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Farmacologia UFPE (2020.2) Ane��ési��� G�ra�� � Lo���s O QUE É A ANESTESIA GERAL? A anestesia geral é um estado reversível de depressão do sistema nervoso central (SNC), causando perda de percepção e de resposta a estímulos. A anestesia oferece cinco vantagens importantes para os pacientes submetidos a cirurgia e outros procedimentos médicos: ● Sedação e diminuição da ansiedade; ● Perda da consciência e amnésia; ● Relaxamento da musculatura esquelética; ● Supressão dos reflexos indesejados; ● Analgesia. Como nenhum fármaco sozinho provoca todos os efeitos desejados, várias classes de fármacos são associadas para produzir uma anestesia ideal. A medicação pré-anestésica ajuda a acalmar o paciente, aliviar a dor e prevenir os efeitos indesejados do anestésico administrado na sequência ou do próprio procedimento cirúrgico. Bloqueadores neuromusculares facilitam a intubação e a cirurgia. Anestésicos gerais potentes são administrados por inalação e/ou por injeção intravenosa (IV). Com exceção do óxido nitroso, os anestésicos inalatórios são hidrocarbonetos halogenados e voláteis. Os anestésicos IV consistem em vários tipos de fármacos, quimicamente não relacionados, comumente usados para induzir rapidamente a anestesia. USO SIMULTÂNEO DE FÁRMACOS Fármacos adjuvantes múltiplos: É comum os pacientes receberem um ou mais destes pré-anestésicos: bloqueador H2 (famotidina, ranitidina) para reduzir acidez gástrica; benzodiazepínicos (midazolam, diazepam) para acalmar ansiedade e facilitar amnésia; não opióides (paracetamol, celecoxibe) ou opióides (fentanila) para analgesia; anti-histamínicos (difenidramina) para prevenir reações alérgicas; antieméticos (ondansetrona) para prevenir náuseas; e/ou anticolinérgicos (glicopirrolato) para prevenir bradicardia e secreção de líquidos no trato respiratório. Uso simultâneo de outros fármacos: Os pacientes podem tomar medicamentos para doenças subjacentes ou drogas de abuso que podem alterar a resposta aos anestésicos. Por ex., os alcoólatras apresentam elevados níveis de enzimas hepáticas que biotransformam anestésicos, e os adictos podem apresentar tolerância elevada aos opioides. ESTÁGIOS E PROFUNDIDADE DA ANESTESIA A anestesia geral têm três estágios: 1. Indução: é o tempo desde a administração de um anestésico potente até a instalação de anestesia efetiva. Ela depende de quão rapidamente a concentração efetiva do anestésico alcança o cérebro. 2. Manutenção: assegura anestesia sustentada, é essencialmente o reverso da indução e depende da velocidade com que o anestésico se difunde do cérebro. A profundidade da anestesia é o grau ao qual o SNC é deprimido. 3. Recuperação: o tempo desde a interrupção do anestésico até o retorno da consciência e dos reflexos protetores. Indução A anestesia geral em adultos normalmente é induzida com um fármaco IV como o propofol, produzindo inconsciência em 30 a 40 segundos. Podem ser administrados inalação adicional e/ou fármacos IV para produzir a profundidade desejada da anestesia. obs.: isso em geral inclui um bloqueador neuromuscular IV, como rocurônio, vecurônio ou succinilcolina, para facilitar a intubação traqueal e o relaxamento muscular. Para crianças sem acesso IV, fármacos não pungentes, como o sevoflurano, são inalados para induzir anestesia geral. Manutenção da anestesia Após administrar o anestésico, os sinais vitais e a resposta a estímulos são monitorados continuamente para balancear a quantidade de fármaco inalado e/ou infundido com a profundidade da anestesia. A manutenção é feita com anestésicos voláteis que oferecem um bom controle da profundidade da anestesia. Opióides como a fentanila são usados para analgesia junto com anestésicos inalatórios, pois estes últimos não são bons analgésicos. Recuperação No pós-operatório, a mistura anestésica é retirada, e o paciente é monitorado para o retorno à consciência. Para a maioria dos anestésicos, a recuperação é o reverso da indução Se o bloqueador neuromuscular não foi totalmente biotransformado, pode ser usado um fármaco reversor. O paciente é monitorado para assegurar completa recuperação, com funções fisiológicas normais (respiração espontânea, pressão arterial, frequência cardíaca, reflexos intactos, etc). Vinicius