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· DA INTERVENÇÃO FEDERAL REGRA EXCEÇÃO AUTONOMIA INTERVENÇÃO - Tríplice capacidade dos Entes da Federação - Autorização da Constituição para que a regra da autonomia dos entes da federação seja violada. Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos AUTÔNOMOS, nos termos desta Constituição. Art. 34. A União não intervirá (REGRA) nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Entes da Federação Funções do Poder Executiva Legislativa Jurisdicional União Presidente da República Congresso Nacional - Câmara dos Deputados (513) - Senado Federal (81) STF Tribunais Superiores Estados Governadores Assembleia Legislativa TJs Distrito Federal Governador Câmara Legislativa do Distrito Federal TJDFT Municípios Prefeitos Câmara Municipal *** Título I – Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união (junção) indissolúvel (vedação de secessão) dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: Competências constitucionais para decretar e executar a INTERVENÇÃO FEDERAL: - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO (V do art. 21) - COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (X do art. 84) - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO CONGRESSO NACIONAL LEGISLATIVO Executivo da União PRESIDENTE DA REPÚBLICA Legislativo da União CONGRESSO NACIONAL União EXECUTIVO JUDICIÁRIO Art. 21. Compete à União: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...) (...) (...) V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; X - decretar e executar a intervenção federal; IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; (...) (...) (...) Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: (...) § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES CAPÍTULO II – DO PODER EXECUTIVO SEÇÃO V – DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL SUBSEÇÃO I – Do Conselho da República SUBSEÇÃO II – Do Conselho de Defesa Nacional Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: (Art. 91) § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional: I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; (...) II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; #Há alguma exigência constitucional prévia para que o Presidente da República possa decretar e executar a Intervenção Federal? Sim. O Presidente da República deverá ouvir os pareceres dos Conselhos da República e de Defesa Nacional. #Se os Conselhos da República e de Defesa Nacional derem parecer contrário a decretação e execução de intervenção federal, o Presidente da República fica proibido de decretar e executar a intervenção federal? Os pareceres dos Conselhos da República e de Defesa Nacional não vinculam o Presidente da República, servem apenas para auxiliar o Presidente da República a tomar uma decisão. #Se o Presidente da República decretar e executar a intervenção federal sem ouvir previamente os conselhos da República e de Defesa nacional, qual seria a consequência? Inconstitucionalidade #Qual a consequência, em caso de decretação e execução de intervenção federal, no processo de emenda constitucional? A decretação de intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa geram o limite circunstancial à alteração da Constituição, nos termos do § 1º do art. 60 da CF. Título IV – Da Organização dos Poderes Capítulo I – Do Poder Legislativo Seção VIII – Do Processo Legislativo Subseção II – Da Emenda à Constituição Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: (...) § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. TIPOS DE INTERVENÇÃO FEDERAL 1. INTERVENÇÃO DE OFÍCIO/ESPONTÂNEA 2. INTERVENÇÃO PROVOCADA 2.1 POR SOLICITAÇÃO (LEGISLATIVO/EXECUTIVO) 2.2 POR REQUISIÇÃO (STF) 2.3 POR REQUISIÇÃO (STF, STJ ou TSE) 2.4 POR ADI INTERVENTIVA – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA 1. INTERVENÇÃO DE OFÍCIO/ESPONTÂNEA - O presidente da República poderá (discricionariamente), nas hipóteses dos incs. I, II, III e V do art. 34, decretar e executar a intervenção federal (X do art. 84) sem a necessidade de qualquer provocação, basta que ele observe as referidas hipóteses. INTERVENÇÃO FEDERAL HIPÓTESES DE AUTORIZAÇÃO PROCEDIMENTOS Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - manter a integridade nacional; CONTROLE POLÍTICO § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; EXEÇÃO § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. Título IV – Da Organização dos Poderes Capítulo I – Do Poder Legislativo Seção VI – Das Reuniões Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. ...1/2 2/2 17/7 18/7 31/7 1/8 22/12 23/12... recesso 1º Período