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Manejo alimentar de cães filhotes em crescimento

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Manejo alimentar de cães filhotes em crescimento
Para o crescimento adequado do
filhote, a alimentação deve fornecer
todos os nutrientes adequados e energia
em volumes que possam ser facilmente
consumidos. Filhotes em fase de
crescimento precisam de uma dieta mais
rica em nutrientes, considerando-se o
fato de que estes animais consomem
menos alimento por refeição, possuem
uma menor capacidade digestiva e
dentes menores (GENARO, 2013).
A fase de crescimento acelerado
dos filhotes compreende o período entre
a desmama até o filhote atingir 50% da
sua estimativa de peso adulto (JERICÓ et
al., 2015). Do desmame até os 3 meses de
idade, os cães dobram de peso várias
vezes em um curto período de tempo, de
forma que as necessidades calóricas
passam a ser o dobro das necessidades
de manutenção desses animais (LUZ;
SILVA, 2019).
Nessa fase, todas as
necessidades nutricionais dos animais
devem ser cuidadosamente supridas,
tendo em vista que as curvas de
crescimento diferem entre as diferentes
raças e portes, assim, tanto na taxa
quanto na duração do crescimento, os
requerimentos nutricionais e energéticos
irão diferir nas fases de desenvolvimento
(JERICÓ et al., 2015).
Filhotes das raças que crescem
rapidamente, como os cães de pequeno
porte, especialmente, necessitam de
grandes quantidades de alimento para
manifestar totalmente sua capacidade
de crescimento (EDNEY, 1987). Por esta
razão, os cães de pequeno porte
necessitam de apenas um único produto
destinado ao crescimento do desmame
até a fase adulta (JERICÓ et al., 2015).
O aumento de peso diário se dá
em função do tamanho e da precocidade
da raça, enquanto o aumento médio
mensal expresso em porcentagem do
peso atual se assemelha em quase todas
as raças (LUZ; SILVA, 2019), como
demonstrado na figura 1.
Figura 1. Curva de crescimento de
algumas raças de cães, à esquerda, e
ganho médio diário (g) de algumas raças
de cães, à direita. Fonte: adaptada de
Saad e Nunes, 1998.
Quanto aos cães de grande porte,
é necessário, pelo menos, dois tipos de
produto, o primeiro para a fase de
crescimento acelerado, que serve para
suprir as necessidades proteicas que são
grandes durante o crescimento ósseo,
sendo necessária uma relação de
cálcio/fósforo no alimento entre a faixa
de 1,2 a 1,5 parte de calcio para cada
parte de fósforo. O segundo tipo de
alimento deve ser oferecido ao fim da
fase de crescimento rápido até que estes
animais atinjam a idade adulta (52 a 65
semanas), que é quando o
desenvolvimento muscular ocorre de
forma mais intensa, sendo necessário o
fornecimento de aminoácidos para a
formação muscular (JERICÓ et al., 2015).
Embora estas recomendações
não sejam exigidas por órgãos de
referência em nutrição animal, são
estratégias nutricionais muito utilizadas
e satisfatórias (JERICÓ et al., 2015).
Quando os animais entram nos
estágios finais de seu crescimento, sua
necessidade energética passa a reduzir
até atingir os níveis necessários para o
adulto se manter, sendo esse decréscimo
variável de acordo com as diferentes
raças. Uma conduta desejável consiste
no fracionamento da dieta diária em
várias refeições, de 3 a 4, no período
inicial e, após esses animais
completarem 6 meses de idade, reduzir
para duas a três refeições para que, ao
chegar nos 12 meses de idade, esses
animais se alimentem uma ou duas vezes
ao dia (LUZ; SILVA, 2019).
Atualmente, suprir os
requerimentos nutricionais de cães é
uma atividade de fácil aplicação, visto
que há uma grande disponibilidade
produtos de alta qualidade,
desenvolvidas adequadamente e
recomendados por órgãos de referência
para animais de estimação. Os
antioxidantes como a vitamina E, que
atuam estimulando as defesas
imunológicas, e os prebióticos, como o
frutooligossacarídeo e o
mananoligossacarídeo, que favorecem o
crescimento de bactérias benéficas
intestinais e limitam o de bactérias
patogênicas, por exemplo, são dois tipos
de alimentos funcionais muito úteis na
fase de crescimento dos filhotes (JERICÓ
et al., 2015).

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