Bandeira | @viniciusbdentista (2021) Farmacologia UFPE (2020.2) Profundidade da anestesia A profundidade da anestesia tem quatro estágios sequenciais caracterizados por depressão crescente do SNC, na medida em que o anestésico se acumula no cérebro. São eles: 1. Analgesia: a perda da sensação de dor resulta da interferência na transmissão sensorial no trato espinotalâmico. O paciente passa da consciência e da capacidade de conversar para a sonolência. A amnésia e a redução da percepção da dor ocorrem à medida que se aproxima o estágio II. 2. Excitação: o paciente apresenta delírio e possivelmente comportamento combativo. Ocorre aumento e irregularidade na pressão arterial e na respiração, bem como risco de laringoespasmo. Para diminuir ou eliminar este estágio, são administrados fármacos de ação rápida, IV, antes de administrar anestesia por inalação. 3. Anestesia cirúrgica: há perda gradual do tônus muscular e dos reflexos conforme o SNC vai sendo deprimido. Ocorre respiração regular e relaxamento dos músculos esqueléticos com eventual perda dos movimentos espontâneos. Este é o estágio ideal para a cirurgia. Monitoração cuidadosa é necessária para evitar o avanço indesejado ao estágio IV. 4. Paralisia Bulbar: ocorre grave depressão da respiração e dos centros vasomotores. Ventilação e/ou circulação devem receber atenção, para prevenir a morte. ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Gases inalatórios são usados basicamente para a manutenção da anestesia após a administração de um fármaco IV. A profundidade da anestesia pode ser alterada rapidamente mudando-se a concentração inalada. Anestésicos inalatórios têm curvas de dose-resposta muito íngremes e índices terapêuticos muito estreitos, de modo que é pequena a diferença nas concentrações que causam anestesia cirúrgica e depressão cardíaca e respiratória grave. Características comuns dos anestésicos inalatórios Os anestésicos inalatórios modernos são fármacos não inflamáveis e não explosivos, incluindo óxido nitroso e hidrocarbonetos halogenados voláteis. Esses fármacos diminuem a resistência cerebrovascular, resultando em aumento da perfusão cerebral. Eles causam broncodilatação, mas diminuem a ventilação espontânea e a vasoconstrição pulmonar hipóxica (aumento da resistência vascular pulmonar em áreas pouco aeradas dos pulmões, redirecionando o fluxo de sangue para regiões mais oxigenadas). O movimento desses fármacos desde os pulmões até os vários compartimentos corporais depende de sua solubilidade no sangue e nos tecidos, bem como no fluxo de sangue. Potência A potência é definida quantitativamente como a concentração alveolar mínima (CAM), a concentração final do anestésico inalado, para eliminar o movimento em 50% dos pacientes estimulados por uma incisão média. Ou seja, a quantidade de fármaco que chegou no alvéolo. Essa concentração depende de 2 parâmetros: a concentração inspirada (quanto que o paciente inspirou) e a ventilação alveolar (o volume de ar que está chegando). Quanto mais lipossolúvel um anestésico, menor é a concentração necessária para produzir anestesia e, assim, maior é a sua potência. Fatores que podem aumentar a CAM (e tornar o paciente menos sensível) incluem hipertermia, fármacos que aumentam as catecolaminas no SNC e abuso crônico de etanol. Fatores que podem reduzir a CAM (e tornar o paciente mais sensível) incluem aumento da idade, hipotermia, gestação, sepse, intoxicação aguda, anestésicos IV concomitantes e agonistas adrenérgicos α2 (p. ex., clonidina e dexmedetomidina). Absorção e distribuição dos anestésicos inalatórios O principal objetivo da anestesia por inalação é uma pressão parcial cerebral (PCr) ótima e constante do anestésico inalado. Desse modo, os alvéolos são “a janela para o cérebro” dos anestésicos inalados. Eles vão do interior doespaço alveolar, para o sangue, o qual transporta o fármaco para o cérebro e outros compartimentos do organismo. Como os gases se movem de um compartimento corporal para outro de acordo com os gradientes de pressão parcial, o equilíbrio é alcançado quando a pressão parcial em cada um desses compartimentos é equivalente àquela da mistura inalada. O tempo necessário para alcançar esse estado de equilíbrio é determinado por alguns fatores, dentre eles