recesso 2º Período recesso 1º Período + 2º Período = Sessão Legislativa Ordinária (SLO) (...) (Art. 57) § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República; #Sempre haverá o controle político feito pelo Congresso Nacional em caso de Decretação e Execução de Intervenção Federal? Não, nos termos do § 3º do art. 36 da Constituição Federal, nas hipóteses dos incisos VI e VII do art. 34, e quando o decreto limitar-se a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao reestabelecimento da normalidade. #Se o Congresso Nacional, efetuando o controle político, determinar que não é caso de intervenção federal, e determinar a suspensão do ato e o presidente da República não suspender, qual será a consequência? Estaremos diante de uma intervenção federal inconstitucional, bem como a prática de crime de responsabilidade do presidente da República,o qual poderá levar a abertura de um processo de impreachment. Título IV – Da Organização dos Poderes Capítulo II – Do Poder Executivo Seção III – Da Responsabilidade do Presidente a República Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: (...) II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; 2. INTERVENÇÃO PROVOCADA 2.1 POR SOLICITAÇÃO (LEGISLATIVO/EXECUTIVO) TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO VI – DA INTERVENÇÃO HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A INTERVENÇÃO PROCEDIMENTOS DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: (...) (...) IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes (LEGISLATIVO/EXECUTIVO/JUDICIÁRIO) nas unidades da Federação; I - no caso do art. 34, IV, de SOLICITAÇÃO do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; 2.2 POR REQUISIÇÃO (STF) TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO VI – DA INTERVENÇÃO HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A INTERVENÇÃO PROCEDIMENTOS DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: (...) (...) IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes (LEGISLATIVO/EXECUTIVO/JUDICIÁRIO) nas unidades da Federação; I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; 2.3 POR REQUISIÇÃO (STF, STJ ou TSE) TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO VI – DA INTERVENÇÃO HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A INTERVENÇÃO PROCEDIMENTOS DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: (...) (...) VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária (VI do art. 34), (A DECRETAÇÃO DA INTERVENÇÃO DEPENDERÁ) de REQUISIÇÃO do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; 2.4 POR ADI INTERVENTIVA – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO VI – DA INTERVENÇÃO HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A INTERVENÇÃO PROCEDIMENTOS DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: (...) (...) VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação (AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA) do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: (SENSÍVEIS) a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. · INTERVENÇÃO ESTADUAL INTERVENÇÃO FEDERAL HIPÓTESES DE AUTORIZAÇÃO PROCEDIMENTOS Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; CONTROLE POLÍTICO § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; EXEÇÃO § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. DIFERENÇAS ENTRE A ADI INTERVENTIVA FEDERAL E ESTADUAL AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA FEDERAL ESTADUAL #QUAIS SÃO AS HIPÓTESES DE ADI INTERVENTIVA? #QUAIS SÃO AS HIPÓTESES DE ADI INTERVENTIVA? - Execução de Lei Federal (primeira parte do inc. VI do art. 34) e - Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis (VII do art. 34) - Assegurar a observância dos princípios indicados na Constituição Estadual; - Prover a execução de lei; - Para prover a execução de ordem ou de decisão judicial. #DE QUEM É A LEGITIMIDADE ATIVA PARA PROPOR UMA ADI INTERVENTIVA? #DE QUEM É A LEGITIMIDADE ATIVA PARA PROPOR UMA ADI INTERVENTIVA? - PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA (III do art. 36) - PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA #DE QUE É A COMPETÊNCIA PARA JULGAR UMA ADI INTERVENTIVA? #DE QUE É A COMPETÊNCIA PARA JULGAR UMA ADI INTERVENTIVA? - Supremo Tribunal Federal - Tribunal de Justiça Estadual AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA FEDERAL ESTADUAL (Art. 36) III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Art. 35) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Súmula 637 do STF Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município.
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