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J. A. Avalia o Psicol gica II Psicodiagnóstico: Processo bipessoal (psicólogo – avaliando/grupo familiar); Duração limitada no tempo; ↪ Tanto a duração excessiva do processo como o seu abreviamento podem ser prejudiciais. Número aproximadamente definido de encontros; Procura descrever e compreender as forças e as fraquezas do funcionamento psicológico de um indivíduo, tendo foco na existência ou não de uma psicopatologia (Cunha, 2000). → O objetivo maior do psicodiagnóstico é encaminhar o indivíduo para o tratamento mais adequado. Passos de um processo de psicodiagnóstico: 1. Determinar os motivos da consulta e/ou do encaminhamento e levantar dados sobre a história pessoal (dados de natureza psicológica, social, médica, profissional, escolar). 2. Definir as hipóteses e os objetivos do processo de avaliação. Estabelecer o contrato de trabalho (com o examinando e/ou responsável). 3. Estruturar um plano de avaliação (selecionar instrumentos e/ou técnicas psicológicas). 4. Administrar as estratégias e os instrumentos de avaliação. 5. Corrigir ou levantar, qualitativa e quantitativamente, as estratégias e os instrumentos de avaliação. 6. Integrar os dados colhidos, relacionados com as hipóteses iniciais e com os objetivos da avaliação. 7. Formular as conclusões, definindo potencialidades e vulnerabilidades. 8. Comunicar os resultados por meio de entrevista de devolução e de um laudo/relatório psicológico. Encerrar o processo de avaliação. → Aprofundar as queixas ou motivos trazidos (momento inicial); → Explorar a queixa a partir de outras perspectivas; → São realizadas entrevistas com o profissional que solicitou o psicodiagnóstico, com o próprio paciente e com outras fontes de informação: pais, responsáveis ou outros familiares, profissionais, etc; → Ela pode se desdobrar em mais de um encontro; → Têm como objetivos conhecer o paciente que chega para a avaliação e compreender o motivo do psicodiagnóstico. A importância do contato com a Fonte Encaminhadora: → Questiona-se o motivo pelo qual solicitou a avaliação e a percepção que tem do paciente e das queixas trazidas, assim como o impacto delas na vida do paciente; → Possibilitar uma melhor compreensão dos objetivos do psicodiagnóstico; → Auxilia o avaliador a dar início a um levantamento de hipóteses e a construir o plano de avaliação; → É um momento importante para sentir-se seguro para receber o paciente, os pais e/ou responsáveis, planejar as entrevistas seguintes e preparar-se para auxiliar essas pessoas a compreender melhor o motivo e a necessidade da avaliação. → Questionar se sabem a razão da avaliação e como percebem as queixas; → Esclarecer sobre o funcionamento de um psicodiagnóstico; → É o momento de explicar que o psicodiagnóstico ocorre dentro de um tempo limitado, dura alguns J. A. encontros e que durante esses encontros, tenta-se compreender a queixa trazida, e que, ao fim do processo será dada uma devolutiva aos envolvidos no processo. → No motivo da consulta diferenciar: Motivo manifesto: diz respeito ao que levou à solicitação do psicodiagnóstico. Motivo latente: diz respeito ao que não foi manifestado pelo indivíduo de maneira tão óbvia. Hipóteses subjacentes elaboradas na escuta, refletindo sobre o que é manifesto. → A entrevista com o paciente pode ocorrer antes ou após o contato com outros familiares. → No caso de crianças ou mesmo adultos que tenham algum tipo de transtorno mais grave, que os tornem dependentes de outras pessoas, por exemplo, a primeira entrevista é realizada com os pais ou responsáveis. ↪ Esse contato é importante para que se possa conhecer as expectativas em relação à avaliação, obter informações acerca do motivo do encaminhamento e fazer esclarecimentos sobre o processo. ↪ É um momento para que se iniciem um vínculo e uma relação de confiança entre o profissional e os responsáveis pelo paciente que será avaliado. ↪ É necessário mostrar-se aberto para responder aos mais diversos questionamentos que podem ser trazidos por eles e estabelecer uma relação de confiança. → Após o esclarecimento sobre o processo, é importante que se proceda com o termo de consentimento livre e esclarecido que autorizará a realização da avaliação. Entrevista com criança: inicialmente com os pais/responsáveis e posteriormente com a criança. É interessante que se investigue o conhecimento sobre o motivo da avaliação. Essas primeiras entrevistas com crianças ocorrem em formato de Hora do