Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 Explique o que se entende por “Teoria do Mínimo Ético” (MÁXIMO: 50 linhas) Valor: 1,5.
Resposta: Trata-se da conhecida tese do Professor de Teoria do Estado de Heidelberg, Georg Jellinek (1851-1911). É a fundamentação do direito em um momento clássico, apontando para uma compreensão da ordenação jurídica como uma espécie de estabilizador ético do meio social. A teoria afirma que o Direito seria um conjunto mínimo de regras morais obrigatórias para a sobrevivência da moral e, consequentemente, da sociedade. Traz em sua normatividade coerciva um “mínimo ético” necessário e suficiente para que a sociedade se mantenha em ordem dentro de um padrão minimamente digno. A tese de Jellinek se sustenta na concepção social da Ética, que define o direito por sua função de conservação.
2 O Código de Ética da Magistratura Nacional (2008) recebeu grande influência do Código Modelo Ibero-Americano de Ética Judicial (2006), trazendo vários princípios de conduta ética. Cite e explique quatro princípios de conduta ética que estão presentes no Código de Ética da Magistratura Nacional (MÁXIMO: 50 linhas) Valor: 1,5.
Resposta: Determina o Artigo 1º do CÓDIGO DE ÉTICA DA MAGISTRATURA
NACIONAL, que o exercício da magistratura exige conduta compatível com os preceitos do Código e do Estatuto da Magistratura, norteando-se pelos princípios da independência, da imparcialidade, do conhecimento e capacitação, da cortesia, da transparência, do segredo profissional, da prudência, da diligência, da integridade profissional e pessoal, da dignidade, da honra e do decoro.
Transponho alguns dos Princípios trazendo a lume os seguintes: da independência; da imparcialidade; da transparência, da dignidade.
Da Independência: Artigos 4º, 5º, 6º e 7º. Este princípio reza que a independência do juiz é uma conquista do estado de direito em favor da autonomia do Judiciário e da segurança dos cidadãos; o juiz deve cultivar sua independência e respeitar a do colega; A independência do juiz confere-lhe força ética suficiente para enfrentar as influências externas; o juiz pode ser independente com serenidade, sem ofender e sem deixar de lado a cortesia; o juiz deve receber um salário correspondente à dignidade do cargo que desempenha, Outra faceta da independência é manter-se alheio às disputas partidárias.
Da Imparcialidade: Artigos 8º e 9º. A imparcialidade de que trata os artigos é, uma postura técnica, processual, do juiz que está acima das disputas pessoais das partes. Sua atuação deve ser equidistante dos interesses em litígio. Essa imparcialidade implica, também, o compromisso ético de coligir elementos suficientes para esclarecer a verdade dos fatos, com objetividade, idoneidade, sem qualquer favoritismo ou preconceito. 
Da Transparência: Artigos 10, 11, 12, 13 e 14. Nos últimos tempos, o Poder Judiciário tem procurado demonstrar transparência em todos os seus atos. Para tanto, a internet tem contribuído de forma decisiva. A exposição de seus gastos e projetos, com críticas e elogios, tudo faz parte dessa nova postura do Judiciário. As decisões do magistrado devem ser tomadas com a máxima publicidade possível, atendendo ao imperativo constitucional de que “todo o poder emana do povo” e é instituído para servir ao povo, sabendo-se que o juiz é um agente político de um poder do Estado. A publicidade é a regra, porém, o sigilo processual é uma exceção e, como tal, só é admissível nos expressos casos previstos em lei (Artigo 155, do CPC/1973).
Da Dignidade, da Honra e do Decoro: Artigos 37, 38 e 39. O artigo 37 aponta para os três pilares da função do juiz: dignidade, honra e decoro. Digno é o juiz consciente da sua responsabilidade, do seu papel na função de distribuir justiça e aplicar a lei. O atributo da dignidade é conquista que se alcança pela preparação, pela consciência crítica sobre suas atribuições e pela afirmação de sua personalidade.
03) O que é Justiça? Explique e disserte a relação entre justiça, legalidade e equidade, segundo Aristóteles. (MÁXIMO: 50 linhas) Valor: 1,5.
Resposta: Antes de substanciar “o que é Justiça”, considero pertinente expor sobre desigualdade em consonância ao expresso no “Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens (Rousseau 1754).
“ Concebo na espécie humana duas espécies de desigualdade: uma, que chamo de natural ou física, porque é estabelecida pela natureza, e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças do corpo e das qualidades do espírito, ou da alma; a outra, que se pode chamar de desigualdade moral ou política, porque depende de uma espécie de convenção, e que é estabelecida ou, pelo menos, autorizada pelo consentimento dos homens. Consiste esta nos diferentes privilégios de que gozam alguns com prejuízo dos outros, como ser mais ricos, mais honrados, mais poderosos do que os outros, ou mesmo fazerem-se obedecer por eles” 
Para pensar! 
Aqueles que mandam valem necessariamente mais do que os que obedecem, e se a força do corpo e do espírito, a sabedoria ou a virtude, se encontram sempre nos mesmos indivíduos em proporção do poder ou da riqueza?
