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Poedeira comercial Discente: ANA THAYS DOS SANTOS DA SILVA GLENDA ROBERTA FREIRE LIMA LOHANE LEONEL DE CASTRO Francisco Geraldo Nogueira Costa Docente: CÉZAR AUGUSTO objetivos Compreender o processo produtivo de poedeiras em seu ciclo, assim como aprender sobre a dinâmica do manejo desses animais visando a expansão do conhecimento sobre as técnicas utilizadas. introdução Década de 20: Média: 90 ovos/ave alojada às 80 semanas de idade, com uma conversão alimentar de 4,00 Kg de ração para cada dúzia de ovos produzidos; Década de 90: Média: 320 ovos/ave alojada no mesmo período, com uma conversão alimentar de 1,60 (Kg/dz), ou seja, as pequenas galinhas transformaram-se em verdadeiras “máquinas de produzir ovos”. introdução Galinhas poedeiras ou de postura são aquelas destinadas à produção de ovos A qualidade do ovo pode ser influenciada por fatores como condições de manejo, instalações, nutrição e ambiente Poedeiras leves produzem ovos brancos e as semipesadas ovos vermelhos Baixa taxa de mortalidade e postura acima de 240 ovos por ano A criação de aves pode ser dividida em três fases: 1ª fase: Cria ou Inicial 2ª fase: Recria 3ª fase: Produção Fatores gerais Modalidade de criações das aves: Em piso Em gaiola Debicagem: Reduzir a bicagem de penas e o canibalismo; Economias significativas de ração. Deverá ser feita entre o 7° e o 10° dia de idade das pintainhas Redebicagem: Realizá-la entre a 10º e 11º semana de idade das frangas. 1ª Fase: Cria ou Inicial Círculo de proteção: Confecção: chapas de eucatex, duratex, compensado, plástico ou folha metálica. Altura: pode variar de 30 cm (para climas mais quentes) até 60 cm (para climas mais frios); Comprimento: 2,5 - 3,0 metros. Proteger as pintainhas de correntes de ar e delimitar a área disponível aos mesmos Aquecimento: Utilização de campânulas ou fontes de calor suplementares. Cortinas: Manter a temperatura adequada. Preparo do aviário no período que antecede a chegada das pintainhas Práticas de manejo com as pintainhas Alojar as pintainhas o mais rápido possível, retirando-as das caixas de transporte no local onde serão alojadas; Molhar individualmente o bico de algumas aves, a fim de estimulá-las a beber água; Queimar as caixas de papelão onde vieram acondicionadas as pintainhas no transporte; Os bebedouros, comedouros e as fontes de aquecimento deverão estar corretamente distribuídos nas baterias ou círculos, de modo que as aves não tenham dificuldade de acesso ao alimento e a água. Práticas de manejo com as pintainhas Manejo de aquecimento e cortinas: Regular a altura das cortinas ao longo do dia e da noite para manter o ambiente do criatório em condições ideais de conforto térmico, ventilação e umidade relativa 32°C ⇒ 1° dia 30°C ⇒ 2° ao 7° dia 29°C ⇒ 2ª semana 27°C ⇒ 3ª semana 24°C ⇒ 4ª semana Práticas de manejo com as pintainhas Práticas de manejo com as pintainhas Manejo de bebedouros: Manter sempre limpos e com água fresca no mínimo duas vezes ao dia; Conferir os bebedouros de válvula regularmente, para evitar sujeiras, entupimentos e/ou vazamentos. A partir do 3° ou 5° dia de idade, acrescentar os bebedouros definitivos. Entre o 6° e o 8° dia pode-se começar a retirada dos bebedouros iniciais, de forma escalonada, num período de 2 a 3 dias. Práticas de manejo com as pintainhas Práticas de manejo com as pintainhas Manejo de comedouros: Colocar fina camada de ração para evitar desperdício Deve-se repor a ração nos comedouros no mínimo 4 vezes ao dia Nos comedouro tubulares rodar os pratos para a renovação de ração no mínimo 4 vezes ao dia. A altura do prato em relação ao tubo deve ser regulada para evitar grandes quantidades de ração no prato evitando desperdício. A partir do 4° dia pode-se começar a colocar os comedouros definitivos A partir do 7° ao 10° dia procede-se a retirada dos comedouros iniciais, de forma escalonada, num período de 2 a 3 dias. Práticas de manejo com as pintainhas Manejo do círculo de proteção Fazer a abertura gradual dos círculos de proteção; Normalmente inicia-se a abertura dos círculos entre o 3° e 4° dia de