Buscar

CRIAÇÃO E PRODUÇÃO ANIMAL II (AUM)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 – SUINOCULTURA 
A região Sul é a produtora principal e mais tradicional 
na suinocultura brasileira pelo fato de os suínos serem 
animais de AMBIÊNCIA FRIA 
 
OBJETIVOS NA SUINOCULTURA BRASILEIRA: 
 CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS 
• Prolificidade 
• Conversão alimentar 
QUALIDADE DA CARNE 
• E uma característica que se expressa 
tardiamente no suíno 
• ESPESSURA DE TOUCINHO 
• ↑% de carne magra 
• ↓% de colesterol “suíno light” 
• ÁREA DE OLHO DE LOMBO 
SAÚDE 
• Resistência a doenças 
• ↓ de problemas congênitos 
MELHORAMENTO GENÉTICO 
• Habilidade materna (parição, amamentação e 
desmame com alto peso) 
• Tamanho da leitegada 
• Características da carcaça 
 
 
 
 
1.1 – CICLOS DE PRODUÇÃO 
PRODUÇÃO DE CICLO COMPLETO: 
É o mais usual. Abrange todas as fases de criação. O 
produto final é o suíno terminado 
PARCIAIS: 
PRODUÇÃO DE LEITÕES (UPL) 
Fase de reprodução, originando leitões. Visa também 
a produção de futuros reprodutores 
PRODUÇÃO DE TERMINADOS 
Fase de terminação 
 
 
 
 
 
 
1.2 – SISTEMAS DE PROCUDÇÃO 
SISTEMA EXTENSIVO: 
Sistema de baixa tecnificação, índices produtivos (sem 
controle zootécnico) e de concentração de animais 
por área (soltos) 
SISTEMA INTENSIVO: 
SISTEMA DE CRIAÇÃO AO AR LIVRE (SISCAL) 
Bom desempenho técnico, baixo custo de 
implantação e manutenção, número reduzido de 
edificações, facilidade na implantação e na produção, 
mobilidade das instalações e REDUÇÃO DO USO DE 
MEDICAMENTOS 
O sistema é caracterizado por manter os animais em 
piquetes, cercados por fios ou telas de arame 
eletrificado. Deve ter sombreamento e abrigos 
• Não é aconselhável o uso desse sistema para 
terrenos com declividade maior de 15% 
• Para o uso da LAMA no SISCAL deve ter um 
bom sistema de drenagem 
SEMI-CONFINAMENTO 
Piquetes para manutenção permanente ou 
intermitente para algumas categorias e confinamento 
para outras. Não é um sistema muito utilizado (antigo) 
CONFINAMENTO 
Todas as fases de criação estão sobre algum tipo de 
piso por cobertura. Alta tecnificação (diminui o custo 
de mão-de-obra), com elevados índices produtivos e é 
necessária uma menor área por animal (aumenta a 
concentração de animais por área), devendo haver 
sistemas para produção, armazenagem e destino de 
dejetos 
• Uso da cama sobreposta 
CAMA SOBREPOSTA (DEEP BEDDING) 
Medida alternativa criada para reduzir os problemas 
de poluição ambiental. Os suínos são criados em leitos 
formado por maravalha ou outro material (serragem, 
palha, casca de arroz, sabugo de milho triturado), 
onde os dejetos são misturados ao substrato e 
submetidos ao processo de compostagem 
Esse sistema exige um modelo de edificação 
totalmente aberto nas laterais, para facilitar a 
CRIAÇÃO E PRODUÇÃO ANIMAL II 
ventilação, sendo o piso constituído por terra 
compactada. Como o processo de compostagem é 
aeróbico, são reduzidas as emissões de amônia e 
odores, bem como ocorre a evaporação da fração 
líquida contida nos dejetos. Aumenta o bem-estar 
animal, principalmente das fêmeas 
A altura do sistema da cama sobreposta varia de 
acordo com o clima da região. No FRIO a altura 
mínima da cama é de 50cm, podendo ser utilizada a 
mesma cama por 3-4 lotes. No CALOR a altura da 
cama deve ser de 25-30cm para que assim, a 
temperatura da cama se mantenha baixa 
 
 
 
 
FASES DE CRIAÇÃO: 
 
 
1.3 – FASE DE CRIA 
A fase de cria é constituída pela UNIDADE DE 
PRODUÇÃO DE LEITÕES (UPL), que consiste nos 
setores de REPRODUÇÃO, GESTAÇÃO e 
MATERNIDADE 
 
 
 
 
A fase de cria é aquela que escolhe o MACHO 
(CACHAÇO) reprodutor, a LEITOA (MARRÃ) que será a 
fêmea de reposição do plantel para reprodução, a 
FÊMEA REPRODUTORA (PORCA) é a fêmea que já foi 
fecundada, ou coberta ou que ainda não pariu ou 
aquela fêmea que apresentou um ou mais partos e, 
por fim, o LEITÃO que fica no setor de maternidade, 
compreendida entre o nascimento e o desmame 
 
 
 
REPRODUÇÃO 
A SELEÇÃO GENÉTICA na propriedade é feita pela 
aquisição de reprodutores de qualidades superiores à 
média do rebanho e/ou fêmeas pré-selecionadas 
1 – REPRODUTORES (CACHAÇO) 
É o animal mais importante do rebanho pela 
transmissão genética rápida 
Sua função no plantel é a de estimular o cio de 
matrizes, do reconhecimento das fêmeas em cio, 
desencadeamento do reflexo de tolerância, detecção 
de prenhes, realização de coberturas e no 
fornecimento de esperma 
A puberdade do macho acontece entre os 4-5 meses 
de vida. Do 4-7° mês de vida ocorre um aumento 
gradativo da qualidade do ejaculado. O macho é posto 
para reprodução a partir dos 8 meses de vida, 
pesando em média 110-140 kg, podendo reproduzir 
até 2-3 anos de idade 
• “SHOCK DE HETEROZE” é viável na produção 
de leitões o nascimento de leitões trecross 
• SELEÇÃO DE REPRODUTORES: pesar no 
mínimo 110kg aos 150 dias de idade, preferir 
uma raça que não que não entrou no 
cruzamento das fêmeas, apresentar bons 
aprumos e não desvios de coluna, apresentar 
os testículos salientes e proporcionais à idade, 
comportamento sexual ativo e pernil 
desenvolvido com boa largura de lombo 
• CARACTERÍSTICAS DO MACHO: dominância 
hierárquica sobre as fêmeas, salivação com 
liberação de feromônios (estimula o cio das 
fêmeas), frequência de urina em pequenas 
quantidades, que pare diante das fêmeas 
durante o manejo, que respeite e obedeça às 
indicações do operador e não tenha 
problemas de casco e articulações 
• CAUSAS DE DESCARTE: excesso de peso, 
aprumos deficientes, claudicação, dificuldade 
mecânica, lentidão na monta, baixa taxa de 
concepção e má formações 
• BAIA: deve ficar próximo às baias das fêmeas 
para propiciar o olfato, visibilidade e audição 
• ALIMENTAÇÃO: deve ser formulado dietas 
específicas para MACHO ANTES DA VIDA 
REPRODUTIVA, CACHAÇO e MACHO 
CASTRADO. A meta da conversão alimentar é 
de 0,150g para cada 0,250g consumidos 
 
MANEJO PRÉ-COBRIÇÃO: 
O início do treinamento de cobertura do macho 
começa aos 7 meses de idade, devendo haver uma 
adaptação de no mínimo 4 semanas antes da sua 
primeira monta 
• MONTA NATURAL: deve ser com uma fêmea 
plurípara, dócil, com RTM e de tamanho 
semelhante ao do macho 
• COLETA: a coleta deve ser feita apenas 
quando o macho já tiver uma experiência. 
Levar o macho com calma até o manequim, 
colocar a fêmea no cio na sua frente e esperar 
a monta 
 
