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10
O ABSORVENTE ECOLÓGICO E O COMBATE À PRECARIEDADE MENSTRUAL
Colaboradores: 
ANA FABIA NUNES
ANNY CRISTINNY
JULIA FEITOZA
Rio Branco
2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
1.3	Objetivos	5
1.3.1 Objetivo geral	6
1.3.2 Objetivo Específico	6
2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................6
3	REFERENCIAL TEÓRICO	7
4	METODOLOGIA	10
5	CRONOGRAMA	11
REFERENCIAS	12
1 
2 INTRODUÇÃO
 
Apesar de sua recente e fervorosa discussão, há muito tempo a pobreza menstrual é realidade milhares de mulheres e meninas ao redor do planeta. Conforme o próprio nome sugere, trata-se de uma das lamentáveis faces da pobreza: aquela em que mulheres de diferentes idades não possuem condições financeiras para adquirir itens de higiene básicos necessários para viver dignamente o período de sangramento menstrual.
De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), desde 2014, a higiene menstrual é uma questão de saúde pública e direitos humanos, tendo em vista que devido a situação de vulnerabilidade social, muitas mulheres de todas as idades submetem-se ao uso indiscriminado de plásticos, jornais, papelão e até miolo de pão para conter o fluxo da menstruação acarretando assim problemas de saúde. 
A empresa brasileira de coletores menstruais, Korui, estimou que uma mulher comum vive cerca de 450 ciclos durante toda a vida e, em média, gasta 20 absorventes por ciclo. Outra empresa de absorvente, Sempre Livre, fez uma pesquisa, há dois anos, onde apontou que 22% das meninas de 12 a 14 anos no Brasil não têm acesso a produtos higiênicos adequados no período menstrual. Entre 15 a 17 anos o número de adolescentes que vivenciam essa carência é de 26%.
O problema da pobreza menstrual é complexo porque não se reduz apenas ao absorvente descartável, mas também à questões de saneamento, pois a falta de agua potável encanada dificulta uma higiene pessoal satisfatória. Além disso acentua a desigualdade de gênero pois meninas pobres costumam perder aulas e se prejudicarem educacionalmente quando não contam com itens que garantam segurança e conforto para irem à escola menstruadas.
No Brasil, o absorvente não é visto como item básico, ao contrário do papel higiênico, sendo portanto tributado como item de luxo no qual até cerca de 25% do seu valor é imposto sobre o produto. Se considerarmos que uma mulher gaste cerca de 12 reais por mês com absorventes, ao final de sua vida menstruando ela terá desembolsado aproximadamente 6 mil reais, valor que para muitas é considerado impraticável, já que há outras prioridades mais urgentes como a alimentação da qual não se pode abrir mão.
Não bastasse todas esses inconvenientes, há ainda muito tabu a respeito do tema, sobretudo nos primeiros anos menstruando, quando não contam com muita informação nem experiência, nota-se que é comum adolescentes sentirem um certo constrangimento para falar no assunto, o que evidencia ainda mais a necessidade de debates para que uma desmitificação aconteça. 
Diante disto, nossa proposta é abranger várias meninas e mulheres, de início na Cidade do Povo em Rio Branco, levando informações sobre a educação menstrual, dentro do eixo de educação social, sexual e ambiental, trazendo oficinas que esclareçam a temática com a naturalidade que lhe é devida.
2.1 OBJETIVOS 
Abaixo, seguem os objetivos geral e específico deste projeto.
2.1.1 Objetivo geral 
Este projeto tem como objetivo organizar oficinas que contemplem temas relacionados ao ciclo menstrual, promovendo por meio de palestras, oficinas e rodas de conversa o acesso à informações de utilidade pública para mulheres jovens e adultas residentes no bairro Cidade do Povo, município de Rio Branco. Em suma, temos como finalidade primordial gerar uma reflexão profunda e necessária sobre os impactos da combinação pobreza e menstruação, a fim de despertar na comunidade a consciência do quanto o problema da privação de condições para passar com dignidade pelo período menstrual urge por estratégias de amparo às mulheres em condição de pobreza e pobreza extrema. Importa também mostrar o quanto é difícil para as pessoas enxergarem a posição de privilégio enquanto usufruem dela, afinal viver sem se preocupar com como irá fazer configura sim, uma vantagem sobre quem mês após mês não goza da mesma segurança.
2.1.2 Objetivo Específico  
a) Entender o ciclo menstrual de forma biológica e fisiológica;
b) Conhecer a variedade de absorvente disponibilizada no mercado, como utilizar corretamente cada um, destacando as vantagens do uso do absorvente ecológico para a saúde, economia e meio ambiente;
 