idade, Retirada total: entre o 8° e 16° dia de idade das aves para a ocupação total do espaço interior do aviário pelas aves. Práticas de manejo com as pintainhas Manejo da iluminação É de fundamental importância que ocorra uma distribuição uniforme das lâmpadas de forma que todas possam receber a mesma intensidade luminosa Duas regras básicas para elaboração de um programa de luz: Não fornecer iluminação crescente, entre 10 a 19 semanas de idade das aves Não permitir redução no período de luz diária (natural + artificial), na fase de produção Não fornecer luz artificial às pintainhas nascidas de setembro a fevereiro, até as 18 semanas, pois o período de recria dessas aves se dará no período de diminuição de luz natural, fato esse positivo para o retardo da maturidade sexual da ave Práticas de manejo com as pintainhas Valores de intensidade luminosa a serem utilizadas para poedeiras 0 - 4° dia - 20 lúmens/m2 5° dia a 9ª semana - luz natural Fatores que interferem na eficiência da iluminação Ausência de refletores (que provoca uma perda de aproximadamente 50% dos raios de luz para cima) Nenhum reflexo das paredes Absorção pela cama do galinheiro Baixo reflexo pelo teto Desgaste das lâmpadas Sujidades nas lâmpadas Práticas de manejo com as pintainhas Manejo de cama: Evitar que se torne úmida e formação de placas (cascões). Revolver a cama periodicamente e se ocorrer a formação de placas, retirá-las, substituindo-as por cama nova. Manejo de aves mortas: Recolher diariamente Fossas sépticas ou queimando-as em fornos crematórios. Realizar a necropsia das aves. Fase de recria (7 - 18 semanas) “A maturidade sexual na idade correta, associada a um bom desenvolvimento corporal e uniformidade, acarretam em melhores índices produtivos.” Controle do peso das aves Uniformidade do lote Transferência das aves para o aviário de recria: Recomenda-se transferir as aves à noite e para facilitar a apanha dessas, reduzir a intensidade da luz e o espaço interno do aviário; Apanhar as aves pelo dorso e pelas duas asas simultaneamente; Desenvolvimento corporal Fator importante de controle do manejo É medido pelo peso médio do lote Garantir a uniformidade do lote Lotes que possuam desenvolvimento de peso dentro dos limites padrões de peso corporal da linhagem escolhida para trabalhar e uma uniformidade em torno de 80%: Maturidade sexual a uma idade fisiologicamente adequada Desempenho de produção economicamente esperado. Controle do peso das aves Pesagens feitas semanalmente durante toda a fase de recria; Definir um dia para esta atividade e realizar sempre no mesmo horário; Pesar uma amostra entre 1 a 3 % do lote; Pesar aves de diferentes locais ao longo de todo o galpão, tomando as amostras de aves a serem pesadas ao acaso; Realizar as pesagens individuais e estes pesos anotados em uma ficha apropriada para a análise de uniformidade. Balanças do tipo dinamômetro ou relógio, suspensas na estrutura do galpão. Para facilitar a pesagem, manter a balança calibrada e na altura dos olhos; As aves devem ser contidas pelas duas pernas, impedindo que se debatam evitando contusões; Controle do peso Uniformidade do lote Manejo e à alimentação praticados e sua variação terá influência no desempenho produtivo do lote. Quanto maior for a distância entre os pesos, pior será a uniformidade do lote. Fatores influentes sobre a uniformidade: Se um lote mostrar uma uniformidade muito baixa de peso, sua causa pode estar associada a: Variações extremas na temperatura ambiente; Aquecimento e ventilação inadequados; Debicagem mal realizada; Densidade de alojamento; Qualidade da ração; Sanidade: doenças clínicas e subclínicas Uniformidade do lote Cálculo da uniformidade: Peso médio, somando e subtraindo 10% do seu valor. A partir desses novos valores, as aves da amostra são contadas e classificadas, incluindo-se o valor em umadas categorias do intervalo. Esse número é então dividido pelo total da amostra e multiplicado por 100. Uniformidade do lote Interpretação dos resultados de uniformidade: 90 - 100% - ótima 80 - 90% - muito boa 70 - 80% - boa 60 - 70% - regular abaixo de 60% - ruim