Há desigualdades sociais que devem ser tratadas desigualmente. Esse também é o sentido de igualdade que se encontra na justiça.
A Justiça é tema fundamental da filosofia e um desafio permanente para os estudiosos. A Justiça deve ser vista como valor, mas também, como virtude. Justiça, multiplicidade de sentidos, pode ser utilizado em várias situações, em, em diversas manifestações. Este termo é ambulante.
Neste momento, o que importa é colocar os valores da Justiça, como entidade filosófica, sociológica e ética, perante o conceito e os valores do Direito. Em um sentido amplo e mais tradicional, tem-se por justo tudo aquilo que seja adequado ou harmônico para um fim, ainda que se refira às coisas materiais. Sob essa vertente, a cultura grega entendia a concepção de justiça como a lei do homem e das coisas, a lei cósmica inflexível. Também se agrega à noção de justiça a conduta divina, a perfeição da Divindade. Platão sempre sublimou a justiça como uma virtude universal ou total. 
Justiça referente à conduta humana, se refere a justiça como conduta ética e essencialmente social, de cunho exclusivamente objetivo. A justiça é, pois, um valor de conduta humana e o que entendemos por justo, esperamos que outros com quem nos relacionamos assim entenda também, pois, contrariamente, não se alcança o equilíbrio social. A justiça é o magno tema do Direito. O fim do Direito é buscar permanentemente a justiça. Justiça é a constante e firme vontade de dar a cada um o que é seu. 
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade…Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real“. 
Ruy_Barbosa
Foi com Aristóteles que a ideia de justiça alcançou o seu lineamento mais rigoroso e preciso. Ela é a virtude que rege as relações dos homens na cidade. Distinguiu a justiça em dois tipos: geral e particular. A primeira correspondia a uma virtude da pessoa, dividida em duas espécies: distributiva e corretiva, esta também denominada igualadora ou sinalagmática. A justiça distributiva consistia na repartição das honras e dos bens entre os indivíduos, de acordo com o mérito de cada um e respeitado o princípio da proporcionalidade, que chamou de proporção geométrica. Cumpria principalmente ao legislador a sua fixação. Já a justiça corretiva se aplicava às relações recíprocas e atingia não apenas às transações voluntárias, que se manifestavam pelos contratos, como às involuntárias, que eram criadas pelos delitos. Nesta forma de justiça o princípio aplicável era o da igualdade aritmética: “Mas a justiça nas transações entre um homem e outro é efetivamente uma espécie de igualdade e a injustiça uma espécie de desigualdade; não de acordo com essa espécie de proporção, todavia, mas de acordo com uma proporção aritmética.”(Aristóteles). 
Em Aristóteles a justiça é uma disposição de caráter que torna os homens predestinados a fazer e desejar o justo. A justiça é uma virtude para Aristóteles, e mais, é a virtude em sua excelência por compreender as demais virtudes. Diferentemente de Platão, a justiça aristotélica não é idealizada, não é algo transcendente, mas uma virtude, portanto, adquirida pelo exercício, pelo hábito. Esse primeiro sentido de justiça é chamado de absoluto e corresponde à virtude em sua totalidade, enquanto uma parte da virtude, a igualdade, será objeto da justiça em seu caráter particular. 
A justiça particular está presente no agir corretamente em relação ao outro, observando a igualdade. É essa segunda concepção de justiça e suas espécies, isto é, a justiça distributiva, corretiva e recíproca. 
Para o filósofo Aristóteles, a equidade se distingue das formas de justiça que propõe, pois é superior. Em suma, a equidade seria o corretivo da justiça legal, norma positivada pelo magistrado. Ou seja, a lei é criada e serve para todos indistintamente. 
“Por isso o equitativo é justo, superior a uma espécie de justiça ... E essa é a natureza do equitativo: uma correção da lei quando ela é deficiente em razão da sua universalidade. E, mesmo, é esse o motivo por que nem todas as coisas são determinadas pela lei: em torno de algumas é impossível legislar, de modo que se faz necessário um decreto”. (ARISTÓTELES, 2002, p92)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÉTICA NICOMAQUÉIA
	
04) No que tange a relação jurídica entre o advogado e o cliente, disserte acerca da (im) possibilidade de aplicação do CDC (MÁXIMO: 50 linhas) Valor: 1,5.
Resposta: 
O CDC não é aplicável na relação entre cliente e advogado, considerando a natureza peculiar da prestação de serviços de profissional liberal. Destarte, há impossibilidade da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor nas relações entre advogados e clientes, pois, não se trata de relação de consumo. 
O mercantilismo é ausente nas atividades profissionais do advogado. Ademais, esta constitui um múnus público regulado por lei especial. O exercício da advocacia é regulado pela Lei 8.906/94, que disciplina todo e qualquer procedimento, postura ético-profissional, assim como sanções ao inadequado exercício da profissão. 
A palavra múnus tem origem no latim e significa dever, obrigação, etc. O múnus público é uma obrigação imposta por lei, em atendimento ao poder público, que beneficia a coletividade e não pode ser recusado, exceto nos casos previstos em lei.

Mais conteúdos dessa disciplina