3 JUSTIFICATIVA 
A experiência da menstruação representa um divisor de águas na vida de todas as mulheres. Em se tratando da mulher periférica, esse assunto torna-se singularmente mais complexo devido a fatores como o baixo nível de escolaridade, pouco acesso à informação adequada sobre o tema e poucas condições de adquirir absorventes higiênicos além das condições sanitárias adequadas para higiene.
De acordo com a UNICEF, 713 mil meninas não possuem banheiro ou chuveiro em casa e além desta privação, 04 milhões de meninas sofrem com pelo menos uma privação de higiene nas escolas. Isso inclui falta de acesso a absorventes e instalações básicas, como banheiros e sabonetes. Dessas, quase 200 mil alunas estão totalmente privadas de condições mínimas para cuidar da sua menstruação na escola. Com isto, o problema toma dimensões sociais e de gênero, já que impede meninas de estudar, trabalhar ou praticar esportes, escancarando ainda mais a desigualdade existente entre homens x mulheres dentro da sociedade.
Em suma, temos um contexto excludente e de muito estigma mas que podem e devem ser contornadas visando contemplar o direito à dignidade, saúde e bem estar da mulher. 
No ano de 2018, o documentário Absorvendo o tabu expôs o problema da pobreza menstrual na Índia e a situação era tão invisibilizada que um tabu arrastado por gerações a fio se quebrou gerando comoção, debates em todo o planeta e premiações ao curta que rapidamente serviu de inspiração para que outros países pudessem refletir suas práticas em relação ao desprezo com que sempre trataram os assuntos de interesse feminino. 
Exemplo disso é o estado do Rio de Janeiro que em junho de 2019, implantou na cidade do Rio de Janeiro, a Lei nº 6.603, que institui o Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos nas escolas públicas do Município. A proposta origina-se no Projeto de Lei nº 798, de 2018, do Vereador Leonel Brizola Neto, que o submeteu à apreciação da Câmara Municipal.
Com isto, abriram-se as portas para que muitas ong’s, universidades, coletivos feministas, programas de assistência social e afins pudessem também dar sua contribuição debatendo, cobrando direitos e levando a todos a consciência de que um problema silencioso atinge milhares de mulheres e portanto necessita de soluções.
O objetivo fundamental do presente projeto é dar também sua parcela de contribuição na busca por meios de solucionar, ou pelo menos amenizar os males causados pela pobreza menstrual no bairro Cidade do Povo, ofertando palestras que levem à comunidade em geral as informações de que precisam para combater preconceitos, conhecer melhor o organismo e a saúde da mulher, além de uma oficina de produção de absorventes ecológicos visando uma maior autonomia para desviar-se da falta de acesso ao produto industrializado.
4 PROGRAMA
OFICINAS: MEU CORPO E EU
Em se tratando de menstruação, há sempre uma infinidade de mitos que tornam o assunto desconfortável, difícil e constrangedor. É comum ouvir ainda nos dias de hoje que o sangue expelido é podre, sujo, impuro, fétido e outros adjetivos de teor ofensivo que além de faltarem com a verdade, impossibilitam que meninas e mulheres lidem de forma positiva com o próprio ciclo menstrual. Nesta situação, importa convencê-las a desconstruir os preconceitos, trabalhando a autoestima e aceitação dos ciclos menstruais enquanto algo natural que fazparte do funcionamento saudável do organismo.
Para que o olhar coletivo da sociedade sobre a menstruação se torne natural, compreensivo e acolhedor, é fundamental que primeiramente nós mesmas possamos desenvolver essa consciência de forma individual, buscando empoderamento a partir do conhecimento científico, na capacidade de empatia por nossas semelhantes, no resgate de tratamentos terapêuticos dos chás feitos por nossas matriarcas, afinal a pobreza menstrual também prejudica o acesso à remédios adquiridos em farmácias, e na valorização do poder que há em nossos ventres, afinal somos nós quem geramos as pessoas para o mundo, logo não há justiça em permitir que tabus e preconceitos se perpetuem e por isso uma mudança em nossas posturas se faz necessária.
A educação menstrual é, portanto, uma questão de dignidade, direitos humanos e equidade de gênero, pois fornece ferramentas para que meninas e mulheres se tornem mais confiantes, vivam de forma mais confortável e tomem decisões mais conscientes em relação a si mesmas e a seus próprios corpos. Enquanto isso, precisamos de coletas criteriosas de dados que deem conta de mapear os problemas sociais relacionados à menstruação e de movimentos em educação menstrual congruentes que permitam planejar e executar com maior chance de sucesso ações que combatam a precariedade menstrual e ao mesmo tempo apresentar metodologias mais direcionadas, elucidativas e resolutivas.
 