a Captação Anestésica, que é o resultado da solubilidade do gás no sangue, do débito cardíaco (DC) e do gradiente entre a pressão parcial anestésica nos alvéolos e no sangue. Assim, a solubilidade do anestésico no sangue é determinada pelas suas propriedades físicas, sendo chamada de coeficiente de partição sangue/gás (concentração do anestésico na fase do sangue e concentração do anestésico na fase gasosa quando em equilíbrio). Vinicius Bandeira | @viniciusbdentista (2021) Farmacologia UFPE (2020.2) Fármacos com baixa ou alta solubilidade no sangue diferem na velocidade com que induzem a anestesia. A solubilidade no sangue tem a seguinte sequência: halotano > isoflurano > sevoflurano > óxido nitroso > desflurano. Mecanismo de ação Não foi identificado nenhum receptor específico como local de ação do anestésico geral. . O fato de que fármacos sem relação química causem anestesia argumenta contra a existência de receptor único. Ou seja, uma variedade de mecanismos moleculares pode contribuir para a atividade dos anestésicos gerais. Em concentrações clinicamente eficazes, os anestésicos gerais aumentam a sensibilidade dos receptores do ácido γ-aminobutírico tipo A (GABAA) ao neurotransmissor inibitório GABA. Isso aumenta o influxo de cloreto e hiperpolariza os neurônios. A excitabilidade neuronal pós-sináptica e a atividade do SNC diminuem. Diferentemente de outros anestésicos, o óxido nitroso e a cetamina não têm ação nos receptores GABAA. Seus efeitos possivelmente são mediados pela inibição dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA). Além disso, os anestésicos inalatórios bloqueiam as correntes pós-sinápticas excitatórias dos receptores nicotínicos. O mecanismo pelo qual os anestésicos realizam essas funções moduladoras não é totalmente compreendido. 1. Halotano O halotano é o protótipo com o qual os novos anestésicos inalatórios são comparados. Quando o halotano foi introduzido, sua rápida indução e pronta recuperação o tornaram o anestésico de escolha. Devido aos efeitos adversos e à disponibilidade de outros anestésicos com menos complicações, o halotano foi substituído na maioria dos países. O halotano é um anestésico potente, mas é um analgésico relativamente fraco. Assim, normalmente ele é coadministrado com óxido nitroso, opióides e anestésicos locais. É um potente broncodilatador, o halotano relaxa os músculos esqueléticos e uterino e pode ser utilizado em obstetrícia quando há indicação de relaxamento uterino. O halotano não é hepatotóxico em crianças. Como efeitos adversos, o halotano tem a propriedade indesejável de causar arritmias cardíacas e podem causar bradicardia sensível à atropina. No mais, em uma porcentagem muito pequena, a exposição aos anestésicos hidrocarbonetos halogenados ou ao bloqueador neuromuscular succinilcolina pode induzir hipertermia maligna (HM), uma condição ameaçadora à vida e rara. A HM causa um aumento drástico e descontrolado do metabolismo oxidativo no músculo esquelético excedendo a capacidade corporal de suprir oxigênio, remover dióxido de carbono e regular a temperatura, levando a colapso circulatório e morte se não for combatido imediatamente Isoflurano - sofre pouca biotransformação; - não é hepato ou nefrotóxica; - não induz arritmias cardíacas nem sensibiliza o coração à ação das catecolaminas; - provoca hipotensão dose-dependente; - sem odor pungente e estimula os reflexos respiratórios - solubilidade sanguínea maior do que o desflurano e o sevoflurano; - é usado somente quando o custo é um fator limitante. Desflurano - Início e recuperação rápidos em decorrência da baixa solubilidade no sangue; - anestésico popular para procedimentos de pacientes ambulatoriais; - tem baixa volatilidade, exigindo a administração por meio de um vaporizador especial aquecido. - diminui a resistência vascular e perfunde bem os principais tecidos; - por estimular os reflexos respiratórios, o desflurano não é usado para indução inalatória; - raramente usado para manter anestesias longas devido ao preço; - Sua degradação é mínima, e a toxicidade tecidual é rara. Vinicius Bandeira | @viniciusbdentista (2021) Farmacologia UFPE (2020.2) Sevoflurano - tem pungência baixa, permitindo indução rápida sem irritar as vias aéreas; - adequado para indução por inalação