SISTEMA DE ACASALAMENTO: 
MONTA NATURAL LIVRE 
É feito a proporção de um cachaço para oito fêmeas 
(1:8) num período de 20 dias. A vantagem desse 
método é a FACIL DETECÇÃO DE CIO, porém pode 
ocorrer a PREFERÊNCIA de algumas fêmeas pelo 
macho, causando o esgotamento do macho. A 
alternações de machos nesse sistema é ineficiente 
pois impossibilita a determinação da paternidade 
MONTA NATURAL CONTROLADA 
A fêmea é levada até ao macho para que ocorra a 
cópula. Nesse sistema o REGISTRO DE EVENTOS é 
mais eficiente, pois o funcionário está o tempo todo 
acompanhando o processo e anotando o uso do 
macho, o número de coberturas e o desempenho 
reprodutivo 
 
 
2 – MATRIZES (MARRÃ) 
• SELEÇÃO DE MATRIZES: pesar no mínimo 90 
kg aos 150 dias de idade, nascer de uma 
leitegada numerosa, possuir pelo menos 7 
pares de tetas funcionais, não ter irmãos com 
defeitos congênitos, ter vulva de tamanho 
proporcional à idade, ter bons aprumos e não 
apresentar desvio de coluna e ter bom 
comprimento e profundidade 
 
 
 
 
MANEJO DA FÊMEA DE REPOSIÇÃO: 
A PRÉ-PUBERDADE da fêmea se inicia entre os 70-80 
dias de idade até o primeiro cio. A PUBERDADE é 
entre os 5-6 meses de idade OU quando a fêmea 
atinge o peso de 90-120 kg 
Mesmo a fêmea entrando no cio com 5-6 meses, 
aconselha-se o início da vida reprodutiva quando após 
7 meses de vida e com ECC >125 kg e partir do 2°-3° 
cio 
A taxa de reposição anual de matrizes é de 40-50%. A 
porcentagem de reprodução da fêmea diminui depois 
do 5-6° parto, após isso, descarte• Quando a fêmea estiver em pré-púbere 
deverá ser incluída em BAIAS COLETIVAS para 
estimular o próprio cio e das outras fêmeas, 
essa adaptação deve ser num período de 30 
dias com grupos de 6-10 leitões por baia pois 
facilita o manejo e permite o contato do 
macho com cada uma das leitoas pré-púberes 
ESTÍMULOS PARA INÍCIO DA VIDA REPRODUTIVA: 
• Iniciar o estímulo do cio após 5 meses de 
idade e, até então, não permitir o contato 
direto ou indireto das leitoas com os machos 
• Utilizar um macho com alta libido, dócil, não 
muito pesado, com mais de 10 meses de 
idade. Fazer assim, o rodízio de machos para o 
estímulo e detecção do cio 
FATORES QUE INTERFERME NO APARECIMENTO DA 
PUBERDADE DA FÊMEA: 
GENÓTIPO 
• Consanguinidade provoca atraso do 
aparecimento da puberdade. Animais 
cruzados têm a sua puberdade antecipada 
• Raça x tamanho corporal x puberdade 
ALOJAMENTO 
• Marrãs criadas em baias coletivas têm a sua 
´puberdade antecipada 
PRESENÇA DE MACHO 
• Antecipa a puberdade através do estímulo 
sexual. Combinar a baia coletiva das fêmeas 
com a baia do macho (pode anteceder a 
puberdade em até 15 dias) 
• O contato “FOCINHO A FOCINHO” entre 
machos e fêmeas é a melhor maneira de 
estimular o cio. Fazer 2x/dia 
CONDIÇÃO CLIMÁTICA 
• São sensíveis ao estresse térmico 
• 16-22°C 
NUTRIÇÃO 
• A dieta deve ser balanceada e deve atender as 
exigências da fêmea. Fêmea má nutrida ou 
com excesso de energia tem a sua puberdade 
atrasada 
 
ESTÍMULOS POSITIVOS À PRIMEIRA COBERTURA: 
CONTATO COM O CACHAÇO 
• O cachaço produz feromônios em sua 
salivação, deixar a fêmea ter esse contato 
direto com ele. Fazer rotação de cachaços 
TRASPORTE DE FÊMEAS 
• Eficiente em fêmeas com mais de 150 dias de 
idade. A fêmea é transportada e introduzida 
em outras granjas, podendo entrar no cio 
entre 4-7 dias 
MISTURA DE LOTES 
• Pode ser a transferência de uma baia ou a 
transferência de um lote para uma nova baia 
 
ALIMENTAÇÃO: 
• DIETA DE CRESCIMENTO: de 2,5 a 3 kg de 
alimento por dia, varia com o lote 
• ANTES DA COBRIÇÃO: 2 tratos por dia por até 
2 semanas 
• FLUSHING: procedimento caracterizado por 
um aumento no consumo de energia das 
marrãs, por um período de 10-15 dias, antes 
da cobertura ou da IA. Essa técnica aumenta a 
porcentagem de fecundidade da fêmea, por 
melhorar a qualidade dos oócitos e 
embrionárias 
 
DETECÇÃO DO CIO 
REFLEXO DE TOLERÂNCIA AO HOMEM (RTH) 
• Usado quando o tratador observou se houve 
ou não RTM 
• O tratador deve fazer pressão na região da 
lombar da fêmea (dorso e flanco) e observar 
se elas ficam imóveis 
 
REFLEXO DE TOLERÂNCIA AO MACHO (RTM) 
• Devem ser introduzidos machos nas baias das 
fêmeas (quando em baias coletivas) ou passar 
com o macho na frente das fêmeas (baia 
individual) 
• O macho irá estimular as fêmeas pela 
presença visual, pelo odor, pelo som e com 
isso, a fêmea demonstrará interesse 
• SINAIS DA FÊMEA: RTM (a fêmea se mantém 
imóvel na presença do macho), orelha eretas, 
urinam com frequência, perda de apetite, 
vulva edemaciada e secreção vaginal 
 
 
GESTAÇÃO 
O manejo durante o período de gestação das fêmeas 
é vital para o bom desenvolvimento das leitegadas e, 
consequentemente, para que os criadores obtenham 
bons resultados, menos perdas e melhores animais 
O setor de gestação deve ser um ambiente calmo, 
preservado e silencioso. Nessa fase estarão as fêmeas 
confirmadas pelo diagnóstico de gestação. A gestação 
dura 113 dias (3 meses, 3 semanas e 3 dias) 
FASES DA GESTAÇÃO: 
1 – EMBRIONÁRIA 
• 17-24 dias após a fecundação. Nessa fase as 
perdas embrionárias acontecem muito 
facilmente. Deve ter o mínimo de estresse 
possível e dieta para fêmea gestante 
2 – FETAL 
• Fase pós embrionário que vai até o parto. 
Fase que ocorre o maior desenvolvimento do 
feto e das glândulas mamárias da fêmea 
OBJETIVOS DA GESTAÇÃO: 
• Manter o ECC das fêmeas, nascer mais de 10 
leitões vivos e com bom peso, garantir 
adequado consumo da lactação, garantir o 
estado sanitário da fêmea e desenvolvimento 
da glândula mamária 
 
 
SISTEMA DE ALOJAMENTO: 
A fêmea fica nos alojamentos até a 1° semana antes 
do parto, na última semana, elas são transferidas para 
o setor de maternidade 
 
 
1 – CELA INDIVUAL 
É uma gaiola estreita e longa, com bebedouro e 
comedouro. A partir do 1° mês de gestação, 
permanecendo até 4-7 dias antes do parto 
• VANTAGENS: alimentação individualizada, 
fácil supervisão e evita brigas 
• DESVANTAGENS: alta incidência de 
estereotipias, conduta apática, interações 
sociais mal resolvidas, lesões nos pés e 
pernas e infecções urinárias em decorrência 
ao baixo consumo de água e movimentos 
reduzidos 
 
2 – BAIA COLETIVA 
Pode ser formada por grupos pequenos, médio ou 
grandes de fêmeas a partir do 2° mês de gestação 
• VANTAGENS: interação entre os animais, 
redução do estresse, dos problemas sanitários 
e de estereotipias 
• DESVANTAGENS: desafios nutricionais com 
relação ao piso, eventual aumento de 
problemas locomotores, aumento de brigas e 
desafios relacionados a competição por 
alimento 
 
