goiânia 
(GO), que vivem um momento de valorização imobiliária. 
Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja 
freado, uma vez que a inflação deve ser mais contida. Além disso, tanto o PIB quanto 
o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos 
preços e para o crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da 
inflação. 
Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais. 
III. Goiânia (GO): 32,93% 
IV. Florianópolis (SC): 30,56% 
V. Curitiba (PR): 24,47% 
VI. Fortaleza (CE): 21,33% 
VII. Belo Horizonte (MG): 20,01% 
VIII. Rio de Janeiro: 17,93% 
IX. Recife (PE): 17,07% 
X. Salvador (BA): 16,56% 
XI. São Paulo: 14,63% 
XII. Porto Alegre (RS): 11,14% 
Disponível em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-medio-aluguel-2022-
fipezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos estavam em Goiânia. 
II. Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo ficou abaixo da média registrada 
no país. 
III. Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em Florianópolis é 
aproximadamente o dobro do aluguel de um apartamento equivalente em São Paulo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. II, apenas. 
 
 
 
 
Terça-feira, 9 de Maio de 2023 22h46min45s GMT-03:00

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