em pacientes pediátricos; - tem início e recuperação rápidos em decorrência da baixa solubilidade no sangue; - é biotransformado no fígado; - os compostos formados no circuito anestésico podem ser nefrotóxicos se o fluxo de ar fresco for muito baixo. Óxido nitroso (conhecido como gás hilariante) - não irritante e é um analgésico potente, mas um anestésico geral fraco. - é frequentemente usado em concentrações de 30 a 50% em combinação com oxigênio para analgesia, em particular na odontologia. - sozinho, o óxido nitroso não produz anestesia cirúrgica; - comumente combinado com outros fármacos mais potentes. - é pouco solúvel no sangue e em outros tecidos, permitindo que se mova rapidamente para dentro e para fora do organismo. - não deprime a respiração, nem produz relaxamento muscular. - quando coadministrado com outros anestésicos, tem efeito moderado ou nulo no sistema cardiovascular ou no aumento do fluxo de sangue cerebral; - é o menos hepatotóxico dos fármacos inalatórios. - provavelmente, o óxido nitroso é o mais seguro dos anestésicos, desde que oxigênio suficiente seja administrado simultaneamente ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS Anestésicos IV causam indução rápida que, com frequência, ocorre dentro do “tempo de circulação braço-cérebro”, ou o tempo que o fármaco gasta para ir do local de injeção (geralmente o braço) até o cérebro, onde tem seu efeito. A anestesia pode, então, ser mantida com um fármaco inalatório. Os anestésicos IV podem ser usados como agentes únicos para procedimentos curtos ou administrados como infusão para manter a anestesia durante procedimentos longos. Em dosagens baixas, podem ser usados para sedação. Indução Após entrar na circulação, parte do fármaco se liga às proteínas plasmáticas, e o restante permanece sem ligação, ou livre. O grau de ligação às proteínas depende das características físicas de cada fármaco, como o grau de ionização e a lipossolubilidade. O fármaco é transportado pelo sangue venoso para o lado direito do coração, por meio da circulação pulmonar e via o lado esquerdo do coração para a circulação sistêmica. A maior parte do DC flui para cérebro, fígado e rins (órgãos ricos em vasos). As moléculas livres, não ionizadas e lipossolúveis atravessam a barreira hematencefálica mais rapidamente. Logo que o fármaco penetra no SNC, ele exerce seu efeito. Como os anestésicos inalatórios, o modo exato de ação dos anestésicos IV é desconhecido. Recuperação A recuperação dos anestésicos IV deve-se à redistribuição a partir do SNC. Após a inundação inicial do SNC e de outros tecidos bem vascularizados com as moléculas não ionizadas, o fármaco se difunde para outros tecidos com menor suprimento sanguíneo. Efeito do baixo débito cardíaco nos anestésicos intravenosos Quando o DC está reduzido (p. ex., no choque, na velhice ou na doença cardíaca), o organismo compensa desviando maior DC para a circulação cerebral. Nessas circunstâncias, maior proporção do anestésico IV vai entrar na circulação cerebral. Por isso, a dose precisa ser diminuída. Além disso, a redução no DC prolonga o tempo de circulação. Conforme o DC global é reduzido, aumenta o tempo para um fármaco indutor alcançar o cérebro e exercer seu efeito. Propofol - hipnoticossedativo IV usado na indução ou manutenção da anestesia;- largamente usado e substituiu o tiopental como primeira escolha para a indução da anestesia geral e sedação; - pouco solúvel em água; - fornecido como uma emulsão contendo óleo de soja e fosfolipídeo de ovos que lhe confere uma aparência tipo leite; 1. Início: A indução é suave e ocorre de 30 a 40 segundos após a injeção. Após um bólus IV, ocorre rápido equilíbrio entre o plasma e o tecido cerebral, altamente perfundido. A meia-vida de redistribuição inicial é de 2 a 4 minutos. A farmacocinética do Vinicius Bandeira | @viniciusbdentista (2021) Farmacologia UFPE (2020.2) propofol não se altera por insuficiência hepática ou renal moderada. 2. Ações: embora o propofol deprima o SNC, às vezes ele é acompanhado por fenômenos excitatórios, como fasciculações musculares, movimentos espontâneos, bocejos e soluços. ● reduz a pressão intracraniana, principalmente por vasodilatação sistêmica; ● diminui a pressão arterial sem deprimir o miocárdio; ● não produz analgesia, sendo necessária suplementação com narcóticos. 