5 METODOLOGIA 
A realização do trabalho acontecerá em forma de palestras e oficinas nas quais deverão ser tratados temas diretamente relacionados à menstruação, com o propósito de oferecer à comunidade o máximo de informações e esclarecimento possível.
A primeira palestra, a ser ministrada por profissional da saúde, tem por finalidade explicar detalhes do aparelho reprodutor feminino, bem como seu funcionamento a fim de esclarecer como e por quê acontece o processo de menstruação, cabendo interação das participantes para relatarem experiências pessoais como intensidade/ duração do fluxo, cólicas e outros sintomas a fim de deixar todas envolvidas e familiarizadas com o assunto, o que consequentemente irá colaborar com sua desmistificação.
Dando prosseguimento ao ciclo de palestras, o segundo tópico abordará os tipos de absorventes disponibilizados no mercado, como são produzidos, quais seus preços e como utilizá-los, dando ênfase aos absorventes ecológicos por apresentarem vantagens econômicas e ambientais. A importância desta etapa reside em mostrar o quanto a dignidade da mulher pobre é desrespeitada quando esta não consegue ter acesso a itens de higiene pessoal durante os dias sangramento que lhe garantam a mínima segurança ou conforto para estudar, trabalhar ou desempenhar suas atividades cotidianas, trazendo à tona uma triste realidade na qual muitas se vêem obrigadas a recorrerem a alternativas inusitadas e até desumanas como esponjas, panos, jornais velhos ou pedaços de pão para conter o fluxo menstrual, o que configura um problema de privação de um direito que deveria ser básico, no entanto, para muitas ainda é visto como um verdadeiro luxo.
Após serem dados os devidos esclarecimentos sobre saúde, absorventes e impactos da pobreza menstrual, uma terceira e última palestra será dada. Intitulada “Cuidar de quem cuida”, a apresentação objetiva proporcionar uma maior consciência por parte da mulher periférica sobre sua própria potência na comunidade enquanto pessoa responsável pelos cuidados dentro dos lares, com suas famílias e a sobrecarga mental que carregam, principalmente no período da menstruação em que tendem a se tornar mais sensíveis. Nesta etapa, importa que a mulher se empodere e volte seu olhar sensível para si, resgatando o sagrado feminino e compartilhando umas com as outras rituais de cuidados tradicionais para as dores e dissabores próprios “daqueles dias”, como por exemplo chás, banhos e superstições de domínio popular relacionados ao assunto.
Por fim, será consolidada uma oficina de corte e costura de absorventes ecológicos a ser ministrada por uma profissional que mostrará os tipos de materiais utilizados na confecção das peças, o passo a passo de como produzir, os cuidados no uso e higienização do item, além de novamente frisar sua importância enquanto opção sustentável, alternativa que as mulheres podem recorrer não apenas por pobreza mas também por consciência ambiental e até mesmo econômica, tendo em vista que podem fabricar tanto para uso próprio quanto para comercialização.
6 CRONOGRAMA 
 
Quadro– Cronograma para realização do projeto 
	Etapa 
	2021
	
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	  
	
	
	
	 
	  
	  
	
	
	  
	 
	
	
	
	 
	
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	 
 
REFERÊNCIAS
https://korui.com.br/o-que-e-pobreza-menstrual-e-como-combater/
https://cultura.uol.com.br/noticias/18019_cerca-de-17-das-meninas-de-ate-19-anos-nao-tem-acesso-a-rede-de-distribuicao-de-agua.html
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=585F6D168078B79A2DE6C3931BC9AEF0.proposicoesWebExterno2?codteor=1848913&filename=Avulso+-PL+4968/2019
https://projetocolabora.com.br/ods3/jovens-lutam-contra-a-falta-de-dignidade-menstrual-nos-presidios/ 
https://ponte.org/pobreza-menstrual-um-problema-que-afeta-desde-presidiarias-a-estudantes/
https://www.sanarmed.com/pobreza-menstrual-muito-alem-de-um-ciclo-colunistas

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