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Fordismo: Revolução na Produção Industrial

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Fordismo
O fordismo foi um modelo de produção industrial
utilizado amplamente nos Estados Unidos e revolucionou a
produção de automóveis, sendo adaptado para outras
indústrias ao longo dos anos. Como o nome já diz, foi um
modelo criado pelo idealizador das indústrias Ford, Henry
Ford.
Ford aperfeiçoou uma prática que já existia na Europa,
desenvolvida por Frederick Taylor, e a adaptou para suas
indústrias automobilísticas. Com as adaptações, como a
linha de montagem e a padronização dos produtos
fabricados, a produtividade era alta, e o tempo de
produção, muito baixo, o que resultouem um modelo de
sucesso no início de sua implementação.
Origem do fordismo
No fim do século XIX, a Segunda Revolução Industrial
aumentou, de forma considerável, a produção de
mercadorias e, consequentemente, o número de
indústrias pelo mundo. A partir desse momento,
inovações foram criadas para dar conta de tal demanda, a
fim de aumentar ainda mais as produções em um menor
espaço de tempo.
O primeiro a produzir um modelo de produção industrial
que atingisse esses objetivos foi Frederick Taylor, que
desenvolveu um sistema que baseava a produção no
tempo de movimento dos trabalhadores, o taylorismo.
Taylor elaborou um mecanismo que adaptava o
trabalhador ao ritmo da máquina, assim, menos
interrupções aconteciam, havia menos desperdício e mais
produtividade.
Entretanto, no século seguinte, em 1909, o empresário
Henry Ford melhorou as ideias de Taylor e as adaptou
para a indústria automotiva, a Ford Motor Company,
localizada em Detroit, nos Estados Unidos da América.
Suas ideias revolucionaram a forma como a indústria, de
forma geral, produzia suas mercadorias.
Antes de Ford, com as ideias de Taylor, as fábricas
adaptavam as máquinas aos funcionários, mas isso não
fazia com que a produção fosse tão alta como os
industriais imaginavam. Ford, notando essa questão,
introduziu várias técnicas para proporcionar uma
produção rápida e barata.
Características do fordismo
Ao adaptar as ideias de Taylor, Ford retirou da fabricação
todos os componentes que pudessem ser artesanais,
implementando, assim, uma total automatização dos
processos industriais. Para isso, algumas características
precisam ser explicadas a fim de melhorar o entendimento
desse modelo.
● Padronização da produção: Henry Ford estabeleceu
padrões nos seus automóveis, os modelos T,
introduzindo máquinas que cortavam todos os
componentes do veículo e os moldavam, diminuindo
possíveis erros humanos.
● Esteira rolante e linha de montagem: entre as
principais inovações de Ford, uma das mais
significativas em relação à produção foi a linha de
montagem, vinda com uma esteira rolante que levava
o produto a ser trabalhado para o operário. Desse
modo, o operário ficava parado em sua posição,
esperando sua demanda. Com isso, os trabalhadores
ficavam submissos a movimentos mecanizados e
relativamente simples. Era essa esteira que controlava
o tempo de produção na indústria. O trabalhador
ficava parado enquanto o automóvel se deslocava até
o final da produção, o acabamento.
● Diminuição do tempo de produção: ao padronizar os
modelos e designar movimentos repetitivos aos seus
funcionários, o modelo fordista reduziu amplamente o
tempo de produção de um automóvel. Na época,
estima-se que, antes de Ford, um veículo demorava,
em média, 500 minutos para ficar pronto. Nas fábricas
Ford, esse tempo caiu para 2 minutos.
● Divisão rígida de tarefas: no processo da esteira, cada
trabalhador realizava uma função específica, o que
aumentava a produtividade e diminuía os custos.
● Barateamento dos produtos e produção em massa:
com todas as características acima citadas, os veículos
da Ford puderam ser comercializados com preços
acessíveis, pois os custos eram baixos. Assim, a alta
produtividade com a linha de montagem (esteira) e
funções específicas para cada trabalhador
popularizaram os os veículos, tornando comum a
aquisição do modelo T.
Declínio do fordismo
A produção fordista foi um sucesso e, em pouco mais de
duas décadas, o modelo T era o mais comum nos Estados
Unidos, sendo exportado para a Europa, principalmente
após a Primeira Guerra Mundial.
Entretanto, o modelo da Ford acumulava grandes
estoques, em razão da produção barata e em massa. Esse
quesito trouxe um acúmulo de mercadorias, e houve uma
crise da superprodução.
Essa superprodução ocorreu porque grande parte dos
produtos estadunidenses era vendida para a Europa após a
Primeira Guerra Mundial (1914-18). Entretanto, no
decorrer da década de 1920, a Europa começou a se
reestruturar, comprando menos dos Estados Unidos. No
entanto, as indústrias estadunidenses continuavam na
produção acelerada, o que fez aumentar os estoques, pois
as vendas já não eram como antes.