 
SISTEMA ESTACIONÁRIO 
Sistema utilizado para aumentar a HOMOGENEIDADE 
do grupo, as fêmeas deverão ter características 
parecidas, podendo ser utilizada vários tipos de 
alimentação 
• Não adicionar novas fêmeas após a formação 
do grupo 
• Em caso de aborto, doença ou morte de 
matriz, não poderá haver reposição da fêmea 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DINÂMICO 
Grupo de fêmeas maiores (60-200). Permite a retirada 
e introdução de fêmeas a qualquer momento 
Esse sistema facilita a mistura de animais, mesmo que 
estejam em diferentes períodos de gestação, porém, 
nunca introduzir uma fêmea sozinha, sempre em 
grupo 
• Formam subgrupos sociais (minimiza as 
interações negativas) 
• A incidência de brigas é maior 
• Introduzir fêmeas com características 
parecidas 
• ZONA DE FUGA: lugar da baia que diminui a 
interação das fêmeas (zona de refúgio) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO DAS FÊMEAS GESTANTES: 
A frequência na avaliação é importante porque em 
cada uma dessas circunstâncias, individualmente, 
cada fêmea apresenta um índice de ECC 
ECC 
• Os índices de 1 e 5 não devem aparecer em 
nenhuma fase reprodutiva da fêmea 
• Ao desmame, as matrizes jovens nunca 
devem apresentar o ECC 2 
• Durante a gestação, gradativamente o ECC 
deve aumentar de 3 até atingir o 4 na fase 
final da gestação 
• O índice 5, quando ocorre com frequência na 
fase final da gestação, indica que o plantel 
está sendo alimentado além da necessidade 
 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ECC: 
MÉTODOS OBJETIVOS 
• US para espessura da gordura dorsal 
• Caliper 
MÉTODOS SUBJETIVOS 
• Estimativa de peso e ECC pela palpação na 
base da cauda, quadris e costelas 
 
ALIMENTAÇÃO DAS FÊMEAS GESTANTES: 
As fêmeas devem ser alojadas em grupos por idade de 
gestação, e a sua alimentação deve ser feita no 
mesmo horário 
As fêmeas devem ser alimentadas com uma boa 
quantidade de volumoso para acalmar a fome e a 
necessidade de mastigação 
• Identificas as fêmeas submissas na hierarquia 
(não conseguem ter acesso ao alimento) 
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO: 
MANUAL 
• Utilizados canecas previamente pesadas 
AUTOMÁTICOS 
• Estações eletrônicas de alimentação 
 
 
 
FASES DE ALIMENTAÇÃO DA FÊMEA GESTANTE: 
1° FASE: COBRIÇÃO E ATÉ 6-7 DIAS 
• A fêmea está em estro, então o seu consumo 
de alimento será reduzido 
• Não sobrealimenta-las (mortalidade 
embrionária) 
2° FASE: 6-7 dias até 30 DIAS DE GESTAÇÃO 
• Recuperação do ECC 
• As fêmeas podem ter 3 níveis de alimentação 
nessa fase. PORCAS COM ECC <2, PORCAS 
COM ECC 2-3 e PORCAS SEM PERDA DE PESO 
ou OBESAS 
• ERROS COMUNS: não classificar as porcas por 
ECC e alimentar em conformidade, limitar a 
quantidade de recuperação e sobrealimentar 
as porcas que não perderam ECC 
3° FASE: 30-90 DIAS DE GESTAÇÃO 
• ManterECC, início do desenvolvimento 
muscular dos leitões, das glândulas mamárias 
da fêmea e de possível acúmulo de gordura 
4° FASE: APÓS 90 DIAS DE GESTAÇÃO 
• Maximizar o crescimento do feto (duplicam o 
tamanho) e preparação do parto e fase pós-
parto 
• Diminuição do fornecimento de energia 
(sustentar as necessidades no período de 
lactação) 
• BUMP FEEDING: é justificado por apresentar 
em geral gordura suplementar e isso aumenta 
a produção de leite e o conteúdo de gordura 
no colostro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERNIDADE 
Esse setor visa o AUMENTO DA PRODUTIVIDADE pelo 
número de leitões nascidos e desmamados por porca 
ao ano. Os leitões devem nascer em nascer 
padronizados (UNIFORMIDADE) 
 
OBEJTIVOS: 
• ↓ da ocorrência de diarreia (a diarreia deixa o 
leitão menos funcional) 
• ↑ no GPD dos leitões (>0,200 kg/dia) 
• Tolerância de 5% na taxa de mortalidade 
(evitar esmagamento) 
• Leitões homogêneos ao desmame. Cada porca 
deve conseguir amamentar em média 11 
leitões 
• Leitões a baixo da média (até 5%) por 
respeitar suas características individuais 
 
PERDA DE LEITÕES: 
1 – NATIMORTOS 
Consequência do alto número de nascidos nas 
leitegadas 
• Distocia fetal, obesidade e má 
termorregulação 
2 – MORTE DE LACTANTES 
Esmagamento por fome, frio e refugagem 
• Os leitões nascem com o centro de 
termorregulação afuncional, além de 
nascerem anêmicos e hiperglicêmicos 
 
INSTALAÇÕES: 
Deve haver dois ambientes distintos, um para as 
PORCAS (18°C) e outra para os LEITÕES (34°C), 
reduzindo-se 2°C por semana até o desmame 
TIPO DE INSTALAÇÕES: 
1 – BAIA MATERNIDADE 
Piso dividido em liso e ripado com barras de ferro nas 
laterais (previne 40% da taxa de esmagamento) 
• Tipo de instalação mais confortável para a 
porca, porém aumenta a taxa de mortalidade 
é alta (mesmo com uso das barras) 
• ESCAMATEADOR (propicia um ambiente de 
conforto para a leitegada a partir do fácil 
aquecimento e proteção) 
2 – CELA PARIDEIRA 
Nessa instalação a porca tem seus movimentos 
limitados, tem uma área de piso para a porca e uma 
área de piso ripado para o controle dos dejetos 
• Previne 100% a taxa de mortalidade 
 
RECEPÇÃO DAS MASTRIZES: 
A maternidade deve ser um ambiente limpo, seco e 
calmo, na recepção das matrizes acontece o manejo 
chamado VAZIO SANITÁRIO (“ALL IN ALL OUT”), que 
consiste numa LIMPEZA PROFUNDA do ambiente, 
com duração de 5 dias para reduzir a pressão infectiva 
e a transmissão de agentes patogênicos entre os 
animais de diferentes linhadas, bem como, melhorar o 
desempenho dos animais e diminuir o uso de 
medicamentos 
ETAPAS DO VAZIO SANITÁRIO 
• LIMPEZA SECA: remoção das fezes e restos de 
alimentos 
• LIMPEZA ÚMIDA: água sobpressão, 
detergente e desinfetantes 
• VASSOURA DE FOGO 
As matrizes deverão passar por um processo de 
adaptação no novo ambiente, e assim, se acostumar 
com o tipo de piso, troca de dieta, modo de 
contenção e temperatura, esse processo tem a 
duração de 7 dias pré-parto 
• Banho acaricida e sarnicida 
• Vacina para COLIBACILOSE 3 semanas antes 
do parto (aumenta a imunidade colostral) 
• Lavagem do ventre e úbere com água morna e 
sabão (previne a contaminação dos leitões ao 
nascer) 
• TÁBUA DE MANEJO 
 
 
TIPOS DE LOTES: 
LOTE DE MARRÃNS 
Lote apenas com marrãns, o que melhorar a 
observação de cada uma (crescimento e adaptação) 
LOTE DE MULTÍPARAR E MARRÃNS 
Facilita a aprendizagem das iniciantes 
 