3. Barbitúricos - Tiopental é um barbitúrico de ação ultracurta com alta lipossolubilidade; - é um anestésico potente, mas analgésico fraco; - necessitam de administração suplementar de analgésicos durante a anestesia; - entram rapidamente no SNC e deprimem sua função, em geral em menos de 1 minuto; - a biotransformação do tiopental é muito mais lenta do que sua redistribuição; - o tiopental apresenta efeitos pouco significativos sobre o sistema cardiovascular, mas pode contribuir para hipotensão grave em pacientes com hipovolemia ou choque; - podem causar apneia, tosse, espasmos da parede torácica, laringoespasmo e broncoespasmo. 4. Benzodiazepínicos - são utilizados junto com anestésicos para sedar o paciente; - o mais comumente usado é o midazolam, diazepam e lorazepam são alternativas; - facilitam amnésia enquanto causam sedação, potencializando os efeitos inibitórios de vários neurotransmissores, particularmente GABA; - efeitos depressores cardiovasculares mínimos, mas todos são depressores respiratórios potenciais; - biotransformados pelo fígado com meias-vidas de eliminação variáveis, e a eritromicina pode prolongar seus efeitos; - podem induzir uma forma temporária de amnésia anterógrada na qual o paciente retém a memória de eventos passados, mas as novas informações não são transferidas para a memória de longa duração. 5. Opióides - são comumente combinados com outros anestésicos devido às suas propriedades analgésicas; - os opioides mais comumente usados são a fentanila e seus congêneres sufentanila e remifentanila, pois induzem analgesia com maior rapidez do que a morfina; - podem ser administrados via IV, epidural ou intratecal (no líquido cerebrospinal); - não são bons amnésicos e podem causar e podem causar hipotensão, depressão respiratória e rigidez muscular, bem como náuseas e êmese pós-anestésicas; - os efeitos dos opióides podem ser antagonizados pela naloxona. 6. Etomidato - hipnótico usado para induzir anestesia, mas não tem atividade analgésica; - pouco hidrossolúvel; - . A indução é rápida e tem curta ação; - vantagens: efeito pequeno ou nulo sobre o coração e a circulação; - o é utilizado somente em pacientes que apresentam doença coronariana ou disfunção cardiovascular; - efeitos adversos: diminuição dos níveis de cortisol e aldosterona no plasma que pode persistir por 8 horas; - não deve ser infundido por tempo longo porque a supressão prolongada desses hormônios é perigosa. 7. Cetamina - anestésico não barbitúrico de curta ação, que induz um estado dissociativo, no qual o paciente fica inconsciente (mas pode parecer acordado) e não sente dor; - anestesia dissociativa promove sedação, amnésia e imobilidade; - estimula o efluxo simpático central, causando estimulação do coração com aumento da pressão arterial e do DC; - é um potente broncodilatador, sendo benéfico em pacientes com choque hipovolêmico ou cardiogênico e em asmáticos; - contraindicada em hipertensos ou em pacientes que sofreram acidente vascular encefálico; - a é lipofílica e entra na circulação cerebral rapidamente; Vinicius Bandeira | @viniciusbdentista (2021) Farmacologia UFPE (2020.2) - é empregada principalmente em crianças e idosos, em procedimentos de curta duração; 8. Dexmedetomidina - sedativo usado em unidades de tratamento intensivo e cirurgias; - única em sua capacidade de provocar sedação sem depressão respiratória; - tem efeitos sedativo, analgésico, simpaticolítico e ansiolítico que bloqueiam várias das respostas cardiovasculares; - reduz a necessidade de anestésico volátil, sedativos e analgésicos sem causar depressão respiratória significativa BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES São usados para abolir reflexos, de modo a facilitar a intubação traqueal e obter relaxamento muscular conforme necessário para cirurgias. O mecanismo de ação é o bloqueio dos receptores nicotínicos da acetilcolina (ACh) na junção neuromuscular. Esses fármacos, incluem cisatracúrio, pancurônio, rocurônio, succinilcolina e vecurônio, Referência WHALEN, Thomas B. Farmacologia Ilustrada. 6a Edição. Porto Alegre: Artmed, 2016. Capítulo 13. Vinicius Bandeira | @viniciusbdentista (2021)
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