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Importância e Fases da Glicólise

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IMPORTÂNCIA DA GLICOSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação: A quebra glicolítica da glicose é a única fonte de energia 
metabólica para os eritrócitos, medula renal, cérebro e esperma. 
 
FASES DA GLICÓLISE 
A glicólise compreende 10 etapas que se dividem em duas fases: 
 Preparatória – fase de investimento de energia, com gasto de 
2 ATPs. Consiste na fosforilação da glicose e estende-se até a 
formação de duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato. 
 Pagamento – fase de produção de energia. Trata-se da 
conversão de gliceraldeído-3-fosfato em piruvato com 
formação acoplada de ATP e NADH. 
 
 
 
 
Observação: A presença do íon Mg+2 é essencial para as reações 
(substrato = complexo MgATP) 
 
REAÇÕES 
➔ 1ª reação: fosforilação da glicose em glicose-6-fosfato 
(transferência de um grupo fosfato do ATP, o que aumenta a 
reatividade da molécula e contribui para seu aprisionamento 
na célula devido à permeabilidade da membrana). É catalisada 
pela hexocinase (ou pela glicocinase nos hepatócitos). 
Ocorre com gasto energético de 1 ATP e é irreversível 
➔ 2ª reação: reorganização da estrutura da glicose-6-fosfato 
(aldose), que é convertida em seu isômero frutose-6-fosfato 
(cetose). É catalisada pela fosfohexose isomerase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 3ª reação: fosforilação da frutose-6-fosfato em frutose 1,6-
bifosfato. É catalisada pela fosfofrutocinase-1 (PFK-1). 
Ocorre com gasto energético de 1 ATP e é irreversível. 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 4ª reação: clivagem da frutose 1,6-bifosfato em duas trioses: 
dihidroxicetona fosfato e gliceraldeído-3-fosfato, isômeros 
facilmente interconversíveis entre si. É catalisada pela aldolase. 
 
 
 
 
 
 
 
- 
➔ 5ª reação: conversão da dihidroxicetona fosfato (DHAP) em 
gliceraldeído-3-fosfato (GAP). É catalisada pela triose-fosfato-
isomerase e é essencial para a continuidade da glicólise, já que 
o GAP é o único que pode ser diretamente oxidado nas reações 
subsequentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 6ª reação: fosforilação de cada molécula de gliceraldeído 
3-fosfato em 1,3-bifosfoglicerato por um fosfato inorgânico. 
Para isso ocorrem simultaneamente duas reações parciais: a 
oxidação (desidrogenação) do gliceraldeído e a redução de 
um NAD+ para NADH e H+. É catalisada pela gliceraldeído-3-
fosfato desidrogenase. Saldo: 2 NADH (1 por GAP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glicólise 
Via metabólica de oxidação da glicose. É catabólica e 
envolve uma sequência enzimática de 10 reações que 
termina com a quebra da glicose em duas moléculas de 
piruvato (C3H4O3). Durante o processo, parte da energia livre 
da glicose é conservada na forma de ATP e NADH. 
Aldohexose (monossacarídeo) que desempenha papel central 
no metabolismo energético e de carboidratos, sendo o 
principal substrato oxidável dos seres vivos. 
 
Rendimento líquido da glicólise: 2 ATP e 2 NADH 
*Para cada molécula de glicose, são consumidos 2 ATP na fase 
preparatória e produzidos 4 ATP na fase de pagamento. 
Bruna Larissa → MED 52 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 7ª reação: conversão do 1,3-bifosfoglicerato em 3-
fosfoglicerato pela transferência de um grupo fosfato para 
uma molécula de ADP. É catalisada pela fosfogliceratocinase 
e produz 1 ATP. Saldo: 2 ATP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 8ª reação: isomerização do 3-fosfoglicerato em 2-
fosfoglicerato (mudança de posição do grupo fosfato). É 
catalisada pela fosfogliceratomutase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 9ª reação: conversão do 2-fosfoglicerato em 
fosfoenolpiruvato (PEP) pela perda de uma molécula de 
água. *O PEP é altamente energético, sendo uma molécula 
instável. Desidratação catalisada pela enolase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ 10ª reação: conversão do fosfoenolpiruvato em piruvato 
pela transferência de um grupo fosfato para uma molécula de 
ADP. É irreversível, produz 1 ATP e é catalisada pela 
piruvatocinase. Saldo: 2 ATP 
*Equação geral da glicólise 
 
 
 
DESTINOS DO PIRUVATO 
O piruvato formado na glicólise é metabolizado posteriormente por 
três rotas catabólicas: 
A. Respiração – oxidação completa do piruvato na presença de 
oxigênio após sua descarboxilação oxidativa (catalisada pela 
piruvato desidrogenase), formando acetil-CoA para a entrada 
no Ciclo de Krebs. 
B. Fermentação láctica – redução do piruvato à lactato em 
condições de hipóxia ou anaerobiose. Ocorre em células 
desprovidas de mitocôndria (hemácias mesmo na presença de 
O2), na retina e em situações que demandam uma grande 
quantidade de energia em pouco tempo (músculos em 
contração vigorosa). 
 
 
 
 
 
 
C. Fermentação alcóolica – conversão do piruvato em etanol e 
CO2. Ocorre em leveduras, bactérias e protistas. 
REGULAÇÃO DA GLICÓLISE 
A via glicolítica tem como funções a geração de ATP e o 
fornecimento de substratos para a biossíntese de moléculas. A 
velocidade de conversão da glicose em piruvato é rigidamente 
regulada para atender a essas demandas na proporção necessária. 
Observação: O controle de uma via metabólica ocorre a partir do 
controle de suas etapas irreversíveis (reações 1, 3 e 10 da 
glicólise). 
Pontos potenciais de controle: 
1. Enzimas regulatórias (inibição alostérica) 
▪ Hexocinase – Inibida pelo acúmulo de seu produto, a 
glicose-6-fosfato. *A glicoquinase (isoenzima no fígado) 
não é inibida pelo G6P e tem baixa afinidade pela glicose 
▪ Fosfofrutocinase-1 (PKF-1) – É o principal ponto de 
controle. É inibida pelo excesso de ATP [relação ATP/ADP 
alta]. Também pode ser inibida por elevadas 
concentrações de citrato [é o primeiro intermediário do CK 
e indica que as necessidades energéticas estão sendo 
satisfeitas] e por diminuição no pH [acúmulo de H+; 
fermentação láctica]. *O AMP, ADP, a frutose 2,6-bifosfato 
e a frutose-6-fosfato atuam como moduladores positivos 
▪ Piruvatocinase – Inibida pelo acúmulo de ATP, que 
diminui sua afinidade pelo fosfoenolpiruvato; pela alanina 
(precursora de piruvato), por acetil-CoA e por ácidos 
graxos de cadeia longa (importantes combustíveis para o 
Ciclo de Krebs) 
2. Regulação hormonal 
▪ Glicemia alta (estado alimentado) - ↑insulina = ↑atividade 
das enzimas regulatórias; estímulo à conversão de glicose 
em piruvato 
▪ Glicemia baixa (jejum) - ↑glucagon = ↓atividade das 
enzimas regulatórias 
▪ Adrenalina (músculos) – aumenta a atividade das enzimas 
regulatórias 
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