 
MANEJO DO PARTO: 
O início do parto é marcado pela secreção de leite (6 
horas pré-parto), liberação da secreção mucosa do 
tampão da cérvix e do início das contrações 
abdominais frequentes e vigorosas 
Assistir ao parto reduz em até 10% o índice de 
mortalidade dos leitões 
Geralmente não se deve interferir no parto (apenas se 
a fêmea não conseguir expulsar os leitões) 
• INÍCIO DO PARTO: limpeza do úbere 
(desinfetante à base de iodo) antes de colocar 
os leitões para mamar (prevenção de 
diarreias) 
• DURAÇÃO DO PARTO (2-6h): os intervalos de 
nascimento são de 15min (mais que isso é 
caracterizado como parto distócico), no final 
do parto ocorre a liberação da placenta (até 
1h após o último leitão nascer) 
• INTERVENÇÃO NO PARTO: massagear o 
aparelho mamário da porca, inverter a 
posição em que a porca estiver deitada, toque 
vaginal, aplicação de ocitocina (a porca não 
apresenta contrações uterinas) e introduzir no 
canal vaginal uma mão enluvada para 
exploração dos leitões (retirar os leitões) 
• CUIDADO COM A FÊMEA APÓS O PARTO: 
levantar as fêmeas após 6h decorrido do final 
do parto, fornecer água e começar com o 
programa de alimentação e aferir a 
temperatura corpórea pelo menos uma vez 
durante 3 dias 
CUIDADO COM OS LEITÕES: 
Logo após o parto, deve-se garantir o rápido ganho do 
calor do leitão e o direcionar para ingestão de colostro 
Marcar a sequência do nascimento dos leitões para 
facilitar a organização de mamadas 
• LIMITE CRÍTICO: o período crítico do leitão é 
nas primeiras 72h pós nascimento, o limite de 
conforto térmico para o leitão recém-nascido 
é de 29°C, temperatura mais baixas que isso 
gera menor ingestão de colostro e hipotermia 
• PRIMEIROS CUIDADOS: limpar e enxugar (pó 
secante) os leitões, corte e desinfecção do 
umbigo, marcação por cor, fornecimento de 
glicose para os mais fracos, orientação das 
primeiras mamadas, alimentação artificial (se 
necessário) e identificação 
• FORNECIMENTO DE CALOR: abrigo 
escamoteador após a amamentação 
• PREVENÇÃO À ANEMIA FERROPRIVA: o leitão 
neonato de granjas é um ser anêmico (em 
SISCAL não necessita de adm de ferro) 
• MAMADA DO COLOSTRO: garantir a máxima 
ingestão de colostro nas primeiras 6h de vida 
para garantir o recebimento de imunidade (a 
primeira mamada deve ocorrer 10-15 min 
após o parto) 
• LEITE SUPLEMENTAR: usado quando a porca 
não consegue atender à exigência nutricional 
• UNIFORMIZAÇÃO PÓS-PARTO: número de 
leitões adequado à capacidade de 
amamentação da porca através do número de 
tetos viáveis (a maioria dos leitões deve ficar 
com a mãe biológica) 
• RAÇÃO PRÉ-INICIAL: ração acrescida com 
sucedâneo 
• CASTRAÇÃO: não é permitido o abate de 
machos inteiros pelo ODOR SEXUAL, podendo 
ser cirúrgica ou imunológica 
• VACINAÇÃO 
• DESGASTE DOS DENTES: nascem com dentes 
pontiagudos, que podem machucar o próprio 
leitão ou a mama da mãe 
• CORTE DE CAUDA: cortar o terço final da 
corda pelo aumento da prevalência de 
canibalismo 
• DESMAME: entre 21-28 dias 
 
TRANSFERÊNCIA PÓS-PARTO: 
Consiste na transferência dos leitões recém-nascidos 
de acordo com a sua necessidade 
1 – UNILATERAL (MÃE-DE-LEITE) 
A matriz adota todos os leitões 
• Usada em casos de: morte da mãe, agalactia, 
refúgio ou pequena leitegada 
2 – CRUZADA (UNIFORMIZAÇÃO DA LEITEGADA) 
A matriz alimenta até 30% de leitões que não vieram 
dela 
• Usada para equalização de peso, sexo ou em 
leitegadas muito numerosas 
 
 
 
CUIDADOS COM A MATRIZ: 
O sucesso da maternidade consiste em dar condições 
para que a matriz produza o máximo de leite e perca o 
mínimo possível de ECC, influenciando diretamente na 
viabilidade, sanidade, peso dos leitões e no número 
de leitões nascidos no ciclo subsequente 
• LACTAÇÃO: balancear limitação de consumo e 
demanda nutricional alta 
• DIETA: no dia parto não fornecer ração 
apenas água e no dia seguinte ao parto, 
oferecer 2kg de ração, e assim, aumentar 
gradativamente 
• VACINAÇÃO 
 
1.4 – FASE DE RECRIA 
A fase de recria está representada pelo setor da 
UNIDADE CRECHE e pelo setor da UNIDADE DE 
TERMINAÇÃO que é dividida em CRESCIMENTO e 
ENGORDA 
UNIDADE DE CRECHE (UC) 
Fase que começa com o desmame com duração de 8-
10 semanas (65-70 dias) 
A primeira semana pós-desmame é uma das mais 
difíceis para os leitões recém-chegados pela mudança 
da dieta líquida para a sólida, além da mudança de 
ambiente, o começo deuma hierarquia social e 
diarreias pela variação de temperatura no local 
• É nessa fase que os leitões têm condições 
para expressar o seu potencial genético (GP e 
CA) 
ALOJAMENTO: 
Os leitões recém-chegados poderão ficar em dois 
tipos de alojamento, ou na BAIA SUSPENSA ou em 
BAIAS COLETIVAS DE PISO COMPACTADO 
• BAIA SUSPENSA: menor número de leitões, 
eles ficam suspenso no ar, diminui o índice de 
doenças e de mais fácil manejo 
• BAIAS COLETIVAS: maior número de leitões 
TEMPERATURA: 
O conforto dos animais está diretamente relacionado 
com o aumento do consumo e do GP 
• Tomar cuidado com as amplitudes térmicas e 
concentração de gases (amônia) para a 
disseminação de doenças respiratórias 
• O controle da temperatura deve ser feito 
através de termômetros de temperatura 
mínima e máxima 
• LEITÕES AMONTOADOS: demonstram 
desconforto e sensação de frio 
• LEITÕES OFEGANTES/ESPALHADOS: 
demostram sensação de calor excessivo 
ALIMENTAÇÃO: 
• COMEDOUROS DO TIPO CALHA, podendo ser 
de abastecimento MANUAL ou AUTOMÁTICO 
• BEBEDOUROS do tipo CONCHA (mais viável) 
ou NIPPLE (baixo consumo de água) 
FATORES RELACIONADOS COM O PESO DE SAÍDA DA 
CRECHE: 
• Desempenho da 1° semana 
• Correlação entre o consumo de água na 1° 
semana 
TRANSFERÊNCIA PARA A TERMINAÇÃO: 
• No final da creche, uniformizar o lote e 
transferir para UT 
• As trocas de ração devem ser gradativas, pois 
podem causar diarreia 
• Tratamento contra vermes, sarna e piolhos 
• GP final = 20-30 kg 
 
 
UNIDADE DE TERMINAÇÃO (UT) 
Essa unidade é constituída pela FASE DE 
CRESCIMENTO que se inicia após a creche (aos 70 dias 
e 25 kg) até os 50-60 kg (até 120 dias) e a FASE DE 
TERMINAÇÃO, fase subsequente ao crescimento que 
estende até o abate, podendo estar com o peso 
variável (100-20kg) 
Na fase de crescimento e engorda os suínos deverão 
estar em grupos de 10 a 20 com tamanho uniforme, 
devendo evitar a superlotação, pisos molhados e 
ventilação inadequada 
As instalações devem estar sempre higienizadas, a 
temperatura é diferente para cada fase, no 
crescimento (18-20°C) e na terminação (15-20°C), a 
alimentação nessas fases é À VONTADE, na qual deve 
ter bebedouros (1:10 animais) e comedouros (1 boca: 
3-4 animais) 
 
 
AMBIÊNCIA: 
• A temperatura é proporcional ao peso 22-
23°C nas primeiras semanas e 18°C ao final da 
fase, devendo conter cortinas, forros e 
ventiladores e plantio de árvores e grama ao 
redor das instalações 
• Para cada grau acima destes valores o 
consumo reduz 1% no crescimento e 2% para 
a terminação 
• É importante facilitar a dissipação do calor, 
renovação do ar e retirada de gases tóxicos e 
da poeira de dentro das instalações 
 