Jogo. Entrevista com adolescentes: após a coleta de dados sobre o encaminhamento, realizar a entrevista com o próprio adolescente e, posteriormente, um momento com ele e seus responsáveis. ↪ Ao longo do processo, os responsáveis deverão ser chamados para outras entrevistas, especialmente porque se deve coletar dados de anamnese do paciente, sendo de preferência não no mesmo dia do atendimento do paciente. Entrevista com adultos: realizada com o próprio paciente ↪ Contato com a fonte de encaminhamento para levantamento de informações. ↪ Sempre com a autorização do paciente e, se for o caso, de seus responsáveis, pode-se coletar informações de outras fontes, como familiares, professores, outros profissionais que acompanham o paciente. É importante coletar o maior numero de informações possíveis, que sirvam de auxilio no entendimento dos problemas que se manifestam. Algumas questões importantes são: Desde quando os sintomas se manifestam? Existe algum fator desencadeante? Qual a intensidade? Em que ambientes eles ocorrem? Como o paciente percebe esses sintomas? Qual a influência dos sintomas na vida diária? Quais os prejuízos que eles vêm trazendo para a vida do paciente? Em que áreas da vida (social, familiar, educacional/laboral) os sintomas/problemas trazem prejuízos? 1ª etapa: Paciente encaminhado para avaliação. 2ª etapa: Entrevista com paciente e responsável Paciente adulto: Geralmente realizada com o próprio paciente. Paciente adolescente: realizada com o paciente, seguida por entrevista com os responsáveis. Paciente criança: entrev. com os responsáveis, depois com a criança. 3ª etapa: Entrevista com as outras fontes de informação J. A. Como a família, os amigos e outras pessoas que convivem com o paciente observam o problema? Sobre a realidade atual do paciente: Que tipo de suporte (social, familiar, financeiro) ele tem para lidar com o problema? Com quem vive e quem o auxilia em suas dificuldades? Ele já passou por algum tipo de atendimento profissional antes? Quais profissionais o acompanham? Modelos de entrevistas iniciais: Livre: aberta, podendo partir de uma pergunta mais generalista e seguir sendo construída ao longo do seu desenvolvimento. É importante ter em mente os temas que se pretende abordar. Semiestruturada: segue-se um roteiro de questões. Contudo, novas perguntas podem emergir a partir das respostas dadas pelo paciente ou familiar. Estruturada: segue um roteiro bastante rígido, contendo perguntas e alternativas de respostas determinadas. São mais raras no contexto clínico. Limita o avaliador tanto no que se refere às perguntas que podem ser feitas quanto no tipo de resposta que pode ser obtida. → Ao elaborar uma hipótese inicial, o psicólogo(a) decide pela aplicação de alguns testes. → Para se definir a bateria a ser utilizada, deve-se levar em consideração: As características do caso (idade, sexo, escolaridade, ocupação/profissão, condições físicas, etc.); A sequência (ordem de aplicação); O ritmo (número de entrevistas previstas para a aplicação dos testes selecionados). → Pode acontecer de se obter uma resposta para a demanda em um segundo teste,não sendo necessário da aplicação dos demais instrumentos planejados, com isso, o número de encontros diminui. ***O teste que mobiliza o motivo manifesto para a realização do psicodiagnóstico nunca deve ser o primeiro a ser administrado. → O primeiro objetivo deve ser a formação do vínculo entre o profissional e seu avaliando, a fim de garantir o bom andamento do processo. → Em seguida, pode-se usar os testes que abordam, de certa forma, a problemática que originou o processo. → Após a aplicação, o levantamento dos dados e a interpretação dos resultados obtidos, eventualmente o profissional chega a uma conclusão que responda à demanda. Deve-se então, comunicar os resultados para que seja possível um encaminhamento adequado para o avaliando. → Essa comunicação ocorre em duas vias: Escrita: realizada por meio de um laudo/relatório; Oral: comunicação verbal, que pode ser realizada na forma de uma ou mais entrevistas de devolução. → As entrevistas de devolução podem ocorrer de forma: Sistemática: devolução dos resultados e a entrega do laudo. Assistemática: o fornecimento de pequenos feedbacks ao longo do andamento do processo, por conta do predomínio de uma ansiedade mais elevada por parte do avaliando e/ou do seu responsável. ↪ Se faz necessária em casos graves ou de risco de suicídio.
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