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VASCULARIZAÇÃO CEREBRAL • Polígono de Willis: ➢ O encéfalo é vascularizado por dois grupos principais: as vértebro-basilares (ou artérias vertebrais) e carotídeo (carótida interna); ➢ Quando se tornam confluentes na base do crânio, esses sistemas formam um polígono; ➢ Esse polígono é formado pelas seguintes artérias: cerebral anterior, comunicante anterior, carótida interna, cerebral posterior e comunicante posterior (A artéria basilar e a artéria cerebral média, apesar de irrigarem o cérebro, não são consideradas parte do polígono). ➢ Redundância da circulação cerebral = Á medida que alguma obstrução ou estenose ocorra em qualquer uma dessas artérias pertencentes ao polígono, a circulação cerebral de maneira geral não é prejudicada de maneira significativa, pois as outras artérias conseguem suprir a deficiência de qualquer uma delas, ou seja, diminuindo a extensão do dano. ➢ Artéria carótida interna: • Origina-se da carótida comum direita e esquerda; • Tem trajeto ascendente e termina na base do crânio, no canal carotídeo; • Em seguida penetra na fossa craniana média, formando o sifão carotídeo; • No sifão, origina seus ramos colaterais e terminais; • A carótida interna apresenta dois ramos terminais que são: artéria cerebral anterior e artéria cerebral média; • A carótida interna apresenta 3 ramos colaterais: artéria oftálmica, artéria corióidea e artéria comunicante posterior; ➢ Artéria vertebral: • É formada através das artérias vertebrais que são ramos das artérias subclávia direita e esquerda; • Tem trajeto ascendente com fim na base do crânio no forame magno. Neste local as artérias vertebrais juntam-se e formam a artéria basilar, classificada como ramo terminal da artéria vertebral; • A artéria basilar é responsável pela formação das seguintes artérias: artéria cerebelar sup. e inf. anterior, artéria pontineas, artéria labiríntica, artéria cerebral posterior; SÍNDROMES RESULTANTES DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ➢ Artéria Carótida Interna: • Esta artéria é qualificada pela hemianopsia (Perda parcial ou completa da visão em uma das metades do campo visual de um ou ambos os olhos), afasia (distúrbio de linguagem afetando a capacidade de comunicação de uma pessoa) se for o hemisfério dominante, hemiplegia contralateral (distúrbio de linguagem, afetando a capacidade de comunicação de uma pessoa) e hemianestesia contralateral (Perda da sensibilidade em metade do corpo). Pode ocorrer um extenso edema cerebral, levando frequentemente ao coma e à morte (Sullivan, 1993). ➢ Artéria Cerebral Anterior: • As lesões nesta artéria são raras. E é caracterizada pela confusão mental, afasia (se for o hemisfério dominante), hemiplegia contralateral (com predomínio do membro inferior), hemianestesia contralateral (com predomínio do membro inferior), e pode haver apraxia de marcha (perda da habilidade para executar movimentos e gestos precisos, apesar de o paciente ter a vontade e a habilidade física para executá-los), reflexo de sucção, reflexos de preensão e incontinência urinária e fecal (Sullivan, 1993). ➢ Artéria Cerebral Média: • Esta artéria é o local mais comum de AVC. E é especializada pelo coma, hemianopsia, hemiplegia (com predomínio do membro superior), hemianestesia (com predomínio do membro superior), afasia (se for o hemisfério dominante), e agnosia visual (as pessoas não reconhecem objetos do dia a dia (como uma colher ou um lápis), mesmo que os possam ver, mas reconhecem os objetos ao tocá-los) (Sullivan, 1993). ➢ Artéria Cerebral Posterior: • Esta artéria é representada pela hemianópsia, afasia, agnosia visual, alexia (perda da capacidade de entender a linguagem escrita ou impressa), hemiplegia e hemianestesia, muitas vezes são sintomas temporários (Sullivan, 1993). ➢ Artéria Vértebro – Basilar: • Esta artéria é assinalada pelo coma, diplopia (percepção de 2 imagens de um único objeto), hemiplegia, paralisia pseudo bulbar (caracteriza-se por disartria, disfagia e disfonia, deficiência dos movimentos voluntários da língua e músculos faciais e por labilidade emocional), tetraplegia (perda dos movimentos do tronco, pernas e braços) e anestesia completa (ausência de dor) (Sullivan, 1993). • Quando a lesão é no Hemisfério Esquerdo (Hemiplegia Direita) ocorrem afasias, apraxias ideomotoras (Embora o paciente saiba o que fazer e consiga executar o movimento automaticamente ele é incapaz de fazê-lo com intenção) e ideacionais (Não consegue realizar certos movimentos sequenciais embora cada movimento separado seja executado facilmente), alexia para números, descriminação direita/esquerda e lentidão em organização e desempenho. • Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda) ocorre alteração viso espacial, autonegligência unilateral esquerda (O paciente não percebe o meio externo nem seu hemicorpo contralateral à lesão. Sendo incapaz de explorá- los visualmente ou através do tato, na ausência de quaisquer déficits sensitivos, motores ou visuais), alteração da imagem corporal, apraxia de vestuário, apraxia de construção, ilusões de abreviamento de tempo e rápida organização e desempenho. AVC- ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. 2 tipos: AVC hemorrágico e isquêmico. Hemorrágico: Ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. Isquêmico: Ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia).
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