ALOJAMENTO: 
O piso das baias pode ser TOTALEMNTE RIPADO ou 
2/3 COMPACTO e 1/3 RIPADO ou LÂMINA D’ÁGUA 
• PISO TOTALMENTE RIPADO: é o mais 
indicado para regiões quentes, porém é de 
custo mais elevado 
• PISO PARCIALMENTE RIPADO: constituído 
30% da área do piso da baia ripado sobre 
fosso, é construído em vigotas de concreto e o 
restante da área do piso (70%) compacto em 
concreto 
• LÂMINA D’ÁGUA: melhora o bem-estar do 
suíno. Eles utilizam o local com água, para 
urinar e defecar, além de amenizarem as 
trocas térmicas através da lâmina, otimizando 
também a eliminação dos gases formados 
pela fermentação das fezes dentro das 
instalações, evitando a presença de moscas e 
favorecendo desta forma o conforto dos 
animais 
 
MANEJO ALIMENTAR: 
• ALIMENTAÇÃO À VONTADE NO 
CRESCIMENTO: deve aproveitar ao máximo a 
boa conversão alimentar e a alta deposição de 
carne magra e baixa deposição de gordura. 
Recomendável que esses animais recebem 
ração úmida à vontade para estimular o 
consumo 
• RESTRIÇÃO ALIMENTAR NA ENGORDA: pois é 
possível manter o mesmo peso ao abate e 
reduzir em 15-20kg da ração 
consumida/suíno, assim, melhora a eficiência 
alimentar, reduz a deposição de gordura na 
carcaça e as quantidades de efluentes 
MANEJO SANITÁRIO: 
• LIMPEZA/DESINFECÇÃO/VAZIO 
SANITÁRIO: quebra o ciclo de agentes e 
iniciar os lotes com uma baixa pressão de 
infecção 
• VACINAÇÃO/MEDICAÇÃO 
 
MANEJO PRÉ-ABATE: 
• JEJUM: Ausência de alimentos sólidos e dieta 
hídrica (à vontade) 
• EMBARQUE: é o ponto crítico do pré-abate, 
os animais não estão acostumados com as 
condições de transporte e seus 
procedimentos. Algumas normas de 
biossegurança como o “all in, all out” são 
utilizadas no caminhão, além de sua 
desinfecção 
• TRANSPORTE: diminuir os ruídos e odores 
desconhecidos, não deve ter mudanças 
súbitas de velocidades ou de temperatura, 
alterações de espaço social e físico e interação 
com o homem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 – AVICULTURA DE POSTURA 
2.1 – SELEÇÃO GENÉTICA 
BISAVÓS 
De origem nacional ou importada, podendo ser de 
órgãos públicos ou privados que visam a pesquisa da 
melhoria genética 
AVOZEIROS 
Obtenção de ovos das linhagens (bisavós), assim, 
produzem as avós que passam pelo processo de 
cruzamento para a geração de matrizes 
 
MATRIZEIROS 
Matrizes são cruzadas para gerarem os ovos que 
serão enviados aos incubatórios 
 
INCUBATÓRIOS 
São chocados os ovos, dando origem aos pintainhos 
 
 
 
2.2 – FATORES QUE INFLUENCIAM A PRODUÇÃO DE 
OVOS 
PADRÃO GENÉTICO 
A produção máxima de ovos de alta qualidade se 
inicia com um controle restrito de programa de raças 
que se caracteriza fatores genéticos favoráveis 
 
IDADE DAS AVES NA FASE MADURA DA POSTURA 
Embora a postura precoce resulta em maior 
quantidade de ovos, a maturidade precoce resulta em 
muitos ovos pequenos 
 
RESISTÊNCIA À DOENÇAS 
Raças selecionadas, em geral, são mais resistentes 
devendo ser associadas a planos de vacinação e 
sanitização das instalações 
 
CONTROLE DE ILUMINAÇÃO 
Importância fundamental tanto durante o 
crescimento e os períodos de postura, a iluminação 
controlada e de baixa intensidade, desse ser utilizada 
para desenvolver a maturidade sexual 
A intensidade da luz tem influência direta na 
produção de ovos, por isso, o seu ajuste contribui 
para a produção de ovos 
 
CONDIÇÕES AMBIENTAIS 
Os galpões devem ser mantidos a temperaturas de 
14-26°C, com umidade relativa entre 40-60% 
 
 
 
TROCA DE PENAS 
A muda das penas é um evento normal para todas as 
espécies de aves. No envelhecimento das aves, a 
quantidade de ovos é diminuída e, entre 18-20 meses 
de idade, a muda de penas ocorre e a produção de 
ovos cessa 
Na maioria das granjas comerciais, as aves são 
VENDIDAS para abate por ocasião da muda. No 
entanto, algumas granjas mantêm no plantel as AVES 
EM MUDA DE PENAS para um período de descanso 
de 4-8 semanas 
 
GALPÕES 
Devem ter a dimensão compatível com a produção, 
construídos com materiais adequados, suprimento de 
água e ração, ventilação e instalação elétrica e esgoto 
 
ALIMENTAÇÃO 
As rações são balanceadas para assegurar a saúde das 
aves, bem como a produção de ovos de ótima 
qualidade. As rações das aves devem conter os 
mesmos tipos de aditivos aprovados para a 
alimentação humana (antioxidante e inibidores de 
fungos), o uso de hormônios não é permitido 
O consumo da ração depende do tamanho da ave, da 
velocidade de produção de ovos, da temperatura nos 
galpões e do nível energético da alimentação 
A qualidade do ovo é afetada pelo tipo de 
alimentação. A RIGIDEZ DA CASCA (quantidade de 
vitamina D e cálcio), DEFICIÊNCIA NA VITAMINA A 
(pontos de sangue), COR DA GEMA (pigmentação da 
ração) e TAMANHO DO OVO (aminoácidos) 
 
2.3 – O OVO 
2.4 – MANEJO DE INCUBATÓRIO 
1- NASCIMENTO DE OVOS FÉRTEIS 
As incubadoras não exercem influência sobre a 
fertilidade do ovo, é importante também considerar a 
eclodibilidade dos ovos férteis além do nascimento. A 
ECLODIBILIDADE DOS OVOS FÉRTEIS leva em 
consideração tanto a FERTILIDADE DO LOTE como 
também o NASCIMENTO 
A porcentagem padrão de fertilidadee a 
eclodibilidade dependem da IDADE DAS MATRIZES 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- MANEJO DO OVO INCUBÁVEL 
Somente se conseguem ÓTIMOS NASCIMENTOS e 
PINTINHOS DE QUALIDADE quando se mantém o 
OVO EM ÓTIMAS CONDIÇÕES 
 
OVOS GERADOS NO CHÃO: 
O uso de ovos de chão REDUZ O NASCIMENTO. Eles 
devem ser recolhidos e acondicionados 
separadamente dos ovos produzidos nos ninhos e 
identificados 
 
RACHADURAS: 
Prevenir rachaduras, sempre manusear os ovos com 
cuidado 
 
CUIDADOS COM OS OVOS INCUBÁVEIS: 
Colocar os ovos incubáveis com cuidado na bandeja 
da máquina incubadora ou bandeja de transporte. A 
extremidade mais fina deve ser colocada pra baixo 
 
ALOCAÇÃO DOS OVOS: 
Guardar os ovos numa câmara separara com controle 
de umidade e temperatura 
 
REMOVER E DESCARTAR OVOS NÃO APTOS PARA 
INCUBAÇÃO: 
• Sujos 
• Quebrados 
• Pequenos, muito grandes ou de gema dupla 
• Casca frágil e ovos deformados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3- ARMAZENAMENTO DE OVOS 
Os ovos devem ser recolhidos dos galpões e 
ENVIADOS PARA O INCUBATÓRIO 2X NA SEMANA 
Existem três áreas de armazenamento, DEPÓSITO DE 
OVOS NO GALPÃO, TRANSPORTE e o DEPÓSITO DE 
OVOS NO INCUBATÓRIO 
É importante que todos estes ambientes tenham 
CONDIÇÕES SEMELHANTES PARA EVITAR 
MUDANÇAS BRUSCAS DE TEMPERATURA/UMIDADE 
que possam causar a CONDENSAÇÃO dos ovos ou 
RESFRIAMENTO/AQUECIMENTO 
 
