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Ana Beatriz Mendes- @_bia.mendes Patologias do Fígado Funções: 1. Metabolismo da bilirrubina 2. Metabolismo dos ácidos biliares 3. Metabolismo das gorduras 4. Metabolismo dos carboidratos 5. Neutralização de substâncias tóxicas 6. Metabolismo das proteínas 7. Função imune Anatomia funcional: - Circulação: Zona 1- mais próxima do suprimento de sangue; Zona 2- intermediária; Zona 3- mais distante do suprimento de sangue; Avaliação macroscópica e alterações Post mortem: - Alterações da cor ocorrem após a morte e são denominadas livores cadavéricos (livor mortis); - Pressão exercida pelas costelas no fígado comprimido contra a caixa torácica pelas vísceras gastrintestinais distendidas deixa áreas paralelas mais pálidas na superfície hepática de onde o sangue foi expulso pela pressão. - Manchas brancas: necrose x autólise. - Embebição por hemoglobina: impregnação dos tecidos com esse pigmento sanguíneo que resulta da lise eritrocitária post mortem e que torna as áreas afetadas vermelhoescuras; - Embebição biliar: ocorre nas porções do fígado e em outros tecidos adjacentes à vesícula biliar, e confere uma cor amarelada a partes do fígado e de outros tecidos adjacentes; tingimento biliar dourado (post mortem). - Pseudomelanose: alteração da cor dos tecidos em contato com os intestinos. Essa alteração resulta da combinação do sulfeto de hidrogênio (produzido por bactérias da putrefação no intestino) com o ferro liberado de eritrócitos lisados. O sulfeto de ferro é um pigmento que mancha os tecidos de azulacinzentado, verde ou preto. A pseudomelanose hepática ocorre como áreas pretas ou Ana Beatriz Mendes- @_bia.mendes azulacinzentadas e é observada na face visceral (devido ao contato com o intestino), mas não na superfície diafragmática. - Enfisema Post Mortem: Focos marrom claros ou amarelos de 1 a 3 mm de diâmetro ocorrem no hilo hepático e consistem em áreas de autólise e putrefação por bactérias saprófitas vindas do intestino. Com o tempo, essas áreas coalescem em áreas maiores, disseminam-se pelo fígado e tornam-se crepitantes, enfisematosas e salientes, devido à produção de gás pelas bactérias saprófitas. O fígado está aumentado de volume e crepitante, devido à produção de gás pelas bactérias saprófitas durante o processo de putrefação. Lesões sem significado clínico: - Teleangectasia: dilatação cavernosa dos sinusoides em áreas onde hepatócitos foram perdidos. Macroscopicamente, aparecem como áreas deprimidas, vermelhas ou vermelhoazuladas, arredondadas, de contornos irregulares e distribuídas aleatoriamente pelo parênquima hepático tanto na superfície capsular (Figura 4.16 A) como no interior do parênquima. - Cistos biliares congênitos: encontrados ocasionalmente como achado incidental no fígado de todas as espécies. Podem ser solitários ou múltiplos. Apresentam uma parede de tecido conjuntivo delgada, são revestidos por epitélio do tipo biliar e contêm líquido claro, razão pela qual são também referidos como cistos serosos. A origem provável da maioria dessas alterações congênitas é o desenvolvimento anormal dos ductos biliares intrahepáticos. Esses cistos congênitos devem ser diferenciados de cistos parasitários, como cisto hidático e Cysticercus tenuicollis - Fibrose capsular: também ocorre na superfície diafragmática do fígado de equinos sob duas formas: como placas grandes de tecido conjuntivo, ocupando 20 cm ou mais da superfície do órgão, ou como franjas finas e longas (1 a 5 mm) de tecido conjuntivo aderidas à cápsula. Essas lesões provavelmente resultam da cura, com cicatriz de peritonites assépticas, e têm sido também associadas à migração de larvas de Strongylus edentatus. Fibrose capsular hepática pode ser observada, ocasionalmente, também em bovinos. - Manchas leitosas na cápsula hepática: Manchas leitosas na cápsula hepática de suínos são áreas de cicatriz fibrosa deixadas pela migração de Ascaris suum; as larvas, ao migrarem pelo parênquima, deixam trajetos de necrose tecidual que induzem inflamação e, finalmente, cicatrização. O tecido fibroso espesso tem um aspecto macroscópico opaco e brancacento, semelhante a uma mancha de leite. - Hiperplasia nodular benigna do fígado: consiste em nódulos de hepatócitos bem delimitados, de tamanhos variáveis, em geral múltiplos, distribuídos aleatoriamente pelo parênquima hepático e que não interferem na função do órgão. A lesão ocorre com alta frequência em cães e é rara em outras espécies, embora tenha sido relatada em suínos. Macroscopicamente: nódulos hiperplásicos aparecem salientes na cápsula ou podem estar incluídos no parênquima hepático. São, em geral, esféricos ou ovoides e não têm cápsula fibrosa definida que os delimite. São pequenos (2 mm de diâmetro) ou podem alcançar até 3 cm de diâmetro. Em alguns casos, os nódulos são amarelos, em razão da deposição de gordura no citoplasma dos hepatócitos que formam a lesão; do contrário, podem ter cor normal