Fase de produção (19 a 80 semanas) Processo estressante Idade de transferência: 13 a 15 semanas de idade Cuidados necessários: Colocar ração à vontade nos comedouros Eliminação de aves com problemas físicos antes da transferência Aparar bico – crescimento demasiado Não transferir frangas criadas em gaiolas para criação em piso Morte por hipóxia ou contaminação por oocisto de eimeria Disponível em: <http://ovopor.pai.pt/ms/ms/ovopor-agro-pecuaria-dos-milagres-sa-producao-2415-011-leiria/ms-90040445-p-2/> Transferência para aviários de produção Controle de Luz Limpeza das lâmpadas periodicamente Trocar imediatamente lâmpadas queimadas, quebradas ou danificadas Observar a regulagem do timer Disponível em: <http://www.agriexpo.online/pt/prod/gasolec-bv/product-171705-28246.html> Acesso em: 09 de maio de 2019 ás 21:41 Descarte de aves não produtivas Aves não produtoras – ocupa espaço Disponível em: MAZZUCO, H.; ROSA, P.S.; PAIVA, D.P. de; JAENISCH, F.; MOY, J. Manejo e produção de poedeiras comerciais. Concórdia: EMBRAPA-CNPSA, 1997. Qualidade do arraçoamento A alimentação é um dos fatores de maior importância na criação de poedeiras comerciais Representa, aproximadamente 70% do custo de produção da atividade de postura Principal responsável pelo desenvolvimento e produção das aves, Interfere de uma maneira direta na rentabilidade da criação. Acesso a rações de excelente qualidade. Qualidade do arraçoamento Apenas a ração não é suficiente para que as galinhas tenham todos os nutrientes necessários para a sua saúde, Esse é o caso na criação de galinhas poedeiras. Irão necessitar de bastante cálcio É sempre bom oferecer aos animais outra fonte complementar. Exagerar na quantidade de qualquer tipo de alimento é prejudicial para as galinhas Manejo de temperatura Uso de ventiladores, nebulizadores ou os dois Área externa - aspersores de água Regiões quentes com alto indicie de umidade Não fazer uso de aparelhos que aumentem a umidade Pintura do telhado na parte externa na cor branca Disponível em: Google Imagens Muda de penas em aves Processo natural que ocorre devido a um período de descanso, onde as aves cessam o seu ciclo produtivo e passam por modificações fisiológicas Existem dois tipos de muda: Muda natural Caracterizada pela perda e renovação das penas antes do início das épocas frias Após esse período as aves estarão aptas para a produção de ovos num segundo ciclo de postura Muda de penas em aves Muda forçada ou artificial Prática frequente como uma estratégia técnica e econômica em aves poedeiras Tem como objetivo: Reduzir os custos com a reposição das frangas, com o volume de ração consumida e com a otimização do uso das instalações Aumentar as percentagens de ovos extras e grandes produzidos Manejo de ovos O manejo com os ovos deve ser realizado de forma muito cuidadosa e criteriosa, com a finalidade de evitar ovos sujos, marcados ou quebrados Os ovos deverão ser coletados no mínimo 2 vezes por dia em bandejas de plástico ou papelão Após o término da coleta, os ovos devem ser transportados com cuidado para a instalação onde será realizada a seleção e classificação. No transporte, a fim de evitar a quebra dos ovos localizados nas bandejas inferiores, fazer pilhas de no máximo 6 bandejas conclusão Máxima produção. Utilização de protocolos que otimizam o ciclo produtivo. Manter as aves sempre dentro do peso recomendado, de acordo com a genética adotada pelo fornecedor. O período de um dia até a produção do primeiro ovo é crítico na vida de uma poedeira Um bom manejo no período de cria e recria conduz ao sucesso na fase de produção. Referências bibliográficas MAZZUCO, H.; ROSA, P. S.; PAIVA, D. P. de; JAENISCH, F.; MOY, J. Manejo e produção de poedeiras comerciais. Concórdia: EMBRAPA-CNPSA, 1997 HY-LINE.Guia de Manejo W-36 Poedeiras comerciais, 2018 PLANATAL. Manual de manejo das poedeiras Dekalb White, 2009 PRADO, G. A. F.; PRADO, G. F. Criação e manejo de aves poedeiras, Disponível em: < http://www.bigsal.com.br/cartilha/CRIACAO-E-MANEJO-DE-AVES-POEDEIRAS.pdf> Acesso em: 09 de maio de 2019
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