 
 
 
 
 
Calcula-se a porcentagem de nascimento 
dividia pela porcentagem da fertilidade, 
multiplicando por 100 
4- CONDIÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO DE OVOS 
Existem uma relação TEMPO DE ARMAZENAMENTO e 
o CONTROLE DA TEMPERATURA/UMIDADE para uma 
MELHOR TAXA DE NASCIMENTO 
➢ Quanto mais tempo os ovos ficarem 
estocados, mais baixa deve ser a temperatura, 
e vice-versa 
 
5- EFEITOS DO ARMAZENAMENTO DE OVOS 
O ESTOQUE PROLOMGA O TEMPO DE INCUBAÇÃO 
Para cada dia de armazenamento, adicionar uma hora 
ao tempo de incubação (ovos frescos e ovos em 
estoque devem ser programados em tempos 
diferentes) 
 
ECLODIBILIDADE DIMINUI CONFORME SE PROLONGA 
O TEMPO DE ARMAZENAMENTO 
Esse efeito aumenta à medida que se estende o 
tempo de armazenamento 
 
QUALIDADE DO PINTINHO 
A qualidade do pintinho será comprometida e, 
consequentemente, o peso do frango de corte que 
resultará deste pintinho 
 
TROCA DE GASES 
A troca de gases ocorre através dos POROS DA CASCA 
DO OVO, ocorre durante o ARMAZENAMENTO. O 
dióxido de carbono se dispersa para fora do ovo e sua 
concentração diminui rapidamente durante as 
primeiras 12h após a postura. Os ovos também 
perdem umidade durante o armazenamento 
A perda de dióxido de carbono e umidade contribui 
para a DIMINUIÇÃO DE NASCIMENTO e da 
QUALIDADE DO PINTINHO após estoque 
 
 
 
 
 
 
5- INCUBAÇÃO DOS OVOS 
Para evitar o CHOQUE TÉRMICO DO EMBRIÃO e a 
consequente condensação na casca, os ovos devem 
ser retirados da sala e preaquecidos antes de incubar 
 
6- FATORES QUE INFLUENCIAM O TEMPO TOTAL DE 
INCUBAÇÃO DOS OVOS 
TEMPERATURA DE MÁQUINA: 
É a mesma para todas as incubadoras, entretanto, 
para conseguir fazer a retirada de pintinhos em um 
determinado tempo, pode-se modificar o TEMPO NO 
QUAL OS OVOS SÃO INCUBADOS, dependendo da 
IDADE e TAMANHO DOS MESMOS 
O CONTROLE DA TEMPERATURA determina o GRAU 
DE VELOCIDADE DO METABOLISMO DO EMBRIÃO e, 
consequentemente, seu GRAU DE 
DESENVOLVIMENTO 
 
IDADE DOS OVOS: 
Ovos que foram submetidos ao armazenamento 
necessitam levam mais tempo de incubação. Para 
ovos armazenados por mais de 6 dias é preciso 
adicionar 1h para cada dia a mais de estoque 
 
TAMANHO DO OVO: 
Ovos grandes necessitam de mais tempo de 
incubação 
 
7- OPERAÇÃO DA MÁQUINA INCUBADORA 
VENTILAÇÃO: 
As máquinas de incubação extraem ar fresco da 
própria sala de incubação. Esse ar fresco fornece a 
umidade e o oxigênio necessário para manter a 
correta umidade relativa. O ar que sai da máquina 
remove o excesso de dióxido de carbono e de calor 
produzido pelos ovos 
 
 
 
 
 
 
UMIDADE: 
Durante o processo de incubação, o OVO PERDE 
UMIDADE através dos poros da casca. A velocidade 
em que o ovo perde umidade depende do 
NÚMERO/TAMANHO DOS POROS DA CASCA e, 
também da % DA UMIDADE DO AMBIENTE 
 
 
VIRAGEM: 
Os ovos devem ser virados durante o tempo de 
incubação. Isto deve ser feito para PREVENIR A 
ADERÊNCIA DO EMBRIÃO À MEMBRANA DA CASCA 
DO OVO, principalmente durante a primeira semana 
de incubação. A viragem também ajuda no 
desenvolvimento das membranas embrionárias 
À medida que o embrião se desenvolve e aumenta sua 
capacidade de produzir calor, a viragem constante 
ajuda na CIRCULAÇÃO DO AR e AUXILIA NA 
REDUÇÃO DA TEMPERATURA 
 
8- TRANSPARÊNCIA DOS OVOS 
Aos 18-19 dias, os ovos são transferidos da máquina 
incubadora para as BANDEJAS DOS NASCEDOUROS 
Isso ocorre porque os ovos deixados de lado para 
FACILITAR O MOVIMENTO LIVRE DO PINTINHO AO 
NASCER e porque ajuda na HIGIENE DURANTE O 
NASCIMENTO (grande quantidade de penugem) 
 
9- FATORES QUE INFLUÊNCIAM O TAMANHO DOS 
PINTINHOS 
TAMANHO DO OVO: 
O tamanho do ovo é o fator que determina o tamanho 
do pintinho. O peso do pintinho normalmente 
corresponde 66-68% do peso do ovo 
 
DIMINUIÇÃO DO PESO DO OVO DURANTE O 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
Isso ocorre devido à PERDA DE UMIDADE, o que 
contribui também para uma variação no peso de 
pintinhos nascidos de ovos do mesmo tamanho 
 
TEMPO DE NASCIMENTO E RETIRADA DO PINTINHO: 
Isso também afeta o PESO FINAL DO PINTINHO. O 
tempo de permanência dentro da máquina 
nascedouro tem um efeito maior sobre o peso do 
pintinho do que a temperatura mais baixa na sala de 
pintinhos ou dentro do caminhão de transporte 
 
 
10 - RETIRADA DO PINTINHO E PROCESSAMENTO 
Os pintinhos estão prontos para serem retirados 
quando a maioria deles está SECA e COM PENUGEM 
(mais ou menos 5%) ainda apresentando pescoço 
úmido 
Deixas os pintinhos além do tempo necessário dentro 
da máquina nascedouro causa desidratação 
 
11- SEXAGEM DE FRANGOS DE CORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12- JANELA DE NASCIMENTO 
Nem todos os pintinhos nascem ao mesmo tempo e 
quanto maior for o prazo entre o nascimento do 
primeiro pintinho e do último, pior será a qualidade 
geral do lote 
É o intervalo entre o primeiro e o último pinto 
nascido. A melhor janela de nascimento é aquela com 
MENOR INTERVALO DE TEMPO (entre os primeiros e 
os últimos) e aquele com MAIOR CONCENTRAÇÃO DE 
NASCIMENTOS 
Quando os ovos eclodem CEDO DEMAIS, os pintos 
tornam-se suscetíveis a problemas como a 
DESIDRATAÇÃO 
Quando os ovos eclodem TARDE DEMAIS, o resultado 
pode se traduzir em BAIXA ECLODIBILIDADE, 
problemas de QUALIDADE DOS PINTOS, AUMENTO 
DO NÚMERO DE OVOS BICADOS e ovos com 
EMBRIÕES VIVOS NÃO-NASCIDOS 
 
 
 
 
 
 
 
13- SELEÇÃO DOS PINTINHOS 
PINTOS DE PRIMEIRA: umbigo, membros, tamanho, 
bico, plumagem normais 
PINTOS DE SEGUNDA 
PINTOS DE REFUGO: mortos, malformados ou não 
saíram do ovo 
• Plumagem e patas 
• Bico 
• Tamanho 
• Cicatrização umbilical 
• Olhos 
 
 
 
 
2.5 – SISTEMAS DE CRIAÇÃO 
 
CRIAÇÃO EM PISO 
A criação em piso só é viável se não para fins 
comerciais, pois o criador já começa em desvantagem 
com relação aos concorrentes 
Para essa criação, as dimensões do galpão são muito 
importantes em função do número de aves desejadas 
na fase de produção. O comprimento do galpão deve 
ser determinado de acordo com o número de aves e 
se o lote será ou não transferido para outra instalação 
durante a recria ou produção 
 