ou, dependendo da quantidade de sangue, ser mais vermelhos que o parênquima circunjacente. Ana Beatriz Mendes- @_bia.mendes - Hiperplasia cística mucinosa da vesícula biliar: achado incidental de necropsia em cães velhos (idade média de 10 anos). Macroscopicamente, a mucosa encontra-se espessada por múltiplos cistos, e a bile está viscosa ou semissólida. Histologicamente, há hiperplasia cística da mucosa, com glândulas preenchidas por muco. Uma lesão incidental semelhante tem sido descrita em ovinos. Alterações do desenvolvimento: - Cistos congênitos: Cistos congênitos solitários ou múltiplos de pouca ou nenhuma importância clínica ocorrem em todas as espécies domésticas. Doença policística de origem hereditária, caracterizada por múltiplos cistos no fígado e no rim, ocorre em gatos; cães e cabras. Animais afetados morrem em virtude de insuficiência hepática ou renal; não fusão dos canalículos biliares. - Atresia biliar: ausência da vesícula biliar; atrésia de um ou mais ductos biliares; Consequências: icterícia, raquitismo e falha na absorção de enzimas lipossolúveis. - Shunt porto-sistêmico: nova vascularização do sistema porta do hilo hepático e veia cava caudal (comum na encefalopatia hepática). Oq é icterícia e tipos. E o q é encefalopatia hepática Pigmentações anormais: - Melanose congênita: migração ectópica de melanócitos na fase embrionária. - Lipofucsina: pigmentação dourada acastanhada e granular em hepatócitos, comum em idosos. - Hemossiderina: em citoplasma de macrófagos da região portal; granulações douradas acastanhadas. Geralmente formada a partir de colestase. Degenarações: - Atrofia hepatocelular: fibrose por desnutrição ou senilidade. Pode-se observar excesso de cápsula nas bordas. - Degeneração hidrópica: bomba Na+/K+, ATPase; intoxicação, hipóxia... - Esteatose ou degeneração gordurosa: interferência no metabolismo dos ácidos graxos. - Amiloidose: material proteáceo amorfo com deposição no espaço de Disse; afinidade por corantes como lugol, animais hiperimunizados. Alterações circulatórias: - Teleangetasia - Congestão hepática: insuficiência cardíaca congestiva direita; edemaciado; fígado noz moscada. Congestão aguda ou crônica do fígado está quase invariavelmente ligada à insuficiência cardíaca direita. Adicionalmente, congestão aguda ocorre em cães em casos de choque por diversas causas. Nesses casos, o fígado está tumefeito e escuro e deixa fluir grande quantidade de sangue na superfície de corte. A uma insuficiência cardíaca direita aguda corresponderá uma lesão congestiva aguda no fígado. Em casos em que a insuficiência cardíaca direita permanece por longo tempo, alterações morfológicas características vão se sucedendo no fígado. O sangue acumulasse no centro do lóbulo, devido ao impedimento do efluxo venoso por estase do sangue na circulação geral. A estase centrolobular causa anoxia, lipidose e atrofia hepatocelulares e subsequente perda dos hepatócitos do centro do lóbulo. Eritrócitos ocupam osespaços deixados pela perda de hepatócitos, formando um lago de sangue. Inflamações: - Hepatites virais: 1- hepatite infecciosa canina: necrose severa e comprometimento generalizados de vasos; figado aumentado de volume, friável, pontos brancos difusos; edema de vesícula biliar, olho azul 2- doença de aujesky e circovirose: -Hepatites bacterianas e micóticas 1- abscesos hepáticos: reticulo-peritonite-traumatica 2- êmbolos sépticos 3-Salmonellas enterro-invasivas: por segunda intenção Necrose Focal: Próximos aos vasos portais. Alterações proliferativas: Ana Beatriz Mendes- @_bia.mendes - Adenoma hepático: muito semelhante a hiperplasia nodular (macroscopicamente), diferencial pelo histopatológico. - Carcinoma hepatocelular: neoplasia maligna dos hepatócitos, pouco comum nos animais domésticos; coloração branco-amarelados, friáveis e solitários, metástases ocorrem nos linfonos regionais. - Hiperplasias colangiocelulares e adenomas colangiocelulares: pouco comum em animais domésticos - Colangiocarcinoma: neoplasia dos canalículos intra-hepáticos; neoplasia primaria maligna mais comum; consistência firme, múltiplos nódulos, coloração branco-acinzentada, depressão central; metástases nos linfonodos regionais. -Fixação metastáticas: Insuficiência hepática: - Icterícia: porção heme da hemegolibina se converte em bilirrubina, que é secretada pela bile. Pré-hepatica: hemólise por babesiose, anaplasmose ou leptospirose. Hepática: queda na absorção, conjugação ou secreção da bilirrubina pelos hepatócitos. Pós-hepática: obstrução das vias biliares -Colestase: diminuição do fluxo do canalículo biliar - Edema (ascite): aumento da pressão da veia porta por doença crônica pré-existente (cicatrização, fibrose); hipoalbuinemia: retroalimentação provocado pelo sistema renina angiotensina aldosterona. - Fotossensibilização: pele glabra ou pouco pigmentados; acumulo de filoeritrina; hepatopatia crônica ou aguda
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