Essas situações, somadas a outros fatores, desencadearam
uma crise econômica sem precedentes, a crise de 1929.
Fordismo e Taylorismo
Antes de Henry Ford, outro empresário já havia pensado
em um modelo de produção que atendesse à demanda da
época (que aumentava cada vez mais) e fosse prática.
Frederick Winslow Taylor desenvolveu um modelo em que
o conhecimento do processo de produção era exclusivo de
uma pessoa – no caso, um gerente. O trabalhador não
precisava saber o porquê da sua função, mas apenas
executá-la. Foi um período de baixa qualificação técnica,
em que cabia ao operário apenas a execução de suas
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-guerra.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/europa.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm
tarefas e em um ritmo acelerado para maximizar os lucros.
Para saber mais mais sobre, leia: Taylorismo.
Veja o quadro a seguir, que apresenta um comparativo
entre os dois modelos:
Modelo
de
produç
ão
Ritmo de
produção
Divisão de
tarefas
Controle de
qualidade
Fordis
mo
Linha de
montagem e
esteiras
rolantes.
Trabalho em
série e
especializado.
Feito no
final da
produção,
no último
estágio da
esteira.
Tayloris
mo
Produção
controlada pelo
tempo do
trabalhador
(programado);
movimentos
repetitivos.
Rígida divisão
de tarefas, com
grande
alienação do
operário.
Introdução
da inspeção
de
qualidade
nas fases
finais da
produção.
Fordismo e toyotismo
Com a crise de superprodução ocorrida em meados dos
anos 1930-40, outro modelo de produção industrial surgiu
para amenizar a crise e como alternativa aos modelos que
não traziam grandes benefícios aos trabalhadores.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/capital-trabalho-alienacao-segundo-karl-marx.htm
Enquanto no taylorismo o trabalhador era adequado à
máquina, tendo sua produção cronometrada e programada
para agir de modo repetitivo, o fordismo fez o contrário,
adaptando as máquinas ao trabalhador, com a inovação da
esteira rolante, do trabalho especializado. Entretanto, nos
dois modelos, o trabalhador era pouco valorizado, recebia
baixos salários e, devido aos movimentos repetitivos, tinha
sua saúde prejudicada.
Com isso, o empresário japonês Eiji Toyoda, fundador da
empresa automobilística Toyota, visitou as fábricas da Ford
nos anos 1950 e ficou impressionado com as enormes
instalações. Essas grandes instalações eram necessárias
devido aos grandes estoques e à produção em larga
escala.
Ao voltar para o Japão, Eiji Toyoda decidiu adaptar o
modelo fordista à realidade social e geográfica do Japão,
um país com limites físicos, como um relevo montanhoso,
e territoriais, por ser um país de pequena extensão, além
de estar localizado próximo ao encontro de placas
tectônicas. Assim nasceu o modelo industrial que ganhou
força nos anos 1970 em diante, o toyotismo.
Esse modelo apresentava algumas características
peculiares, como a produção adaptada à venda direta, o
que foi chamado de just in time. Essa expressão pode ser
traduzida, de forma literal, como “na hora”, o que significa
que a produção da fábrica seria adequada às demandas do
mercado. Assim, não haveria a necessidade de grandes
estoques, muito menos de espaços grandiosos para o
armazenamentoda mercadoria.
Outra característica desse modelo foi o alto emprego de
tecnologia e conhecimento por parte dos operários. Para
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/toyotismo-acumulacao-flexivel.htm
colocar em prática o just in time, os japoneses
desenvolveram técnicas que alteraram o ritmo das
máquinas durante a produção de um veículo, o que
demandou alto emprego tecnológico e flexibilização das
funções do operariado.
Com o passar dos anos, o toyotismo deixou de ser um
modelo único da Toyota, sendo empregado em outras
indústrias automotivas e, posteriormente, em outros
segmentos. A ascensão desse modelo coincidiu com as
novas tecnologias surgidas durante a Terceira Revolução
Industrial.
Vamos entender as principais diferenças entre o fordismo e
o toyotismo.
Modelo
de
produç
ão
Ritmo de
produção
Divisão de
tarefas
Controle de
qualidade
Fordis
mo
Linha de
montagem
e esteiras
rolantes.
Trabalho em
série e
especializado.
Feito no final da
produção, no
último estágio da
esteira.
Toyotis
mo
Venda
imediata,
sem
desperdício
, o just in
time.
Pouca divisão
de tarefas, e o
trabalhador
conhece as
etapas da
produção.
Alto controle de
qualidade, em
todas as fases do
processo, com
tecnologia e
conhecimento.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm

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