CRIAÇÃO EM GAIOLAS 
O ideal é que a recria e fase de produção sejam feitas 
em gaiolas por facilitar a coleta de ovos, diminuir a 
vermifugação nessas fases pois na gaiola não tem 
como completar o ciclo de vida dos vermes, reduz o 
número de ovos sujos, diminui o desperdício de ração, 
melhora a uniformidade do lote, aloja mais aves por 
m² e uniformiza a produçãoSISTEMAS ALTERATIVOS: 
(BEA) = Conforto e livre expressão de seus 
comportamentos naturais, como ciscar e bater asas 
 
Os ovos criados em sistemas alternativos não têm 
apresentado bons resultados sanitários, além de que 
seu custo tem se apresentado maior do que em 
relação aos convencionais 
 
 
CAGE-FREE 
Sistema de criação em que as aves são criadas SOLTAS 
mas SEM ACESSO AO PASTO, ficando somente dentro 
dos galpões 
 
Essa criação exige o comprimento de padrões 
estabelecidos pela HFAC e pela CERTIFIED HUMANE 
Essas exigências são aplicadas em todas as fases de 
criação, mas na recria é determinada o LIMITE DA 
DENSIDADE MÁXIMA 
Os ninhos são disponíveis em uma proporção de 1:5 
galinhas 
 
CRIAÇÃO DE GALINHAS POEDEIRAS: 
1 - DIRETAMENTE SOBRE O PISO NAS 3 FASES 
2 - EM GAIOLAS NAS 3 FASES 
3 - COMBINANDO PISO NA FASE INICIAL E GAIOLA NAS 
OUTRAS DUAS FASES 
Nesse sistema pode ocorrer o risco de CANIBALISMO, 
é proibido a debicagem, é permitido apenas o APARO 
DO BICO desde que seja realizado antes dos 10 dias 
de idade, apenas como medida preventiva 
 
A dieta deve ser balanceada de acordo com a idade. É 
proibido o uso de ingredientes de origem animal na 
ração, ANTBs preventivos ou promotores de 
crescimento, incluindo os coccídeos 
A VACINAÇÃO é permitida e os ANTBs são usados 
apenas para o tratamento de doenças 
 
FREE-RAGE 
Todas as exigências desse sistema se aplicam ao 
sistema de Cage-free, porém as aves ficam SOLTAS 
NO GALPÃO e devem ter ACESSO DIÁRIO A UMA 
ÁREA EXTERNA (AR LIVRE) por pelo menos 6h 
durante o dia (sempre que o clima permitir). É um 
sistema extensivo 
As normas de bem-estar animal determinam que o 
piso seja coberto com materiais como: maravalha, pó-
de-pinus ou casca-de-arroz como tomar banho de 
areia 
As aves se alimentam com nutrientes do pasto, 
contendo alta quantidade de PIGMENTOS NATURAIS 
(CAROTENÓIDES), desta forma, as aves põem ovos 
com gemas de cor mais intensa 
 
SISTEMA CAIPIRA 
Todos os critérios no sistema Cage-free devem ser 
compridos. A densidade dentro desse galpão não 
pode ser superior a 7 aves/m² 
Apesar do descanso, a nidificação e alimentação 
ocorrem, usualmente dentro do galpão, porém os 
sistemas caipiras são às aves a oportunidade de se 
exercitar ao ar livre 
 
A ALIMENTAÇÃO É DE ORIGEM VEGETAL, sem a 
utilização de óleos vegetais reciclados, e sem corantes 
e pigmentos sintéticos 
 
SISTEMA ORGÂNICO 
A principal diferença entre o sistema caipira e o 
orgânico é a alimentação. A legislação permite que o 
produtor coloque até 20% de produtos convencionais 
na formulação da ração, mas não podem ser 
transgênicos e ainda é preciso pedir autorização ao 
órgão certificador para poder usá-lo 
Não é permitido o uso de nenhuma substância 
promotora de crescimento e nem a debicagem 
 
É um sistema que exige muito investimento 
 
2.6 – FASES DE CRIAÇÃO 
FASE DE CRIA 
É o período compreendido entre a 1-10° semana de 
vida das aves. As pintainhas podem ser criadas no 
sistema de gaiola ou diretamente no piso com a 
utilização de cama 
 
1- PREPARAÇÃO DO GALPÃO PARA PINTAINHAS 
Os galpões destinados à criação das pintainhas devem 
ser higienizados antes da chegada do novo lote, todos 
os restos de alimentos devem ser retirados, lavar o 
galpão com jatos d’água de alta pressão, todos os 
equipamentos devem ser lavados, e a desinfestação é 
realizada para eliminar os insetos/animais nocivos à 
saúde das aves e dos humanos 
Após a lavagem e desinfecção dos galpões deve ser 
realizado um VAZIO SANITÁRIO com duração de 15-
20 dias para a entrada de um novo lote 
 
 
2- AQUECIMENTO PARA AS PITAINHAS 
O aquecimento é feito através de CAMPUNÊLAS DE 
GÁS ou ELÉTRICA ou ainda AQUECEDORES 
INFRAVERMELHOS 
As pintainhas são mantidas dentro do CÍRCULO DE 
CONFINAMENTO para evitar que as aves se afastam 
muito do aquecedor 
 
 
 
OBSERVAÇÕES VISUAIS PARA CONTROLE DE 
TEMPERATURA: 
Amontoamento das pintainha, pintainhas arrepiadas, 
bico e asas entreabertos, respiração ofegante, pé 
queimado e empastamento de fezes na cloaca 
 
SOLTURA DAS PINTAINHAS 
É imprescindível nas primeiras semanas que as aves 
tenham uma boa FONTE DE AQUECIMENTO, sendo 
 DADOS APURADOS: 
• Uniformidade em relação ao peso padrão 
• Uniformidade em relação ao peso médio 
• Quantidade de aves acima e abaixo do peso médio 
• Quantidade de aves acima e abaixo do peso 
padrão 
• Comparativo com passagem de dados inferiores 
esta necessidade maior nos primeiros dias de vida e 
reduzindo-se com a idade. Deste modo, a abertura do 
CÍRCULO DE CONFINAMENTO deve ser realizada a 
partir do 3° dia e retirado após o 10° 
 
Deve ser verificado em todos os lotes CONDIÇÕES DE 
ANORMALIDADE DAS PINTAINHAS: ONFALITE 
(umbigo pregado, barriga grande ou bolsão médio) e 
DEFEITOS FÍSICOS (pé, bico ou pescoço torto e 
cegueira) 
 
3- MANEJO DO LOTE DE PINTAINHAS 
Dos dias 1-7 deve-se colocar água nos bebedouros 
todos os dias e incentivar o consumo de água, realizar 
a separação das aves menos desenvolvidas das mais 
desenvolvidas, controle da umidade do ar e 
temperatura, trocar o material da cama e vacinação 
 
DEBICAGEM 
Todas as aves destinas à postura de ovos devem ser 
debicas. A debicagem deve ser feita entre o 7-10° dia 
de idade 
A debicagem tem como objetivo: reduzir o 
canibalismo, evitar a escolha de partículas maiores e, 
assim, desperdiçar menos a ração, minimizar o efeito 
da hierarquia e melhorar a viabilidade do plantel 
DEBICADOR AUTOMÁTICO, o corte do bico deve sem 
em forma de “V” 
 
SEXAGEM DAS AVES 
Os pintainhos, à medida que forem encontrados, 
devem ser descartados imediatamente 
 
PESAGEM DAS AVES 
Semanalmente, devem ser pesadas 1% das aves 
existentes no lote em pontos aleatórios, pesando as 
aves existentes nas gaiolas escolhidas com o objetivo 
de COMPARAR O PESO MÉDIO COM O PESO 
PADRÃO, estabelecendo assim, a UNIFORMIDADE NO 
LOTE 
 
ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL 
Nesta fase de criação, a finalidade do programa é de 
EVITAR AMONTOAMENTO DAS PINTAINHAS nos 
primeiros dias de idade, além de FACILITAR A 
ALIMENTAÇÃO, fatores decisivos para o bom 
desenvolvimento das pintainhas 
 
 
 
 
 
 
FASE DE RECRIA 
Esta fase compreende o período de idade das aves 
entre 10-17° semana 
 
RECEPÇÃO/ENTRADA DAS AVES 
O total de aves por gaiola (densidade) requer 0,39m² 
de área de piso de gaiola por ave e 10cm de espaço no 
comedouro por ave 
Após o término da mudança, realizar a contagem das 
aves. As aves menores devem ser separadas e 
colocadas em outra área para manter a 
homogeneidade entre elas 
 
SELEÇÃO DAS AVES 
 
FATORES IMPORTANTES PARA UM 
DESENVOLVIMENTO PERFEITO DAS AVES POEDEIRA: 
1- DESENVOLVIMENTO CORPORAL 
Fator importante de CONTROLE DE MANEJO, é 
medido pelo peso médio do lote, pois permite 
verificar se ave está se desenvolvendo de acordo com 
a linhagem de origem, garantindo a UNIFORMIDADE 
DO LOTE 
Lotes que estão trabalhando com 80% de 
uniformidade padrão são garantias de MATURIDADE 
SEXUAL a uma IDADE FISIOLÓGICA ADEQUADA e um 
DESEMPENHO DE PRODUÇÃO economicamente 
esperado 
 
2- ÁGUA 
Constitui cera de 75% do peso corporal de uma ave 
adulta e cerca de 65% do peso de um ovo. É 
consumida 2x mais do que a ração pelas aves, 
podendo aumentar com a elevação da temperatura 
 
 
3- ALIMENTO 
A alimentação das aves nas diferentes fases de vida é 
de grande importância no manejo da granja e para o 
desenvolvimento econômico do lote de poedeiras 
A ração deve ser balanceada e conter os nutrientes 
necessários para o perfeito desenvolvimento das aves 
 
 
 
• Separar as aves fracas e menores 
• Atingir a uniformidade mínima de 80% do lote 
• Facilitar o processo de debicagem, deixando as 
frangas menores para serem debicadas por último 
• Comparar o peso médio/padrão 
• Pesar 1% do lote 
 
 
 
 
FASE DEPOSTURA 
Esta fase compreende o período de 18 semanas até 
seu abate 
 
 
RECEPÇÃO DAS AVES E MANEJO DO LOTE 
No primeiro dia após o alojamento do lote, 
acompanha-se e incentiva-se o consumo de ração, 
certificando-se da adaptação ao novo ambiente 
Transferir as frangas de 15-16 semanas para o galpão 
de postura, durante essa transferência realizar a 
SELEÇÃO e PADRONIZAÇÃO das aves, agrupando as 
frangas pela CONFORMAÇÃO (peso corporal) e 
MATURIDADE SEXUAL (desenvolvimento da crista) 
A ração e água fica à vontade nos comedouros 
 
 
TIPOS DE RAÇÃO 
Ração de acordo com a fase de postura, empregando-
se diferentes tipos 
 
PESAGEM DAS AVES 
Nessa fase, as aves são pesadas semanalmente até o 
período de pico de produção e mensalmente até o 
final do ciclo produtivo da ave. Essa pesagem tem 
como objetivo monitorar o peso médio das aves em 
relação ao peso padrão, bem como a uniformidade do 
lote 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DE LUZ ARTIFICIAL 
A luz representa um dos fatores ligados à natureza 
responsável pelo CONTROLE DO BIORRITMO DAS 
AVES, até 10 semanas de idade as aves são 
REFRATÁRIAS À LUZ. É através da penetração de raios 
luminosos nos olhos que provoca um estímulo que é 
conduzido pelo SN até o cérebro e, assim, a glândula 
pituária libera o LH responsável pela ovulação e 
desenvolvimento do restante do aparelho reprodutivo 
 
FINALIDADE DO PROGRAMA DE LUZ 
• Evitar que as aves entrem em postura 
precocemente 
• Estimula a maturidade sexual 
• Uniformiza o desenvolvimento da maturidade 
sexual na fase de início de postura 
• Após o início da produção, estimula a postura 
e facilita o consumo de ração no período 
noturno 
 
 
 
MANENO DA FASE DE POSTURA 
A fase de produção é definida como o ÁPICE DO 
PROCESSO, a galinha precisa de cuidados especiais, 
como estar em um ambiente tranquilo e evitar 
movimentações constantes no local. Geralmente a 
melhor forma de controlar o desenvolvimento 
corporal das aves é a PESAGEM SEMANAL até 30° 
semana 
Outro cuidado, é o CONTROLE DAS MOSCAS NO 
RECINTO 
 
 
 
 
 
MANEJO SANITÁRIO 
 
 
 
FASE FINAL DA PRODUÇÃO 
MUDA FORÇADA 
A RENOVAÇÃO DE PENAS pode ocorrer diversas vezes 
na vida normal de uma ave. Em sua fase de 
crescimento ocorre 2 mudas sucessivas antes de a ave 
ter o empenamento definitivo (EMPENAMENTO 
DE BASE) 
Nas poedeiras comerciais esta muda ocorre 
apenas depois de um longo período de produção e 
a completa troca de penas demorar de 4 meses, 
sendo que durante este tempo não há postura 
Para melhorar o processo produtivo da ave e para que 
o produtor não fique com essas galinhas paradas por 
muito tempo, existe um manejo que induz a queda e 
o crescimento de novas plumagens. As formas mais 
comuns de se alcançar a muda forçada é através de ¹ 
MEDICAMENTOS, ² NUTRIÇÃO e ³ MANEJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO E MANEJO PARA MUDA FORÇADA: 
• Inicialmente, a ave é submetida ao jejum por 
10 dias. Quando a ave perder em torno de 
25% do seu peso, suspender o jejum 
• Durante os primeiros 4 dias de jejum, oferecer 
pedriscos de calcário ou farinha de ostra para 
que não utilizem o cálcio dos ossos para 
produzir ovos 
• A ração oferecida deve ter baixo valor 
nutricional, dia sim dia não, do 11-18° dia 
• Do 19-28° dia oferecer ração de postura a 
cada dois dias 
• A partir do 29° dia de muda forçada, oferecer 
100g de ração de postura por dia 
• Suspender o fornecimento de luz artificial 
durante a muda, apenas natural 
• Após o 28° dia, coloque 30min de luz artificial 
por semana durante o mês, e ir aumentando 
15min de luz até chegar 17h de iluminação 
• Permanecer até o final da produção com essa 
quantidade de luz 
• As aves submetidas ao programa de muda 
forçada devem atingir 50% de postura 8 
semanas após o início do processo 
 
 
MANEJO DOS OVOS: 
Deve ser realizado de forma muito cuidadosa e 
criteriosa, com a finalidade de evitar ovos sujos, 
marcados ou quebrados 
A maneira mais indicada é manter as gaiolas e ninhos 
limpos e fazer a coleta de ovos, ao menos, 4x ao dia 
 
 
TRASNPORTE 
Os ovos devem ser transportados em veículos sem 
atritos para que não haja quebra 
 
ACONDICIONAMENTO 
Os ovos devem ser acondicionados na casa de ovos e 
identificados de qual galpão vierem 
 
OVOSCOPIA 
Depois de lavados e secos, os ovos devem passar pelo 
processo de ovoscopia, no qual o ovo é observado 
através da luz para identificar possíveis anomalias 
 
 
 
 
ASPERSÃO DE ÓLEO 
Depois da ovoscopia, os ovos passão pela aspersão de 
óleo mineral para que os poros da casca sejam 
fechados e, assim, impedir a entrada de 
microrganismos 
 
Passado por todos esses processos os ovos precisam 
ser analisados e classificados para que ocorra a 
comercialização. Um dos fatores mais importantes 
para isso é o PESO DO PRODUTO DE CONSUMO. Por 
isso, os ovos são classificados de acordo com o 
tamanho e o peso que apresentam 
 
* Os ovos que ficam fora de qualquer um desses tipos 
são impróprios para o consumo e são destinados 
apenas para uso comercial na indústria

Outros materiais